When You Find Me - Hiatus escrita por CGAA


Capítulo 5
Bom demais pra ser verdade




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POV HANIEL

Eu sabia muito bem que aquele beijo teria consequências. Sabia que eu seria devidamente punido, já que relacionamentos assim com humanos não eram permitidos. No momento do beijo eu simplesmente não conseguia pensar nas consequências. Eu não conseguia pensar e nem sentir nada que não fosse ela. Mas agora que ela dormia nos meus braços eu tinha bastante tempo pra me ocupar com quaisquer pensamentos, como por exemplo, as punições. A única coisa que eu praticamente implorava pra Deus era para que eu não tivesse que ficar longe dela.

POV NESSIE

Primeiro eu estava com Haniel. O abraçando, rindo, beijando... Mas depois, como são os sonhos, do nada eu já estava com Jacob. Rindo, brincando, tentando disfarçar que suas investidas estavam mesmo funcionando... Quando novamente do nada, estava sentada em uma cadeira sob os olhares um tanto impacientes dos dois, que me encaravam de braços cruzados.

– Escolha Renesmee – sentenciou Haniel.

Eu ou ele. – Jacob terminou com uma certeza que não deixava a mínima possibilidade de dúvidas.

Acordei assustada. Daquele momento até agora, Haniel ocupava cada mero pensamento que se passava pela minha cabeça. Até que fui lembrada de que apesar de guardar tudo pra mim, meu coração tinha duas metades, que infelizmente não poderiam ser amadas da mesma forma.

– O que foi Ness?

– Um sonho ruim. Mais já passou. Você tá aqui comigo – ele sorriu e deu um beijo na minha testa.

– Volte a dormir meu anjo. Estarei aqui de manha. – resolvi cortar um pouco o clima de preocupação que cruzava a minha mente. Efeito Haniel.

– Afinal, você é um paranormal muito foda mesmo, pra saber a hora certinha que eu acabo de me arrumar ou você fica me espionando? – ele reprimiu uma risada.

– Você sonhou com exatamente o que? Acorda assustada com um “sonho ruim” e me pergunta isso?

– Não ué... Só aproveitei que eu acabei de lembrar de uma pergunta que há algum tempo eu quero a resposta que você ainda não me deu.

– Bom, eu dou uma média de tempo, como meia-hora, 45 minutos, e aí volto – revirei os olhos.

– Você sai bem antes então, eu não demoro desse jeito – ele riu e acariciou o meu rosto.

– Volte a dormir Nessie. Já está muito tarde pra gente ficar discutindo.

Dei de ombros e afundei minha cabeça em seu peito, rapidamente pegando no sono, dessa vez sem sonhos.

Como de costume, uma manhã chuvosa e embora eu não goste de admitir, após os 45 minutos Haniel estava aqui, ao meu lado. Sorrindo como sempre, ele me abraçou.

– Boa aula anjo. Vai com Deus. E nunca se esqueça: eu te amo – ele sussurrou no meu ouvido, não pude deixar de sorrir.

– Como posso me esquecer? – me estiquei para alcançar seus lábios, mas ele desviou. Olhei pra ele com uma cara tipo “o que?”, em resposta ele suspirou, mas depois me deu um leve beijo. Olhei no fundo de seus olhos azuis. – Anjo? O que foi? – ele balançou a cabeça levemente.

– Nada não.

– Não se esqueça que eu vou cobrar isso mais tarde, e o mais importante: eu também te amo. – ele sorriu e me deu um beijo na testa.

Peguei minha mochila e fui ao encontro do meu... Pai? Segundo ele Bella estava com dor de cabeça, assim ele queria deixar a amada mulherzinha dele descansando. Revirei os olhos.

– Está de bom humor hoje Nessie. Que milagre. – Anne riu curtindo da minha cara. – Se bem que você melhorou muito desde que uma certa pessoinha apareceu... – ela riu de novo.

– Anne, ele... Me beijou ontem. – falei baixinho.

– Oh meu Deus! Ele te beijou ontem? Foi isso mesmo que eu ouvi? – todas, tipo todas as pessoas que estavam naquela sala olharam pra gente com os olhos arregalados.

Claro que eu não sabia onde enfiar minha cara né?! Sabia onde enfiar minha mão. Na cara dela. Pus as duas mãos no rosto tentando esconder que com toda certeza ele estava mais vermelho que um pimentão.

– Pelo amor do Santo Deus. O que foi que eu fiz?– falei baixo pra mim mesma. Maggie, nossa professora de espanhol percebeu que o fato não devia se espalhar para o mundo inteiro.

– Ei turma, matéria nova. Podem começar.  ¡Anda le, anda le tortuguitas! – sempre com bom humor ela colocava a aulas nos eixos.

Quando tirei as mãos do rosto a aula voltava ao normal a não por Anne que cobria um tremendo ataque de riso baixo com as duas mãos.

– Um dia você me paga cadela. Pode esperar. – ela continuava rindo. Voltei rapidamente minha atenção para a aula, o sangue fervendo.

– Nessie desculpa amiga. Eu não queria ter falado tão alto, sério. – a encarei com o canto do olho, ela evitava não cair na risada como há alguns segundos atrás.

– Você sabe que eu não vou te odiar pelo resto da vida por isso, mas também deve saber que isso não vai amenizar sua situação dona Briane. Já pensou em como vai ficar a minha situação quando o Jacob ficar sabendo disso? – Pus a mão na testa. Pude ver que sua testa estava franzida.

– Você gosta dos dois não gosta? – Anne perguntou com a voz um pouco mais baixa e monótona, o ar de curtição extinto. Assenti e engoli em seco. – O que pretende fazer agora Nessie? – fitei a mesa sem nenhum sinal de animação.

– Não faço a mínima ideia.

Nessa última aula, de biologia, Jacob não estava tão animado como sempre ou como na aula de inglês, três horários atrás. Ele já devia estar sabendo...

– O que aconteceu que te deixou assim Jake? Seu humor é praticamente inabalável. – ele deu um sorriso rápido.

– Tem uma coisa que afeta mais que qualquer outra coisa Nessie. – engoli em seco. Ele estaria daquele jeito, por mim?

– E o que te afeta tanto assim Jake?

Você Renesmee. Você me afeta desse jeito. – cobri meu rosto com a mão direita.

– Há algo que eu possa fazer pra te animar? Não gosto nenhum pouco da ideia de te ver assim. – ele deu um sorriso torto.

– Não acho que dependa somente de você Nessie. Depende “dele” também.

– Jacob, apesar da sua aparição relâmpago na minha vida, eu te amo. E ninguém vai roubar de você o lugar que você ocupa no meu coração. Quando eu disse que você se intrometia na vida das pessoas era mais ou menos por isso. Você entrou na minha vida e dois dias com você já foram suficientes para que... Te perder se tornasse uma coisa ruim, então... Você não deveria ficar assim. – seus olhos se prenderam aos meus como se fossem imãs. Ele colocou a mão não minha bochecha acariciando-a.

– Sério? Isso tudo é verdade mesmo ou foi só pra me “animar”?

– Jacob Black olhe no fundo dos meus olhos e diga, estou mentindo?

– Oowwnn! – ecoaram praticamente todos na sala. Claro que o povo da nossa “turma” deu mais ênfase. Não preciso nem comentar que a tonalidade mais vermelha do mundo estava estampada no meu rosto.

– Puta. Que. Pariu. – falei baixo abaixando a cabeça. As pessoas que estavam mais perto, inclusive Jacob, riram.

– Vejo que vocês estão bem interessados na aula não é turma? Quero até ver o resultado desse trabalho... – senti a mão de Jacob acariciando o meu cabelo e então envolvendo o meu ombro.

– Não se preocupe professor. A gente da conta do recado.

– Vishee! – esse povo não tem mais o que fazer mesmo.

– Eu vou te socar Jacob Black. – ainda com a cabeça abaixada ameacei entre dentes.

– Gente eu sei que o amor está no ar, mas... Vocês tem um trabalho gigante pra fazer em apenas um mês e vocês também tem provas, outros trabalhos... E eu acho que poucos finais de semana também não...? – ele pigarreou com certeza dando uma indireta pra mim e pro Jacob.

Eu até ia me defender, mas preferi ficar quieta no meu canto já que eu poderia falar o que quisesse que eles com certeza dariam um jeito de distorcer e piorar ainda mais a situação.

– A gente sabe como aproveitar o tempo professor. Não se preocupe. – pelos gritinhos eu podia reconhecer: as mais assanhadas da sala. Revirei os olhos e levantei a cabeça dando tapas no ombro dele. Ele? Apenas riu como sempre.

– Cachorro, o que todo mundo tá pensando de mim agora? Eu nem...

– Calma Nessie. Relações assim na adolescência são normais. – ah Quil. Um tiro bem no meio da sua cara também seria normal.

– Tudo bem. E agora a gente para a aula para falar de “relações na adolescência”.

– Olha professor, você tem total autoridade pra dar aula, agora, se você não utiliza-a, o problema é totalmente meu? – ele fez uma cara tipo “quer sair da sala?”, mas claro que ele não me mandaria para a detenção já que eu falava a verdade.

– Vish. – revirei os olhos. Embry ainda botava mais lenha na fogueira.

Finalmente o pamonha voltou a ser professor fazendo com que todos os outros pamonhas da sala voltassem sua atenção para o quadro nem que por alguns instantes.

“Renesmee seu pai pegou um caso importante e eu estou em reunião com um cliente importante e pelo que estou vendo irei atrasar mais ou menos uma hora. Você saberá o que fazer. Qualquer coisa me mande uma mensagem. Beijos.”

Como sempre deixada em segundo plano... Todos já haviam ido embora. Menos claro, Jacob, que estava sentado ao meu lado nos degraus de uma escada que daria no estacionamento. Braço esquerdo a minha volta.

– Não acho que Seattle seja uma cidade para moto. – ele sorriu.

– Fala isso porque não viu Forks.

– Já fui lá algumas vezes quando era criança. Meu avô Charlie mora lá.

– Charlie? Charlie Swan? O chefe de polícia?

– Ele mesmo. Conhece ele?

– Ele é super amigo do meu pai. Às vezes ele e o velho Billy saem pra pescar, ver jogos de baseball... Essas coisas de velho. – sorri.

– Imagino ele te prendendo se você fizesse alguma coisa errada. Seria engraçado. – ele sorriu.

– É. Seria. – ficamos em silêncio fitando a chuva fina que caía até que ele se virou pra mim me olhando olho no olho. – Você gosta de mim Renesmee? De verdade?

– Depende do jeito que você fala.  Como amigo? Sim. Como melhor amigo. – ele sorriu, mas balançou levemente a cabeça dizendo claramente que não era sobre amizade que ele falava.

– Não Nessie. Mais que isso.

Eu não sabia por quê. Nem sabia como isso tinha acontecido tão rapidamente. Eu só sabia que o amava. As minhas dúvidas eram: ele ou Haniel? Qual dos dois eu amava mais? Qual dos dois me amava verdadeiramente para que escolhesse sempre o que fosse melhor pra mim? Eu não conseguia pensar direito. Seu rosto estava perto de mais do meu, para que eu me concentrasse em outra coisa.

– Eu não sei Jacob. – cheguei um pouco pra trás.

– É por causa dele não é? – suspirei.

– Mais ou menos. Não sei te responder ao certo.

– Mas... Você me tem como amigo por eu ser apenas seu amigo ou você me tem como amigo apenas por ele ter chegado antes? – talvez sim, talvez não... Como eu poderia responder? A cabeça de uma garota é complexa o suficiente para ser impossível decidir uma coisa dessas de uma hora para a outra.

– Aonde quer chegar Jacob?

– Aqui.

Sem me dar chance para reação ele rápida, porém delicadamente colou seus lábios nos meus. Inevitavelmente retribui o beijo, mas logo o afastei. Um pouco. Seu rosto continuava a alguns centímetros do meu.

– Jacob... Não. Eu não posso.

– Apenas deixe-se levar Nessie. Se disser que não olhando no fundo dos meus olhos eu saio daqui e nunca mais toco no assunto.

Eu não podia negar. Eu queria aquilo. Sentir novamente aquele frio na barriga causado pelo toque de seus lábios nos meus seria uma das melhores sensações da minha vida.

Minha mão pousou em sua nuca puxando-o para minha boca. Quanto mais minha mão se enroscava em seus lisos cabelos pretos, mais ele aumentava o ritmo do beijo. Nossos corações estavam tão acelerados quanto nossa respiração.

Quando pude finalmente respirar normalmente, pelo canto do olho vi cair dos olhos azuis mais lindos do mundo uma lágrima. Quando seu olhar encontrou o meu ele desapareceu fazendo cair uma lágrima do meu olho, mudando totalmente minha expressão de alegria e... Prazer para uma de peso na consciência, arrependimento e preocupação. Como se fosse uma reação em cadeia.

– Não... Eu não devia ter te beijado. – levantei-me depressa. – Jacob pode me deixar em casa? – passei a mão no rosto tentando esconder as lágrimas que rolavam dos meus olhos.

– Claro Nessie, mas... O que foi? – ele me olhava confuso. – Você não parecia desse jeito quanto terminamos de nos beijar e...

– Por favor, Jacob. Apenas me leve pra casa. Talvez algum dia eu possa te explicar tudo, mas não agora.

– Ele é traficante ou algo do tipo? – agora ele estava curtindo da minha cara. Apenas continuei andando em direção à saída, mas antes, me virei e fuzilando-o com os olhos, rispidamente o retruquei.

– Você não sabe de nada sobre ele. Você não tem direito de falar nada sobre ele Jacob. Nada. Então cala a tua boca pra falar dele e vê se me esquece.

– Renesmee calma. Não precisa falar assim, eu só queria saber o porquê desse arrependimento tão repentino. Anda. Eu não vou te deixar sair nessa chuva fria e pegar um táxi. Se bem que no táxi seria melhor, mas se você está com tanta pressa assim, posso chegar mais rápido – quanto mais rápido eu chegasse em casa melhor.

– Jake. Apenas me faça esse favor. Eu juro que recompensarei. – lhe pedi com os olhos suplicantes.

– O que vai ter na sua casa que é assim tão importante? – ele perguntou enquanto íamos em direção a sua moto. A chuva diminuía o ritmo.

– Esqueça isso por enquanto. Algum dia eu te falo, mas...

– Eu sei, eu sei. Não agora, você é que sabe. Então... Segura firme. – passei meus braços em torno da sua cintura e apesar do clima tenso que atravessava minha mente, sorri enquanto ele acelerava a moto.

– Entregue. – ele parou a moto diante da grande casa branca que era grande até de mais para somente três pessoas.

– Obrigado Jacob. Fico te devendo essa. – ele sorriu.

– Se isso é tão importante pra você... – ele deu de ombros.

Enquanto olhava para seus olhos e seu sorriso, meus olhos se fixaram por alguns segundos em seus lábios. Eu amava os dois. Por mais incrível que pareça eu os amava ao mesmo tempo e do mesmo jeito. Apenas a ideia de magoá-los era suficiente para me deixar triste e nervosa por qualquer coisa. Haniel principalmente. Ele sempre foi tão legal comigo... Tão gentil. Eu não deveria trocá-lo assim tão fácil. Mas... O que eu poderia fazer? Eu não poderia ter os dois ao mesmo tempo. E os dois faziam de tudo para que eu me apaixonasse cada vez mais por cada um deles. E isso me deixava cada vez mais confusa.

– Até amanhã Jake.

– Até. Espero que resolva seu problema. – dei um sorriso torto e entrei em casa disfarçando um pouco a pressa.

Comecei a correr mesmo enquanto meio molhada, entrava no quarto e encontrava Haniel cabisbaixo fitando a janela com o que pude ver, uma expressão de... Descrença que eu jamais poderia sonhar em ver em seu rosto de anjo. Ainda sem se virar pra mim ele começou a falar.

– “É irracional se lamentar quando algo além da realidade chega ao fim”. – ele esperava que eu dissesse alguma coisa, mas eu não tinha palavras. Ele somente continuou. – Era inútil pensar que poderia dar certo. Inútil pensar que eu teria alguma chance.

– Haniel eu... Eu falava a verdade quando disse que você tinha chance.

– E eu sabia muito bem que ele também tinha chance. – ele engoliu em seco e finalmente se virou pra mim. – É por isso que anjos da guarda são anjos da guarda e os outros anjos tem seus outros afazeres diferentes. Colocá-los em categorias diferentes dá nisso. – outra lágrima caiu de seu olho. – O anjo se apaixona, a protegida corresponde e aí aparece outra pessoa que há tempos já estava destinada a ficar com ela e aí... – ele sorriu de leve. –Eu não devia falar desse jeito, mas... Uma pessoa especial pra mim me ensinou essas coisas. E no final quem “se fode”? – sorri ao contrário dele que logo voltou à expressão triste. – Eu...

– Haniel, você esta sendo dramático de mais e pensando só em você. Você realmente acha que é só você que esta em uma situação ruim? – me sentei na cama. – Já se apaixonou por duas pessoas ao mesmo tempo? Já sentiu que se vivesse sem tal pessoa a sua vida seria uma droga? – ele sorriu, irônico.

– Não percebeu até hoje que a minha vida seria uma droga sem você?

– Haniel, entenda. Eu te amo. Verdadeiramente. Eu sinceramente queria... Eu queria que ninguém se machucasse, mas não dá pra ficar com vocês dois ao mesmo tempo. Eu tenho que decidir. É isso que me preocupa. Porque eu inevitavelmente irei machucar um de vocês dois. Eu não queria isso. Nunca foi minha intenção.  – ele finalmente se aproximou da cama ficando agachado diante de mim, como de costume, me olhando nos olhos.

– Eu entendo o seu ponto Nessie. Você já me aceitou como seu anjo da guarda, disse que me ama... Existe sentimento mais bonito que o amor? – agora ele segurava minhas mãos, mantendo o lindo sorriso que eu tanto amava ver em seu rosto, enquanto as lagrimas silenciosas caiam dos meus olhos a cada palavra que ele dizia. Bom, não só dos meus. – Você foi o melhor presente que Deus poderia me dar. Se Deus colocou Jacob no seu caminho foi por um bom motivo, assim como Ele me deu a honra de ser seu anjo da guarda, ou talvez mais que isso. Pude ser chamado de amigo. Se não deu certo foi porque não pra ser... Você terá coisa melhor Nessie. Não precisa ficar assim. – agora ele limpava as lágrimas do meu rosto.

– E se eu escolher errado meu anjo? E se eu escolhê-lo e depois me ferrar? – ele apenas sorriu.

– Acha mesmo que vai se livrar de mim assim tão fácil? Você pode estar com quem quer que esteja. Eu sempre estarei aqui, ao seu lado. E ai do filho da mãe que não perceber que ao lado dele está a garota mais linda, carinhosa, divertida, e apesar dos seus altos e baixos, a garota mais gentil que ele vai ver em toda a sua vida.

– Você não existe mesmo não é?! – ele riu vendo a lágrima cair do meu olho – Você nunca vai deixar de ser o meu anjo Haniel. Nunca – abracei-o com todo o carinho e o amor que existiam em mim. Ele retribuiu com a mesma intensidade.

– Agora anjo, tome um banho quente e troque essas roupas molhadas que esse seu namorado podia ter pelo menos a decência de te pagar um táxi né?!

– Pronto.  Já começou com o ciúmes Haniel?  E namorado? Ah, por favor né?! – ele revirou os olhos.

– Ué, marido, namorado, amante, ficante, caso, ou o que você quiser chamar. – bobo – E é lógico que eu estou com ciúmes.  E se você o ama tanto assim a ponto de abrir mão de mim pra ir ficar com ele...

– Huum metido – ele riu. – Eu o amo sim, mas isso não quer dizer que ele sinta o mesmo – ele novamente revirou os olhos como se eu estivesse falando a coisa mais idiota do mundo.

– Senhor, dai-me paciência. Você não percebe nada não?  – ele brincou com um sorriso. Fiz uma cara tipo “talvez”. – Ah não Renesmee não começa não. Vai logo tomar o seu banho que daqui uma hora, uma hora e meia e volto.

– Te espero anjo – ele sorriu.

– Eu sempre estarei aqui. Ou melhor, onde você estiver – ele me deu um beijo na testa e desapareceu.


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