Outro Conto Da Cinderela Moderna escrita por LuhJackson


Capítulo 19
...que talvez seja mais difícil do que eu pensava.


Notas iniciais do capítulo

Me perdoem, meus amores, por ter ficado mais de duas semanas sem postar! É que eu tava, tipo, sem criatividade nenhuma! Me perdoem mesmo! Acabei o capítulo agora e já estou postando!
Obrigada pelos reviews do capítulo anterior (mesmo tendo recebido só 7 reviews)!
E eu queria dedicar um obrigada especial para meus dois leitores favoritos (não tem como decidir qual é o favorito): LuucyPeer (minha xaráaa! kkkk) e Lovely Ghost Writer (meu crítico pessoal! kkkk)
Muito obrigada, de verdade!
Agora vamos ao capítulo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/239724/chapter/19

- É essa. - Disse Peter, apontando para a última porta do enorme corredor.

- Obrigada por me trazer aqui. - Respondi, um pouco sem graça. 

Ele só acenou com a cabeça, como quem diz: "não há de que".

Não era nada confortável estar em um corredor vazio com o garoto pelo qual minha mais nova melhor amiga era apaixonada. E mais um detalhe: esse garoto, possívelmente, era afim de mim. Minha vida é fascinante!

Girei a maçaneta da grande porta à minha frente e dei de cara com uma piscina enorme! A água translúcida refletia o brilho da lua, formando uma linda cena.

- Ah... Acho que essa não é a sala de jantar... - Comentei débilmente.

- Não, não é. - Ele respondeu simplesmente.

Peter caminhou até a beira da piscina e fez sinal para que eu também me aproximasse.

- Você não acha melhor nós voltarmos? A Katie deve estar preocupada... - Eu tentei argumentar, mas ele só rolou os olhos.

- Eu só queria conversar com você. - Ele disse e se sentou na beira da piscina.

"Eu sei que depois vou me arrepender disso..." pensei. "Mas..."

Me dirigi também a borda da piscina e me sentei ao seu lado.

- O que você quer conversar? - Perguntei tentando manter a voz calma.

"E se ele tentar me agarrar? Por que mesmo eu estou sozinha, na beira de uma piscina, com um garoto que eu acabei de conhecer?" pensei desesperada.

- Bem... Eu estou meio confuso... - Ele começou, de cabeça baixa, e parecia... Envergonhado? Talvez...

- Confuso sobre o que? - Perguntei hesitante. "Entrando em território perigoso. Repetindo: entrando em território perigoso!" minha consciência me avisava, mas eu não a escutava.

- Em relação a... - Ele finalmente olhou nos meus olhos. - Você.

Meu cérebro congelou. Minha respiração parou. O mundo parecia estar desacelerando. "Fuja para as montanhas!" minha consciência tentou me avisar pela última vez, mas, para variar, não a escutei.

- Co-como assim? - Perguntei, gaguejando, em um fio de voz.

- Você me deixou mais confuso do que eu já estava. - Ele respondeu e riu fraco. - Eu achava que gostava de uma garota que eu conheço há muito tempo, mas aí... - Ele suspirou. - Você apareceu.

- Eu... Eu não... - É, meu cérebro estava mesmo congelado! Eu já não estava mais falando coisa com coisa! 

Me afastei lentamente de Peter, mas ele pareceu notar e se aproximou mais um pouco.

- Eu não sei bem o que estou sentindo. - Ele admitiu. - Só sei que me sinto atraído por você. - Ele chegou mais perto.

- Peter, eu... - Tentei falar algo como "nunca daria certo" ou "estou afim de outro cara" ou qualquer outro desses clichês, mas ele me interrompeu... Me beijando.

No início eu tentei ao máximo me desvencilhar de seus braços, mas ele era muito mais forte do que eu. No final, acabei me rendendo e retribuindo.

Seu beijo era muito diferente do que eu imaginava. Pensei que seria algo como "suave e doce", mas estava mais para "forte e cheio de desejo". Nada do que eu esperava em um beijo. O que me fez lembrar do meu primeiro beijo...


- Anda logo, Cindy! Ele não vai esperar a noite toda! - Disse Alison, impaciente.

- Eu acho que só vou tomar mais um golinho de ponche! - Respondi dando um sorriso amarelo.

Estávamos no beile do 1° ano, ou seja, o beile do ano passado. Eu tinha 15 anos e sim, a Alison era a minha melhor amiga.

O motivo da discussão? Resposta: John Collins. Simplesmente o garoto mais bonito da escola, super popular e capitão do timne de futebol. Vivia rodeado de amigos, rindo por todo canto, tinha todas as líderes de torcida que queria... O sonho de toda adolescente! Inclusive o meu. Sim, eu era apaixonada pelo John Collins. Meio clichê, não é? Espere que fica pior!

Como toda boa melhor amiga, eu contei para a Alison que estava apaixonada por ele e ela logo tratou de fazer planos e mais planos para que eu conseguisse ficar com ele. Claro que a Alison nunca foi o maior exemplo de inteligencia, mas, no geral, seus planos davam certo.

- Larga esse ponche e vai logo! - Alison disse, começando a ficar nervosa e tirando o copo da minha mão.

Ela colocou o copo em cima da mesa e cruzou os braços, me encarando. Rolei os olhos e a puxei para um canto.

- Alison, eu já disse: eu não vou beijar um garoto na frente da minha mãe! - Falei em um tom mais baixo.

- Mas não vai ser na frente da sua mãe! - Ela disse como se fosse uma coisa óbvia e eu levantei uma sobrancelha. - Vai ser no estacionamento. Sua mãe vai estar aqui dentro e não vai ver nada. Pronto, simples assim! - Ela sorriu vitoriosa.

- O que eu quis dizer é que eu não vou beijar ele na mesma festa que a minha mãe está. - Expliquei devagar.

- Meninas? - Minha mãe nos chamou, se aproximando de onde estávamos.

- Sim. - Me virei para ela.

- Seu pai e eu estamos muito cansados, já que fizemos hora extra ontem, então será que você se incomodaria de dormir na casa da Alison hoje? - Minha mãe perguntou para mim e claramente se referindo a Alison.

- Pode deixar, tia! - Alison respondeu por mim. - Tenho certeza que minha mãe não vai ligar... Ela já está até acostumada a Cindy dormir lá em casa!

Permaneci em silêncio até a minha mãe agradecer, se despedir de nós e se retirar.

Alison deu um sorriso malígno para mim.

- Hoje você não sai daqui sem ser beijada! - Ela riu e me arrastou até o estacionamento.

A porta dos fundos do ginásio dava para um estacionamento não muito grande, mas que estava lotado por conta do baile. Congelei na porta quando vi a silhueta de alguém encostado em um carro. Não, não era um carro, era "O carro". Um coversível vermelho. Mas espera... A única pessoa que tinha um coversível vermelho na escola era...

- Como você conseguiu trazer John Collins até o estacionamento? - Sussurrei para Alison, que tentava me empurrar na direção dele.

- Tenho meus contatos. - Ela respondeu impaciente. - Anda logo, Cindy! Ele disse que só quer conversar com você!

- Só conversar? - Perguntei irônica.

- Ok, ok... Você me pegou! Eu espero, sinceramente, que vocês não "apenas conversem", mas ele disse que quer falar com você. - Ela respondeu sincera.

- Ele disse mesmo isso? - Perguntei e ela assentiu. Suspirei. - Tudo bem, eu vou até ele.

Alison comemorou silenciosamente, fazendo sua "dancinha da vitória", me abraçou, disse um "boa sorte" e voltou para dentro do ginásio. Respirei fundo  e me dirigi ao conversível vermelho.

Quando me viu, John fez sinal para que eu ficasse ao seu lado. O obedeci, mas com uma certa distância dele.

- Então... O que você queria conversar comigo? - Perguntei meio hesitante.

Ele deu um sorriso de canto que me derreteu toda por dentro, mas não demonstrei.

- Bem... Eu tenho te observado bastante... - Ele começou e se aproximou um pouco. - E notei que você é bem... Interessante.

Comecei a sentir um cheiro um pouco estranho, que eu sabia que conhecia, mas não lembrava o que era ou de onde eu conhecia. Resolvi deixar de lado.

- Interessante? - Perguntei, tentando soar indiferente, mas acho que saiu mais como uma ironia.

- É... Interessante. - Ele se aproximou mais e passou um braço por minha cintura. - E também muito bonita.

Comecei a entrar em pânico.

"É agora!" pensei. "O que eu faço?!"

Minha respiração acelerou.

- Bonita? Eu? - Perguntei incrédula.

- Sim... - Ele nos aproximou mais, agora nossos lábios estávam a apenas alguns centímetros de distância. - Linda, na verdade.

Então ele me puxou para que eu ficasse de frente para ele e selou nossos lábios. O beijo começou lento e foi ficando mais rápido, mais urgente. Sua mão, que estava na minha cintura, foi escorregando até chegar a minha bunda. Sem parar o beijo, tirei sua mão dalí e a recoloquei em minha cintura. Ele fez isso mais uma vez e eu parei o beijo, me afastando um pouco.

- John... Não coloque mais sua mão... Naquele lugar... Ok? - Pedi, um pouco envergonhada.

- Ah, claro, sem problemas. - Ele respondeu distraidamente, me puxando novamente para ele e voltando a me beijar.

Finalmente reconheci o maldito cheiro. Eu sempre o sentia quando meu pai chegava tarde em casa e ele e minha mãe discutiam. Álcool. John havia bebido e não foi pouco. Parei o beijo novamente e me afastei dele.

- Você bebeu? - Perguntei, um tanto assustada.

- E isso importa? - Ele perguntou, com tom de desdém.

- Importa para mim. - Me ofendi e me afastei mais dele, mas senti minhas costas encostarem na latera de outro carro.

"Ai meu Deus! Encurralada!" pensei desesperada.

- Hoje você não me escapa. - Ele disse, sorrindo demoníacamente, o que fez eu me arrepiar (mas de um jeito muito, muito ruim) e colando seu corpo no meu, me impedindo de sair dalí.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então o que será que aconteceu com a Cindy??
Mereço alguns reviews?? (mesmo tendo ficado muuuuito tempo sem postar?)
Beijinhos e até o próximo capítulo!