I Hate My New Brother! Or No... escrita por Biee


Capítulo 15
Sequestro part.2


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Acordei muito feliz hoje, né! Terceiro cap só hj? Sou muito legal!



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P.O.V. Thalia Grace

Me levantei da cama e andei até a porta. Nico pegou me pulso, mas me soltei rapidamente, de modo que o sequestrador não viu nada. Se eu não fosse, colocaria a vida de nós dois em risco, e possivelmente, a vida de todos naquele comôdo. Saí e o sequestrador me escoltou. Ele me levou até o maior quarto daquela casa, que dava dois do meu, que já é grande. O quarto tinha piso de madeira e as paredes verdes escuras com grafiato. Uma cama maior que uma King-Size estava ocupando metade do comôdo, com uma colchão laranja. Eu não sei onde eles arrumaram uma cama assim, mas sei que quero saber! Imagina, eu com uma cama dessas em casa? Seria maravilhoso! Na outra metade do quarto, havia uma mesa de mogno, com uma cadeira de cada lado. Em uam parede, havia um gigante quadro de Joana D'Arc em uma guerra. Uma das cadeiras estava ocupada pelo chefe da gangue. Fui levada até a outra cadeira. O chefe olhou para mim.
–Qual o seu nome?-perguntou-me
–Thalia Grace-respondi, com medo. Me impedi de gaguejar, afinal, acho que isso os aborreceria.
–Idade?
–17.
–Qual o nome do garoto de cabelo preto que estava com você no quarto?-perguntou outro sequestrador, e notei que dois deles estavam encostados dos lados da mesa.
–Nico di Ângelo-respondi.
–Idade?
–18.
–Qual o seu parentesco com ele?
–Ele é meu meio-irmão.
–E o garoto de cabelo enrolado?
–Leo Valdez, 17 anos, meu primo-expliquei, poupando-o de perguntas.
–Você parece ser muito desazfiadora, hein, Thalia?-perguntou-me o chefe. Fiquei com vontade de dizer a ele:'Quem te deu esta intimidade? Me chame de refém!', mas achei que as chances de ser morta eram muito grandes. Dei de ombros.
–Um pouco-respondi
–Bom saber....-o chefe me respondeu-Conte-me sua vida.
Droga!O quê ele quer fazer? Assaltar minha casa? Vi que o chefe me fitava e me senti obrigada a contar tudo, verdadeiramente. Se eu mentisse, eles arrumariam um jeito de descobrir tudo.
–Eu morava com meus pais em uma vilinha, e minha mãe morreu. Depois me mudei para cá e meu pai conheceu sua namorada, mãe de Nico, que vieram morar comigo e com meu pai-relatei.
–É, Thalia, pelo jeito, como você me contou tudo, sua tortura vai ser leve-o chefe decretou. Gelei. O quê fariam comigo? Iriam me matar? Eu não sabia-Leve-na para a goteira.
Goteira? Que tortura é essa? Mal sabia eu que morrer ainda seria melhor que a goteira.
Fui levada até um outro quarto, onde havia uma maca, onde fui empurrada e presa. O sequestrador que me levou colocou água em cima de um recipiente, que tinha a 'boca' em cima de minha testa.
–Boa noite, refenzinha-disse o sequestrador, e saiu. E depois de um tempo, notei o que a goteira fazia. Ela estava mechendo com meu pscicológico. A água caia em gotas na minha testa, e, depois de meia hora, meus olhos já estavam cheios de lágrimas. Eu estava quase pirando, enlouquecendo. O chefe acabou me colocando em uma tortura pior que física. Pois a física você pode ignorar, e depois que você é solto, você se cura com remédios e cobre com faixas e band-aids. A pscicológica não. Ela está dentro de você. Você não pode fazer nada sem nota-la ali. Você não pode colocar faixas. Pois as faixas ficam por fora, e não por dentro. Ela vai te machucando aos poucos. Ela vai te corroendo. Vai te deixando fraca. Até a hora que você desiste. Você resiste por horas, mas acaba desistindo. É muito para resistir. É muito para você aguentar.
A janela refletia a luz. A noite passou e eu não dormi. O dia clareou e ouvi barulhos. Segundo minhas contas, eu já estava naquela maca a 8 horas, e os sequestradores já haviam reenchido o recipiente de água 4 vezes. Ouvi gritos e barulhos de tiros, até que ouvi as vozes de Nico e Leo, juntas, berrando:
–THALIA!
Eu queria responder. Realmente queria. Mas não conseguia. Era como se eu não conseguisse mais me controlar. A porta foi escancarada. Nico estava lá, e correu para perto de mim. Os policiais o seguiram. Eles soltaram as cordas que me prendiam a maca, e Nico me pegou no colo.Ele correu para fora e me levou para outra maca, mas, desta vez, fui espetada por uma agulha que me daria soro. Fui levada até dentro da ambulância.
–Vá com ela. Eu aviso sua mãe e o tio-ouvi Leo falando, e notei que era dirigido a Nico, que entrou e se sentou ao meu lado na ambulância.
–Thalia...-ele murmurou. Como não conseguia falar, tentei lhe mostrar minhas emoções pelo olhar. Pelo jeito deu certo, pois ele me olhou triste.
–Thalia. Você não está bem, né?-ele perguntou,e tentei falar pelo olhar. Sus olhos se encheram de lágrimas. Ele se virou para a enfermeira que estava conosco.
–Ela pode ser curada?-ele perguntou. Olhei para a enfermeira. Ela era bonita. Tinha cabelos ruivos longos e olhos castanhos terra molhada. Ela usava um avental branco e uma sapatilha preta.
–Não sei. Talvez. Torturas pscicológicas são muito difíceis de se curar totalmente. Se ela não tiver alucinações, já é um sinal de que ela estava melhorando, ou não está tão ruim quanto pensamos. Infelizmente, o hospital cuidou de poucos casos desta tortura. É uma tortura chinesa que ainda não é muito utilizada aqui-ela explicou. Pelo menos, eu não tive alucinações.A ambulância parou e eu fui levada para dentro do hospital. Nico andava ao meu lado. Até que minha visão foi ficando turva, até eu ver o recipiente de água em cima de minha cabeça de novo, mas agora caia sangue. Meu sangue. E eu ficaria ali até morte. E eu ouvi algo. Gritos. Meus gritos. Gritos apavorados que eu não sabia como tinha conseguido dar.Eu fechei meus olhos, mais a visão continuou, os gritos, tudo. A sensação de sangue pingando. Tudo estava ali. Até que parecia que eu era puxada, para dentro de uma túnel escuro, deixando tudo, a sensação, a visão, os gritos, tudo, onde eu estava. E eu fui mergulhando na minha subconciência.


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Notas finais do capítulo

BEIJITOS! FIQUEM NA CURIOSIDADE!