Sam Parker Através Do Tempo. escrita por DIAMANTE VERMELHO


Capítulo 6
A porta trancada.


Notas iniciais do capítulo

Desculpem os possíveis erros ortográficos. Se você lê minha fic não fique com vergonha pode deixar uma review, isso anima muito quem a escreve, eu.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/239230/chapter/6

“Finalmente” pensou Sam. “Finalmente encontrei, mas e agora o que eu irei perguntar?” Sammy tinha muitas perguntas, mas não conseguia organizá-las na sua cabeça. Ele estava lembrando-se da cara que a menina loira fez ao vê-lo. Por que será que ela tinha sido tão mal educada e soltou um gritinho abafado quando a mulher respondeu que era realmente Lucinda? Será que a mulher era realmente Lucinda Santiago ou apenas estava fingindo?

            -Lucinda? –Perguntou Sam novamente.

            -Sim, agora entre se quiser conversar. –Convidou a mulher.

            -Pode esperar um minuto? –Perguntou Sam.

            -Vai avisar o que pra mulher que está no carro te esperando? –Perguntou a mulher que afirmou ser Lucinda.

            -Não tenho bem certeza. –Respondeu Sam que estava descendo os degraus da varanda. Ele andou pro carro e Lara e a tia dela estavam esperando ele.

            -Achou a mulher? –Perguntou Mariana.

            -Acho que sim. –Respondeu Sam meio desanimado.

            -Então por que esse desanimo? –Perguntou Lara.

            -Ela me convidou pra entrar e conversar, mas tenho que fazer isso sozinho. Desculpem, mas se você quiser voltar pra casa da sua amiga Mariana tudo bem, eu volto pra Green Hill de ônibus ou sei lá. –Respondeu Sam.

            -A gente vai voltar lá e a hora que você quiser rir embora ligue pra Lara e a gente te busca, pode ser? –Sugeriu Mariana.

            -Pode ser. –Respondeu Sammy.

            -Mas porque você ta com essa cara de desanimado Sam? –Perguntou Lara.

            -Não sei, a mulher parece ser meio rude e não sei se vai responder todas as minhas perguntas e aquela menina não foi muito com a minha cara. –Respondeu Sam.

            -Não custa tentar agora que você a encontrou.  –Encorajou-o Lara.

            -Entre. –Convidou Lucinda.

            A casa dela por dentro era muito bem organizada e limpa. A sala, a direita da porta, tinha as paredes pintadas de branco, com um sofá de frente para uma estante com uma TV e havia uma mesinha de centro, com alguns objetos de enfeite. E lado direito tinha um cômodo ligado à sala com uma estante grande e velha cheia de livros e duas poltronas com um tapete estendido ao chão. Além se via uma porta que deveria dar na cozinha e uma escada que levava ao um segundo andar onde deveriam ser os quartos.

            -Precisa de um convite especial pra entrar pivete? –Disse a menina encostada na parede.

            Sam entrou na casa e deu uma olhada onde o carro estava estacionado, Lara e a tia dela tinham acabado de sair.

            -Sente aqui no sofá se quiser Sam. –Pediu a mulher que estava se sentando. –Sarah vá buscar algo pra beber.

            -Não eu estou bem... –Sam tentou dispensar a bebida porque viu a cara de mau-humor da menina, mas foi interrompido.

            -Não perguntei se você estava bem, só quero que tenha um copo de água ao meu alcance. –Respondeu a mulher rispidamente.

            Passou alguns minutos e a menina trouxe dois copos de água.

            -Por que estava me procurando menino? –Perguntou a mulher tomando um gole da água.

            -Eu queria saber mais sobre, hã... Sobre a família Santiago. –Respondeu Sammy.

            -Entendo... –Disse Lucinda – Mas sua mãe não te responde nenhuma pergunta?

            -Na realidade não, tudo que descobri foi por conta própria. –Respondeu Sam.

            -E o que descobriu? – Perguntou Lucinda.

            -Sobre os fundadores de Green Hill, meu pai, sobre quando minha mãe fugiu com ele, a morte da sua mãe e só...

            -Você chama isso de descobrir? Há Há. Qualquer demente consegue achar isso e muito mais. – Disse Sarah com deboche.

            -Sarah, quieta. Você muda constantemente de cidade e estado? –Perguntou Lucinda olhando nos olhos verdes de Sam.

            -Sim, mas eu tenho algumas perguntas...

            -Sim, sim eu sei que tem, mas antes deixe eu terminar,  será rápido. –Prometeu Lucinda,

            -Está bem. –Respondeu Sammy.

            -Na sua casa tem uma porta trancada que sua mãe não quer que você abra, um lugar que não deve ir, talvez a garagem ou um galpão atrás da casa? – Lucinda estava assustando Sam.

            -Não... – Sam estava tentando lembrar, ele não explorava muito a casa dele. – Mas, espere... – Será que ele deveria falar isso para aquelas pessoas que ele acabara de conhecer? Ele arriscou. - Tem sim um quarto que eu nunca entrei e sempre ta trancada. Lembro de mamãe ter falado que era só um deposito ou coisa parecida.

            Lucinda olhou com uma sobrancelha levantada para Sarah e ela saiu da sala imediatamente.

            -Sua mãe te contou alguma coisa fora sobre o seu pai? –Perguntou Lucinda.

            -Na realidade não... – Respondeu Sam sem entender o porquê dessa pergunta.

            -Como ela ensinou você a assinar seu nome? – A cada pergunta de Lucinda as coisas faziam menos sentido para Sam.

            -Sam Parker, mas por que essas perguntas? – Sam levantou um pouco a voz porque estava assustado.

            -Eu deveria saber! Sarah achou alguma coisa? Temos que ir logo! –Gritou Lucinda.

            -Estou quase... – Respondeu a menina de algum lugar.

            -Ir onde? Eu tenho perguntas a fazer. – Disse Sam tentando ser educado, mas já estava com a paciência esgotada.

            -Depois nós explicamos. – Falou Lucinda.

            -Não tinha nada no banco de dados. – A menina loira entrou na sala.

            -Sam onde você mora? – Perguntou Lucinda.

            -Em... – Sam pensou se deveria falar onde morava. – Em Green Hill.

            -Isso é pior do que parece. – Lucinda falou para Sarah. – Vamos menino, se mecha!

            -Onde vamos? – Mas ao falar isso Lucinda já tinha saído pela porta.

            -Anda otário, não temos o dia todo. – A menina o empurrou em direção à porta.

            -Pra que ser tão estúpida? – Perguntou Sam.

            -Acostume-se. – Disse ela.

            Eles entraram no carro, Sam só entrou porque foi empurrado pela menina.

            -Em que rua você mora? –Perguntou Lucinda tirando o carro da garagem.

            -Rua... Rua Tolkien.  Respondeu Sammy.

            -Droga! – Lucinda bateu no volante.

            -Mas o que esta acontecendo? – Sam levantou sua voz.

            -Sua mãe pode estar correndo perigo, agora cala a boca até chegarmos lá.  

            Sam estava muito assustado, ele deveria ter voltado para a casa ao invés de entrar na casa de duas pessoas estranhas. Ele falara para Mariana e Lara que tudo ficaria bem.

            -Alô? Oi Lara é o Sam...

            -Oi Sam, deu tudo certo? – Perguntou a menina animada.

            -S-sim, elas estão me levando em casa... Desculpe incomodar, eu gostaria de voltar com você, mas não tive muita escolha – Sarah deu um tapa na cabeça dele. – Quer dizer, eu peguei carona porque ela insistiu.

            -Tudo bem então, logo vamos embora. Te ligo de noite pode ser? – Perguntou Lara.

            -Pode... Pode ser. – Sam gaguejou novamente, ela iria ligar pra ele. Poderia ter coisa melhor? 

            -Então está bem, beijos. – Disse ela.

            -Beijos... – A ligação foi cortada.

            -Acho que alguém está apaixonado, ou você tem essa cara de babaca o tempo todo? – Disse Sarah.

            - Cala a boca. – Sam já estava se irritando com aquela menina.

            -Olha aqui menino to tentando te ajudar e você ainda vem me mandar calar a boca?

            -Você ta me ofendendo desde a primeira vez que me viu, então da um tempo. – Sam não ia suportar aquela menina aparentemente mimada dando ordens nele.

            -Vocês dois calados! – Lucinda dirigia em alta velocidade.

            Sam olhou para Sarah, ela era uma menina bonita, mas o seu jeito grosso e revoltado transformavam ela. Sarah tinha os cabelos loiros lisos até a cintura, olhos escuros e devia ser só um pouquinho mais baixa que Sam. Seu jeito de se vestir lembrava uma rockeira, com uma calça preta colada, botas com tachinhas pontudas e uma camiseta de ombro caído do Guns and Roses.  Por mais que as cidades fossem vizinhas o trajeto demorava um pouco.

            -Então... Você gosta de Guns? – Perguntou Sam um pouco tímido, ele receava uma daquelas respostas curtas e grossas da menina.

            -Sim, por isso eu uso a camiseta da banda. – Ela revirou os olhos. – Você gosta ou curte outro estilo musical? – Ela tinha mudado seu tom para um mais gentil.

            -Eu adoro rock. Gosta de Avenged Sevenfold? – Perguntou Sam.

            -Adoro! Uma das minhas bandas favoritas. – Ela respondeu.

            -Minha também... – Comentou Sammy.

            Depois disso a conversa morreu e eles chegaram à rua em que Sam morava. Todos desceram do carro e ele pegou a chave da casa.  Ele não parara em nenhum momento para pensar o que sua mãe acharia dele chegar em casa com a irmã que ela dizia estar morta e a sobrinha que ela nem sabia que tinha. Pelo menos Sam pensou que Sarah fosse filha de Lucinda, deveria ser, pois o rosto era parecido e tinham os mesmo olhos escuros.

            -Entrem... – Disse Sam. – Mãe, cheguei.

            Ninguém respondeu, ela deveria ter saído para resolver alguma coisa no trabalho ou ido até o mercado.

            -Ela deve ter saído, mas podem se sentar. – Convidou Sam.

            -Sam leve Sarah até a porta que você disse que era trancada. – Pediu Lucinda.

            -Mas eu não tenho a chave. – Respondeu Sam.

            -Não pedi se você tina, apenas leve-a até lá. Sarah você já sabe. – Disse Lucinda olhando para Sarah.

            Enquanto eles subiam as escadas, Sarah parou de repente atrás dele, ela estava olhando a velha foto da mãe de Sam e sua irmã.

            -Tem essa mesma foto lá em casa. – Comentou Sarah. – A menina menor é sua mãe, certo?

            -Sim. – Respondeu Sammy.

             Eles continuaram a subir e Sam a levou ate a porta que nunca dera muita importância.

            -Essa é a porta. – Apontou Sam.

            Sarah se ajoelhou e olhou pela fechadura, mas não conseguia ver nada através dela. A menina puxou um canivete do bolso de trás abriu e tirou uma espécie de pinça que enfiou na fechadura, um minuto depois, Sam que olhava aquilo intrigado ouviu um som de fechadura se abrindo.

            -Onde você aprendeu isso? – Perguntou Sam.

            -Logo você saberá. – Disse ela abrindo a porta.

            Ela entrou e Sam colocou a cabeça para espiar. Aquele cômodo deveria ser do tamanho do quarto de Sam, mas aquilo não tinha nada que parecesse um quarto. A cortina estava fechada com um blecaute preto e tinha uma espécie de mesa de computador encostada ao lado da porta. Sam foi olhar, o computador tinha duas telas e alguns livros espalhados em cima da mesa. Sarah se sentou na cadeira e o computador se ligou imediatamente, pediu uma senha. Ela digitou alguma coisa duas vezes e abriu em uma espécie de banco de dados, ela continuou digitando mais algumas coisas. Sam foi olhar o resto do quarto. Havia uma estante com alguns livros e ao lado um armário, ele tentou abrir, mas estava fechado.

            -Para abrir use essa chave. – Ela abriu a gaveta que tinha na mesa onde estava e tirou uma chave.

            Sam foi até ela e pegou a chave da mão da menina. A porta se abriu e Sam não sabia o que pensar das coisas que tinha ali dentro. Havia um GPS, algumas canetas diferentes e algumas coisas que Sam não sabia o que era.

            -Encontrei! – Disse Sarah.

            -O que você encontrou? – Perguntou Sam, mas antes da menina responder Lucinda gritou lá de baixo.

            -Sarah venha aqui agora com o garoto!

            Eles desceram as escadas correndo.

            - O que foi mãe? – Perguntou Sarah.

            -Leia isto, é uma carta de Lie. – Disse Lucinda.

            -Lie? – Perguntou Sam.

            -Sua mãe. – Lucinda tinha uma expressão como se aquilo fosse obvio.

            Sam pegou a carta e começou a ler, ele foi obrigado a se sentar. Será que aquilo era verdade?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que todos tenham gostado e deixem uma review, isso me anima muito. Logo vou postar minha nova fic sobre apocalipse zumbi, dai coloco o link par quem quiser ler.
Obrigada a todos.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sam Parker Através Do Tempo." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.