Um Dia Tudo Muda escrita por Niina Cullen


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Genteeeeeeeee... Eu não resisti, tinha que dar mais uma postada rs (:
É uma forma de agradecimento... Temos uma leitora nova, a Bruna (: http://www.fanfiction.com.br/u/98553/ Que veio me prestigiar com os seus Reviews, graças a Helena http://www.fanfiction.com.br/u/96825/ que indicou a minha Fic para ela... Meninas, sei que esse espaço, falando sobre seus nomes, seus links, nunca será o suficiente para agradecer, mas vou tentar... OBG mesmo, por vocês estarem aqui, acompanhando a FIC, chorando junto comigo rs (': Espero nunca, jamais decepcionar vocês... E se isso acontecer, em relação a minha Fic, me avisem, PLEASE!!!
Aaaah... Vocês, que os nomes não estão citados aqui: Obg por continuarem comigo!!!
Aaah... É claro... Boa Leitura!!!



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Um Dia Tudo Muda

Capítulo 10

Mais uma manhã nasceu. Para uns, seria como qualquer outra, para outros, uma manhã feliz, e para a família Cullen, seria dolorosa, pois seria mais um dia sem Elisa. Perder alguém que se ama, não é fácil, ainda mais quando esse alguém não viveu nada do que tinha pra viver, porque a vida foi interrompida. Eles não se viam tão dependentes de Elisa, pois nunca a perderam, e nunca pensaram nessa possibilidade. Um dia, tudo muda. E tudo mudou na vida deles. Cogitar a possibilidade de que o amor supera tudo, era uma coisa que Bella não via escapatória – escapatória para a dor – pois a dor a puxava para outra dimensão, a dimensão do afastamento...

Edward acordou, e se deu conta – depois de passar a mão ao seu lado – que Bella não estava na cama, e nem no banheiro ou no closet, quando este se levantou preocupado, querendo saber onde ela estava.

Ainda estava cedo, mesmo que o tempo nublado impedisse de saber que horas eram. Edward pegou seu relógio de pulso no criado mudo do seu lado da cama, vendo que já eram sete e meia da manhã.

Saiu do quarto, passando a mão no cabelo, quando se deu conta que Bella só poderia estar em um local: quarto de Elisa.

Atravessou o corredor, e abriu a porta, vendo que ela não estava ali. A cama estava desfeita, sinal que ela havia dormido ali. Ele entrou no quarto, sentindo o cheirinho de Elisa – ainda presente no quarto – e o de Bella, mesclado.

Ele respirou fundo, se dando conta, de como tudo seria difícil para Bella. Mas também estava sendo pra ele. Ver os ursinhos de Elisa, e se lembrando do nome de cada um – como Elisa havia dito, quando ganhará cada um.

- Esse daqui é o Teddy. – Elisa dizia para o pai, apontando para o maior urso, dado pelo vovô Carlisle. – Aquele dali é o Jazz. Ele não fala muito! – Elisa sussurrou, perto do ouvido do pai.

Edward sabia o porquê desse nome, pois foi Jasper quem o deu a Elisa, e ele sempre foi muito na dele.

- Esse é o Pluvi. – Ela continuava a dizer os nomes dos ursinhos de pelúcia.

- Esse é o quê? – Edward perguntou, sem entender, mas mesmo assim riu.

- O Pluvi papai. – Elisa disse, revirando os olhos, assim como Bella fazia. – É que um dia tava chuvendo, e o vovô falou algo palecido, e eu só lemblei do começo, ai coloquei nesse ulsinho aqui... – Ela pegou o ursinho e o abraçou forte, ela não tinha um favorito, ela amava todos eles.

- Aah. Acho que o vovô quis dizer “pluvial”. – Edward disse, rindo.

- Ahãn. Mas Pluvi é mais bunitoooo. – Ela disse intensificando a ultima palavra e sorrindo para o pai.

- Mais bonito do que o papai? – Edward perguntou, tentando parecer decepcionado, mas não havia como, com aquele sorriso estampado no rostinho da filha.

- Não né, papai. – Elisa disse, revirando os olhos, e indo abraçar o pai. – Tem mais um que quelo te moustlar. – Disse ela, se afastando dos braços do pai. – Ele tá lá i cima. – Ela apontou para a prateleira.

Edward não precisou ficar na ponta dos pés, como Bella ficaria para pegar o ursinho que ali tinha. Quando Edward olhou para o ursinho, percebeu que eram três cada um do lado do outro... Ele entregou para a filha, e ela abraçou apertando os três ursinhos que estavam juntos.

- Assim vou ficar com ciúme. – Edward disse, se sentando na cama da filha.

- Não picisa ficá com ciúme papai. – Elisa disse. – Esse aqui, o maiô, é você. Essa daqui, com o laçinho loxo é a mamãe, e essa piquinininha, so eu.

- Todos juntos. – Edward disse mais para si mesmo, entendendo o porquê do abraço.

- Ahãn. Juntos, assim como nos tlês somus!

Sim, os três estariam juntos, mesmo que Elisa não estivesse ali, presente. Eles voltariam a ser uma família unida. Edward traria seu amor de volta para a vida, pois Elisa não gostaria desse afastamento, mas não só pela filha, também pelo o amor dos dois, que continuava vivo, e sempre continuaria.

Edward deixou suas lembranças no quarto de Elisa, e foi em direção as escadas. Ao descer o ultimo degrau viu que ela não estava na sala...

- Carmen? – Edward chamou a empregada que acabara de sair da sala de jantar, devia estar arrumando a mesa para o café da manhã. – Você viu onde está Bella? – Ele perguntou, mas não precisou de respostas, olhou pela porta dupla de vidro que levaria para o jardim, ainda a procurando, e a avistou sentada na cadeira, perto da mesa, na beirada da piscina, com as pernas coladas ao corpo e a cabeça apoiada nos joelhos.

Edward simplesmente seguiu porta a fora, sem perguntar mais nada a Carmen.

Carmem estava tão triste com isso tudo. Com a morte de Elisa, o anjinho que ela vira crescer... Ela queria muito que tudo se ajeitasse na família Cullen, que o senhor e senhora Cullen, voltassem a ser o casal perfeito que ela tanto julgou ser. Carmen tinha uma coisa para dizer ao senhor Cullen, mas não sabia como.

- Amor? – Edward chamou Bella, sabendo que não a assustaria, pois ficou de frente para ela. Ele não obteve resposta, nem um desvio de olhar do ponto fixo que Bella olhava.

Ele se agachou – ainda de frente para ela –, tentando roubar a atenção dela, daquele ponto invisível da piscina, mas nada de novo. Aquilo estava preocupando Edward. Bella tinha uma feição cansada, e os olhos vermelhos – sinal de que as lágrimas não haviam deixado-a –, mas ainda era a Bella dele, o amor da vida dele, que precisava de ajuda, para sair daquela escuridão onde não havia esperanças para o amor deles, que só havia dor e sofrimento. Mas e se Bella não quisesse essa ajuda? Não quisesse sair dessa escuridão?

- Eu estou indo tomar café da manhã. Você vem comigo? – Edward perguntou com esperanças, que se esvaíram quando Bella continuava a olhar para o nada. Quando na verdade, ela olhava para os anos de dor e vazio que viveria sem a filha. – Bella? – Dessa vez Edward sussurrou, e tomou a liberdade de colocar as duas mãos em cada lado do rosto dela, foi quando ele viu que uma lágrima escorreu dos olhos dela, dando passagem para mais. Foi tudo tão rápido: Bella se jogou nos braços dele. Edward não esperava por isso, Bella estava tão distante. Mas foi bom sentir o calor do corpo dela contra o seu. Ele esperara por todo esse tempo – desde o acidente – por esse contato, e agora ele o tinha, e não queria que fosse interrompido.

- Eu queria que ela estivesse aqui Edward, aqui. – Bella tinha uma voz baixa, por causa do choro. Molhava o ombro nu – ele usava uma regata – de Edward com suas lágrimas, numa tentativa vã que aquilo, aquelas inúmeras lágrimas e o abraço dele, levassem a dor embora, e trouxesse sua pequena de volta. Mas o que há com a gente? Que só queremos o que é impossível?

- Se eu pudesse Bella, eu a traria de volta. – Edward sussurrou no ouvido dela. – Eu iria até no lugar dela se fosse possível. Só para que você não sofresse mais. – Ele sussurrava com dor, mas mais dor ainda foi dizer a ultima frase. Será que Bella também sentiria essa dor, mesmo por um amor diferente de mãe e filha? Será que se Edward tivesse a oportunidade de trazer a filha de volta e ele fosse no lugar dela, Bella sofreria também?

Esse tipo de assunto é algo que nenhum podia prever, nem eu. Pois poderia não ter resposta. Lógico que Bella sofreria, mas ela teria Elisa para cuidar, e agora, só Edward e ela, ela não tinha quem cuidar quem ler uma história, ou cobrir no meio da noite. Amor de mãe e filha é diferente de um amor entre um homem e uma mulher. Edward sabia disso, e não seria ele a sobrepujar a dor do amor da vida dele. Pois a dor de perda de uma filha é uma dor que não há como superar, mas há como continuar a viver, e era pra isso que Edward estava ali. Para trazer a vida que se perdia em Bella.

Bella não conseguia pensar no que Edward disse, ela só via e sentia aquela dor excruciante, mais nada...

- Você me acompanha? – Edward voltou à pergunta que ele queria saber, e que ainda não teve resposta. Ele queria que outro assunto fosse abordado, e não o que traria dor, mas ele sabia, que nada que ele fizesse ou dissesse, mudaria alguma coisa.

- Onde? – Bella sussurrou a pergunta.

É ela não tinha ouvido nada do que Edward disse no começo, e nem se importado a pensar no que ele disse ainda há pouco. Mas a culpada era a dor, a dor que fazia isso.

- Carmen está servindo o café da manhã no lugar de sempre, na sala de jantar. Vamos comigo? – Eles ainda não tinham se separado do abraço, mas foi Bella que resolveu isso, o que Edward temia, pois sempre seria ela a se afastar.

- Eu não quero comer nada. – Bella disse fria, enxugando as lágrimas que teimavam em escorrer pelo rosto dela.

- Você precisa comer algo. Desde que saiu do hospital, você não comeu nada. – Edward disse ainda na mesma posição, mas sem sentir o calor do contato dela, só o sentia ainda, pois eles não estavam muito afastados, e o calor dela, irradiava até ele.

- Eu não estou com fome. Vai você! – Ela retomou com aquela voz fria e se levantou da cadeira em que estava, e seguiu para a porta dupla que dava para a sala.

Um trovão atravessou o céu, fazendo Bella parar a meio caminho da porta dupla. E foi ai que Edward resolveu dizer o que estava sentindo.

- Você não tem culpa do que aconteceu. Mas me culpa. – Disse ele, com convicção.

Bella se virou para olhá-lo, ele continuava no mesmo lugar – em frente à cadeira onde há poucos segundos ela estava, mas agora ele estava em pé e não agachado.

- Me culpa por talvez pensar que a minha dor não é a mesma que a sua. Que eu podia sei lá... Impedi-las de sair daquela garagem. – Edward gritou apontando para o local onde ficava o estacionamento.

Bella estava assustada com a reação de Edward, mas não o culpava como ele dizia. Ela própria se culpava, e isso de se afastar de ser fria, era a única forma dela se punir pela culpa que a corroia a cada segundo. E ninguém sofria mais do que ela, isso ela tinha certeza. Mas ela estava enganada... Edward sofria, mas quando decidiu ser forte, foi por ela, pois ela, Bella, precisaria de toda a força, de todo o amor dele, e não era hora para Edward simplesmente se entregar a dor que também o dilacerava, era hora deles recomeçarem, recomeçarem juntos.

- Não. Você não tem ideia do que se passa aqui. – Bella bateu em punho com a mão, com força no coração, não ligando pela dor que causou, pois essa não se comparava a já existente nele.

- Um dia eu tive. Mas agora você o fechou. Fechou para o seu sofrimento! – Edward se referia com dor ao coração de Bella.

- Eu perdi a pessoa mais importante da minha vida. E nem ao enterro dela eu pude ir. – Agora era Bella que gritava, olhando a pouca distância para os olhos de Edward, onde ela disse para si mesma que não se perderia naquela imensidão de verde água.

Carmen ouvia a tudo, sem saber o que fazer. Era inevitável não escutar, até mesmo do canto mais afastado da mansão, talvez até os jornalistas – assunto que Carmen queria contar para o senhor Cullen – poderiam estarem ouvindo, e reportando no jornal da CNN ao vivo agora. Ela ligou a tevê da cozinha, só para ter certeza. Estava passando outra reportagem, mas no rodapé dizia: “Daqui a pouco, novas informações sobre a família Cullen, ao vivo, aqui, na CNN”.

– Oh meu Deus! – Ela rezava para que não fosse nada como: “Briga do casal que era perfeito”. Ela queria dar um jeito nisso, mas como?

No jardim... Onde já chuviscava.

- Você não foi ao enterro dela, porque estava em coma induzido. – Edward disse, tentando acalmar os ânimos. Será que isso já não havia sido ‘discutido’?

- E se eu não estivesse nesse como induzido? Você me levaria mesmo assim? – Bella queria saber. Ouvir da boca dele. Ela insistia nisso.

Edward hesitou, e foi só o que Bella precisou para confirmar os seus pensamentos egoístas.

- Eu não te levaria para o seu próprio bem. – Ele resolveu dizer, depois de segundos intermináveis.

- O MEU PRÓPRIO BEM ERA ESTAR COM A MINHA FILHA. – Ela foi firme às palavras.

Em nenhum momento, Edward viu mentira nas palavras ou no olhar frio dela. É lógico que ela queria estar com a filha, chorar enquanto todos tinham ido embora, se despedir devidamente, e não como foi ontem, onde Elisa já estava enterrada...

- Então deixe o nosso amor de lado. E se entregue a essa dor sem fim. – Edward falou, na mesma frieza que ela proferia todas aquelas palavras, e seguiu para o estacionamento. Onde ele não queria mais discutir, só queria se lembrar onde em uma manhã – não parecida como esta –, onde tudo estava perfeito e feliz e depois, tudo mudou. Ele queria chorar, sem que Bella visse, pois talvez, só talvez, ela agiria com a mesma frieza que estava agindo. Era assim que ele queria pensar, que o talvez, ainda quisesse dizer que ela o amava, e que a dor, um dia ficaria lá no fundo, dando uma chance para o amor deles.

Bella continuava na mesma posição em que estava, em pé, olhando para onde Edward seguia. Como ela podia ser tão boba, a ponto de simplesmente permitir que Edward tivesse essa impressão dela? Como deixar que aquele vazio, aquela dor, superasse o amor deles? Como se esquecer da filha, e voltar a ser a família perfeita? Não, não tinha como. Dar a chance para o amor, não significava esquecer a filha ou que a dor fosse embora e que o vazio fosse preenchido pelo amor da vida dela. Elisa tinha um espaço no coração dela, que nunca seria preenchido. E não era isso que Edward queria fazer. Só queria que Bella voltasse, voltasse para ele, e que ambos ficassem juntos, sempre se lembrando de Elisa, mas pelos momentos bons, inesquecíveis, e não pela dor que ambos passavam, depois de perdê-la. Não era assim que devia ser?


Bella correu para as escadas – mesmo com a bota ortopédica – chorando. Só queria que a dor terminasse com ela – como estava fazendo – e a levasse embora. Levasse embora aquela culpa, que se tornara maior por tudo o que Edward disse.



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Notas finais do capítulo

Como já disse, alguns capítulos atrás... Eu acho... Tenho vários capítulos prontos... Gosto de presentear vocês - se considerarem mais um capítulo, um presente, mas para mim, quando gosto mesmo de uma FIC - Uma Mãe Para o Meu Bebê (precisava falar rs) gosto pra valer... E é um presente sempre quando posso ler o próximo capítulo.
Vocês... Que continuam comigo, OBG! Podem ter a certeza, que continuo por cada uma de vocês! E pela minha pessoa também né rs... Amo escrever, e ainda mais quando sei que estou encantando vocês com as minhas palavras. Convencida? Sorry, mas vocês me fazem assim rs!!!
Hã... E ai? O que acharam do estado de torpor da Bella? Precisava colocar a parte em que ela se 'entrega' para o Edward - o momento abraço - mas é claro... Vem o vazio, e acaba com tudo )''':
Uma culpa pode acabar com um amor? Uma culpa sem 'fundamento'? O que vocês acham? ... Vale lembrar aqui, que o meu intuito não é de fazer vocês odiarem o Edward, ou a Bella, e sim, com a opinião de vocês, perceberem o que eles estão passando... Para que no final possam ver onde cada um errou, ou se errou mesmo!!!
Vale ressaltar, o que vocês já sabem... Que amo ler o que vocês pensam rs (: