– Oi amor. – Falei sorrindo levemente enquanto me sentado. O Henri estava mais branco que tudo do meu lado. Tadinho. Agora eu estava é com vontade de rir, a raiva tinha passado só de olhar pra cara de Peeta.

– Será que dá pra gente ir conversar? – Ele perguntou cruzando os braços. Estava pingando, provavelmente saiu direto da piscina e veio pra cá. Continuei sorrindo e neguei com a cabeça.

– Agora não dá. Preciso tomar um sol..

– Katniss, por favor. – Ele disse muito sério. Cheguei a me assustar. Levantei da cadeira.

– Até mais Henri. – Acenei pra ele, o que deixou Peeta mais nervoso ainda. Quando me aproximei dele, ele agarrou meu braço e saiu me puxando para fora da área da piscina. – Da pra parar de me puxar desse jeito? – Perguntei revirando os olhos.

– É melhor você não me questionar...

– Ah é? Hum, quero ouvir o que você tem a falar.

Fomos para a ala dos armários, Peeta fez eu entrar em um negocio de se trocar com ele e trancou a porta. Só estava esperando ele ter o ataque, era o que eu queria mesmo, pra poder jogar na cara também.

– Por que fez isso? POR QUE estava com aquele GAROTO dando MOLE pra ele, deixando que ele TOCASSE em você, daquele jeito e ainda estava feliz com isso, por que Katniss. POR QUE. – Ele estava tão nervoso.

Engoli em seco e apoiei-me em uma das paredes, aquilo era tão pequenininho e apertado.

– Já que você estava se divertindo, resolvi me divertir também. – Expliquei simplesmente.

– Você não precisa se divertir com ele. Eu estou aqui pra você. – Ele disse olhando pros meus olhos.

– Ah sim. Queria que você estivesse aqui pra mim sempre que eu precisasse. Não podia simplesmente chegar lá, onde você estava se divertindo tanto com sua amiguinha e pedir para que saísse, eu não ia me sentir bem, e eu já não estava bem.

– Entendi... Esse foi o problema. Você me viu com a Melanie.

– Não fale desse jeito. Parece que... Você está com ela. E sinceramente parece que você está mais com ela do que comigo.

– Isso não é verdade.

– É verdade sim! E eu não estou nessa para servir de palhaça. Eu te amo, e tenho toda certeza disso, não vou te deixar Peeta. Você pode andar com eles sempre, todos os dias, com ela, to deixando o caminho livre não é? Mas enquanto você os escolher, não vai me ter sempre que quiser.

– O QUE? Isso não é justo.

– É mais do que justo. – Falei e me virei para abrir a porta, mas ele enlaçou minha cintura, como uma forma de abraço também.

– Não volte lá. Eu preciso de você. - Engoli em seco.

– Parece que você precisa mais deles do que de mim. –

Afastei as mãos dele e saí, voltando para a piscina. Eu sabia que ele estava atrás, queria muito virar e dizer que estava tudo bem, que eu não me importava, mas seria mentira. E eu só faria isso para não ver ele triste. Ele também tinha que fazer coisas para não me ver triste.

– Katniss... Deu problema com seu namorado? – O Henri perguntou.

– Nada que eu não pudesse resolver. Está tudo bem.

– Ah, então tudo ok.

Saí de perto dele também e fui em direção a piscina. Antes que eu pudesse entrar a filha da mãe da Melanie apareceu na minha frente.

– Você sempre estraga prazer, estávamos tão bem aqui. – Ela disse.

– Eu também estava muito bem com meu amigo, não tenho culpa se meu noivo morre de ciúmes e preferiu ir atrás de mim do que ficar com você.

– Você é uma louca e eu já sei o que fazer para vingar o adorável banho que você me deu hoje mais cedo.

Antes que eu pudesse perguntar o que era, ela me empurrou na piscina, no mesmo momento instante ela pulou junto e quando eu cai na agua senti algo ser arrancado. Minha parte de cima do biquíni. Cruzei os braços desesperada e me colei na borda da piscina, para que ninguém visse.

– Ahaha, pena que você não pode vir buscar agora. – Ouvi a voz dela atrás. Depois ela saiu da água, sorriu pra mim e foi embora da piscina.

Senti as lágrimas se acumularem. Não vi Madge nem Annie, as pessoas estavam começando a passar. Gente como eu queria matar aquela vadia miserável.

– Katniss. – Peeta olhou pra mim de cima. – Você está sem...

– Sim, imbecil sua amiguinha fez o favor de sumir com meu biquíni... – Falei, sorte que não dava pra ver meus seios, mas pelas costas, era visível que eu estava sem parte de cima. – Vai atrás da Madge e pede pra ela me ajudar. – Ele continuou olhando pra mim.- VAI.

Ele acordou e saiu correndo atrás da Mad. Nesse tempo fiquei lá dentro da água, pensando em mil coisas pra fazer com aquela desgraçada. Passou uns meninos dementes e pediu para eu sair da água. Ai inferno. Peeta voltou e fez todos correram, entrou na água e veio em minha direção.

– Ela vai demorar um pouco, mas vai trazer outra parte de cima. – Ele parou do meu lado.

– Peeta que vergonha. – Falei choramingando. Até esquecendo a discussão. Em um passe rápido eu o abracei. Ele ficou em choque, mas retribuiu o abraço, me protegendo e me tampando...

– Ninguém viu nada, não se preocupe. – Ele disse gentilmente.

– Mesmo assim, eu odeio aquela garota, olha o que ela fez comigo. E você ainda tem coragem de falar com ela. Ai que ódio, só to te odiando mais nesse minuto.

– Mas eu estou de ajudando.

– Me ajudando ficando lá com essa puta? Não está.

– KATNISS. – Madge chegou e já pulou na piscina do meu lado. – Peeta caí fora, ta se aproveitando é? Quer apanhar garoto?

– Mas eu...

– Mas você nada, caia fora. – Annie, Johanna, e Clove entraram na piscina e me rodearam. Madge tampou os olhos de Peeta e o afastou de mim, enquanto isso as meninas fizeram barreira pra ninguém ver e me entregou a parte de cima. Coloquei voada e elas deram um nó bem feito.

– Ah mas eu quero dar na cara daquela desgraçada viu. – Clove disse irritada.

– Também quero. – Johanna disse, mexeu com a amiga errada.

– Acho que é melhor parar. – Annie disse cruzando os braços. – Isso tá muito... Muito comum, pelo amor vocês vão ficar fazendo vingança uma contra a outra e isso nunca vai acabar.

– Annie ela quase deixou que a Katniss pagasse o maior mico da história. E você ainda está defendendo ela? – Madge perguntou séria.

– Não estou defendendo aquela imbecil, só estou falando algo que faz sentido. E acho que depois dessa a Katniss vai parar pra pensar bem.

– Eu vou pensar, enquanto isso quero viver bem. Enquanto isso vou pensado no que eu posso fazer para que ela tenha o que merece. – Fui em direção a escada e subi. – Obrigada pela ajuda meninas, mas eu realmente preciso ficar sozinha agora. Vou pro quarto. Vejo vocês mais tarde.

Segui para os dormitórios, estava exausta e cansada dessa confusão. Quando cheguei no quarto, fui tomar um banho. Durante o banho eu fiquei pensando sobre tudo isso. Essa situação. Tudo me lembrava um ano atrás. Delly.

Senti um calafrio. Ela estava morta, fazia tempo já. Eu me sentia mal, porque a intenção era me matar naquela noite. E eu não me livrei dela de certa maneira. Parecia que ela ficava rodeando minha mente, igual nesse momento.

Ela é simplesmente minha cópia, e você vai perder dessa vez.

Tremi. Eu só podia estar ficando louca. Só porque tinha voltado para o internato. Desliguei o chuveiro e puxei uma toalha. Ainda estava tremendo. Troquei de roupa no banheiro mesmo e enrolei uma toalha no cabelo, quando saí encontrei Peeta sentado na minha cama.

– Isso me lembra algo. – Falei secando meu cabelo.

– Tem coisas que não mudam. – Ele disse olhando pra mim.

– E eu cansei dessa frase.

– Ainda está brava comigo?

– Sinceramente não sei o que está fazendo aqui.

– Sou seu namorado. Quis ver minha namorada e estou aqui. Não quero que ela fique brigada comigo, não gosto quando discutimos. Vim tentar resolver as coisas mais uma vez, porque só faz 2 dias que chegou e brigamos a maioria do tempo.

– Acho que talvez esse seja o problema. Peeta eu não sou mais sua namorada. Tudo bem se referir assim, mas não no modo de pensar. Você me pediu em casamento e eu sou sua n-o-i-v-a. Você sabe a importância disso. Se casar e tudo mais?

– Claro que eu sei, eu vejo você como minha noiva.

– Dá licença, por favor? – Pedi com educação.

– Kat vamos resolver isso, não quero continuar assim.

– Não quer continuar assim, mas vai continuar assim. Quando você decidir da sua vida, me procure, enquanto isso vaza.

...

Dois dias se passaram e eu só sabia estudar para pegar a matéria. Era meu último ano e eu não queria pegar uma recuperação de fim de ano. Queria ficar bem antes de entrar em uma faculdade. Não pisava no refeitório, Clove trouxe comida pra mim, e só vi Peeta pelo corredor, mas evitei.

Entrei na sala de música, onde o Henri tinha pedido para eu encontrar ele. Ele era uma boa pessoa, e eu tinha conversado bastante com ele nesses dois dias. Ele estava sentado conversando com a Madge.

– O que vocês querem comigo mesmo? – Perguntei e forcei um sorriso.

– Quis passar pra avisar que mais tarde vai ter o primeiro ensaio de nós como lideres de torcida. – Ela falou. – Achei o Henri e ele disse que você viria, daí esperei aqui.

– É, e eu ontem fiquei sabendo que a senhorita canta. – O Henri disse.

– Madge. – Falei olhando pra ela. – Você tem que parar de falar que eu canto para as pessoas. – Falei cruzando os braços, estava na cara que fora ela que contou para o Henri, não estava necessariamente irritada.

– É inevitável.

– Bom, eu toco, gostaria que você me desse a honra da sua voz. – Ele pediu.

– Ah não. Eu não quero cantar. – Falei.

– Você sempre nega, mas acaba aceitando. Vai logo Kat, senti saudades da sua incrível voz. Você já ganhou uma competição aqui. Você realmente arrasa e só está nos dois aqui. Please. – Ela pediu.

– Ai droga, tudo bem, mas posso escolher a música?

– Claro, toco qualquer coisa.

Pensei um pouco, mas não foi difícil chegar a uma música. Estava pensando muito nela ultimamente. E sabia bem o porque.

– Who you are. Jessie J.

Madge deu risada.

– Hum… Por que será...?

– Calada. – Falei com um sorrisinho. Henri pareceu não entender, tinha mais a ver com a tradução da música. Mas ele sabia, então pegou um violão e começou a tocar. Eu me preparei e no sinal, comecei a cantar.

Tudo ocorreu muito bem, senti-me muito bem entrando em contato com a música de novo. Quando acabei, despedi do Henri e saí correndo com Madge para o ginásio. No dia anterior eu, Madge e Annie passamos com Glimmer treinando os passos principais, para não ficar tão perdida, e eu tinha conseguido bem. Por sorte. As meninas também.

Encontramos com Glimmer e com Annie que já estavam vestidas.

– Nunca usei uma roupa de líder de torcida. – Annie disse. A roupa azul, com o brasão do time dos meninos. Concordei.

– Também nunca usei. – Falei.

– Pra tudo tem uma primeira vez. Vão logo. – Glimmer disse. – Se não vão se atrasar.

Nos entregou as roupas, e eu e Madge fomos nos trocar.

– Engraçado que você queria entrar pras lideres de torcida pra ficar de olho no Peeta e você estão brigados e separados agora.

– E você acha que eu ainda não me importo? - Perguntei enquanto enfiava aquela roupa minúscula. – Madge eu o amo, e só estou esperando que ele se dê conta das coisas, se ele me esperou tanto, também posso espera-lo. Só não vou deixar que ele saiba disso, se não estraga tudo. Vou ir lá, e ele vai saber que eu me importo.

– Nossa você é tão fofa Katniss. – Ela disse se olhando no espelho. – Vontade de dar uns murros nesse seu noivo pra ele cair na real logo, antes que você caia na real e note um gatinho chamado Henri.

– Henri? Sério Madge? – Perguntei segurando a risada.

– Por que? Não vai dizer que você não percebeu como ele arrasta uma asa bonita pra você.

– Não querida, ele me vê como aliada, para conquistar uma certa garota por ai. – Falei com um sorrisinho pra ela. Madge arregalou os olhos.

– Sua mentirosa.

– Bem, você vai ver. Agora vamos logo por que se não a louca da Glimmer vai surtar mais ainda se nos atrasarmos.

Eu e Mad saímos em direção ao campo. As meninas estavam sentadas e quando chegamos elas pularam levantando com as ordens da Glimmer. Ela tomou postura, ficando na frente nos alinhamos em uma fila única. A infeliz da Melanie estava ali, mas é claro que eu ficava muito melhor com essa roupinha minúscula.

– Vamos começar. – Glimmer disse bem alto e colocou uma musica que era muito agitada. – ABRE E FECHA COM OS BRAÇOS, DE UM LADO PARA O OUTRO, EM MOVIMENTO. – Ela disse e começou a se movimentar, dois passos pra um lado, dois passos para o outro, abrindo e fechando os braços no ritmo da música.

Todas começaram a fazer em ritmo da música. Consegui pegar rápido e era até animado. No mesmo momento houve uma movimentação do outro lado do campo. Era os meninos chegando para o treino. Ótimo.

– AGORA PEGUEM OS POMPOMS E PULEM, AGITANDO ELES EM CIMA E EM BAIXO. – Ela fez a demonstração e 1 minuto depois nós todas estávamos fazendo igual a ela. Tinha até que admitir, era legal.

Os meninos tinham parado e agora estavam olhando para o nosso treino. Senhor que vergonha. No meio deles, encontrei meu par de olhos azuis. Peeta cruzou os braços e olhava fixamente pra mim. Senti vontade correr até ele e matar a maldita saudades desses 2 dias, mas eu estava no meio de um treino.

– AGORA SOLTAR ESSAS CINTURAS TUDO DURA. – Glimmer disse. – REBOLANDO, REBOLANDO.

Só podia ser brincadeira. Ai que os meninos piraram mesmo. Começamos o rebolado igual o de glimmer, e eles começaram a assoviar, e a gritar o nome das meninas. Muitos nomes, inclusive o meu. Deus, Glimmer ficou uma fera, parou tudo e desligou a música.

– Normalmente vocês não ficam assanhadinhos assim. – Ela foi reclamar.

– UHHU ANNIE. – Uns gritaram pra coitada que ficou vermelha de vergonha. Finnick passou por todos eles e colocou a Annie nas costas.

– Finn, que diabos você tá fazendo?

– Te levando pra casa. – Ele disse. Ela começou a rir, conforme iam se afastando. Aquilo era fofo.

– Tem umas gatinhas novas. – Um deles falou e olhou pra mim e pra Mad. O que só piorou a situação.

– Então acabando com a gracinha de vocês, vou mudar o horário dos treinos e o treino de hoje está SUSPENSO. Com vocês gritando não da pra trabalhar, agora vazem espece de energúmenos. – Glimmer parecia brava. Também, eles tinha atrapalhado o treino, gritando desse jeito.

Dei uma ultima olhadinha em Peeta, depois dei meia volta e fui me trocar. Madge tinha sumido. Coloquei uma roupa descente, guardei a de líder de torcida dentro da minha bolsa e saí passando pelo corredor, quando estava quase fora, fui arrastada pra um vestiário tão rápido que não consegui nem gritar. Quando me dei conta, era meu namorado/noivo, com o qual eu estava brigada.

No vestiário estava vazio, graças a deus. Cruzei os braços e olhei pra ele.

– Sim...? – Questionei querendo saber o motivo dele me arrastar pra ai.

– Queria te obrigar a não ser mais da torcida. – Ele disse depois de um tempo. Revirei os olhos.

– Só isso? Posso sair desse lugar fedorento agora?

– Você fez aquilo na piscina, depois passou a me ignorar na escola, depois só anda com esse tal de Henri, e agora faz mais uma provocação dessas, como líder de torcida, presumo que tudo isso seja para eu ir atrás de você. E aqui estou eu. Então para, por favor.

– Não. – Balancei a cabeça negativamente. – Não estou fazendo isso para você ir atrás de mim. Estou fazendo isso, porque eu estou cansada de ver você com aquela garota, cansada de você preferir esse time idiota e passar mais tempo com eles do que comigo. Quero que você venha atrás de mim talvez, mas não pra ficar comigo agora e quando eu virar as costas ir com eles e continuar a mesma porcaria e sim pra ficar comigo agora e ficar comigo sempre.

Ele olhou pra mim. Parecia pensar.

– Você tem toda razão como sempre. – Disse. – Não devia estar fazendo isso, principalmente agora que você voltou, agora que está bem. Eu sinto muito. Não almoço mais com eles, nem ando com eles. Apenas venho para os treinos. Vou passar mais tempo com meus amigos de verdade. E acho que tenho que falar isso para o Finnick também.

– Tudo bem. – Sorri levemente. – Não sabe como eu esperei para que caísse na real logo. Com você voltando, vai poder conversar mais com os meninos e deixar principalmente a Johanna um pouquinho afastada do Marvel, já que eles não desgrudam.

– Eu meio que percebi isso. – Ele riu e eu ri também.

– Você não devia estar no treino?

– Devia, mas preferi vir aqui falar com você.

– Isso. Isso é um bom começo. – Falei chegando mais perto.

– Claro, porque em troca em recebo isso. – Ele disse puxando delicadamente meu rosto em direção ao seu e me beijando. Larguei minha bolsa de lado e envolvi seu pescoço com minhas mãos, enquanto ele enlaçou minha cintura.

– Fala ai, isso é bem melhor que aqueles garotos.

– E que aquelas garotas também. – Ele disse e eu sorri.

– Certo, agora que meu príncipe encantado está de volta novamente, não preciso me preocupar. Tenho que ir recuperar uma matéria já que as provas estão chegando. Nos vemos mais tarde?

– Mais tarde então. – Ele me deu mais um beijo. – Bom estudo.

– Obrigada. – Peguei minha bolsa e voltei pro dormitório um pouco mais feliz.

...

No dia seguinte, depois das aulas da manhã, guardei meus livros e fui para o refeitório com Annie.

– Me passa umas dicas de como trazer meu namorado para o meu lado também. – Ela pediu enquanto caminhávamos.

– Acredite Annie, ele está mais do seu lado, do que Peeta quando estava nessa onda.

– Ah mas ele ainda anda com esses ridículos.

– Peeta disse que vai tentar trazer ele pro nosso lado novamente.

– Quero ver.

Entramos no refeitório e pegamos as bandejas. Clove, Cato, Marvel e Johanna já estavam guardando nossa mesa, nos servimos rapidamente e fomos nos juntar a eles.

– E seu namorado? – Johanna perguntou assim que eu e Annie nos sentamos.

– Olha você fala. – Ironizei e ela revirou os olhos rindo. – Ele vai se juntar a nós, daqui a pouco deve estar chegando.

– Ou já chegou e foi se sentar com os “populares”. – Clove disse.

– O que? – Perguntei incrédula. Virei olhando para a mesa. Peeta estava andando mesmo em direção a eles.

Ele parou e começou a falar com eles. Virei novamente para a mesa onde todos me encaravam mas não ousaram falar nada, até porque eu estava com raiva, chateada. Senti vontade de chorar, mas não ia chorar.

– Ei Katniss. – Annie me cutucou.

– Me deixa. – Pedi enquanto apenas olhava para o meu prato.

– Então deixa eu sentar do seu lado. – Ouvi a voz de Peeta. O que? Peeta.

Olhei para o lado sem entender. Ele estava mesmo ali e de companhia tinha trago Finnick que se sentou na frente de Annie. Eles começaram a conversar, na verdade todos começaram a conversar, menos eu que ainda encarava ele.

– Falei que ia vir. – Ele disse se sentando, depois sorriu pra mim. – Você está bem?

– Eu... Hum... Claro. – Sorri finalmente. – Quando foi pra lá pensei que ia ficar com eles, então meio que fiquei brava e sem acreditar. Mas você está aqui, então isso que importa.

Ele me deu um beijinho.

– Hum... Espero que não virem o casal pegação da vez. – Johanna disse e todos riram. Cruzei os braços.

– Não ninguém toma seu posto. – Falei.

– Na verdade eles sempre foram o casal pegação. – Clove falou.

– Nada a ver. – Me defendi.

Eles riram novamente, até que Madge chegou correndo.

– Desculpem a demora e... Oi Peeta, Oi Finnick, vocês nunca estão aqui.

– Mudanças. – Finnick disse.

– Isso é incrível. Bom, tenho novidades. – Ela disse se sentando. – Como sou chefe, presidente como preferirem dos eventos escolares, uma festa está se aproximando e eu vou precisar da ajuda de vocês, principalmente com o tema.

Sorri, realmente estava precisando de uma festa. Uma festa daquelas de arrebentar.