Ciganos Vampiros escrita por Titina Swan Cullen


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Oieeeeeeeeeeee
E aí povo, Uhuuuuuuuuu
Desculpem os erros, revejo amanhã
Boa leituraaaaaaaaa.......



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Pov Edward

Com Isabella em meus braços corri o mais rápido que minha velocidade vampirica permitia, em direção ao meu quarto. Ou melhor, nosso quarto. Ainda estava bagunçado por causa do incidente; apenas uma luz fraca que vinha por uma fresta indicava que já estava amanhecendo. Com certeza os empregados deveriam estar muito ocupados tentando arrumar a bagunça causada com a invasão. Com cuidado puxei a colcha e deitei Isabella nos travesseiros. Só esperava que Zafrina fizesse as tais semideusas sumirem para sempre e que logo minha bebê acordasse para que eu contemplasse aqueles olhos marrons perfeitos.

Olhei para minhas mãos e roupas sujas e resolvi tomar logo um banho, assim quando ela acordasse me dedicaria exclusivamente a ela. Peguei uma calça larga e uma blusa de malha branca e segui para o box. Levei um tempo para acreditar que o reflexo no espelho era o meu. Como diziam as mulheres, eu estava um caco, com olheiras enormes quase tão escuras quanto as da sede, meu rosto e peito sujos de sangue e meu cabelo, bem... deixa pra lá, esse não tinha mais jeito mesmo.

Quando voltei ao quarto um vento frio matinal entrava pela janela. Fechei as persianas e cortinas e fui até o enorme closet tirando de lá uma grossa manta.

Isabella estava encolhida com as pernas dobradas e os cabelos espalhados sobre o travesseiro. Seus lábios sempre rosados agora tinham uma tonalidade levemente azul, provavelmente devia estar com frio. Desdobrei logo a manta e a cobri. Me deitei por cima da coberta ao seu lado, tentando ao máximo não fazer nenhum barulho ou mover o colchão. Seu rosto sereno era tudo do que eu precisava no momento; saber que ela estava aqui comigo e protegida. Fiquei tão imerso na imagem a minha frente que não percebi quando dormi.

Senti meu corpo quente como se estivesse ao lado de uma lâmpada acesa. Abri os olhos e vi o porquê. Isabella estava deitada de frente para mim, seu rosto se afundava em meu peito e meu braço possessivo ao redor de sua cintura. Isso realmente acabaria com meu auto controle. Seu corpo quentinho, macio e perfumado acabou mexendo com meu corpo também. Parecendo adivinhar as intenções que brotavam em mim, Isabella rolou pro outro lado se afastando.

Ela estava descoberta mas não parecia sentir mais frio. Com cuidado me sentei na cama e percebi alguns arranhões em sua pele. Como entendia de primeiros socorros, tratei logo de limpá-los. Fui até o box pegar uma toalha limpa. Abri a torneira e esperei um pouco que a água quente umedecesse o tecido.

Tinha receio que pudesse machucá-la por isso toquei de leve com a toalha úmida seus ferimentos. Um arranhão em seu braço era o mais visivel, depois outro no ante braço e outro em seu ombro. Um sentimento angustiante me atingiu em imaginar como ela havia se ferido. Talvez um dos guardas ou até mesmo aquele vampiro que havia atirado em Jasper, ainda tinha isso pra me preocupar. Mas por hora, somente meu bebê receberia minha total atenção.

Perto do arranhão em seu ombro havia uma marca com o formato de uma estrela; me abaixei para olhar melhor e inesperadamente fui inebriado com seu perfume; estava muito próximo a ela e seus cabelos espalhados na cama deixavam ainda mais forte seu aroma. Olhei seus lábios rosados entreabertos e queria poder prová-los novamente, senti minha boca seca encher com o veneno quando imaginei, por antecipação, provar o delicioso sangue adocicado novamente. Fechei os olhos me inclinando para aproximar minha boca à dela. Antes que a tocasse, Isabella se mexeu lentamente e me amaldiçoei por estar me aproveitando dela. Sua camisola subiu um pouco com o movimento deixando a mostra parte de sua coxa. Continuei imóvel com medo que qualquer centímetro que me mexesse acabasse com todo meu juízo e pulasse em cima dela. Minha mãe tinha razão em não querer nos deixar a sós; era muito difícil ignorar o sentimento de amor e desejo que sentia por ela.

– Edward? – ouvi sua voz baixa e melodiosa.

– Me perdoe se lhe acordei. – disse a fitando. Isabella estava com um ar levemente engraçado, digo até um pouco desorientada; seus olhos marrons ainda estavam sonolentos e seus dentes da frente, um pouco maiores que os outros ajudavam a formar o ângulo perfeito de um “o”.

Ela começou a se mexer fazendo menção de se levantar.

– Espere...- a empurrei levemente para que continuasse deitada – está fraca e precisa descansar. Como se sente?

– Me sinto bem, só... um pouco zonza. Aconteceu alguma coisa? – perguntou franzindo a testa.

Continuei analizando-a esperando que fosse alguma farsa da semideusa. Quando não obteve resposta vi a curiosidade em seus olhos. Me encarava com ternura e curiosidade.

– Você...está falando normalmente.- afirmei surpreso.

– Estou?- perguntou constatando. Dessa vez ela se levantou e eu apenas a ajudei colocando os travesseiros em suas costas.- Estou mesmo. – disse maravilhada.

– Como isso aconteceu?- perguntei serio, ainda a encarando. Ela baixou os olhos rapidamente mas antes pude perceber a decepção neles.

– Você...não gostou?- sua voz denotava um tom choroso. Segurei a ponta de seu queixo fazendo-a me encarar. Seus olhos estavam imersos nas lágrimas que se acumulavam.

– Ahh...bebê- segurei seu rosto nas mãos e as grossas lagrimas caíram livremente. – você não entendeu, como eu não ia gostar de você agora poder falar meu idioma tão bem?

– Eu pensei...- sua voz saiu fraca.

– Não; eu estava apenas me questionando e... – nessa hora uma duvida passou por minha mente – você se lembra do que aconteceu, lembra de ter sido controlada?

– Controlada?- questionou - Lembro de ter vindo em seu quarto e de conversarmos sobre...bem... você sabe.- disse com o rubor tingindo suas bochechas - Depois eu acordei e você estava aqui ao meu lado. Do que está falando? – indagou confusa.

Ouvi passos próximos no corredor e uma leve batida na porta.

– Edward? – chamou minha mãe. Olhei Isabella que ainda tinha os olhos molhados esperando por uma resposta.

– Você sabe que é muito importante para mim, não sabe?- perguntei me levantando- Tudo, absolutamente tudo é adorável em você. – dei um beijo na ponta de seu nariz. Isabella sorriu mas um sorriso que não chegou aos olhos. – Depois conversamos está bem?

Ela assentiu e quando toquei a maçaneta quebrada, Isabella pulou da cama me assustando.

– Esme...se ela me ver aqui, o que vai pensar?

– Amor, ela sabe que você está aqui. Não se preocupe.- Isabella me olhou em duvida por um instante mas concordou.

– Pronto mãe, aconteceu algo?- perguntei ao abrir a porta.

–Espero que nada de importante – disse em tom baixo - Como está Isabella?

– Oi. – respondeu Isabella saindo de trás de mim. Parecia um pouco constrangida.

– Querida como se sente?- perguntou já entrando no quarto, abraçando Isabella e já me expulsando. Até que demorou que ela viesse resgatar Isabella. – Deixe-a aqui comigo e vá ao escritório que seu pai quer falar com você.- disse em tom urgente.

–Mãe...

– Eu prometo que depois vou deixá-los a sós se é isso que pensa.- tocou meu rosto - Mas parece que seu pai tem algo urgente para falar.

Suspirei derrotado dando um ultimo olhar em meu amor. Não tive tempo de perguntar para ela sobre Isabella estar falando normalmente.

Segui apressado até o escritório. Agora com a luz do dia e menos cansado, dava para ver melhor o estrago pelo castelo. Vidros quebrados, moveis revirados e marcas de balas pelas paredes. Alguns chefes da segurança davam ordens e acenaram quando me viram, também os cumprimentei e apertei os passos. Só queria voltar logo para o quarto e ficar alguns minutos em paz com Isabella.

– Entre Edward. – ouvi meu pai dizer antes mesmo de eu chegar a porta. Na sala já estavam Emmet e Jacob. - E Isabella?

– Ela está bem,- disse – acordou agora pouco só que... diferente...- tentei encontrar as palavras.

– Falando pelos cotovelos? – indagou Emmet.- Rosalie também acordou assim e eu nem tive tempo de perguntar o que havia acontecido porque Zafrina chegou me mandando vir pra cá.

– Ela nos disse que talvez a experiência corporal por que passaram pudesse de algum modo influenciar um pouco na vida delas, - respondeu meu pai- mas que não seria nada a se preocupar.- soltei um suspiro agora mais aliviado.

– E quem ficou com Alice?- perguntei.

– Leah. – respondeu Jacob. Olhamos para ele em duvida; ela mesmo havia deixado claro que não apreciava a presença de suas irmãs– Não se preocupem; ela quer se redimir, está arrependida.- explicou.

–Muito bem, pela cara de vocês o assunto é grave.- disse me sentando na poltrona vazia ao lado de Emmet.

– Veja esse vídeo. – disse Carlisle apertando o botão no visor.

Uma menina de cabelos negros e compridos passava correndo em direção a lavanderia; logo um pequeno clarão vinha da direção que ela estava e em seguida as luzes apagaram. A câmera ativou o infra vermelho e foi possível vê-la correndo de volta.

– Eu a conheço.- disse pensativo.

– É a Bree, neta de Zafrina. – respondeu Jacob aproximando a imagem.

– Acham que ela está envolvida? – questionou Emmet.- Me dêem apenas um minuto com ela que a faço desembuchar.

– Não podemos agir assim. – respondeu Carlisle.

– Com certeza ela não agiu sozinha e se vigiarmos talvez ela nos leve até o vampiro que atirou em Jasper.- disse Jacob.

– Ou quem sabe até em Aro.- disse.

– Seja como for não quero que esse assunto saia daqui. Nem mesmo com a mãe de vocês.

– Mas sendo Bree uma espiã provavelmente aro sabe de todos os nossos passos e assim nossas companheiras não estarão em segurança.- disse em tom nervoso. Era só o que faltava, ter a tal Nadja no corpo de Isabella novamente.

–Acharei um jeito de falar com Zafrina. Por enquanto aguardem, nos reuniremos mais tarde para discutir sobre isso.- tirou o cd com o vídeo guardando na gaveta pessoal – Alguém mais viu o vídeo? – perguntou a Jacob.

–Somente eu. – respondeu Jacob.- Zafrina usou algum feitiço de esquecimento em Embry e nos outros guardas que estavam presentes durante o ataque.

– Ótimo, depois eu falarei com Jasper.

– Será uma grande decepção para Zafrina. A neta vem sendo criada para substituí-la no futuro.- disse Emmet.

– Deixem que disso depois eu me encarrego. Tem outra coisa que quero lhes falar.- Puxou da gaveta um grosso envelope; de lá tirou um convite luxuoso jogando sobre a mesa. Estava impresso com letras douradas e o brasão com uma estrela.

– Os Antares? – indagou Emmet pegando o papel.- Eles solicitam nossa presença; todos do reino.

Antares era um reino bem pequeno, uma espécie de ministério dos bruxos, mais do que isso; o poder que este conselho possuía superava tanto a força dos vampiros como a magia dos feiticeiros. O líder deste conselho era Demetri, mas seu poder maior era o carisma e justiça com que liderava a todos. Todos os reinos, sem exceção serviam a ele.

Após a grande guerra quando os povos se uniram, um dos ancestrais, Demetri, foi escolhido como um chefe espiritual do povo cigano. Seria como um papa da magia. O povo cigano ainda não confiava nos vampiros e fizeram um feitiço onde o escolhido teria uma parte de cada um dos bruxos. O poder foi tamanho que ele não só ficou forte e poderoso como conseguiu a imortalidade. Suas decisões afetavam diretamente aos humanos mas claro que dessa forma indireta, nós também éramos afetados.

Ele era responsável pelo reino de Antares e o conselho era formado apenas pelos moradores de lá, onde o pouco que sabia, eram treinados diretamente por ele para proteção do reino e decisões para outros clãs.

– Ele só notifica um reino quando é acusado,– disse Jacob – denunciado pelo trato inadequado com o povo. E isto está longe de acontecer em Darting.

– E mesmo nosso reino sendo o mais abastado de tanto recursos financeiros e materiais ibéricos, jamais gostaria de entrar numa batalha sem o apoio dele. – disse Carlisle com pesar.- O que me preocupa é que de alguma forma ele saiba sobre as semideusas.

– E porque acha isso?- indagou Jacob.

– O convite foi passado para todos os reinos – disse Carlisle- o assunto é do interesse de todos.

– Pai vocês são grandes amigos. – disse. Pelo que sabia agora, Demetri e minha mãe seriam os feiticeiros mais antigos da Terra. Minha mãe porque ao ter o enlace com meu pai ganhou imortalidade e ele pelo poder dado durante o feitiço.- Se algo fosse interferir diretamente em Darting ele já o teria procurado.

– Não sei,- respondeu duvidoso - já tentei entrar em contato com Demetri e não obtive resposta.

– E os outros reinos?

–Todos receberam o mesmo convite e também não tiveram mais nenhuma informação.

– E porque não vamos antes?

– Infelizmente só poderemos ir na data marcada, caso contrario nossos aviões não poderão sobrevoar o espaço aéreo de Antares.- respondeu ele - o que menos quero são problemas com Demetri, não agora que nos encontramos vulneráveis com as semideusas.

Ficamos em silencio absorvendo as palavras de meu pai. No passado elas foram as responsáveis pela quase destruição de todas as raças. Se por acaso imaginassem que elas podiam voltar a vida, com certeza viriam atrás de nossas prometidas. Seriamos considerados como traidores.

Jamais permitiríamos que fizessem mal a elas. Depois de tudo que passaram estarem agora sujeitas a isso era demais. Teríamos que achar um meio, uma estratégia para destruir quem quer que estivesse por trás disso. Seja Bree ou o tal Aro, faria pagar com a própria vida.

– Aqui pede que compareçamos no dia 9. – disse Emmet bruscamente.

– Isso é daqui a cinco dias. – respondi apreensivo.

– Tempo suficiente para realizarmos o casamento de vocês e apresentarmos suas companheiras.- respondeu Carlisle.

Os casamentos reais sempre deviam ser avisados a Antares. Não para seu consentimento mais para informá-los que novos membros estavm sendo adicionados ao governo dos reinos.

– Pai me desculpe mas se puder ....- Emmet disse e já se levantava olhando o grande relógio na parede.

– Tudo bem vão lá. – respondeu num tom divertido guardando o envelope - Eu sei como é isso, ficar longe de nossa prometida; ainda mais no inicio. Sem o laço final é muito difícil; chega a ser doloroso.

Dei graças aos céus por finalmente poder voltar pro quarto. Infelizmente com mais coisas para me preocupar. Mas minha total prioridade era manter Isabella salva e tranqüila, apenas isso. Depois de tudo que passamos, toda essa loucura de deuses e feitiços... precisava de um tempo a sós com ela e depois pensar com calma isso tudo.

– Mãe, Isabella – chamei ao entrar no quarto.

– Aqui meu filho.- respondeu Esme sentada no pequeno sofá no canto do quarto.

– Onde esta Isabella?

– Ela foi tomar um banho.- com um gesto me chamou para sentar ao seu lado - O que seu pai queria?

– Nada de importante, apenas falar sobre aumentar a segurança do castelo e sobre o casamento. – não sabia se poderia falar sobe Antares. Ela me encarou por um tempo e tentei sustentar o olhar.

– Você está com a mesma cara de seu pai. – acusou.

– Claro sou filho dele. Ou não?- respondi tentando descontrai-la.

–Está com a mesma cara de quem me esconde algo.- disse ressentida - Mas eu vou descobrir. – prometeu indo em direção a porta – E se comporte.

Não consegui pensar em nada para dizer, Dona Esme era muito perspicaz. Nessa hora ouvi o chuveiro ser desligado e meu coração deu um solavanco. Que droga eu estava parecendo um menino com os hormônios a flor da pele.

– Esme, já trouxeram a roupa?- ouvi a voz doce de Isabella atrás da porta. Imaginei ela enrolada na toalha, com os cabelos molhados caídos na costa e como eu senti nveja dessa toalha.- esme?

Ela chamou de novo só que dessa vez abrindo a porta. Foi a visão mais sexy e tentadora que tive em toda minha vida. Isabella estava envolta no tecido felpudo e com uma outra toalha secava os longo cabelo.

– Edward- disse me olhando surpresa. Com susto deixou a toalha que secava o cabelo cair prendendo com as duas mãos a que cobria o corpo.

– Desculpe.- pedi ordenando ao meu corpo para ficar de costas e dar a ela privacidade para se trocar, mas droga, ele não me obedecia.- Eu...eu vou sair e depois... – ótimo um marmanjo velho gaguejando. Isabella mordia o lábio inferior e seus olhos marrons estavam estatelados.

– Tudo bem. Não precisa sair, afinal somos noivos não é?- sorriu meio encabulada indo em direção ao sofá que minha mãe agora pouco estava, pegando algumas peças de roupa lá. – vou me trocar e já volto.

Engoli em seco e minha cabeça começou a doer e acho que pela falta de ar que nem percebi havia parado de respirar. Meu corpo estava quente, ardido de desejo por ela, mas o que ela queria me matar, provocar saindo de toalha do banheiro, desfilando aquele corpo perfeito na minha frente e aquele perfume? Inspirei com força seu aroma agora espalhado pelo quarto. Ahhh ela com certeza queria me enlouquecer.

Senti meus músculos crescerem na camisa que rapidamente ficou curta e apertada, fui rápido em direção a janela abrindo para entrar todo o ar possível. Precisava recuperar meu juízo para ter um pouco de controle. Olhei minha mão que tremia e minha respiração estava descompassada. Sabia que isso significava que meu corpo exigia ela, mas não o meu eu normal era o vampiro que reclamava por ela. Somente vampiros com enlaçamento final se transformavam durante o ato. Seria muito perigoso para ela se a criatura me dominasse e a atacasse. Não teria forças para controlá-lo.

– Edward?- Isabella me chamou e eu segurei no para-peito da janela para não avançar nela e seguir conforme minha natureza vampirica mandava.

– Espere. Fique ai- disse me surpreendendo com o tom de comando que usei com ela. O mesmo que usava com meus soldados.

– Tem algo de errado? – disse com sua voz doce e ouvi seus passos já bem próximos a mim. Merda com certeza minha mãe não devia ter ainda conversado com ela sobre isso. Sobre como ficaríamos após nosso enlace. Sobre a profusão de desejos que comandaria meu corpo por ela. O mais estranho era que ainda não tínhamos nos enlaçado. O que esse vampiro queria aparecendo agora? Senti sua pequena mão em meu ombro e não consegui mais me conter. Num momento estávamos na janela e no outro ela estava deitada na cama e eu por cima dela a prendendo com meu peso.

Meu corpo aumentava de tamanho e tentava em vão soltá-la enquanto o vampiro ardia em mim não permitindo que ela saísse. Prendi suas mãos no alto de sua cabeça e encarei seus olhos que tinham um misto de surpresa, carinho e ...desejo. Eu só devia estar ficando louco, ela me desejava, daquela forma com a criatura me dominando. Ela não tinha medo?

– Por favor bebê, grite por socorro. - pedi- Eu não vou conseguir parar sozinho.

– Eu não quero que pare. - disse – Também te desejo Edward. Mas do que tudo.

Ao ouvir estas palavras algo em mim eclodiu e todo meu juízo foi pro espaço. Soltei suas mãos e a abracei o mais apertado que podia. Minha boca procurou a dela e uma descarga elétrica passou por nossos corpos.

Não a machuque, não a machuque... Entoava o mantra em minha mente em agum lugar. Minhas mãos ganharam vida própria e passeavam por toda extnsão do corpo dela. Seus seios firmes em contato com meu peitoral nos fazia gemer na boca um do outro. As mãos de Isabella estavam em meus cabelos me puxando para mais perto dela, aprofundando nossos beijo e eu estava com um tesão doloroso de vontade de me afundar completamente nela.

Sensações deliciosas corriam por nossos corpos e podia sentir o cheiro da excitação de Isabella por mim. Do mesmo modo estava por ela só que se agisse antes do enlace final e no momento em que fossemos consumar a criatura não a reconhecesse como companheira...poderia matá-la. Ela não sabia dessas coisas, foi criada longe dos costumes e tradições. Eu que teria que controlar esse desejo animal, maníaco por ela.

Usando a pouquíssima razão que ainda tinha consegui refrear a transformação, fechei minhas mãos em punho e me levantei saindo de cima dela.

– O que está fazendo?- perguntou me puxando pra baixo de novo só que desta vez suas pernas se abriram, me moldando ao seu corpo. – Eu não sei... o que estou... sentindo mas... não quero que pare- disse entre os selinhos que me dava.- seu beijo se tornou ardente e eu acabei retribuindo. Ela começou a se mexer roçando sua intimidade em meu membro. Ahhh eu desejava muito poder ter aquilo. Senti novos espasmos pelo corpo e de uma só vez dei um pulo fugindo de seu abraço me encostando na parede.

Ela continuava na cama me olhando e nós dois estávamos com a respiração descompassada. Passei as mãos por meu rosto esfregando com força, não conseguiria falar nada com ela agora, não quando todas as tensões nervosas do meu corpo queriam apenas uma coisa com ela. Tinha que pensar com clareza e olhar Isabella ali linda deitada e pronta para mim não estava ajudando. Num movimento tão rápido que com certeza Isabella não tinha visto, já estava debaixo do chuveiro, um banho de água fria talves me ajudasse.

Já estava a uns quinze minutos no banho e meu membro continuava duro e com muito desejo por ela; precisava de alguma forma me aliviar ou não conseguiria colocar nem a calça. É Edward você está ferrado mesmo.

Quando voltei ao quarto Isabella estava sentada na cama calçando uma sandália rasteira. Seus cabelos estavam presos num rabo de cavalo e mesmo sabendo que ela notou minha aproximação não levantou os olhos.

– Eu sinto muito... não sei o que aconteceu comigo...eu..eu...- o rubor inundou seu rosto e pescoço. Me ajoelhei a sua frente fechando a sandália que ainda faltava.

– Não foi culpa sua. - afirmei - Não quero que sinta vergonha de falar nada comigo. – disse calmamente - Em breve serei seu marido e quero saber tudo o que sente, assim como também falarei com você tudo o que sinto. É normal que a gente sinta isso um pelo outro apenas está um pouco adiantado. – Como dizer a ela que estava agindo assim por causa da criatura que vivia em mim. - Só que não podemos fazer isso antes, temos que esperar. Se eu a possuir antes o vampiro que há dentro de mim pode...- não consegui dizer a palavra. Me doía muito saber que poderia fazer algum mal a ela. Encostei minha cabeça em sua barriga a abraçando. Eu a amava muito e daria um jeito de seguir as leis e costumes. Ela a principio ficou surpresa com minha reação mas senti seus dedos pentearem meu cabelo molhado.

– Eu acho que te amo, Edward.- a ouvi dizer num fio de voz. Senti meu corpo indo aos céus. Apertei ainda mais meus braços ao seu redor. Ouvi um ronco suave na barriga de Isabella; olhei para ela que claro estava ruborizada.

– Vamos almoçar?- disse me levantando segurando sua mão.

– Acho que é o jantar. – ela respondeu e só então percebi que a luminosidade que entrava pela janela não era mais do dia.

– Já são que horas?- perguntei perplexo; olhei o relógio de pulso no criado mudo – Sete e quinze da noite, deve estar faminta. – a puxei agora mais rápido em direção a cozinha. Eu havia me alimentado do sangue de Isabella e era normal não sentir tanta fome no inicio mas ela....caramba devia estar faminta.

– Calma Edward- disse me puxando para andar mais devagar- Esme me deu um sanduiche quando você foi falar com seu pai. Não estou com tanta fome assim.

Olhei ainda em duvida para ela. O jantar só era servido as 20hs e até lá acharia algo para Isabella forrar o estomago. Que belo marido eu estava me tornando ainda nem e casei e deixava minha esposa com fome.

– Olá Pietra, Maria...- cumprimentei as cozinheiras ao entrar. Deram um comprimento rápido com a cabeça e se voltaram para a grande bancada com as travessas espalhadas pela enorme bancada, que acho que nem me ouviram.

Emmet e Jasper estavam sentados na mesa com Alice e Rosálie com enormes pratos a sua frente. Pelo visto eu não fui o único destraido. Isabella logo se aproximou das irmãs mas fui mais rápido e puxei a cadeira para que ela se sentasse. Me sentei ao lado dela pegando um dos pratos que estavam distribuídos.

– Bella. – disseram quando viram a irmã. Rosálie pegou a jarra de suco e serviu um copo para Isabella.

– Bella?- perguntei olhando para elas.

– É como me chamam. – respondeu sem graça

– Eu gostei. Bella – repeti testando o som em minha boca. – minha doce Bella.- sorri. O corpo de Isabella ficou rígido, antes que pudesse perguntar o que houve o copo que ela segurava caiu de suas mãos. E como se tivessem combinado o copo que Alice também segurava caiu na mesma hora das mãos dela. Por sorte não quebraram mais derramou todo o suco na mesa.

– Desculpem – pediram juntas e se entreolharam. Pareciam agir mecanicamente, como se uma fosse o reflexo da outra. Isso não passou despercebido a nenhum de nós na mesa.

– Deixa comigo. - disse Jasper pegando um lenço de papel da mão de Alice para limpar a mesa. Emmet que estava mais próximo pegou um dos rolos de toalha de papel na parede e ajudou a secar. Peguei os copos e levei-os até a pia.

– Ei, tirem esse bico do rosto, é normal derramar suco na mesa- disse Emmet tentando melhorar o clima. Realmente isso era normal de acontecer, apenas foi estranho o modo como agiram.

– Vamos comer logo antes que minha mãe entre e vire uma fera ao ver que estamos comendo antes do jantar. – disse pegando uma fatia de bolo. Emmet pegou um ovo cru e quebrou na boca engolindo de uma só vez.

– Faz bem pros músculos- disse erguendo os braços. As meninas fizeram cara de nojo e pareciam mais a vontade.

Ainda bem que o almoço atrasou em mais uma hora ou então não conseguiríamos comer nada. Estávamos agora na pequena casa de Zafrina, meus irmãos e nossas enlaçadas esperando por ela e nossos pais. Ela ia ver o melhor dia para o casamento e eu esperava que se possível fosse acontecesse ainda esta noite. Não conseguiria dormir ao lado de Isabella sem perder o controle novamente.

Sabia disso porque a toda hora meu corpo ganhava vida própria, a abraçando, tocando seus cabelos, beijando seus ombros e vezes ou outras pequenos selinhos. E o pior era que ela me retribuía. Se ao menos sentisse que ela não queria, tentaria me afastar, por mais doloroso que fosse. Mas não, cada gesto retribuído por ela era um comando para que eu continuasse e avançasse um pouco mais. Como se quizesse acabar comigo de vez começou a morder os lábios e passar a língua por eles.

Senti meu membro pulsar em minha calça e minha ereção logo seria notada. Olhei para meus irmãos mas por incrível que pareça estavam em igual situação a minha. Peguei um dos travesseiros no chão e coloquei em meu colo. Meu bebê sorriu com uma cara de safadinha que sabia que estava aprontando.

– Isabella, não estou lhe reconhecendo. – falei em seu pescoço dando pequenos selinhos na extensão. – Você está se tornando uma menina muito má. – disse baixo com minha voz rouca de desejo; segurei seu rosto e aprofundei um beijo ardente, me esquecendo de onde estávamos.

–Minha nossa!- ouvi meu pai dizer de algum lugar atrás de nós. Levantei os olhos e Jasper segurava as mãos de Alice sobre a sua ereção e Emmet já estava deitado sobre Rosalie. Todos com a respiração acelerada e vermelhos de excitação.

Por sermos soberanos vampiricos, quando estivéssemos próximos do enlace nossa excitação passava para o ambiente. Era um modo de tornar o clima mais apropriado para o enlace, contagiando nossa companheira. Era isso o que Isabella sentia e por isso agia daquela forma. E era isso que meu pai e mãe sentiram pela cara vermelha intensa deles.

– Desse jeito teremos que apressar o casamento pra ontem.- disse Zafrina com um sorrisinho entrando no comodo. Nos ajeitamos rapidamente endireitando nossas posições.

– Espero sair daqui já casado, Zafrina. – reclamou Emmet. Jasper e eu soltamos um suspiro. Todos esperávamos.



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Notas finais do capítulo

Helloooooooooo peoples do meu Brasil baronil e aí como estão
Com saudadinhas? Eu também ;)
E aí o que acharam , o bicho tá pegando fogo na tenda da cigana.
Será que vão sair de lá e ir direto pra lua de mel? Os vampirões agradecem....kkkkkkkkk
Bree mundiça foi descoberta, será que o coração de Zafrina vai agüentar essa decepção? Não sei não....
Eis que surge mais um herói, ou será vilão, Demetri em Antares. O que será que aguarda nossos ciganos vampiros.
Espero que tenham gostado e aguardo reviews e coments, um grande bjo em todos e fuiiiii