Chasing The Sun escrita por SingleGirl


Capítulo 5
In my Place


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem desse.



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In my place, in my place,

Were lines that I couldn't change,

I was lost, oh yeah.

In My Place – Coldplay

Justin

 A aula já tinha acabado. Voltei para casa, encontrando minha mãe chorando no canto, com alguns hematomas. Me aproximei dela, tocando-a os ombros.

-Mãe? Tudo bem com você? –perguntei preocupado.

-Ta Justin ta. –Ela disse rude. E as lágrimas que antes ela derramava secaram. -Vá comer Mariah fez uma comida especial para você. –Ela disse, indo em direção as escadas. -Estarei aqui em cima. –Ela disse, e sumiu.

 Senti o cheiro de macarronada, e fui para a cozinha. Mariah estava colocando tudo em um prato.

-Mamãe não vai comer. –Anunciei, atraindo a atenção de Mariah.

-Tudo bem, já estou acostumada, querido. –Ela disse, com um sorriso.

-Venha, sente-se e coma. –Ela disse, puxando uma cadeira para mim.

-Obrigado. –Agradeci com um pequeno sorriso.

-Querido, sei que você tá preocupado com sua mãe, mas ela só precisa de um momento. –Mariah disse, com um sorriso forçado.

-Eu sei, Mariah, eu sei. –Disse, e ela sorriu para mim, em seguida foi para a cozinha.

 Comi em silêncio na enorme mesa da minha sala de jantar. Papai estava provavelmente em um bar qualquer, e mamãe, estava lá em cima, escondendo os hematomas, escondendo a verdade. Mariah não gostava de comer comigo, e ela não tinha a permissão de meu pai. Abaixei a cabeça, e uma lágrima salgada caiu sobre a comida. Sequei, não queria derrama-la, e nem queria parecer um fracote. Somente porque a minha vida não está perfeita. Na verdade, não existe perfeição , então posso ficar aliviado, que não serei comparado a ninguém.

 Levantei da cadeira, não queria mais comer. Peguei um casaco e fui para a porta, mas antes escutei uma voz.

-Querido? –Era Mariah. Me virei para ela. -Não vai comer?

-Perdi o apetite. –Disse, dando de ombros.

-Você precisa se alimentar, querido. –Ela disse, acariciando minha bochecha.

-Eu como algo na rua. –Disse dando de ombros.

-Vou guardar seu prato. –Ela disse simplesmente, ignorando minha fala. Sempre que acontecia algo com a minha mãe, e eu a via, eu sempre fazia isso. -Cuidado. –Ela alertou, preocupada.

-Eu volto logo. –Disse, e beijei sua testa, abrindo a porta e partindo para a rua.

 Comecei a caminhar, deixando meus pés me levarem para onde eles quisessem. Para onde a vida me levar.

 Passei na frente de uma casa, a família estava feliz, brincava com o filho, de cavalinho. Um sorriso pequeno surgiu no meu rosto, e nesses momentos, me pergunto uma razão para viver. 

 Fui para o meu lugar predileto, um penhasco de frente para a cidade toda. Me sentei, com os pés pendurados. Uma razão  de viver? As imagens de Alex, vieram na minha cabeça. Sua inteligência assustadoramente alta, sua beleza infinita, seus olhos profundos e hipnotizantes.

 Me lembrei do meu pai, aquele homem forte, trabalhador e agora ausente. Tudo era diferente antes. Antes dele ser promovido, ele sempre me levava para os lugares, sempre estava em casa comigo e com minha mãe... Ele nunca batia nela, ele nunca chegava a machuca-la, ele era romântico, mas depois, ele foi promovido e se tornou frio, maldoso, distante de tudo. Uma lágrima caiu, seguida de algumas outras, não me preocupei em chorar, eu estava precisando. As coisas mudam, papai mudou, mamãe mudou, eu cresci e infelizmente aprendi um pouco da vida. Um lado que eu não queria saber. Me encolhi, e escutei os passos de alguém, mas não me importei em saber de quem eram aqueles passos.  

 Senti algo em minha cabeça, e antes de fechar os olhos vi um anjo ao meu lado. A escuridão me pegou, e deixando inconsciente, naquele meu lugar, no meu lugar.

Alexandra

 Senti algo ruim acontecer. Olhei para Ollive, ele me olhou, estava sentindo o que eu sentia. Mas o que tinha acontecido? 

-Aconteceu algo? –Perguntou Ollive no meu ouvido.

-Não. –Disse meio óbvia, não sabia se tinha acontecido algo.

-Então.... –Começou ele. -Por que a sensação ruim? –Perguntou baixo, mais para si mesmo do que para mim.

-Algo ruim aconteceu? –Perguntei como se fosse óbvia.

 Fui para o meu quarto, estava começando a Ter sede. Me levantei e avistei todos sentados, passei pela sala, e vi os olhares na minha direção.

-Cuidado. –Disse Megan, com seu olhar acolhedor. Ela não devia estar trabalhando? -Eu estava, mas o meu chefe me liberou. –Ela deu de ombros.

-Vou caçar. –Disse e ela assentiu, vindo em minha direção depositando um beijo na minha testa.

 Sai correndo em direção ao centro. Uma mulher, saindo de um beco, andando assustada, carregava uma arma, andava meio trôpega, estava bêbada. Sorri para ela, escondendo minhas presas, ela me olhou assustada e tentou me acertar com um tiro. Minhas presas surgiram, e ela colocou a mão sobre a boca, surpresa. Mirou novamente a arma em mim. 

-Tem certeza? –Perguntei a olhando, ela negou com a cabeça e caiu aos meus pés. -Prometo que não vai doer. Muito... –Sussurrei mais para mim, e me aproximei, ela não tentou fazer nada, ela estava desistindo da vida, tão fácil...

 Mordi seu pescoço, e fui tirando seu sangue. A mulher, deixou a arma cair, e fechou os olhos. Escutei ela dizer algo como, Adeus meu amor em seguida, caiu e a morte a dominou. 

 Peguei seu corpo, e carreguei até um penhasco que tinha perto de casa. Atirei ela, e ela caiu sobre as pedras. Fiquei olhando-a, até que escutei um barulho, me virei para trás, e encontrei um homem querendo matar Justin. Olhei para ele, chamando a atenção dele, na verdade dos dois.

Justin fechou os olhos, e o homem sorriu para mim. Arqueei a sobrancelha, e o chamei com um dedo, ele riu pelo  nariz.

-Uma garotinha indefesa como você querendo brincar? –Zombou o homem, e se aproximou de mim com uma faca. Sorri, e ri pelo nariz.

-Quem te disse que eu sou uma garotinha indefesa? –Perguntei, e tirei a arma da mulher que estava comigo. Sorri, as minhas presas estavam afiadas, e o homem se assustou. -Quer continuar com isso mesmo? –Perguntei rindo da cara dele. Probabilidade dele sobreviver? 0%.

-Nã-Não faça nada. –Ele disse, colocando a faca no chão. Escutei passos atrás de mim, me virando lentamente, encontrando outro homem, ele me olhava assustado. 

 Mordi o lábio, minha sede não me perturbaria tão cedo.

In my place, in my place

Were lines that I couldn't change

I was lost, oh yeah

Oh Yeah


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