NTS: Atos e Consequências escrita por iceecoffee


Capítulo 13
Inferno Branco


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, posso dizer que estou simplesmente maravilhada com os reviews de vocês, e espero que não me abandonem...
Acham que eu daria uma boa escritora? Por favor sejam sinceros ein?!
Musica:
Father And Son - Elizabeth Gillies Cover



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POV Jade

De manhã, ou melhor, de madrugada, talvez às cinco da manhã uma luz tímida indicou o florescer do dia. Beck envolvia meu corpo em seus braços, e demostrava o evidente cansaço.

Decidi que era melhor deixa-lo dormi por mais algumas horas, a profunda marca das olheiras estavam fundas em seus olhos fechados. Observei o quarto da Anne, estava vazio. Inevitavelmente deixei as lagrimas rolarem em silencio ao caminhar pelo quarto ainda manchado de sangue.

Não sei o quanto aquela pequena me afetou, mas foi o suficiente para que eu derramasse lagrimas. As coisas parecem sempre piores do que realmente são, certo? Não sei, não posso dizer, pra mim elas simplesmente parecem terríveis.

Eu, Jade West, estou chorando pela morte de uma reles menina que conheci a pouco mais de um dia?! Isso não está certo, os feches de lembranças enevoaram minha mente mais uma vez. Encostei a porta, deixando-a completamente fechada.

Percorri meus dedos de forma suave pelas estantes, perdendo-me em devaneios atordoantes. Como Jade West pode ser tão fraca?

“Então Jade West é só uma menina perdida... Uma menina perdida e sozinha, uma menina que nunca teve o amor que precisava.” Senti o frio arranhar minhas costas com a ferocidade da voz que soa distante, fraca, e fria. Sempre fria.

Jade: Não. – Sorri para as quatro paredes. – Eu nunca acreditei no amor!

Ao dizer isso, dei-me conta da mentira que acabara de dizer, e a voz pareceu tanto quanto eu perceber tamanha mentira, já desmentida tantas vezes nos últimos tempos.

“Então... Jade West não é mesmo capaz de amar? Sabe menina... O amor é um sentimento tão puro e singelo, que talvez você realmente nunca tivesse capacidade de senti-lo. Nunca amou a ninguém... - O vento calmo da manhã fria seguia a mesma direção da voz. – Ou... – Desafiou- Amou, e só não admite que no fundo é perfeitamente humana! Tem defeitos, erra, se engana... Ama! Não admite que tudo que sempre quis, foi apenas o amor de seus pais, e que nunca teve. No entanto teve o amor do Beck, garoto estúpido, se apaixonou por uma garota egoísta, arrogante, má, que nem mesmo o ama. Afinal Jade West não ama! – Ouvi uma gargalhada profunda, senti meus joelhos tremerem, a voz está mais próxima, mais ameaçadora...- Teve também o filho, onde certamente encontraria o amor que procurou durante tanto tempo... Mas Jade West não ama, odeia! Jade West o matou. E Agora, a pobre Anne, garota doce e verdadeira, tão pura e ingênua... Te lembra alguém? – Cat! – Sim, a Cat! E advinha só?! Você perdeu ambas garotas! Anne, por sorte ,foi carregada pela morte pra longe de você. E Cat, meiga e colorida Cat! Cansou-se de suas ignorâncias, e simplesmente achou alguém melhor do que você! Ela achou uma amiga de verdade, uma amiga perfeita, Tori! A menina perfeita, a menina que lhe roubou a fama, os sonhos, o Beck e agora a doce Cat! Mas Jade West não se importa, porque é uma menina que não acredita no amor! Não é?”

Minha respiração foi brutalmente interrompida pelos meus gritos cortantes, senti minha visão turva.

As paredes estão derretendo? Porque a minha mente está tão confusa? Beck não me ama? Meu filho morreu? Eu tinha mesmo um filho? Cat me abandonou? Anne... Quem é Anne?

Senti a raiva conduzir uma espécie de corrente elétrica pelo meu corpo. Raiva? De quê? Da Tori? Do Beck? Da Anne? De mim!

Derrubei frascos pelo chão, ouvindo o tintilar do vidro se espatifando contra o chão, agarrei-me na cama, por ser o único ponto do quarto que não girava ou derretia. Deixei minha respiração se acalmar por alguns segundos, fechei meus olhos, esperando que quando os abrissem estivesse em casa, na minha cama, sendo abraçada pelo Beck depois de assistir um entediante filme de terror.

Não foi isso que aconteceu, no entanto as paredes já não derretiam, nem nada mais girava. Fitei estonteada minhas mãos, me arrependendo imediatamente por perceber que ambas estavam repletas de sangue.

Derramei lagrimas mais uma vez, no entanto dessa vez, corri pelo corredor, passando mais uma vez pelo Beck que continuava em seu sono profundo.

Jade: Eu te amo Beck Oliver. – Observei minhas mãos sujas de sangue. – Mas não sou eu quem te faz bem.

Enfermeira: Jade West?

Jade: Infelizmente.

Enfermeira: A senhora precisa tomar esses... OH! – Gritou assustada ao observar minhas mãos.

Jade: Ainda não matei ninguém. – Disse retomando o tom frio da minha voz. É assim que tem que ser, todos eles precisam saber que não será tão fácil assim derrubar Jade West. Ela não se importa com nada disso, nem com ninguém. Jade West não se importa Jade West não Ama.

Quem sou eu então? Não sou mais Jade West, agora sou uma garota fraca e doente.

Enfermeira: A senhora estava procurando a senhorita Anne?

Jade: Sim. – Queria tanto dizer que não, queria dizer que não me importo...

Enfermeira: Ela não... Eu sinto muito... Ela não resistiu.

Jade: Eu sei. – Outra vez as minhas palavras simplesmente saíram, sem meu comando, sem minha interferência, queria gritar, chorar, mas Jade West não chora. As palavras soaram indiferentes, e certas. Diferentes de como eu me sinto agora.

Enfermeira: Eu... – Ela engoliu em seco desviando o olhar – Quer tomar uma ducha? Um café? Algo do tipo?

Dei de ombros.

Xx-Xx

Tomei um demorado banho, comi algumas torradas com suco, engoli um remédio, assisti tv durante quatro intermináveis e monótonas horas. Beck ainda dorme, nada muito difícil de acreditar. Nada muito diferente do normal. Se algo nesse inferno branco pode ser bom, é certamente o fato de me proporcionarem pensar sozinha, responder pelos meus atos.

Enfermeira: Tem visitas.

Jade: Quando Beck acordar, peça a ele que venha, por favor. – Pedi mais uma vez.

Enfermeira: Não vou esquecer.

Jade: Isso pode salvar sua vida! – Sorri ameaçadora mascarando o amargo dos meus olhos.

Cat: YAAAAAAAAAAAAAAAAAY Você está bem Jadeeey! – Gritou a ruivinha. Como pude, por quantos segundos fossem pensar que ela me abandonaria?

Sorri a vendo saltitar pelo quarto sempre tão alegremente.

Jade: Isso pode ser perigoso não acha? – Ri amargurada lembrando-me de todos que já fiz sofrer, de todos que já vi morrer, daqueles que fiz chorar.

Cat: COM CERTEZA VOCÊ ESTÁ BEM! YAAAAAAAAAAAAAAAAAY, Senti tanto a sua falta! Você tem alguma espécie de atração pelo hospital né?

Jade: E se você não parar com esses gritos, sinto que você me fará companhia em breve. – Ameacei docemente.  

Cat: Calma, você deve sair logo... OH! – Percebeu a ameaça o que me fez rir verdadeiramente pela primeira vez em dias.

Jade: Não vejo a hora de sair daqui!

Cat: Só mais um pouco.

Expliquei a ela tudo, ocultando partes que ela não suportaria ouvir sem chorar até que finalmente falou algo de pirulitos e ursos me fazendo levantar.

Encontramos com o Beck no final do corredor, e ela explicou a ele o que demorar quase uma hora pra me dizer.

Ela ficou sabendo que eu “sumi” do hospital, resolveu “fugir” de casa para me encontrar e pudéssemos fugir juntas, mas, ela avisou ao nosso amigos onde ela estava, e agora todos estão nos esperando no hospital.

A enfermeira falou que eu teria que tomar os remédios por duas semanas sem interrupção, três vezes por dia. O que fez Cat perguntar pra que eram, e só ai perdi mais duas horas do meu dia naquele inferno branco.

Saímos pelo hospital e alguns deles tentaram me abraçar, me fazendo revirar os olhos e gemer.

Tudo parece normal e bem.

“Não ficaria tão segura quanto a isso.”


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Notas finais do capítulo

Entãao? Eu sei que o capitulo não foi bom, mas a história vai melhorar okay? Eu só preciso de mais tempo nos meus dias...
Falar nisso... Tenho um trabalho pra fazer...
Então??
1- O que acharam do capitulo?
2- Acham que daria uma boa escritora? (Uma escritora oficial)
3- Sugestões ou criticas?



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