Clarisse suspirou, jogando a cabeça na parede do chalé enquanto esperava a cena que certamente estava por vir. Às vezes ela gostaria de ter a capacidade de ficar brava com seu namorado.

Uma das consequências de namorar um filho de Hermes é que com certeza eles vão fazer alguma pegadinha estúpida, e você não pode impedi-los. Se impedi-los, você será a próxima vítima… e Clarisse não queria ser a próxima vítima, porque se Chris aprontasse algo com ela, ela não conseguiria espancá-lo ou algo do gênero, o que botaria sua reputação por água abaixo.

- Vou fazer uma pegadinha com seus irmãos. Não me culpe, Cla. Os Stoll me desafiaram e… eu não vou bancar de covarde pra eles. - Chris a havia alertado mais cedo.

- Claro que não. - Clarisse respondeu, irônica. - Se acontecer alguma merda contigo, o que vai acontecer, não me culpe depois.

- Ok… - E Chris saiu, se preparando para a pegadinha.

“Vamos esperar aqui e ver o que vai acontecer”, ela pensou. Não muito tempo depois, uma Sra. O’Leary sem a coleira de identificação apareceu correndo atrás de dois de seus irmãos que corriam sem parar, gritando “CÃO INFERNAL ATACANDO!”. É, um cão infernal consegue colocar até mesmo filhos de Ares pra correr.

E Chris vinha logo atrás, rindo sem parar. A Sra. O’Leary parou de correr e começou a dar latidos que soavam como um estranho riso. Os filhos de Ares perceberam logo o que estava acontecendo.

- RODRIGUEZ! - Eles gritaram, e saíram correndo atrás do filho de Hermes. Chris era rápido, mas os dois irmãos tinham braços longos o suficente para alcançá-lo, agarrá-lo e quase começar a socá-lo até que ele sangrasse até morrer (ou quase). Clarisse não poderia deixar isso acontecer… droga! Por que ela tinha que ser tão coração mole se tratando de seu namorado?

- Parem, parem! - Ela ordenou. - Deixem ele em paz, pelo menos dessa vez. - Como Clarisse era extremamente respeitada, os irmãos a obedeceram e deixaram o garoto em paz, saindo para outro lado do Acampamento com expressões vorazes. - Droga, seu idiota, por que você só faz merda? - A cada palavra, ela dava um soco em Chris, que andava para trás, tentando impedi-los. - E por que eu te amo mesmo assim? - Ela parou com os socos.

Chris riu galanteador e a puxou para um beijo. Clarisse estava relutante em ceder, mas o filho de Hermes tinha um poder sobrenatural sobre ela (cujo qual ela odiava e amava ao mesmo tempo).

Talvez um dia ela escrevesse um livro chamado “Como ficar brava com Chris Rodriguez”

Certo… isso quando ela descobrisse como fazê-lo. Porque até agora… bem… ela ainda não havia achado nenhum metódo eficaz.