Demons Do Lie escrita por Gabby D


Capítulo 1
Capítulo único.




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Aqueles que firmam o contrato são impedidos de atravessar as portas do céu, essa foi à condição dada pelos demônios.

Demônios. Seres sujos e cruéis envoltos pela escuridão e fadados a navegarem entre o inferno e a terra, correndo atrás de presas para enganar.

A presa é enganada com doces palavras e arrastada pela escuridão para não notar o poder oculto do demônio. Habilmente, gentilmente e silenciosamente, o demônio diz aquilo que a presa deseja ouvir, reconfortando-a e iludindo-a.

É o sussurro do demônio.

Sebastian Michaelis era um demônio, mas diferente de todos os outros, este havia cansado de gastar seu tempo em presas sujas e insatisfatórias. Ele desejava uma saborosa alma que nem todo humano possuía.

E achou o que procurava em Ciel.

Os humanos eram todos iguais, sempre se iludindo com as mentiras contadas pelos demônios. Seres fracos e hipócritas, largando tudo àquilo que não lhe convém quando acham algo melhor.

Mas Ciel Phantomhive era diferente. Era esperto e orgulhoso. Possuía a alma que muitos demônios desejavam.

A alma que ansiava pela vingança. Marcada pela dor e pelo sofrimento, envolvida pela escuridão e ainda sim, totalmente pura.

O tipo de alma que Sebastian desejava.

Desejava e em breve iria ter, de acordo com o contrato.

O contrato feito pelos dois era como uma forte corrente, prendendo Sebastian como um cachorro na coleira mantendo-o fiel ao seu contratante. Impedindo-o de mentir ou trair seu mestre.

E apesar dessa corrente, o mordomo demônio mentira para seu jovem mestre.

 Mentira apenas uma única vez. Uma única mentira.

E fora o suficiente para se arrepender completamente pelo mesmo.

Tudo aconteceu naquela maldita noite em que seu jovem mestre fizera aquela pergunta.

Sebastian” Chamou o conde, com seu tom orgulhoso em uma das noites em que o demônio havia tomado seu corpo para si. “Demônios amam?”

Não, jovem mestre.” O mordomo respondeu secamente, repreendendo-se mentalmente por quebrar a principal ordem de seu mestre. Nunca mentir. Mas era necessária, a situação estava perigosa demais. “Demônios são seres incapazes de amar.

Demônios não são seres incapazes de amar, Sebastian sabia muito bem disso. Por experiência própria, ouso dizer.

Demônios são capazes de sentir e terem emoções sim, mas optam por não fazer. Seria incomodo. Tivera vários casos de demônios que se apaixonaram por humanos e foram dados como traidores por seus semelhantes.

Não que Sebastian se importasse com os outros demônios.

Sebastian tinha medo. Medo de se entregar para aquele pequeno conde e acabar o magoando.

Acabar se magoando.

Afinal, por mais que Ciel pudesse ama-lo, ainda era um humano. Um mero humano.

Um humano com tempo de vida curto e limitado, um mortal. E que, além disso, havia firmado um contrato consigo.

Se permitir amar aquele jovem conde iria atrapalha-lo a ter sua alma.

E iria atrapalhar Ciel em sua vingança, algo que nenhum dos dois desejava que acontecesse.

Por esses motivos, Sebastian Michaelis mentiu. Mentiu e seu mestre nem mesmo desconfiou.

Afinal, demônios sempre mentem, é de sua natureza.


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