Remember Me, My Love escrita por Bru20014


Capítulo 4
Feliz Natal




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Eu chegava em casa cheia de sacolas, eu tentava pegar a chave sem sucesso. Porém, de repente, haviam mãos fortes pegando as sacolas da minha mão.

“Eu te ajudo.” Max disse.

“Obrigada.” Disse tentando não me deixar levar pelos seus lindos olhos azuis.

Não conseguia também colocar a chave na fechadura de tanto que a presença de Max me perturbava. Mas depois de várias tentativas finalmente consegui e abri a porta.

Quando ele deixou as sacolas no chão da sala, ele disse: “Certas coisas jamais mudarão.”

“Como?” Eu o perguntei.

“Foi assim que nos conhecemos.” Ele disse “Faz exatamente um ano que te ajudei a trazer as compras de natal pela primeira vez.”

“Eu queria me lembrar.” Eu disse “Eu apenas não consigo.”

“Eu entendo.” Ele disse “E eu esperarei você se lembrar”

“Obrigada.” Disse.

Ficamos em silêncio por um bom tempo, mas eu fui a primeira a quebrá-lo: “É... Você não quer vir jantar hoje?”

“Não seria o primeiro natal.” Ele disse.

“Que bom.” Eu disse sarcasticamente “Isso quer dizer que já está bem familiarizado com minha família, não é mesmo?”

“Podemos dizer que sim.” Esse tom despreocupado, porém cheio de sentimentos me cativava, aposto que quando o conheci da primeira vez pensei o mesmo, mas é inevitável não desejá-lo assim tão loucamente.

Depois disso, ele se foi e eu, com as empregadas, comecei a preparar a ceia de natal. Elas não pareceram me estranhar na cozinha, o que acho ótimo. Sinal de que o dinheiro não me subiu a cabeça e continuo sendo eu mesma.

Com isso acabei perdendo a hora e minha mãe, junto de minha irmã, tinha chegado. Eu estava toda fedendo a gordura, mas mesmo assim fui recebê-las.

“Meu Deus Lana!” Eu disse ao vê-la “Como você cresceu!”

“Pessoas mudam, minha irmã.” Ela disse com certa frieza, mas no momento não liguei.

“E mamãe!” Disse indo abraçá-la, mas ela não permitiu que eu o fizesse.

“Não encoste em mim.” Ela disse 100% friamente “Você está imunda e fedendo a fritura. Será que não aprendeu nada comigo? Não se deve receber um convidado nesse estado.”

“Mas você é minha...” Eu ia dizer, mas ela nem me deixou concluir.

“Seja quem for, Brooke.” Ela disse com rigidez.

“Ta certo, então.” Eu disse “Eu vou me arrumar, fiquem à vontade.”

Eu fui chorando para o meu quarto pensando que Lana nem sequer olhou para mim direito, eu nem parecia sua irmã. E minha mãe? O que foi aquilo?

Ela não parecia falar com a filha que acabou de sair de um coma.

Começo a pensar se elas queriam que eu sobrevivesse ou se torciam para que eu morresse.

Para me consolar um pouco deixei as luzes do quarto apagadas e olhei pela janela. Podia ver Max, mas ele não podia me ver. Eu o observava no escuro enquanto ele bebia um copo de Whisky e estava com a camisa desabotoada deixando-me ver todo o seu peitoral definido.

Fui para o banheiro, tirei minhas roupas, liguei o chuveiro e fiquei de baixo dele por um bom tempo, apenas deixando a água escorrer por todo o meu corpo.

Fiquei pensando em Max, Richard, minha mãe... E em tudo que me aconteceu nesses últimos dias.

Eu rezava para que minha memória voltasse por inteiro, mas nada acontecia eu continuava sem lembrar de nada. Digo, o que me lembro não ajuda muito.

Saí do banho, escolhi minha roupa, me maquiei e ajeitei o cabelo.

Antes de voltar para a sala, olhei pela janela novamente e Max já não estava mais lá. E              então apenas segui rumo à sala, onde se encontravam minha mãe, Lana, Richard, Claire e Max que conversavam. Exceto por Max e Richard que discutiam e não conversavam, isso quando dirigiam-se a palavra, é claro.

“Meu amor.” Richard disse me dando um selinho.

“Oi, Richard.” Eu disse desconfortada com a situação, mas não mais do que Max.

Porém foi na hora do jantar que tudo foi quase por água a baixo.

“Você acredita, Richard, que sua esposa nos recebeu fedendo a fritura e toda desarrumada, como uma doméstica?” Minha mãe fez questão de falar para Richard tal coisa desagradável “Sempre soube que tinha se casado com a filha errada.”

Eu com certeza ficaria bem melhor sem isso.

“Minha senhora...” Max com seu tom despreocupado iria dizer o que meu marido deveria ter dito “Não existe essa de escolher a pessoa errada. Se Richard não escolheu a irmã de Brooke é porque ele não a quis.”

“Eu tenho um nome, ta?” Lana disse fula com a colocação de Max.

“Sério?” Max disse ironicamente “Acho que todo ser humano possui um nome ao menos, fica tranqüila que a senhorita não é a exceção da humanidade.”

“Ai! Afinal de contas quem convidou esse homem de novo?!” Ela disse revoltada com Max.

“Eu o chamei.” Disse super de saco cheio “Ele é meu... meu amigo. Respeite isso, ok?”

“Eu só não gosto de estar na presença desse ser.” Minha mãe disse a fim de me afrontar “Por que você não respeita isso?”

“Porque essa é minha casa e eu chamo quem eu quiser!” Disse me retirando da mesa “Perdi o apetite.”

Ia me dirigindo até a porta até que Richard pergunta para onde eu estava indo.

“Respirar.” Disse e saí.

Logo depois Max também se levanta alegando que iria embora, já que não era bem vindo.

Richard tenta ir atrás com medo de Max ir ao meu encontro ou vice-versa, mas Claire, minha querida amiga, o impede “Não faz isso. Ela precisa de um tempo.”

“Então vai pelo menos você.” Ele disse “Eu não confio nesse Max William.”

Claire fez o que Richard pediu, apenas para que ele não desconfiasse de mim e Max mais do que ele já estava desconfiado.

 

Eu desesperada apertava o botão do elevador que não chegava de jeito nenhum.

“Brooke.” Max disse

“O que?” Perguntei chorando.

“Vamos lá pra casa.” Ele disse e de repente Claire aparece.

“Vai com ele, B.” Ela disse “Qualquer coisa a gente fala que você dormiu na minha casa.”

Não sei por que, mas eu fiz exatamente o que Claire disse.

Na verdade, eu sei por que eu fiz o que Claire disse, foram os olhos de Max que me diziam que me queriam por perto.

Não pude resistir aos seus olhos, a sua voz, ao seu corpo...

“Eu não deveria estar aqui.” Disse sentada em seu sofá.

“Se você entrou aqui é porque deveria e queria estar aqui.” Ele disse com um olhar intenso.

Não pude resistir, quando dei por mim meus lábios já estavam sobre os dele. Quando paramos ele me perguntou: “Hoje, na hora que discutia com sua mãe... Enfim quando disse que eu era seu amigo, você ia dizer que eu era seu amante, não ia?”

“Não.” Respondi “Ia dizer que era meu namorado.”

Ele deu o sorriso mais lindo que eu já o vira dar e me beijou em seguida me pegando em seus braços e me conduzindo até a sua cama.

 Preciso confessar, que eu realmente pensei que ele fosse meu namorado e eu tinha 15 anos de idade e discutíamos com a minha mãe que não gostava de meu namorado.

Como eu queria me lembrar de ter vivido isso, se é que eu vivi.


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Notas finais do capítulo

Reviews??
Thanks ;**



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