Thats Crazy escrita por Ariih Horan


Capítulo 63
Capítulo 63 - Dr. Styles


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOI GENTE *W* TUDO BEM? E AÍ, COMO VCS TÃO? ENTÃO EU TO POSTANDO ESSE CAPITULO AQUI ENQUANTO EU FALO COM A MINHA LINDA ISABELA ♥ MINHA MINHA & MINHA ♥ espero que vcs gostem desse cap. bjs ♥ Reclamações: @WishYouDemi @pfvrnaiou @ariellebarbosa bj gente



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Assim que percebi que era ele, eu fiz a primeira coisa que me veio a cabeça.

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH – gritei.

- Ai garota! Tá maluca? – gritou Paola. Espera, Paola?

- Paola?

- Achou que era quem? O Principe William? Ou melhor, o príncipe Niall? – ela riu – Bom dia!

- Espera, bom dia? Que horas são?

- São, ahm, 11h45 – disse ela olhando o relógio no pulso, aliás, o Liam que deu aquele relógio pra ela.

- Nossa, então foi um sonho? – falei mais pra mim mesma – Parecia tão real.

- Sonho? Que sonho? Eu só entrei aqui pra pegar emprestada sua blusa do batman.

- Ah, tá na primeira gaveta da cômoda – falei sentando na cama e esfregando a cabeça.

- Ah, obrigada. Mas vai, conta que sonho foi esse?

- Primeiro de tudo, o que que era aquilo que você me deu naquela balada? – Falei disso porque eu to com uma dor de cabeça horrível.

- Era um suco, ué.

- Aham, suco sei.

- Conta esse sonho vai – falou ela abrindo minha gaveta e colocando todas as minhas blusas legais limpas totalmente arrumadinhas pro chão, aquilo me deu um ódio tão grande, quer dizer, hoje em dia é tão difícil deixar as coisas arrumadas.

- É que eu cheguei ontem meio estranha, tomei um banho e dormi, no meio da noite eu meio que “acordei” – fiz aspas com os dedos quando falei a palavra acordei – no meio da noite e vi uma pessoa sentada bem ali – e apontei pro chão.

- Acho que vou chamar um padre pra benzer você e esse seu quarto, credo – disse ela tremendo a cabeça.

- Hmm, mas não é só isso...

- Tem mais o que? – curiosa essa Paola, né?

- Ele tava chorando, levantou, me deu um beijo na testa e pediu desculpas.

- E daí que o espirito te pediu desculpas? Vai ver ele se sentiu mal por te atormentar ou sei lá.

- Hahaha, ôh imaginação, hein?

- Continua – falou ela achando minha blusa linda do batman e me encarando com seus enormes olhos castanhos.

- Só que essa pessoa, era o Harry. Eu até chamei ele, mas dai quando eu percebi que tinha chamado ele eu gritei e daí eu vi você...Nossa isso é muito estranho.

- Não tem nada de estranho no Edward vir te fazer umas visitinhas noturnas, aliás, ele adora te ver dormir – ela deu uma risadinha.

- PARA – gritei tacando o travesseiro nela – Eu vou te proibir de ver crepúsculo!

- Se você fizer isso eu te proíbo de ver Harry Potter – já fechei a cara – E Percy Jackson e Jogos Vorazes.

- Ah..

- E Nárnia!

- Isso é um absurdo! Maligna. Filha do Satan.

- Cala a boca.

- Quer dizer... quando eu chamei o Harry tava de noite e quando eu gritei tava de dia.

- Isso deve ter sido um sonho, Alex.

- Não sei não, parecia tão real.

- Esquece esse garoto!

- Eu já esqueci ele, eu só... – ela me encarou com uma cara do tipo “Você não me engana, baby” – Tá tudo bem, eu ainda não esqueci ele mas... Ah, vai pentear macaco!

- Não.

- Deve ter sido só um sonho mesmo...

Paola saiu do quarto e foi pro país das maravilhas, mais conhecido como seu quarto. Criei coragem pra levantar, porque minha cama já tinha criado raízes no meu corpo. Tá bom, mentira, é eu que não quero sair da cama mesmo. Mas eu tenho que ver o lance do meu vestido pra estreia do meu filme.

Levantei e arrumei a bagunça da Paola, aproveitei e peguei uma roupa. Tomei banho, escovei os dentes, passei a mão no cabelo e fui pra cozinha comer.

- Meu Deus, não tem nada nessa casa – disse Paola que tava fuçando a geladeira.

- Tem sim, mas você é muito preguiçosa pra fazer alguma coisa, vai pro sofá e deixa a comida por minha conta – falei empurrando ela da geladeira.

- Ok, pode fazer macarrão?

- Tá bom, eu faço seu bendito macarrão Paola, mais alguma coisa?

- Faz macarrão com frango por favor? Isso me lembra a minha avó.

- Você falou da sua avó e eu me lembrei da minha mãe...

Nesse exato segundo meu celular vibrou, peguei e olhei a tela, era ela. A rainha das rainhas, minha mãe.

- Macumba sim ou claro? – ri e atendi o telefone – Oi Mãe!

- Oi filha.

- Nossa, lembrou que tem filha é?

- E você lembrou que tem mãe?

- Haha, como você tá?

- Eu to bem, ahm...Tenho uma novidade pra te contar.

- Sério? O que? – fiquei animada.

- Seu pai e eu nós vamos a Londres pra estreia do seu filme.

- VOCÊS O QUE? TÁ MALUCA DE ANDAR COM ESSE HOMEM? MÃE!

- Alex, você tem que perdoar o seu pai.

- Não, eu não tenho. Você eu não sei, mas eu nunca vou perdoar ele, não adianta trazer ele pra cá, eu não gosto dele e não quero que você passe muito tempo com ele.

- Mas nós temos passado muito tempo juntos desde a morte da sua avó, porque ele tá morando aqui em casa.

- ELE O QUE? – berrei no telefone – Que folgado! Safado! Ai, que ódio! Mãe, tira esse homem daí, ele não tem o direito de ficar aí. Eu sei que essa casa é dele, mas mesmo assim mãe! Ele invadir a casa, é um absurdo.

- Ele não invadiu a casa...Porque...Porque, ahm...Porque nós dois estamos morando juntos.

- Quando você diz juntos, você quer dizer...

- Juntos. Como um casal. Seu pai e eu voltamos, querida.

Fiquei quieta por um longo e perturbador minuto. Segurei toda a minha vontade de gritar.

- Como...Você...Pode? Eu...Não acredito nisso – desliguei o telefone na cara dela, porque eu sou vida loka.

E também porque eu ODEIO meu pai. Eu odeio! Ele não me quis. Ele abandonou a minha mãe. Segurei o celular com força e taquei ele na direção da sala – Pois é, a cozinha é estilo americana, tem bancadas e não paredes.

- Ei – disse Paola quando pegou o telefone ainda no ar – Tá maluca?

- Minha  mãe e meu pai voltaram! – falei com a voz fina, fina porque eu queria gritar e tava me contendo.

- Ai, sei lá, só acho que você deveria deixar sua mãe ser feliz.

Olhei ela com a cara mais furiosa que eu tinha. Que..Argh! Sem pensar duas vezes saí correndo daquela cozinha, passei pela sala e fui em direção a porta. Eu queria chutar um pombo. Tacar uma pedra gigante em cima de um pombo. Eu queria esfolar um pombo.

Meu Deus, coitado do pombo. Eles nunca me fizeram nada de errado, a não ser por uma vez, quando eu tava prestes a dar o meu primeiro beijo, um pombo cagou na minha cabeça na hora que eu fui beijar o menino. Aquilo não me impediu de beijar ele mas mesmo assim, pareci mais patética do que eu sou.

Saí andando por Londres irada, eu queria empurrar uma velhinha no meio da rua. Eu tava andando muito rápido e pisando fundo no chão. Como se fosse afundar alguma coisa né? Porque eu sou super forte. Até que eu esbarrei em uma pessoa.

- EI, OLHA POR ONDE ANDA SEU MANÉ! – berrei pra ele.

- Grossa – respondeu Harry.

- Você é um maldito que sempre fica cruzando o meu caminho – falei colocando o dedo na cara dele – Porque que você não se mata? Ou morre? Hein? Não iria fazer diferença pra ninguém seu idiota.

Ele me olhou confusa, resisti ao impulso de dar um tapa na cara dele. Mas virei e sai andando e divando como eu sempre faço. Mentira. Continuei andando sem rumo e pisando fundo no chão até que esse maldito de cachinhos agarrou meus ombros.

- Ei, espera.

- O QUE QUE É? – berrei. Ele não pensou duas vezes, pegou a minha mão e saiu me arrastando por uma rua que não estava movimentada, até que naquela rua tinha um beco, ele me arrastou pro fundo daquele beco e me encarou.

Ele me encarava e eu o fuzilava com os olhos.

- O que que aconteceu?

- NÃO É DA SUA CONTA!

- É sim, porque você ta gritando?

- EU NÃO TO GRITANDO!

- Tá sim – disse ele balançando a cabeça.

-ARGH – chutei uma lata de lixo que tinha perto de mim, ela caiu mas em compensação eu fiquei com uma dor horrível no pé e comecei a pular num pé só, feito uma idiota – AI! AI! AI!

Harry caiu na gargalhada ao me ver. Sem pensar duas vezes eu corri na direção dele e meti as mãos no pescoço dele.

- É LEGAL NÃO É? – comecei a chacoalhar a cabeça dele.

- Pa..Lex...Corro – ele estava muito vermelho. Seus olhos verdes saltavam, larguei o pescoço dele e ele ficou curvado olhando pro chão – Sua maluca! Assassina!

- E DAÍ? ME XINGA VAI.

- Eu não vou te xingar.

- ENTÃO NÃO ME XINGA – soltei um palavrão. Ele me olhou confuso.

- Eu só quero entender, você tá com cara de que vai matar uma pessoa.

- EU QUERO MATAR UMA PESSOA – fitei ele. Harry deu um passo pra trás – Mas infelizmente não é você que eu quero matar.

- E quem seria...? – perguntou ele com cautela. Acabei explodindo.

- MEU PAI. AQUELE ESTRUPÍCIO RIDICULO. AQUELE IDIOTA DE QUEM EU HERDEI ESSES OLHOS. EU QUERO ARRANCAR ELES DE MIM.

- Usar lente é mais barato e não dói tanto – sugeriu Harry rindo – Porque quer matar ele?

- PORQUE? – gritei – PORQUE? QUER MESMO SABER O PORQUE?

- É o que eu to perguntando – falou ele ainda rindo – Pode contar vai, bota pra fora, não é bom guardar certas coisas pra si mesma e pode gritar a vontade.

- PORQUE...PORQUE... – comecei a chorar enquanto gritava – PORQUE ELE ERA NAMORADO DA MINHA MÃE E TRAIA ELA VÁRIAS VEZES. E QUANDO MINHA MÃE DECIDIU FINALMENTE TERMINAR COM ELE, ELE...ELE SEDUZIU A MINHA MÃE E FEZ ELA TRANSAR COM ELE.

- Ela queria?

- LÓGICO QUE QUERIA. MAS ELA NÃO QUERIA O QUE VEIO DEPOIS. EU. ELA NÃO QUERIA QUE ISSO ACONTECESSE. PELO MENOS NÃO NAQUELA HORA. MAS DAÍ POR CAUSA DA GRAVIDEZ ELES TIVERAM QUE SE CASAR.

- E depois?

- E DEPOIS QUE ELES ESTAVAM FELIZES, PELO MENOS APARENTEMENTE. MINHA MÃE TAVA FELIZ POR ESTAR CASADA COM ELE, QUE ERA O HOMEM DA VIDA DELA.

- Ahm? Eu to ouvindo.

- MAS ELA NÃO QUERIA SER MÃE TÃO CEDO. ELA ME QUERIA, MAS NÃO NAQUELA HORA. ELE NÃO, ELE NÃO ME QUERIA, NÃO QUERIA ESTAR CASADO COM A MINHA MÃE, NÃO QUERIA A MINHA MÃE. ELE ME ODIOU DESDE O MOMENTO EM QUE MINHA MÃE DESCOBRIU QUE TAVA GRÁVIDA.

- E depois?

- E DEPOIS QUE NUMA CONVERSA, ELE DISSE PRA MINHA MÃE QUE NÃO ME QUERIA, QUE ERA PRA ELA ME TIRAR E ELA NÃO ME TIROU. ELE SEMPRE QUIS TER UM FILHO, MAS QUANDO ELE FOSSE UM POUCO MAIS VELHO E ELE QUERIA UM MENINO. ELE ESPEROU ATÉ ELA SABER O SEXO DO BEBÊ E QUANDO ELE SOUBE QUE ERA UMA MENINA... – falar aquilo era difícil. Doí demais. Eu guardei tanto tempo pra mim mesma que era difícil soltar pra qualquer um. Ainda mais quando esse qualquer um era o Harry. Justo o Harry.

- Alex, pode me contar, eu sei que é difícil – ele passou a mão no cabelo – Mas pode me contar. Isso tá te fazendo mal.

- QUANDO ELE DESCOBRIU QUE ERA MENINA – eu já tinha derramado um oceano atlântico todinho naquela rua – ELE DEIXOU A MINHA MÃE. ELE ME ABANDONOU. ELE NÃO ME QUIS. ELE ABANDONOU NÓS DUAS. ELE ME ODIOU, ELE ME ODEIA. E A MINHA MÃE FICOU SOZINHA NO MOMENTO MAIS FRÁGIL DA VIDA DELA E MESMO ASSIM ELA AINDA ME TEVE. MAS...DA PRA VER, TODA VEZ QUE ELA ME OLHA, QUE ELA ME CULPA.

Ficamos em silêncio por uns 3 minutos. 3 longos minutos.

- Ela me culpa por ele ter ido embora. Por tudo ter dado errado. Ela me culpa, Harry. E agora eles dois tão juntos de novo. Ele vai magoar a minha mãe de novo, Harry.

- Alex...Ela decidiu ter você. Ela não te culpa por nada. Coisas ruins acontecem com pessoas boas. Você foi a escolha dela. Ela podia ter escolhido entre ter você, ou tirar você e viver feliz com o seu pai, mas ela preferiu perder ele pra ter você.

Olhei pro chão ainda muito abalada. Como palavras tão boas e tão inteligentes podem sair de uma coisa dessas? Deus é pai.

- Você é que coloca essas coisas na sua cabeça. Já pensou que o seu pai pode ter passado a vida inteira com remorso de ter deixado vocês duas?

- Não, porque isso é impossível. Ele não sente remorso, ele sente orgulho de ter me deixado.

- Não Alex. Ele pode estar tentando retomar a vida dele com a sua mãe e com você. Reconstruir a família de vocês.

- Família? Minha mãe é minha família. Eu não gosto dele, não quero ela com ele.

- Você precisa dar uma segunda chance pra ele. Talvez ele faça diferente dessa vez. Ele se arrepende muito de ter feito isso com você. Ele foi um tremendo idiota ao fazer isso. Eu tenho certeza de que ele sente muito.

Encarei Harry por um segundo.

- Você tá falando do meu pai, ou tá falando de você? – falei, porque sim.

- Eu to falando do seu pai – ele revirou os olhos – Não seja idiota.

- Tá bom então, se você tá falando do meu pai, porque você foi no meu apartamento hoje de madrugada, porque me trouxe até aqui?

- Apartamento? Tá maluca? Eu trouxe você aqui, porque eu to tentando ser seu amigo. Você parecia querer matar o primeiro que passasse na sua frente. E como eu sou legal...

- Já vai começar...

- Eu te trouxe pra cá, pra evitar a morte de um pobre inglês inocente – ele riu mas sem mostrar os dentes.

- Eu odeio o meu pai. Ele não pode ficar com a minha mãe.

- Sua mãe não é idiota, Alex. Se ela deu uma segunda chance a ele, é por que ele merece. Por favor, não fica assim. Você tá tendo a chance de dizer sim pra família que você sempre quis.

- Eu...Eu...- fechei os olhos e expirei forte – Não dá pra esquecer o que ele fez comigo, Harry. Não dá.

- Mas as vezes você tem que parar de pensar no passado e começar a olhar pro futuro. Se sua mãe tá com ele de novo é porque ele a faz feliz. Não é isso que você quer? Ela feliz?

- Eu queria que ela sentisse orgulho de mim.

- Ela sente. Eu tenho certeza. Ainda mais agora que você é conhecida no mundo inteiro, não só como a namorada do meu amigo, mas como uma ótima atriz que eu sei que você é.

Sorri olhando pro chão.

- Eu daria um ótimo psicólogo. Viu? Você se abriu comigo, gritou, chorou, pôs tudo pra fora.

- É verdade – falei rindo e passando a mão no rosto – Dr. Styles, até que não fica mal.

Ele riu. Eu ri.

- Sabe o que cairia bem agora? Uma pizza, tá afim?

- Ahm, eu acho que vou na casa do Niall agora – ele fez uma cara estranha – Mas acho que vai ser legal, aliás eu to morrendo de fome – Admiti.

- Então, vamos lá. A gente come a pizza e depois eu te deixo lá no Niall.

- Nossa, você ficou legal desde quando? – ele riu e então nós fomos pra pizzaria mais próxima.


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Notas finais do capítulo

hahahaha tadinha da alex gente :c