Tesouro de Amor escrita por Anonymous, Just Mithaly


Capítulo 5
Partida


Notas iniciais do capítulo

Mais um postado. Espero postar mais nas férias.



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As duas haviam iniciado o almoço. A jovem havia contado praticamente tudo que havia acontecido em sua vida. O papo se tornava cada vez mais interessante e Ana se sentia emocionada com a proposta de trabalho da elegante mulher.

– Dona Patrícia, tem uma coisa que eu preciso te contar. – afirmava Ana, olhando aflita para a mulher, que modificou sua expressão rapidamente. Estava nervosa.

– O que foi? Assim me deixa curiosa! – esboçou um sorriso amarelo, tentando não parecer extremamente curiosa diante de tudo, em vão.

– Eu... estou... grávida!

Patrícia repentinamente acalmou-se, expressando um “ufa”.

– Era isso? Quanto a isso fique tranquila. Não será problema algum. – respondeu, sorrindo novamente. Ana chegava a estranhar o fato de a mulher sorrir daquele jeito.

Ana se surpreendeu. O que havia feito à aquela mulher para que ela houvesse sido tão bondosa e generosa com a jovem?

– Dona Patrícia, por que a senhora está tão boa comigo?

– Em breve você saberá, minha querida. – afirmava a mulher, piscando e sorrindo para Ana. – Mas tem um porém nisso tudo.

– Claro. Pode dizer.

– Nós não moramos nessa cidade... E vamos retornar para casa amanhã. Você e sua mãe viriam conosco.

Ana demorou um pouco a se conformar com a situação, mas não havia outra escolha, a generosa mulher havia a acolhido, mesmo estando grávida e com uma mãe doente. As duas terminaram o almoço e se despediram com um beijo na bochecha. Ana começaria a trabalhar no dia seguinte. Por um lado, sentia-se empolgada para conhecer seu novo lar, por outro, chateadíssima por não poder mais estudar.

...

Patrícia chegava ao hotel da cidade em cerca de alguns minutos. Henrique a esperava, jogado no sofá. Estava exausto, devia ter passado o dia fora. A mulher estava emocionada, uma lágrima descia pelas suas bochechas e caía ao chão.

– Consegui achá-la, meu amor! E ela irá conosco amanhã mesmo!

– Excelente, Patrícia. Nunca duvidei da sua capacidade de conseguir encontrar rapidamente as pessoas.

– Na verdade vai ser de um modo bem diferente, te explicarei tudo.

– Certo.

...

O dia seguinte havia chegado muito rapidamente. Ana e Olívia preparavam-se para sair da casa, com as sacolas abarrotadas de roupas simples e antigas. Ambas utilizavam simples vestimentas. O carro, cujo motorista era o próprio Henrique e onde Patrícia se situava no carona, estacionou em frente à pequena casa. As duas adentraram o veículo e partiram para a outra cidade.

...

Thomas chegara à escola empolgado para matar a saudade da tão amada Ana. Esperou as aulas passarem, o que foi extremamente rápido, para sua surpresa. Correu em direção ao corredor da sala de aula onde Ana frequentava a última aula daquele turno. Os alunos da turma se retiravam da enorme sala. Thomas correu na direção de algumas jovens que também saíam. De uma delas, no geral.

– Andressa, você sabe onde a Bia está? Ela não deveria estar assistindo aula com você?

– Então você não sabe, Thomas? Peraí, meninas, preciso ter um papo com esse daqui. Vão na frente. – ordenava a líder do grupinho, puxando Thomas pelo braço, o levando para um canto do andar onde não se situava ninguém. – A Ana trancou a matrícula e foi embora, Thomas. Ninguém mais sabe de nada, ela não avisou a ninguém o que tava fazendo. E ela não está mais morando no mesmo lugar também, eu fui lá ontem de noite para saber o que estava acontecendo. A Ana desapareceu.

...

Thomas chegava à mansão aflito, desesperado. Não queria conversar com ninguém pelo resto do dia. Ignorou Thaís e Clarice, que vinham fazendo perguntas de como havia sido o dia, de por que não queria responde-las, etc.

– Por que a Ana me abandonou? O que aconteceu com ela? Isso não pode continuar acontecendo.

...

Thaís invadia o quarto de Clarice, que naquele momento olhava através da janela para o belo e exuberante jardim da grande mansão, distraída.

– Madrinha, parece que o plano tá dando certo! O Thomas e aquela nojenta caíram feito patinhos. À essa hora ela já deve estar no quinto dos infernos. – ironizava Thaís, rindo diabolicamente.

Clarice se virou para a jovem, esboçando um pequeno sorriso. Caminhou até uma poltrona, sentando-se delicadamente.

– Isso é só o começo. Você ainda conseguirá ficar com ele, Thaís. Você verá. – garantia a madrinha, piscando para a afilhada.

– Eu espero que a senhora tenha razão. – lamentava Thaís, se ajoelhando no chão, expressando tristeza.

Naquele péssimo momento, Martha abria a porta, segurando uma bandeja com duas xícaras de café e dois pratos de bolo.

– Argh, essa mulher só chega nas horas erradas! – comentava a jovem, humilhando e ofendendo a pobre governanta.

– Relaxa, garota! Não trate a Martha assim. Ela é nossa governanta faz muitos anos. Ela praticamente criou você depois que seus pais faleceram.

A mulher gemeu, chorou e correu para fora do cômodo. Do quarto da mulher, era possível escutar as fortes batidas dos pés de Martha nos degraus da escada.

– Tenha um pouco mais de paciência com ela. Ela não faz nada com você. Não seja ingrata.

– Arg, é que eu não suporto o grude que ela tem com a gente. Ela se sente da família, madrinha.

– Bom, isso por um lado chega a ser verdade.

...

Durante a viagem, nem Ana nem Olívia soltaram um pio. Henrique e Patrícia compreenderam que era muito difícil para as duas deixarem a terra onde nasceram e cresceram e decidiram que era melhor não puxar assunto.

– Céus, o que vai ser de mim? Tive que abandonar a todos, sem dar notícia nenhuma... Deus, por favor, me ajude. – pensava Ana, fitando a janela da parte de trás do belíssimo carro. Despedia-se para sempre da terra onde havia sido criada desde que se entendia por gente.

– Ana... Você não imagina o que te espera. – pensava Patrícia, retirando da bolsa um óculos escuro, pondo-o.

Em cerca de algumas horas, chegaram à mansão de Patrícia e Henrique. Era maior e muito mais bonita do que a dos Siqueira Lamonier.

– Ana, sua nova vida estará prestes a começar! – afirmava Henrique, que até agora não havia pronunciado uma palavra diante da jovem.

O que será que esse casal pretende?



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Notas finais do capítulo

Gostaram? xD
Quero a opinião de vocês. Para vocês, o que esse casal pretende? Quem adivinhar pode ganhar o melhor review, rs.



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