Cinderela escrita por Jubilee


Capítulo 6
Não é apenas o capítulo seis, bem vindo ao baile


Notas iniciais do capítulo

e aí?



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Há situações que devem ser evitadas

6

A música era doce, como o tilintar de sapatinhos de cristal, apesar de encoberta por conversas e gritinhos de convidadas entusiasmadas, ela permanecia magnífica.

Porém, o recinto silenciou. Era possível ouvir a respiração entrecortada de Cinderela ao entrar no salão. Era uma criada! Não deveria estar ali... Seria uma gafe sem tamanho. Ela desejou sair correndo, porém, duquesas, princesas, burguesas e damas de todas as classes já a fuzilavam com o olhar.

Ela era o silêncio. Ela as intimidava. Ela era um risco.

Era triste pensar que ninguém a reconhecera sem seu vestido maltrapilho e o cabelo cortado a navalha.

Essa era outra Cinderela, era uma Cinderela bonita, gentil e alpinista social.

Uma aspirante a princesa, como todas as outras.

Ela desceu as escadas de mogno brilhante com um sorriso reluzente em sua face.

O príncipe aproximou-se com uma sobrancelha erguida.

— Cind— ele cochichou—, o que faz aqui?

— Não sou Cinderela. Hoje, pelo menos, não. — ela riu— Estou aqui, não é mesmo? Cinderela está em casa limpando o Grande Salão.

— É claro...

— Bree. Hoje meu nome é Bree.

Ele sorriu.

— Aceita dançar, Bree?

— Mas, é claro! Que dama em sã consciência recusaria dançar com vossa alteza?

— Não sei. Talvez a tal da Cinderela. Uma garota esquisita, você sabe?

Ela pegou a mão dele e um choque elétrico percorreu seu corpo.

— Sei.

E lá estava ela dançando com Edgard, deixando que ele a guiasse pelo salão.

Na décima primeira badalada, ele a levou para um dos jardins do castelo, ambos sorriam feito bobos e falavam banalidades.

Os Jardins do castelo eram lindos, com lírios, magnólias e miosótis em canteiros, amoreiras e cerejeiras que se espalhavam pelas diversas alas do Jardim.

Mas aquele era o mais belo, o Jardim dos miosótis, onde tudo era azul e branco. As fontes eram de mármore ali.

Era o Jardim do príncipe.

Fora criado para comemorar o nascimento do primeiro e único filho do rei Gustaff.

Sentaram-se na beirada da fonte de mãos entrelaçadas e pernas cruzadas.

— Então, Bree, é magia, não é mesmo?

— Truddy fez isso tudo com uma palma. — ela riu— Mas acaba em uma hora.

— Não pode acabar tão cedo.

— Porque não?

— Porque eu ainda não fiz isso.

E ele a beijou. Beijou-a apaixonada e devotadamente.

Não eram choques, eram curtos circuitos vagando pelo corpo de Cinderela.

E então se ouviu a décima segunda badalada. Ela precisava ir!

Ela se afastou do príncipe e correu, deixando para trás um minúsculo sapatinho de cristal.

E o príncipe lá estava, com um sapatinho no colo, quando o rei aproximou-se.

— Quem era aquela, Edgard? Quem é a garota de sorte?

— Bree. — ele murmurou

— Bree? Não sabia que havia uma Bree. Mas, se ela te faz tão bem, iremos localizá-la. 

O príncipe suspirou.

— Ela faz mais que isso.


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Notas finais do capítulo

reviews?



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