Fairy Tail - Arco Do Submundo escrita por John Asimov Palma
Notas iniciais do capítulo
Demorou mas postei!
Por favor continuem lendo o/
OSTs do capítulo
[1] OST 2 - 07 Ayashii Madoushi
[2] OST 3 - 15 Tenkuu no miku
[3] OST 3 - 21 Tenshi Senmetsu Sakusen
[4] OST 3 - 23 Pantherlily
[5] OST 2 - 01 Tetsuryuu ~Kurogane~
[6] OST 1 - 13 Natsu no Theme
[1]
–Hmnf...! Scnmpf...!
Gajeel tentava em vão dizer qualquer coisa, mas nenhum lhe saia. Galatea agarrava firmemente seu pescoço enquanto seus lábios o prendiam em um beijo frio e mortal. Lentamente, sua energia vital e seu poder mágico estavam sendo sugados. E ele não tinha forças para se libertar daquilo. Do outro lado do ambiente, Lily jazia caído no chão, entre os destroços de algumas máquinas caça-níqueis. Ainda se recuperava do golpe de instantes.
Foi então que aquela estranha mulher o soltara. Sua aparência voltara ao normal e a juventude agora fluia por sua pele lisa e brilhante. Os longos cabelos vermelhos balançaram com o movimento de passos para trás. E Gajeel caiu fraco no chão.
–Awn! Sua juventude é tão... máscula... Gajeel-san... eu sinto como se você estivesse em mim... - sua expressão era de puro prazer.
–Sua... vadia! - ofegou ele em resposta, perdendo o fôlego entre as palavras.
–Awn, Gajeel-san... você é tão cruel comigo... isso é tão excitante! - terminou ela com um sorriso largo.
–Você é louca! Completamente maluca!
–Ora! Eu ia brincar com você mais um pouco, mas já que você não quer cooperar, vou acabar com você de uma vez... e depois colocar seu corpo nú na minha cama!
–Huáááá! - o rosto de Gajeel misturava espanto, vergonha, raiva e completo estupor contra a frase recém dita.
–Gajeel! - disse Lily movendo-se em sua direção. Estava em sua forma reduzida. -Vá se recuperar... eu seguro ela enquanto isso. -Tem muito ferro perto de onde eu estava.
–Okay. Mas não acabe com ela sem mim! - disse ele rindo indo para a direção indicada.
–Mas que delícia! Agora o gato selvagem veio brincar... como será o sabor do seu beijo? - disse Galatea interessada.
–Isso você nunca vai saber, sua desgraçada! - berrou ele transformando-se e partindo para o ataque.
A chuva finalmente cessara. Porém, o céu ainda intimava qualquer coisa com suas rajadas intermitentes de raios brilhantes, que a todo momento geravam sombras fantasmagóricas no chão. Gray levantou-se, ciente que era hora de se mover.
–Consegue andar, Juvia?
Ela corou como um tomate e balançou a cabeça negativamente. Ele então criou um carrinho de mão com o pouco de poder mágico que recuperara, depositando Juvia dentro dele.
–Me desculpe, Gray-sama...
–Não se preocupe. - respondeu ele começando a puxar o carrinho. -Vamos procurar a Wendy para que ela cure você.
–O-ok...
[2]
Lentamente, como se despertasse de um longo sono, Wendy abriu os olhos. Seu corpo doía intensamente. Parecia ter sido jogada de um penhasco, e batido com o corpo contra rochas duras. Em seu rosto havia um corte feio, com um traço de sangue já seco descendo toda a face. Seus olhos percorreram o local. Ela parecia estar sozinha.
–Charles... - disse ela baixinho. Sua voz estava fraca.
[Gemidos de dor]
–Wendy... - respondeu Charles caída logo atrás.
–Ai... ai... onde estamos? - disse ela esfregando os olhos para melhorar a vista. -Você está bem?
–Acho que estou... inteira. - respondeu ela. -Que raio de lugar é esse?
O ambiente não era nada além de confuso. O chão frio e áspero assemelhava-se com a superfície de uma rocha. Porém era plano, ladeado por altas paredes de cores claras, igualmente frias. Elas seguiam metros à frente, até terminarem em uma dobra para a direita. O corredor sem dúvidas levaria à algum lugar, mas onde?
Pé ante pé as duas se arrastaram até o fim do corredor, virando como sua única opção para o lado, onde mais um corredor comprido surgira. E à frente, o caminho se dividia em dois. Wendy começou então a concentrar seu poder para curar os ferimentos delas e recuperar as forças. Logo poderiam procurar uma saída com mais facilidade.
–Vou ver se consigo achar uma saída mais fácil. - disse Charles executando sua magia Aera. Mas, quando ela ganhou certa altura, as asas desfizeram-se e ela caiu, felizmente, nos braços de Wendy que evitara um problema mais grave.
–Charles, o que foi?
–Eu... não sei, não estou conseguindo usar minha magia e... estamos presas, num labirinto, eu acho.
–Labirinto?! - disse Wendy apreensiva.
–Sim, não deu pra ver direito, foi muito rápido. - respondeu a gata. -Mas vi vários caminhos interligados, então...
Ela não teve tempo de terminar.
[3]
Logo atrás delas uma sequência de acontecimentos estranhos dava início. Primeiro uma fumaça branco-esverdeada começou a brotar do chão. Em seguida, o mesmo desfez-se em uma mistura líquida e borbulhante, que ia aumentando de tamanho em formato circular. E do buraco fumegante, saiu uma estrutura comprida e articulada, revestida de espinhos verdes. Mais uma. Mais outra. Logo, a coisa toda estava de fora. Com presas triscando de ira e olhos brilhantes como pedras em chamas, uma aranha gigante estava pronta para atacá-las.
–Mas o que...
[Rugido assassino]
Wendy sentia suas pernas tremerem. Ela queria fugir dali, mas seu corpo estava paralisado. O coração pulsava rápido e a garganta estava seca. Os olhos contraídos. A respiração acelerada. Se ela não saísse dali, aquela aranha gigante com certeza acabaria com ela. Então Charles agarrou sua mão e forçando-a, começaram a correr.
–Vamos sair daqui, Wendy!
[Rugido assassino]
A criatura pôs-se então a seguí-las, fazendo o chão vibrar a cada passo. Suas longas patas disparavam espinhos contra as duas enquanto balançavam no ar com o movimento. E quando elas iam tomar o caminho da direita logo à frente, a aranha gigante virou-se de costas, lançando uma esfera branca em direção ao caminho, que ao tocar nas paredes se abriu, como uma teia grande e pegajosa. O caminho da direita estava bloqueado.
–Por aqui! - gritou Charles. Wendy já conseguia se mover melhor nesse momento.
O corredor agora tinha uma saída à esquerda e outra à frente. Porém essa já estava bloqueada por uma segunda aranha que começava a emergir, assim como a primeira. As duas rapidamente pegaram o caminho da esquerda jogando o corpo de lado, para escapar do ataque de espinhos.
–Charles, o que vamos fazer? - disse perguntou Wendy com a voz trêmula.
–Temos que nos livrar dessas aranhas antes de acharmos a saída. - respondeu a gata. -Acha que consegue atacá-las?
–Não sei... eu posso tentar. - ofegou ela já perdendo parte do fôlego.
[Rugido assassino]
Com um movimento rápido elas escaparam de mais uma investida da primeira aranha. E agora, as duas estavam logo atrás delas, prontas para atacar. Wendy virou-se encarando as duas. Seu ataque precisava ser efetivo ou elas estariam em sérios problemas.
–Tenryuu no Houkou! - Rugido do Dragão do Céu! - bradou ela.
Uma rajada concentrada de ar irrompeu na direção das duas aranhas. Mas uma delas saltou para o lado esquivando-se do ataque. A aranha que recebera o golpe foi arrastada para trás, até colidir contra a parede e cair no chão imobilizada.
As duas tentaram mover-se para trás, mas uma parede havia surgido e elas não tinham para onde correr. A criatura sobrevivente aproveitou o momento para contra-atacar. E numa investida rápida avançou para cima delas. Wendy e Charles nada puderam fazer, a não ser fechar os olhos.
[4]
A espada enorme de Lily dançava no ar, em cada golpe desferido contra Galatea, que mal se mexia. Seu poder magnético bloqueava cada investida, e logo uma expressão de tédio formou-se em seu rosto.
–Isso é tudo que você tem, gatinho? - debochou ela.
–Não subestime a Musica Sword, sua maluca! HUÁÁÁÁ!
[Bum!]
Num movimento rápido, a espada acertou o chão, jogando estilhaços para todos os lados.
–Coma isso! - disse Lily apoiando-se no chão com as mãos e acertando um chute no estômago de Galatea.
A mulher voou longe, mas parou antes de colidir com alguma coisa. Sua expressão voltara a ser de extrema fúria. Pelo visto, ela não esperava receber nenhum golpe. E logo atrás, Gajeel terminava de comer a última máquina caça-níqueis da fileira.
–Eu tenho que dizer, vocês ficam tão gostosos assim, com esse apetite voraz para me vencer! - disse ela mudando drasticamente a expressão para uma completamente pervertida. -Parecem estar me comendo com os olhos... - desta vez parecia uma garotinha envergonhada.
–KYÁÁÁÁÁ! - gritaram os dois ao mesmo tempo.
–O que essa doida pensa? - disse Gajeel sem graça.
[Pof!]
–Eu não sei... - respondeu Lily, depois de ter voltado à forma reduzida. -E esse é o meu limite... acabe com ela!
[5]
–Ho! Não precisa dizer duas vezes! - disse ele voltando-se para a inimiga. -Então é só usar ataques físicos, não é?
Galatea arregalou os olhos. Ela deixara uma fraqueza à vista.
–Você não vai mais beijar ninguém, sua velha! HUÁÁÁÁÁÁ!
E, numa velocidade incrivelmente rápida, Gajeel partiu para o ataque, desferindo muitos golpes contra a mulher. Galatea se defendia como conseguia, mas seu corpo era mais lento que o de Gajeel, o que colaborou para que, após alguns minutos ele acertasse um soco poderoso em seu rosto, forçando-a numa colisão estrondosa contra a parede.
[Bum!]
–Você ouviu isso, Happy? - disse Natsu virando-se para o parceiro.
–Eu não ouvi nada... [Happy: eu não tenho ouvido de cachorro que nem você!]
–Parecia... uma explosão e...
[Zup!]
Um vento, rápido e ligeiramente barulhento passou por eles, surgindo de suas costas. Eles seguiram o caminho que logo a frente, se abriu em uma ampla sala, ladeada de janelas grandes com vitrais coloridos. No meio, estrategicamente colocado em cima de um tapete vermelho estava uma espécie de trono, de madeira brilhante e detalhes dourados. No teto, muitos lustres de cristal deixavam uma atmosfera peculiar.
–Oh...! Que bonito! - disse Happy observandos os detalhes. Não havia ninguém na sala exceto os dois.
Então o vento passou por eles novamente. O barulho produzido parecia ser um zumbido de abelhas enfurecidas. Novamente o vento os ladeou. E mais uma vez. Até que então cessou.
–Natsu, eu estou com medo!
–Não se preocupe, Happy. Eu estou de olho nessa coisa.
Durante alguns minutos, nada aconteceu. E quando eles cogitaram na opção de voltar e escolher outro caminho foi que as coisas começaram a mudar.
Uma névoa dourada surgiu sob seus pés e logo em seguida, inúmeros raios dourados começaram a faiscar, lentamente e sem direção definida. E de repente, a área toda explodiu em raios, jogando Natsu e Happy para trás. E oculto pela nuvem de raios estava a silhueta de um homem.
–YEEEAAAAAAH! - disse ele.
Quando a cena desfez-se, ele pôde finalmente ser notado. Era um homem bem jovem, alto, de cabelos louros arrepiados, tal como as sobrancelhas. Embora não estivesse vestido como tal, sua pose era como a de um roqueiro, com o gesto típico feito pelas mãos.
–Você...
–Eu!
–ME DIGA ONDE A LUCY ESTÁ!!! - bradou Natsu em fúria.
–HÔ! Mais um que não conhece a alma do rock! Precisa se soltar mais, YEAH!
–Eu vou falar só mais uma vez! Me diga onde a Lucy está! - insistiu Natsu.
–A loirinha? O Mestre está com ela. - respondeu o homem.
–Então não tenho nada para tratar com você! - disse Natsu rispidamente, virando-se para sair.
–O que está pensando, garoto? Quando o mestre acabar de usá-la, - ele então fez questão que Natsu ouvisse - eu farei dela minha mulher!
Natsu parou.
–O que foi que você disse? - perguntou voltando a encarar o homem. Seus olhos ardiam como brasas.
–Você é surdo? Aquela loirinha será minha mulher! YEAH!!
–COMO SE EU FOSSE PERMITIR ISSO, SEU BASTARDO!!! - vociferou Natsu, cobrindo o corpo com chamas.
[6]
–HÔ! Pelo visto tenho um rival... não posso deixar você sair daqui vivo, hmn! Pela alma do rock, você irá cair hoje!
–Se para achar a Lucy terei que passar por você, ótimo! - bradou Natsu. -Vou mostrar o que acontece com quem mexe com a Fairy Tail!
–Pode vir, garoto!
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Reviews!!