NTS: Atos e Consequências escrita por iceecoffee


Capítulo 10
Em Meus Braços.


Notas iniciais do capítulo

Vo pedir desculpas outra vez, são as aulas... Estão me enlouquecendo :/
Vo tentar postar mais rápido okay?
- Ainda tem alguém acompanhando a fic? *O*
Musica:
SomeWhere Only We Know - Matt feat Elizabeth Gillies
Boa leitura e obrigada pelos reviews



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POV Beck

Assim que o barulho das maquinas trouxeram lagrimas aos olhos de Jade, corri pelos corredores abandonando a cena que me faz cogitar.

#Flash Back On

A pequenina Anne sorri com os olhos fechados, já não respira, já não se move, apenas a mão evolvida com as mãos pálidas da Jade mostra que está perdendo a consciência. O Quarta está parcialmente iluminado com a luz gélida da lua que atravessa impiedosa a janela de vidro clareando um pouco o rosto de ambas princesas. Jade segurava as lagrimas, no entanto nós dois sabíamos que ela não conseguiria por muito mais tempo, ela fitou meus olhos por dois segundos e algumas lagrimas cristalinas e puras deslizaram acariciando a sua pele suave.

#Flash Back Off

As paredes pareciam todas iguais, minha visão estava embaçada, aquela pequena com um olhar tão intenso e verdadeiro não merece morrer assim, ela ainda tem tanta coisa pra descobrir, tantos sorrisos a dar... Como um dia o meu filho poderia ter, como ele poderia sorrir. Não é justo que a vida dela se esvaia de tal forma cruel e dolorosa, apesar do sorriso nos lábios da menina, o sofrimento que aquilo estava nos causando era incalculável.

Com cada passo apressado que dei, o corredor pareceu mais sombrio e solitário, onde estão todas as pessoas desse lugar?

Corri por mais dois corredores virando em entradas que pareciam idênticas a todas as outras quais eu já havia entrando. Estou perdido?!

Finalmente ouço um ranger de porta e um homem baixinho, barrigudo que vestia uma clássica roupa branca, surgiu misturando-se com a paisagem igualmente branca do corredor.

Beck: Por favor senhor, precisamos de ajuda.

Doutor: Em que posso ajuda-lo? - Parecia cansado e sonolento.

Beck: É a Anne, acho que..

Doutor: Anne Chullork? - Apenas fitei os olhos cansados do médico que pareceu despertar de seu transe, no entanto ainda fez pouco caso.

Beck: Não sei, é uma menininha, deve ter uns 11 anos não sei, ela estava no quarto sozinha, eu estava procurando a Jade e a encontrei no quarto da menina onde estava tudo ensanguentado, e agora você tem que ajuda-la.

Doutor: Ela está em estado terminal da tuberculose, não há muito que se possa fazer. Os pais dela a abandonaram aqui, si quer pagaram os últimos dois meses, é um milagre ela ter sobrevivido até hoje.

Beck: Vamos, vocês tem que reanima-la, ainda da tempo não é?

Doutor: Não fará diferença, ela ficará aqui sozinha e conforme o tempo passar as coisas só vão piorar pra menina, e sinto dizer que deixa-la morrer agora é o melhor.

Beck: Não, vamos, você vai revivê-la.

Doutor: Ela não tem por quem viver, está sozinha.

Beck: Não importa, VÁ AJUDA-LA AGORA! PAGO OS DOIS MESES DELA, AGORA VÁ, FAÇA O SEU TRABALHO, SERÁ PAGO PRA ISSO!- Uma luz de esperança surgiu nos olhos do doutor, e um sorriso ameaçou se formar em seus lábios, o que me irritou. - Qual a graça? - Perguntei enquanto corríamos para o quarto.

Doutor: Ainda não sabia que existiam pessoas dispostas a lutar pela vida de outra pessoa, quando a própria vida está valendo tão pouco ultimamente. Anne tem sorte. O que faz aqui? - Falou com esforço

Beck: Já disse, vim procurar a Jade. - Falei um pouco ofegante.

Doutor: Jade West? A menina com problemas psicológicos?

Beck: PARE DE FALAR E CORRE! - Gritei não suportando vê-lo se referir a Jade com tamanha indiferença. Ela não é uma louca qualquer... É a minha maluquinha!

Finalmente chegamos até a porta da Anne, e Jade sobressaltou-se ao ouvir a porta, ela cantava algo antes de ser interrompida. O rosto dela revelava a angustia que passava.

Jade: Acha que pode salva-la?

Doutor: Talvez... Vocês precisam me ajudar; peguem o desfibrilador ali naquele armário. E você acenda a luz rapaz.

Jade tateou o aparelho em meio a escuridão qual seus olhos já se habituaram. Acendi a luz, e seus olhos precisaram de um segundo para se acostumar com a claridade outra vez.

O médico colocou as luvas e suspirou quase se mostrando agradecido por alguma coisa, chegou os pulsos da menina e observou sério o rosto da pequena.

Logo depois Jade entregou-lhe o desfibrilador, que foi ligado. E em seguida foram desferidos choques contra o corpo da menina que mais parecia uma pálida boneca de pano.

Os lábios da menina agora estavam meio roxos, quase como se tivessem sido pintados... As mãozinhas que antes seguravam a mão da Jade, agora eram jogadas sem piedade contra a cama, por causa do impulso da maquina.

Vi de relance a Jade choramingar horrorizada, encarando a menina que era friamente jogada contra a cama, aproximei-me com cautela dela, temendo sua reação. Ela, no entanto estava abalada demais para notar o meu movimento, apenas continuou a olhar o pequeno corpo que não reagia as inúmeras tentativas de reanimação.

A envolvi em um abraço apertado e caloroso, onde tentei passar a ela tudo que sentia, todo meu amor, compaixão... Compreensão. Senti nossas forças sendo compartilhada no nosso elo tão intenso, nossa corrente de sentimentos permaneceu intacta a nossas brigas e ressentimentos, apenas confirmando que nada é forte o bastante pra nos separar. Onde ela apenas chorava e acariciava minha mão de forma apreensiva, eu a abraçava e sussurrava calorosamente que a amava.

Onde anos atrás Anne seria apenas mais uma menina entre tantas outras a morrer de forma trágica, sem que eu me interessasse, hoje, ao lado da Jade eu sei que farei de tudo pra que ela sobreviva, e tenha a chance de conhecer pessoas tão incríveis, e viver histórias tão bonitas quanto eu, que por sorte, destino, acaso... Chame do que quiser, conheci a Jade e com ela pude viver os melhores momentos e descobrir o verdadeiro valor de um sorriso.

Afinal, “Não haveria sorriso sem lágrimas.” Foi o que Jade sempre disse quando a perguntavam por que ela não sorria ou chorava em publico. Agora finalmente posso entendê-la, simplesmente por que ela valoriza ambas ações o suficiente para saber que um sorriso nunca será tão bonito se não for verdadeiro e uma lagrima nunca será tão comovente se não tiver motivo.


Ela me faz querer ser uma pessoa melhor, da pra acreditar? Nem eu mesmo consigo dizer isso em voz alta. O sorriso que ela me da toda vez que faço algo bacana faz com que um garoto revoltado de anos atrás se transforme em um homem que se alimenta dos sorrisos dela, os verdadeiros



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Notas finais do capítulo

Então gostaram?