A União De Dois Seres Diferentes escrita por kagomechan


Capítulo 2
coração roubado




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Nenhum dos dois saberia dizer quanto tempo eles perderam vagando nos olhos. Até que Inu no Taishou quebra o silêncio.

– Então… er… consegue se levantar? - ele estende a mão para ajudar Izayoi independente da resposta. A jovem segura na mão do youkai, mas ao se por de pé, percebe que algo está errado e cai de novo… isso é… quase cai pois Inu no Taishou a segura na hora.

– Meu pé… doi… acho que quebrei alguma coisa quando cai.

Inu no Taishou senta a garota gentilmente em um tronco caido. Pede permissão para tirar a meia e a sandália, os tira com cuidado e examina o pé.

– Posso não saber muito de humanos… mas acho que não era para seu pé estar assim. Mas tudo bem, eu posso te levar até onde você mora. Falando nisso… onde é?

– Ah… eu moro no castelo que fica do lado dessa floresta.

– Hum… okay. Te levo até lá. - Sem nenhum esforço, como se estivesse levantando uma folha de papel, Inu no Taisho segura Izayoi em seu colo e começa a andar. - Bem, vai ser uma caminhada bem longa.

– Podemos ir conversando no caminho - a garota estava vermelha, nunca havia sido carregada daquela maneira por nenhum homem. Talvez o pai quando era bebê, mas agora era diferente.

– Hum… tudo bem… mas falar sobre o que?

– Qualquer coisa… por exemplo… quantos anos você tem?

– 835

– ÊÊÊHHHHHHHH??!!?!? Mas não é possível ter essa idade.

– Pra você talvez não.

Durante todo o percuso eles conversaram bastante, passaram até bastante tempo conversando. Ou Izayoi entrara fundo demais na floresta ou Inu no Taishou estava enrolando para chegar ao destino. Quando chegaram mais para a borda da floresta, eles já conversavam como velhos amigos.

– ….E aí a pulga acorvadou bem na hora. - Inu no Taishou contava algumas de suas aventuras e Izayoi chorava de tanto rir.

– Queria ser como você, livre para fazer o que quiser. Mas eu estou aqui presa tendo que atender a meu pai.

– Não sou tão livre assim… e você também não é tão presa, pelo o que fala de seu pai, duvido que ele deixaria você entrar na floresta desse jeito.

– Verdade… eu fui escondida. Eu… queria ficar um tempo sozinha.

– Porque? Aconteceu algo?

– Meu pai ele…. ah nada não. Não precisa se preocupar.

Quando ela percebeu, eles já estavam na parte dos fundos do castelo e já havia escurecido.

– Como você conseguiu entrar aqui? - Indagou a jovem - o castelo devia estar muito bem protegido.

– Não foi tão dificil. Bem… vou deixar você sentada aqui, logo alguem a encontrará, parece que eles estão atrás de você. Não posso ficar aqui. Adeus.

– Espere! - Izayoi agarrou a manga do kimono de Inu no Taishou - Você… poderia… voltar aqui mais vezes. Pra convesarmos…

– …… Quando eu não estiver muito ocupado eu tentarei vir.

E assim ele se foi. Izayoi estava muito feliz, esperava que ele mantivesse a sua palavra. Ela estava se sentindo estranha por dentro, será que era a coisa certa a fazer? E se ele depois se revelasse como um youkai mal? Não… ele não era assim pelo o que ela imaginava. Passos se aproximavam de seu quarto gritando pelo nome de Izayoi, era a voz de seu pai junto com a sua irmã caçula.

– Izayoi! Izayoi!! Ah!! Onde você esteve? Estavamos preocupados!!!

– Estou bem pai. Eu… cai e machuquei o pé.

O pai olhou o pé e chamou um servo para que trouxesse alguem para cuidar do pé da menina. Ele perguntava coisas a Izayoi mas ela respondia de modo curto e monótono, sua mente estava lembrando do gentil e belo youkai e a salvara. Logo, ela percebeu horrorizada, que se o pai soubesse, ele odiaria o mero fato de ter conversado com um youkai, ele a proibiria de reve-lo. Afinal, ele odiava youkais com toda a força de seu coração.


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