Quando O Sonho Se Torna Real escrita por GabiPolary
Mariana acordou com o barulho do celular, o IPhone vibrava sobre o travesseiro, ela estava louca para dormir, afinal ainda era madrugada, mas ainda assim acordou, poderia ser algo importante.
– Alô? - Ela balbuciou.
– Oi Mari. Você nem acredita. - Larissa falou, animada.
– São três horas da matina, nosso primeiro dia de férias e você me liga? Faça-me um favor Larissa, eu estou querendo dormir.
– Ah tudo bem, eu só queria te contar que o Fiuk vai vir na festa de férias do Objetivo esse ano...
– O QUE? - Mariana pulou da cama, roendo as unhas recém pintadas. - Você tá falando sério? O Filipe virá pra nossa escola?
– Sim, você sabe que todos os anos o Objetivo dá uma festa para os alunos em julho e...
– Contrata cantores famosos. Eu sei, eu sei. Mas logo o Filipe? O MEU Filipe?
– Pois é. E aí, o que você pretende fazer?
– Eu não sei... Já o vi algumas vezes, você sabe, mas sempre é rápido demais e eu nunca consigo falar tudo o que eu realmente preciso. Você sabe, eu amo aquele magrelo mais do que qualquer coisa.
– Eu sei, até a última pedra da rua sabe... - Larissa riu. - Bom, vou desligar vadia, se cuida beijos!
– Beijos vaca, obrigada por me ligar. Eu te amo! Mariana deitou, tentou dormir, mas não conseguiu. Ela não parava de pensar como seria a festa, o que ela falaria e o que ela vestiria. Era fã do Fiuk há mais de três anos, tinha um fã-clube no Twitter onde vez ou outra ele a respondia, e cada pequena conquista era uma enorme felicidade! Mesmo sem saber, o astro teen fazia ela e diversas outras meninas imensamente felizes. Então, Mari - como era carinhosamente chamada por todos - resolveu sentar-se na escrivaninha e escrever um pouco. Ligou o notebook e começou a digitar com os dedos trémulos:
Em uma semana estarei cara a cara contigo e terei a oportunidade de dizer-te tudo o que trago no peito. Mas será que conseguirei? Decidiamente eu ainda não estou preparada pra isso. Como você vai reagir? Será que você vai entender que o meu amor por você é o maior do mundo? Meu príncipe, meu anjo, meu ídolo, meu menino... Seja o que Deus quiser! Amém.
Depois de desabafar consigo mesma Mariana deitou e dormiu, pensando em como seria o dia seguinte.
–
A semana de Mariana foi corrida, ela quase não saiu de casa, ficou o tempo inteiro organizando presentes para seu ídolo e esperando o dia em que o abraçaria. Ela já havia decorado diversos textos, feito milhares de fofuras e escrito muitas cartas, e finalmente havia chegado o grande dia. A festa da escola deveria começar por volta das 13h, mas o Fiuk só chegaria ás 15h.
Depois de arrumar o cabelo, ensaiar um pouco suas falas e rever os presentes, Mariana pediu que seu pai levasse-a até a escola, que não era muito distante dali. No carro, pai e filha conversam:
– Mari, você sabe que eu tenho uma loja de roupas e que o rendimento dela sempre foi bom, mas ainda caindo com essas novas linhas. E bom... Eu contratei o Fiuk pra ser o novo garoto propaganda, e ele deve ficar hospedado na nossa casa.
– Como assim? - Mariana gaguejou. - Você o odeia, vive o xingando e morre de ciúmes porque eu o amo.
– Eu sei, mas é pelo bem da loja. Ele vai te procurar hoje e provavelmente depois desse show ele vai direto lá pra casa pra conversarmos, seja educada. Tchau e boa festa.
Ela desceu do carro, quase chorando. Um turbilhão de coisas passava por sua mente. Ela estava feliz, preocupada, com medo e louca pra ver como isso tudo terminaria.
– Maricotaaa! - Lucas, seu melhor amigo a recebeu, abraçando-a. - Saudades, princesa.
– Também Lucas, também. Agora deixa eu entrar?
– Porra, quanta grosseria, só porque esse tal de Fiuk vem. - Disse Lucas, pronunciando o nome do ídolo da amiga completamente errado.
– É, só por ele mesmo. E a propósito é Fiuk, com ênfase no I, beleza? Tchau. - Mariana andou em direção ao pátio principal da escola.
Percorrendo algumas mesas ela encontrou seus amigos conversando, falou com todos e sentou-se com eles e fingiu estar prestando atenção na conversa. Em poucas horas Fiuk estaria ali, e provavelmente iria lhe procurar e os dois deveriam conversar. O que ela faria, como reagiria, o que falaria?
– Mari, Mari. - Larissa a chamou. - Estamos falando contigo e você nem liga.
– Ah oi, Lari. Desculpa, estou com dor de cabeça, mas vamos dançar, galera? - Disse ela, indo pra pista de dança e fingindo estar animada. Pra sorte de Mariana ela tinha seus amigos e eles conseguiram acalmá-la. Eles dançaram muito, até que a diretora da escola apareceu chamando por Mariana e dizendo que o Fiuk havia chegado e precisava muito falar com ela.
Mari acompanhou a diretora até uma sala cambaleando, meio tonta e meio trémula, assim que abriu a porta viu Filipe. Era a primeira vez que ela estava sozinha com ele num local.
– Oi! - Ele falou. - Você é a filha do Marcos?
– Sou eu!
– Ah, é um prazer te conhecer. Seu rosto não me é estranho.
– Bom, eu sou sua fã e já nos vimos umas três vezes.
– Mentira que uma menina linda desse jeito é minha fã? - Ele riu.
– Ah, você é incrível.
– Vem cá, me abraça. - Ele levantou-se e os dois se abraçaram bem forte. Ela não sabia mas aquele encontro ficaria marcado no coração dos dois e aquele abraço carinhoso abriria caminho para muitos outros, e talvez, até mais que simples abraços.
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