Remember Me, My Love escrita por Bru20014


Capítulo 7
O Dia Do Acidente




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Naquela tarde eu discuti com Max em seu quarto depois de termos transado.

“Daqui a três meses vai fazer um ano.” Ele disse, ainda nu, deitado em sua cama.

“Verdade.” Disse deitada em seus braços “Vai fazer um ano que a gente se conheceu.”

“Brooke...” Ele começava “Eu quero que tome uma decisão.”

“Decisão?”

“Ou eu ou ele.” Max disse “Digo, não quero mais isso. Eu quero você por inteira ou eu não quero mais.”

“Eu não posso pedir o divórcio.” Disse.

“Por que?” Max me perguntou.

Eu me levantei.

“Adeus Max.” Disse colocando minha roupas.

“Espera um pouco.” Ele disse “Você estava brincando comigo esse tempo todo?”

“Não.” Disse.

“Então me responde por que não pode pedir o divórcio.” Ele disse.

“Porque...” Eu tentava inventar alguma coisa pra dizer a Max, mas o que? Nem um filho tenho pra servir como desculpa.

Só não poderia contar a Max o que Richard tinha me feito ou ambos se matariam.

“Não precisa dizer mais nada.” Max disse colocando a cueca “Eu só era um passatempo pra quando seu maridinho viajava, não é?”

“Você sabe que não.” Eu o disse.

“Não, não sei.” Max disse “Se você me amasse como diz que ama, já teria se separado.”

“Eu já disse que é mais complicado do que pensa.” Eu o disse pela nonagésima vez.

“Estou cansado de ouvir o quão ‘complicado’ isso é!” Max disse “Por que você não toma alguma atitude ao menos?!”

“Eu não vou ficar aqui ouvindo alguém que não tem idéia do décimo que seja viver com Richard.” Eu disse pegando minha bolsa e indo em direção a porta.

“É eu não devo ter a mínima noção do que se passa na sua cabeça mesmo!” Max disse “Não consigo entender como você possa amar alguém tão sem presença quanto o seu marido e pior como você pode amar alguém que na hora do jantar de natal fica passando a mão na perna da sua irmã?!”

Eu olhei Max chocada de como ele poderia ter percebido isso e não ter percebido o quanto eu sofro com Richard.

“E não me olha assim como se você não soubesse disso, pois ambos sabemos que você sabe muito bem disso.” Ele disse.

“Adeus, Max William.” Eu o disse abrindo a porta.

“Eu te amei, Brooke Davis.” Ele sempre me chamava pelo nome de solteira porque não queria admitir que eu era uma mulher casada.

Ele fechou a porta e eu me sentei em frente dessa chorando, mas de repente quando eu olho pra frente eu vejo o desgraçado do Richard que estava no corredor provavelmente ouvindo tudo.

“Richard?” Eu o perguntei.

“Muito bonito, Brooke Clark.” Ele disse me olhando como se fosse me bater.

Eu não pensei duas vezes desci as escadas correndo até a garagem com aquele louco vindo atrás de mim. Por sorte estava com a chave do carro, mas antes de dar a partida parei um pouco para respirar.

Levei um enorme susto quando vi Richard esmurrando a janela do meu carro que eu tinha trancado graças aos céus.

A partir daí não pensei duas vezes e arranquei com o carro dali, mas sabia que Richard estaria logo atrás de mim.

Como não o vi vindo atrás de mim, o que de fato estranhei, fui para o apartamento de Claire. Quando bati em sua porta um cara sem camisa atendeu.

Eu não sabia o que dizer, mas não tardou muito para Claire, apenas de sutiã, aparecer pra ver quem era.

“Brooke?” Ela disse.

“Me desculpe vir aqui assim sem avisar, mas eu não tive outra alternativa.” Disse e Claire logo entendeu.

Claire sempre soube de tudo, nunca escondi nada dela.

Ela se livrou do cara que estava em seu apartamento e me recebeu de braços abertos.

“O Richard pirou?” Claire me perguntou.

“Ele sabe sobre mim e Max.” Eu disse “Pelo menos sobre o que a gente tinha.”

“Como assim?” Claire perguntou “Você terminou com o Max?”

“Eu não tive outra escolha, ele queria que eu me separasse e quando disse que não podia fazer isso, ele queria de qualquer jeito saber o porquê.” Eu disse “E acabou tirando conclusões precipitadas.”

“Você precisa dizer tudo ao Max.” Claire me aconselhou.

“Eu não posso.” Eu a disse “E se Max querer matar Richard? Richard joga baixo. É perigoso.”

De repente meu celular toca. Era ele.

“O que você quer?” Eu o perguntei.

“Conversar, meu amor.” Ele dizia como se nada tivesse acontecido.

“Richard, nós temos nada pra conversar.” Eu o disse.

“Ah, temos, meu amor.” Ele disse “Como temos.”

Eu sabia perfeitamente o que ele pretendia fazer comigo. Assim que colocasse as mãos em mim me bateria até cansar, ou melhor até ver que já tinha me tirado sangue o suficiente.

“Eu não volto mais pra você.” Disse.

“Ah, volta.” Ele disse “Porque se não voltar enquanto seu amante dorme vou tacar fogo no apartamento dele.”

“Você não é louco.” Eu o disse “Seria preso.”

“Sou um dos melhores advogados do país, meu amor.” Ele disse “Nada me aconteceria.”

“Ta certo.” Eu disse “Eu volto.”

“O quê?” Claire perguntou, mas Richard não teria a ouvido.

“Te espero ansiosamente.” Ele disse “Beijos nessa sua boca linda.”

Eu desliguei imediatamente.

“Você não pode voltar.” Claire disse “Quer morrer de tanta porrada que vai levar.”

“Sou eu ou a vida de Max.” Eu disse pegando minha bolsa e indo para o carro.

No meio do caminho de casa, Richard me liga.

“O que você quer?” Eu o perguntei “Já estou a caminho.”

“Eu sei.” Ele disse “Estou bem atrás de você, meu amor.”

De repente eu olho pelo retrovisor e lá está o carro dele e eu podia vê-lo me mandando beijinhos.

“Seu nojento.” Eu disse “O que você quer? Me matar?”

“De preferência.” Ele disse dirigindo como se fosse me cortar, mas daí ele fingiu que ia bater em mim apenas pra me fazer sair da pista só que não tinha dado muito certo. Eu ainda estava na pista, porém o susto foi grande.

Eu estava desesperada dirigindo o mais rápido que podia para tentar fugir dele, mas de repente vem uma pista de mão dupla e Richard consegue me mandar pra a outra pista e quando olho pra frente tudo que eu vejo é um enorme caminhão vindo em minha direção.

 

De repente eu acordo com alguém me jogando um balde de água fria.

“Ah!” Eu gritei olhando para Richard, o desgraçado que me jogou o balde de água fria.

“Bom dia, meu amor.” Ele disse sorrindo.

“Onde eu estou?” Eu perguntei finalmente percebendo que estava amarrada há uma coluna de aço apenas de calcinha e sutiã em uma espécie de porão.

“Você fica uma gracinha com essa calcinha e esse sutiã de oncinha.” O maníaco disse “Pena que você só usa essas coisas para o vizinho.”

“Max!” Eu disse “O que você fez com o Max, seu desgraçado?!”

“Nesse exato instante ele deve estar no hospital.” Ele disse rindo “Que gafe, em amor? Cometendo o mesmo erro duas vezes? E olha que você não pode dizer que a vida não te deu uma segunda chance.”

“Eu me lembro de tudo.” Eu o disse “Você tentou me matar e dessa vez eu não vou hesitar em abrir minha boca.”

“Isso se você sair daqui.” Ele disse.

“Onde nós estamos?” Eu o perguntei.

“Tem certeza de que não reconhece esse porão, amor?” Ele me perguntou.

Eu olhei bem em volta e pude ver em um canto o equipamento de pesca do meu pai. Estávamos no interior de Nova York, Pulaski, onde passei minha infância.

Onde tudo começou...


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