Meu Primeiro Amor, de fato.. - One shot. escrita por Desconhecida


Capítulo 1
My first love.


Notas iniciais do capítulo

Bom, espero que gostem!



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Ele era como um perfeito desconhecido para mim, mas, todos os dias tinha pressa para chegar em casa para ver qualquer notícia dele – ou da banda da qual era integrante. Se não houvesse nenhuma notícia eu tinha que ver imagens, programas, o que quer que fosse… desde que ele estivesse lá, desde que me ligasse a ele.

            Era um vício. Se me pedissem para definir o que era vício eu responderia com uma simples palavra: Pedro Lanza. Não era daqueles vícios que preenchiam as paredes do quarto com posters, os cadernos com o seu nome nem mesmo que fizesse gritar o seu nome no meio da rua quando o visse. Não, este era o tipo de vício que preenche o meu coração com imagens dele, que mete o meu sangue a fluir graças à existência do seu nome colado invisivelmente por todo o meu corpo e que faz as minhas veias pulsarem descontroladamente por quererem gritar para sempre o seu nome. Mas, não demonstro nenhum dos meus sentimentos.

            Uns iriam chamar-me louca, outros diriam que eu era uma fã obcecada, e eu prefiro ser uma simples menina que não o conhece e que deseja que este sentimento seja para sempre, pois verdadeiro, já sei que é.

            E a cada vez que ele sorri eu sorrio, cada vez que ele chora eu choro, cada vez que o vejo a dançar eu danço, cada vez que canta eu não canto… apenas para conseguir ouvir nitidamente aquela tão bela voz. O quanto ela me faz sonhar. O quanto eu a desejo aquela voz bem perto de mim.

            Talvez por ser hora de deitar os meus pensamentos sejam mais exagerados e dramáticos, porém é assim que tem sido e eu já me acostumei: se quero adormecer sem ter o meu coração fraco a bater descompassadamente tenho que me permitir a pensar nele. Se eu pudesse ao menos o vê-lo uma vez que fosse… nem que fosse a sair da escola, se fosse até mesmo numa balada que você costuma frequentar, você, sua banda e alguns amigos teus.. Eu nunca tive a sorte das minhas amigas – tantas que já me mostraram fotos com você, que tiraram no dia anterior. Até mesmo aquele pedacinho de papel que você assinou. Sorte, algo que eu não nunca tive em determinados aspectos.

            De repente, a minha mente fica completamente negra. Não penso mais, não sofro mais, não sei quem você é. Nada sobre ti me incomoda, até acordar no dia seguinte. Abro os olhos, mas parece que você consegue sempre ficar e mim, sem nunca querer sair por nenhum lado, sem nunca deixar de abraçar o meu coração. Sabes uma coisa? Acho que ele está mais pesado por causa de ti, felizmente, é um peso bom e eu não tenho a devida coragem de te deixar simplesmente caído no chão à espera que outro alguém te encontre e que você, nessa altura, abrace o coração de outra pessoa. Eu quero você abraçado ao meu coração, quero que você esteja abraçado a mim!

            Depois do uniforme escolar vestido e do pequeno café da manhã tomado saio de casa e desço um andar para chamar a minha amiga que costuma me fazer sempre companhia à ida e à vinda da escola.

            - Anna!– Ela fala entusiasmada. - Você tem ido na frente da casa "Dele"?

            -É... – A minha resposta é pequena e ela percebe o que passa em meu pensamento neste preciso momento.

            - Por que não vais lá hoje? Pode ser que… – E deixa a frase em aberto, durante uns segundos, fazendo-me pensar se realmente deveria seguir o conselho dela.

 – Pode ser que hoje seja o seu dia de sorte. Não diga já que não vai, há meses que você não passas lá; não pode queixar de ser a única que não o vê se você própria não se esforça para o abraçar! Antes ia lá todas as semanas, por que é que de repente deixaste de ir se é o que realmente quere? Se os meus pais não estivessem em casa à hora a que eu saio da escola iria lá todos os dias para ver se encontrava o Koba… Não desperdice a oportunidade que tem e nem foi preciso fazer nada para tê-la!

            - Lia…  Realmente, eu vou! Já deixei muitas chances passarem em branco, mas dessa vez, eu vou! – Respondi confiante. 

            Depois das aulas decidi seguir o conselho dela e ir lá, outra vez, depois de tantos meses. Ela tinha razão… se eu não o via a culpa era minha, todas as minhas amigas iam lá quase todos os dias na esperança de ver eles com aquele sorriso, que eu tanto gosto. E eu simplesmente deixei de ir.

            Os minutos passavam e como não gostava de esperar e não pensava mesmo que era hoje que iria ser o meu dia de sorte estava prestes a ir embora, me dando por vencida, deixando o meu corpo voltar aos sonhos de Se um dia isto acontecer…Se eu fizesse isto…, Se eu o visse… Enquanto a minha mente ia até esses sonhos eu podia jurar que o via a sair daquela porta, como já o tinha visto fazer em vários vídeos. 

            Era uma visão, uma miragem, um sonho, todos os nomes imaginários que quiserem chamar, e, por essa razão, permiti-me olhar para ele mais do que devia, permiti-me observar a sua maneira de ajeitar o cabelo que me deixava sem respiração, a rever o formato dos seus lábios e, intimamente, a desejá-los encostados à minha testa dizendo palavras carinhosas.

            É óbvio que se fosse o Pedro Lanza em pessoa eu nunca teria coragem de olhar para ele tão fixamente como agora – mas já que nunca o vi realmente, precisava relembrar de tudo o que há nele.

            - Precisa de alguma coisa? – De repente foi como se abrisse os olhos interiormente. Como é que é possível uma ilusão falar comigo?

- Desculpa, está tudo bem? Precisa de alguma coisa? - E a sua imagem real se focou mesmo em minha frente. Que poderia dizer para além de que os olhos dele são fascinantes? Talvez que os lábios dele são perfeitos? Ou que os braços deles são tão perfeitos que quero ser protegida por eles?

            - Acho que preciso de… ham… um abraço teu?– Meu Deus! Podia ter ficado calada.

            E, enquanto ele ria incontrolavelmente, me abraçou levemente. Como eu desejei este momento. O que sinto? Não sei: as mãos pousadas nas costas dele o fez tremer. Os meus olhos fechados tentando conter as lágrimas, as pernas a tremerem e a barriga cheia de borboletas. E, enquanto isso, ele continuas a rirt descontroladamente. Porquê?

            - Calma, não penses que eu estou rindo de você. É só porque nunca tinha estado numa situação em que alguém olhasse para mim como uma ilusão em vez de começar a gritar ou dirigir-se logo a mim.– E eu ouvia-te. Ele logo continuou- Pois… Bom, não devia andar a distribuir abraços pelas fãs, desculpa. Mas você mereceu este, não resisti ao teu jeito atrapalhado.– Ao mesmo tempo que dizias isto, ele tinha os teus lábios encostados á minha testa.

            Logo de seguida ele foi embora. Foi a primeira vez que o vi realmente e, muito provavelmente, será a última, My first love, actually.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?! Se sim, ou até mesmo não, COMEMTEM! Por favor, me faça feliz! hahahah



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