Paraíso escrita por vickdecullen


Capítulo 3
Levi's Jeans




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 A alguns quilômetros de distância, o ar quente flutuava sobre os mar salgado que serpenteava entre barcos cobertos de algas e restos de peixes. Um enorme Porto, relíquia da cidade, erguia-se sombria e agourenta. O silêncio total era quebrado apenas pelo rumorejo da água escura, e não havia vestígio de vida exceto por um gato esquelético que descera até os barcos na esperança de farejar um saco de peixe com fritas descartado na areia suja. Com um leve som de motor, três motos apareceram e estacionarão, rindo prazerosamente e meios embriagados. Em sua Harley Davidson da década de 70, um jovem alto bronzeado e cabelos castanhos ria enquanto tomava uma cerveja.

James um jovem loiro e cabelos compridos, presos em um rabo baixo, jogou em uma parede de tijolos podres uma garrafa de cerveja. O gato saltou do barco onde estava e com um miado agudo saiu correndo deixando seu jantar para trás.

-Essa corrida clandestina vai ser foda!- disse Edward acendendo seu cigarro Malboro vermelho- Onde você disse que ia ser mesmo, Noah?

-Boca del Pescado, em três meses- ele toma um pouco de vodka - Três putos meses !- gritou tendo uma louca vontade de bater em alguma coisa.

E uma coisa que você não gostaria de ver era ele irritado. Noah era um ser grande de cabelos raspados em maquina três. Seu corpo era coberto de tatuagens e se o encarassem mais de cinco minutos e não fosse com a sua cara, ele provavelmente tirava um canivete e o ameaçava.

-Cara, você sabe o quanto mortal pode ser essa merda, né?- disse James sensatamente- Arriscar a vida nessa porra! Francamente com essa coisa que você chama de moto, é completo suicídio!

-Vai se fuder Noah, a Debora aqui esta melhor do que muita moto e enquanto o risco bem, você sabe que eu gosto da adrenalina- fumou mais um pouco- Mas estou fazendo mesmo isso são pelos sete mil dólares.

-Mesmo assim é arriscado e se você decidir morrer a Dona Esme te mata!- Os três amigos riram sem muito humor, o assunto morte realmente não era muito agradável, ainda mais para James que no ano passado havia perdido sua noiva para um assaltante bêbado.

-Odeio admitir, mas é verdade, e a tua família? Nos três sabemos o quanto você ama eles..

Ele tirou o sorriso do rosto e o encarou.

-É por isso que eu estou me metendo nessa merda de corrida espertalhão. É pela minha família, conseguir esse dinheiro vai me fazer ir para Nova York com a cabeça limpa.

Uma viatura passando ali perto fez os três subirem em suas motos e correrem em disparada pelas ruas, evitando de serem presos. Edward antes de ir para sua casa, parou no velho trailer gordurento que vendia o melhor hotdog do mundo. Quando cruzou toda a cidade e finalmente chegou em casa viu seu pai trabalhando em um carro. Estava todo sujo de graxa e fumava um tabaco enquanto passava as mãos pelos cabelos loiros. Edward suspirou, por mais que estivesse em situações financeiras não favoráveis comparados com a metade dos habitantes de Eastport, ele se sentia afortunado com a família que tinha. Carlisle era um homem trabalhador, estava na faculdade de Engenharia Mecânica quando Esme engravidou de Edward, o que fez o pai parar de estudar para poder dar uma vida melhor a sua esposa e futuro filho. O que ele não imaginava era ter mais quatro filhos, o que fez o dinheiro diminuir. Apesar de tudo Carlisle era um homem feliz, sempre repetia a seus pequenos herdeiros, que tendo pão, teto e amor, não precisaria de mais nada na vida. E esse argumento geralmente Edward usava como desculpa quando não queria estudar. Ele poderia aparentar ser um jovem rebelde, mas na verdade tinha vocações na vida e tentaria entrar na em alguma faculdade.

Esme sai da casa em direção a garagem onde esta o marido, com seu barrigão de oito meses. Parou atras dele e massageou suas costas enquanto depositava um beijo em seu pescoço.

-Querido já esta tarde, onde esta Edward?

-Aqui mãe- Carlisle mal teve tempo de responder e o filho já dava um abraço apertado na mãe.

-Cuidado com seu irmãozinho- gemeu- assim vai acabar o esmagando.

Edward riu e beijou sua testa. Cumprimentou o pai rapidamente e entrou na casa. Colin seu irmão mais novo de treze anos jogava videogame na sala enquanto Felipa, de cinco, brincava com uma de suas bonecas na sala de estar, e quando viu Edward saiu correndo em sua direção.

-Edwaaaar!- gritou.

-Que foi minha monstrinho!- respondeu dando um beijo estalado em sua bochecha gorda e rosada.

Ela daria certos problemas a seus irmãos quando crescesse, ainda mais por ter um lindo rosto claro, cabelos ruivos que herdara da mãe e olhos verdes.

-Como foi o seu dia?- ele a colocou no chão e se ajoelhou para ficar em sua mesma altura.

-Foi tudo bem- respondeu dando de ombros e segurando nos cabelos, indicando que definitivamente algo havia passado.

-Pipa o que foi que o Ewar disse sobre os garotos abusivos do colegio? - disse Edward aproveitando para reforçar o que havia ensinado.

-Chutar as canelas deles, mas a mamãe disse que deveria chutar entre as pernas- ela declarou e Edward sorriu assentindo, a mãe realmente sabia educar uma filha.

-Contudo, é melhor que você dê uma joelhada- ele lhe dobrou a perna para ilustrar o que falava- Assim não dará a chance de que puxem seus pés, entendeu?

-Entendi, Ewar.- Ela balançou a cabeça para cima e para baixo repetidas vezes.

Trouxe sua perna para trás para ganhar força e velocidade, para depois acertar entre as pernas de Edward- que se encontrava agachado a sua frente. Ele gemeu de dor quando perdeu o equilíbrio e caiu para trás. Não foi a pior dor que sentiu, mas certamente se Felipa fosse um pouco maior ele estaria rugindo.

-Fiz certinho?- perguntou de forma inocente enquanto Colin dava altas gargalhadas no sofá.

-Fez, pequena, fez- ele resmungou com os olhos cerrados.- Mas você não deve fazer esse tipo de coisa em mim ou no papai, ok?- questiono com os lábios cerrados mal se abrindo para falar.

-Edward o que você esta fazendo?- perguntou a mãe entrando no aposento junto com Carlisle.

-Mamãe, Ewar esta me ensinando a dar joelhadas nas coisinhas dos meninos- respondeu sorridente.

Só assim pode entender a expressão de dor que Edward tinha no rosto e que a fez rir.

-Vamos lá filho, ela é só uma menininha- disse Carlisle a pegando no colo e a enchendo de beijinhos- é o orgulho do papai!

-Colin pare de rir do seu irmão e vá pegar um pouco de gelo- disse Esme tirando sarro da cara do filho que depois de meio recuperado, se levantou meio cambaleando e foi se sentar no sofá.

A sua casa apesar de não ser cheia de luxos era confortável. Continha quatro quartos e um banheiro conjuntivo. O maior problema de ser uma família de classe media naquela cidade, era o preconceito que muitos tinham. Por exemplo com seus irmãos. Muitos amigos de escola os recriminavam por não terem roupas tão boas, ou não poderem ir viajar a todo tempo, como eles podiam. Collin já havia se metido em brigas para defender a honra do pai e mãe, quando um pirralho nojento os haviam xingado de “caipiras pobres”. Já Felipa, quase não tinha amigos, e muitos meninos tiravam sarro de suas bonecas velhas. Edward faria de tudo para mudar as coisas, trabalharia e ganharia um bom dinheiro para bancar a família, mas Carlisle nunca o permitira trabalhar como se fosse o homem da casa.

-Edward, você tem um pai que trabalha e sustenta esse lar para isso!- gritou uma vez quando percebeu a real intensão de ter um emprego- Não quero vê-lo trabalhar para conseguir-nos deixar ricos. Quero que trabalhe para que tenha responsabilidades, agora, se esta na sua mente deixar de estudar para isso...

-Claro que não pai- o interrompeu- você sabe que não seria capaz de fazer isso.

Carlisle entendeu o filho por outro lado, sabia que não era fácil viver em Eastport, e que a melhor coisa a se fazer era ir morar em Seattle. Naquela noite, seu pai chorou muito para um homem. Não só por causa de Edward, mas também por saber que Esme esperava seu quarto filho, Lorenzo.

Mais tarde, após a família conversar e rir um pouco, Edward foi para o seu quarto se acostar para dormir. Seu quarto era pequeno com uma cama de solteiro e uma varanda que dava de frente a praia. Ao lado de um bolo de roupas sujas ele tinha livros abertos e usados, nos quais ele mandou um olhar significativo e se jogou na cama. Já não ia precisar estudar todas as noites antes de dormir, já que conseguira a bolsa de estudos para Colúmbia University em Nova York. Prova disso era a carta de aceitação que estava em baixo de sua cama em um esconderijo onde só ele sabia. Suspirando fechou os olhos tentando não pensar nisso e sem querer olhos azuis e cabelos morenos vieram a sua mente. A menina de hoje a tarde veio a tona fazendo ele rir. Como era neurótica! Será que ela pensou mesmo que eu iria fazer alguma coisa? Só queria ser um bom cavalheiro e leva-la a sua casa.

Algo que ele adorava era ver a desgraça de outras pessoas, claro não de outras pessoas no mundo, se não que as de Eastport. Como hoje de manhã aquele velho estupido que um dia batera em Edward por entrar em seu jardim e pisar na sua grama bem feita, hoje recebia o que merecia. Igual aquele Mike Newton. Garoto mais estupido! A marijuana com certeza matara seus bons e poucos neurônios que sobravam. Mas aquela menina por mais que se divertisse em vê-la visivelmente estressada pela sua presença, ele não sabia nada sobre ela. Era a primeira vez que a via caminhar por Eastport, o que era difícil para uma ilha tão pequena. A única coisa que veio a sua mente era a possibilidade de ser uma nova habitante. Que pena, talvez seria mais uma mimada metida a besta.

(…)

Isabella acordara com dor de cabeça. Seus olhos carregavam olheiras roxas e quase impossíveis de se tirar com maquiagem e os cabelos rebeldes não a ajudaram quando tentou inutilmente prende-los. O motivo para estar em essa situação deplorável era o fato de passar a noite conversando com a mãe pelo telefone. Charlie se ver a conta telefônica do mês ira surtar completamente. Tentou não pensar muito naquilo, afinal a cagada já estava feita. Como fazia em toda manhã arrumou seu quarto, deu comida a Molly e foi ao colégio. Durante toda a semana andava realmente neurótica, olhava para todos os lados, se assustava ao escutar qualquer barulho de moto perto dela. Nunca estivera assim, nem mesmo em Nova York, onde o nível de assaltos e estupros é maior para uma cidadezinha como essa. Quando chegou no ponto respirou aliviada, seu destino foi conquistado sem obstáculos. Abriu sua mochila e comeu uma maçã.

No colégio as coisas haviam melhorado por assim dizer. Afinal os sussurros e comentários indiscretos já quase não existiam. Seu maior problema de verdade era a prima. Tânia notou que a popularidade de Bella tinha sido alcançada rapidamente e que seu maior erro foi estimula-la. Porque raios decidira falar da prima gorda para toda Eastport? Bem que a mãe havia advertido de que tinha uma boca muito grande- o problema foi ter interpretado o recado com relação a suas famosas “gargantas profundas”.

Então para que sua coroa não caísse, Tânia, decidiu deixar a pequena cena do refeitório no passado, e fazer com que ela e a prima se dessem bem, assim o poder dela cresceria, podendo assim manipular facilmente as pessoas. O desafio era fazer Isabella ser mais flexível mediante a prima, já que parecia estar disposta a odiá-la eternamente.

-Bella que tal fazermos uma festa do pijama lá em casa?- sugeriu Alice em plena aula de Literatura.

-Claro, acho que preciso de uma noite para garotas, afinal tendo somente uma imagem masculina esses dias esta me deixando louca.

-Eu imagino... Ainda está com problemas com seu pai?- se virou da cadeira para poder olha-la melhor.

-Se ele deixasse os tofus e comidas desidratadas pelo menos por um dia, tenho certeza que ganharia mais pontos comigo- disse rindo, sabendo que tudo o que falava era mentira- Já estou ficando sem curvas , devo ter perdido três quilos desde que cheguei.

-Do jeito que você come no almoço- riu Alice- duvido que tenha.

Isabella riu também.

Ela e o pai não estavam em uma relação muito boa, viviam brigando! Um descordava do outro e o amor que ela sentia por ele parecia se desgastar a cada dia mais. Charlie tentava, mas a menina era realmente muito malcriada e teimosa. Qual era a dificuldade de levar a porca para passear? Era a terceira vez na semana que metia o pé em uma caca. E mais, para que o telefone era feito? Para se comunicar e A-T-E-N-D-E-L-O! Ela por outro lado também tentava com o pai, prometera que tentaria, mas as promessas começavam a serem desfeitas a cada dia que passava.

Isabella sentiu seu estômago roncar, as saladas zero calorias de seu pai iam acabar deixando ela raquítica. Quando o sinal finalmente toca ela sai correndo em uma velocidade sobrenatural para o refeitório.

-UOU!- exclamou Emmett quando viu Bella se sentar com uma bandeja transbordando comida. Tinha um potinho de salada, um hambúrguer duplo, batatas fritas, agua, um cupcake de nozes e cobertura, torta de maçã, para completar uns palitinhos de cenoura, que só comprara por estar a cinco centavos e não tinham troco para ela- Para onde tudo isso vai parar?- perguntou rindo.

-Para a minha barriga espero!- respondeu dando um dentada no hambúrguer- estou morrendo de fome!- completou com a boca cheia.

-Dá para notar- respondeu Jessica assustada com a maneira que a amiga comia.

-Bella, nem o Emmett come tanto- Alice disse- e olha que ele come como um cavalo!

-Meu Deus Bella!- disse Jasper, namorado de Alice, se sentando ao seu lado, juntamente com Jacob e Seth, namorados das gêmeas- Seu pai não te dá comida em casa?

-Não de verdade!- respondeu- Você vai comer isso?- perguntou para Jake que olhava feio para laranja que havia pego. Ele apenas riu oferecendo a fruta a amiga- Vocês por acaso já comeram tofú enlatado e carne de soja? Tem gosto de borracha!- exclamou voltando sua atenção as belas batatas fritas, doradas e crocantes em sua bandeja.

-Gorduchinha! Cuidado se continuar a comer assim, vai voltar a estaca zero!- disse Tânia bem atras dela.

-Que você quer Tânia?- disse com uma voz irônica e cansada.

-Ai prima, deixa de ser grossa ok? Só estava tentando dar uma dica. Mas de qualquer maneira eu só vim dizer que a vovó me pediu para que você nos ajude com a Festa na Praia que temos todos os anos.

Alice e as amigas reviraram os olhos.

-Festa na praia?

-É você sabe a para recadar fundos para os formandos desse ano, que no caso é a gente.

-Ok tanto faz, fala para a Mary Lu que estarei nessa coisa- respondeu dando de ombros- agora se você não se importa eu vou voltar a me empaturrar com essa comida calórica e gordurosa, ou tem mais alguma cosia a dizer?

Tânia respirou profundamente, não podia perder o controle com a prima novamente, a reputação estava em jogo, e sua popularidade também por isso sorriu falsamente e se virou indo embora junto com seus fies escudeiros: Rosalie e Loren.

-Não entendo a Rosalie- disse Emmett mais para ele mesmo, mas fez Isabella escutar.

-O que ela fez?- perguntou Bella tomando sua agua.

-Você sabe que eu saio com ela meio as escondidas né? Ontem a gente saiu e acabo rolando, você sabe, sexo- Isabella riu- e hoje ela nem olha na minha cara. Eu sei que isso é coisa de mulherzinha, mas vai se fuder rolo uma coisa especial!

-Emmett relaxa ok, como mulher te digo, se ela realmente gosta de você, vai parar com essa palhaçada mais cedo ou mais tarde. Agora o que eu posso de sugerir é ir conversar com ela. Dizer que não quer mais nada.

-Mas eu quero!

-Exatamente! Mulher adora desafio, quando você der o fora nela, vai ver, Rose vai se rastejar aos seus pés, escuta o que eu digo.

-Mulheres! Tão fudidamente complicadas.

-Nem todas- ela sorriu e voltou a comer

Quando chegou o final do dia Isabella, ao chegar no ponto, o ônibus sai correndo deixando ela parada e estressada.
-Filho de uma...
Uma risada estridente faz Bella parar no meio de sua frase suja e olhar para os lados encontrando para o seu desespero e desgosto o lunático do começo da semana a encarando. Ela o encara mal humorada e senta na calçada bufando. E assim foi todo mês. Bella ia para a escola, perdia o ônibus e via o cara estranho. Aquilo começou a incomoda-la com o passar do tempo mas também não fazia nada, não podia, qual seria a reação desse maluco? Esfaqueá-la? Estupra-la? Sequestra-la? Não podia se dar o luxo de arriscar a vida dessa maneira. No mês que se sucedeu ela também procurou um emprego, mas todos estavam com empregados. Tânia e a avó só ajudavam o mau humor de Isabella crescer a cada dia, já que havia concordado em ajuda-las nessa estupida Festa na Praia. Maldito o dia que aceitou. Por outro lado as coisas na casa estavam melhor, Isabella começara a passear com Molly e discutira com o pai sobre a comida, cujo o qual cederam um pouco e Carlie começara a cozinhar coisas mais mastigáveis para ele e a filha.

Reneé vivia mando para a filha e-mails com fotos de Bali, as vezes pensava em como estaria sua vida se estivesse com a mãe, mas tinha que admitir que sua volta para Eastport não havia sido tão mal afinal de contas. Tinha amigos muito engraçados, conseguia irritar a prima diariamente, e seu Carlie parecia querer agora compensar o tempo perdido com ela, conversando, vendo filmes e rindo.

(…)

Como habitual Isabella ao sair do colégio perdeu o ônibus e viu o motoqueiro a esperando. Se fosse qualquer outro dia comum ela nem ligaria para a presença detestável do rapaz, mas seu grau de mau humor estava no nível máximo!

Não bastava hoje Tânia ter apresentado um vestido ridículo para usar na Festa da Praia, receber o lindo zero na prova de matemática e acima de tudo terem derrubado nela (agora molhada) um vaso de coca cola. Hoje ela realmente não iria aturar o olhar irônico, a risada zombadeira e a pose de macho dele.

-Seja lá de onde você veio, é comum seguir as pessoas?- perguntou irritada tirando um pouco de coca de seus cabelos.

-Eu? Seguindo você?- riu alto- aqui é um lugar publico, e desculpa dizer, você não acha que eu tenho coisas melhores a se fazer do que seguir meninas como você?

-É mesmo?– colocou as mãos na cintura- e o que esta fazendo ai parado como se fosse o dono da situação todos os dias? Perdendo seu precioso tempo para ver a desgraça alheia?

-Na verdade estou sim- respondeu simplesmente.

-Estupido- murmurou voltando o olhar para a rua vazia.

Edward a encarou e sorriu. Finalmente pudera trocar uma palavra com a garota e descobriu o quanto divertido era mexer com ela.

-Sabe, eu até poderia te oferecer uma carona pra casa, mas molhada e pegajosa como você está só poderá subir nela se tirar a roupa.

Isabella o encarou visivelmente irritada e gritou:

-Prefiro ir para a puta que pariu do que subir nessa moto com você!- e mostrou um lindo e longo dedo mediano, pegando sua mochila e marchando para casa.

Edward se surpreendeu com o jeito abusivo da garota e começou a segui-la com a moto.

-Sabe meninas de classe como a sua geralmente são mais educadas.

-E o que te faz pensar que sou uma mulher de classe?- respondeu sem parar de andar.

-A por favor, olhe para a sua roupa. Um bom jeans, sapatos de marca, bolsa de couro legitimo, nada melhor que o papai não banque.

-Sabe, não se deve julgar as pessoas pelas roupas que usam, e se devemos, não queira saber o que diria de você.

Edward ficou intrigado.

-E o que você julgaria em mim por exemplo?- Isabella parou e ele também.

-Bom vejamos- colocou o dedo no rosto fingindo pensar- só é um hipócrita qualquer, que odeia ser e conhecer gente rica, cuja as quais adora vê-las sofrerem como um robe maluco tipo vingança por ter te feito sofrer quando pequeno, e adivinhe pude perceber tudo isso pela calça Levi's velha que esta usado. Acertei?

Edward sorriu de lado.

-Só errou ao dizer que sou rico- sorriu sacana.

Isabella revirou os olhos e continuo a andar.

-Vamos sobe na moto eu te levo- disse sem tom de brincadeira.

-Qual a parte de eu prefiro ir para a puta que pariu você não entendeu?- disse.

-Deixa de ser mimada, você provavelmente esta longe da sua casa, e até chegar lá vai demorar uma eternidade.

-Prefiro ter bolhas nos pés, e acredite não faço isso por um capricho- jogou as mãos para o ar.

-Tanto faz, você quem sabe- disse indiferente e acelerou a moto.

Isabella olhou para os lados estava ficando escuro e realmente ficaria com os pés machucados, sem contar a falta de probabilidades de encontrar com sua avó novamente.

-EI!- gritou para Edward que parou a moto e olhou para trás sorrindo vitorioso.


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