O Livro Dos Deuses (Hiatus) escrita por Victor Everdeen Jackson


Capítulo 17
Capítulo 17- Amigos... Talvez não


Notas iniciais do capítulo

Voltei, espero que gostem, até lá embaixo!!



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(Pov. Nico)

   Me contorci, tentando me livrar das algemas, de algum modo eu sentia que não estava morto, aquelas algemas eram reais demais, minhas roupas estavam em farrapos, e eu sentia frio, pois minha jaqueta estava jogada do outro lado, minha camiseta estava rasgada no peito, Bianca, Beckendorf e Silena estavam ao meu lado, os três desacordados, os cabelos de Bianca estavam cortados na altura dos ombros.

   Depois que Bianca sumiu com meu pai, eu ataquei a mulher, indefeso, sim eu sei, foi uma burrice, mas eu não sabia o que fazer. Démeter e Perséfone se postaram na frente da mulher e estenderam as mãos, o chão se transformou em grama, e eu afundei, vários tentáculos, acho que feitos de cipós me agarraram, pelas pernas e braços e me levaram para uma espécie de calabouço, mas não parecia o de meu pai, tinha um leve brilho roxo, algemas me prenderam com os braços para cima, então meu pai apareceu, ele vestia uma armadura completa, alem de seu Elmo das Trevas, só tive tempo de murmurar um “Pai”, antes de ele estender a mão para mim e uma onda de escuridão me atingir, ele estava me torturando, parecia que um milhão de chicotes estavam me atingindo ao mesmo tempo, e que varias facas raspavam em meu corpo, quando ele parou, eu ergui meu rosto para ele, esse simples gesto já custava muito.

   -Por quê? – murmurei, ele apenas fez uma cara confusa e sumiu em um ciclone de sombras.

   Logo a porta de ferro se abriu, e Bianca foi jogada lá dentro, sua roupa de caçadora rasgada, seu cabelo antes longo estava cortado na altura dos ombros, ela bateu no chão e ficou desacorda, gritei seu nome varias vezes, mas ela não acordou, nem eu consegui me soltar, então a porta se abriu novamente, e Beckendorf e Silena foram jogados lá dentro também, eles logo ficaram presos as paredes, por Telquines, que prenderam Bianca também, os três ficaram desacordados, e aqui estamos.

   A porta se abriu novamente com um estrondo, dois soldados esqueletos entraram me soltaram e eu caio no chão, incapaz de me mexer, eles me pegaram pelos braços me arrastaram por uma escada em espiral que eu não sabia que existia, eles pararam em frente a portas duplas feitas de ouro maciço, ela se abriu sozinha, e a mesma mulher que eu encontrei antes, mas seus cabelos estavam maiores, e sua pele normal, seus olhos eram vermelhos, a mulher estava sentada em um trono feito de ossos, o trono de meu pai, a sala estava coberta de tapeçarias antigas, todas com imagem de monstros e armas. Ares passou por aqui. Pensei incapaz de formular pensamentos coerentes. Os esqueletos me jogaram de joelhos no chão e me encolhi como uma bola.

   Senti o olhar da mulher em cima de mim, ouvi um estralar de dedos e comecei a voar... Voar não, flutuar, levitar, como, como, como o vento. Abri os olhos infimamente e vi que ela apontava um dedo para mim, percebi (não sei como notei esse detalhe, pessoas torturadas tem certas coisas que não sabem explicar, pergunte a Cinna do Thg, qualé? Eu sei ler tá?) que tinha um anel em seu dedo, era branco com uma pedra dourada no centro, ela percebeu que eu olhava e sorriu.

   -Gostou? “Presente” de seu querido primo Apolo para mim.

   -Apolo... ? Q-Quem é você? – perguntei fracamente.

   A mulher sorriu e em resposta apontou novamente o anel para mim, um raio saiu dele e me atingiu, me contorci no ar. Então a mulher fechou a mão e um brilho roxo envolveu-a, um cajado apareceu em sua mão, com um metro, feito de madeira, com a cabeça de um leão na ponta.

    -Uma serva de meu pai, você... Cajado... Hécate, mas você era uma deusa boa.

    -Falou certo, era garoto era.

(Pov. Jaden)

   Olhei furtivamente para Marissa e para Edwin enquanto Quiron explicava sobre a ultima guerra, na qual Cronos tentara se erguer, sem palavras nós nos entendemos:

   Você acredita nisso? “Perguntei” para Edwin e Marissa, ele deu os ombros e ela me olhou assustada.

   Minha mãe, a vilã, eu não deveria estar aqui, todos me tratam como uma espiã, ela falou, franzi a sobrancelha e falei sem emitir som algum

    -Ei, não fique assim, você não é a única filha de Hécate aqui, esqueceu?

    -... Então, o que acha Jaden? – perguntou Quiron se referindo a mim.

    -O que? Desculpa, não entendi, poderia repetir? – pedi, Willian e Victoria reviraram os olhos, mas Quiron assentiu.

     -Claro, eu perguntei se você tem uma idéia de para onde devem ir?

     -Quiron – falei receoso – Eu tenho uma suspeita, mas não sei se você me entenderá.

     -Diga – ele falou entrelaçando os dedos.

     -Eu acho que a culpada é Hécate, a deusa da magia, e ela não é uma serva de Hades?

     Pietro se levantou furioso.

     -Está insinuando que minha mãe está tentando acabar com o Olimpo e conosco? – ele gritou apontando o dedo indicador para meu rosto.

     -Pietro... – comecei, mas ele me interrompeu me empurrando.

     -Não venha com essa, só porque você é filho de Zeus não quer dizer que você é melhor que ninguém Jaden – ele gritou.

     -Eu não disse isso – me justifiquei – Eu só disse que...

     -Cala boca – ele me empurrou novamente e saiu da Casa Grande tempestuosamente, Samantha se entreolhou com Alice e saiu atrás de Pietro, eu me sentei novamente, me sentindo pior do que já estava agora eu provavelmente tinha perdido um dos poucos amigos que eu fiz ou faria aqui.

(Pov. Pietro)

    -Não venha com essa, só porque você é filho de Zeus não quer dizer que você é melhor que ninguém Jaden – gritei.

    -Eu não disse isso – ele tentou se justificar – Eu só disse que...

    -Cala a boca – interrompi-o e sai da Casa Grande, ele não tinha o direito de falar mal de minha mãe, não tinha.

     Todos os campistas ficaram me olhando, ignorei-os e segui para praia, me sentei na areia e dobrei os joelhos observando o mar, Poseidon devia estar de bom humor, pois a água estava calma, alguém se sentou do meu lado, olhei para a direita e vi uma cabeleira negra.

    -Porque veio atrás de mim? – perguntei voltando a fitar o mar, Sam suspirou e falou:

    -Você sabe que Jaden tem razão.

    Abaixei a cabeça.

    -Eu sei, mas é que... Saber que sua mãe quer derrubar o Olimpo não é muito legal.

    -Pietro, eu...

    Olhei para ela, seus olhos negros brilhavam como se ela soubesse como o que eu sentia. Então, inconscientemente eu aproximei meu rosto do seu e a beijei, ela segurou em meus cabelos, aprofundando o beijo.

     -Sam, eu... – falei quando nós nos separamos, eu totalmente corado.

     -Pietro, eu te entendo – ela falou colocando uma mecha de seu cabelo atrás da orelha.

     -Como assim? – perguntei realmente sem entender.

     Então ela começou a contar sua história, da qual nenhum de nós tínhamos ouvido ainda.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Pietro e Sam? Qual a história de Samantha? Veremos no próximo capitulo: A história de Samantha.