505 escrita por heydarling


Capítulo 2
Capítulo 2




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– Acho que não poderá alugar o quarto, senhor Eduardo. Precisaria que o aluguel fosse pelo menos o dobro de sua oferta. Sinto muito, tenha uma boa tarde. – e colocou o telefone de volta no gancho.

Ana sabia a verdadeira razão para não aceitá-lo em sua casa. Sua primeira e única presença naquela casa lhe causou estragos demais, muitos fantasmas de seu passado vieram visitá-la depois daquele dia. Esperaria a próxima oferta e esqueceria o que aconteceu. Já bastavam os problemas cotidianos em sua vida.

Seria bom se o plano ocorresse como planejado, porém fazia quase três meses que aquele quarto continuava desocupado. O motivo não era a falta de ofertantes, e sim o que acontecia com eles. Logo após a oferta, estranhamente, a pessoa nunca mais tornava a ligar. Isso estava torturando Ana, precisava do dinheiro logo, e logo significava medidas extremas.

– Bom dia, senhor Eduardo... – suas mãos suavam, passeando constantemente entre seus fios de cabelo – Gostaria de saber se sua oferta ainda está disponível.

– Achei que não aceitava a minha oferta por ser baixa demais. – o tom era de deboche, um deboche bem conhecido. O assunto remetia a outro igualmente bem conhecido. – Mas ainda aceito alugar o quarto, já amanhã estou aí.

– Mas já? – tão rápido assim, pensou Ana. Precisava de tempo para se preparar, e vinte e quatro horas não era tempo.

– Claro. Não podemos perder tempo.

– Então... Sim. Amanhã. – soltava fiapos de frases.

Amanhã. Essa palavra tirou o sono de Ana. A imagem de Eduardo, as poucas vezes que o viu e falou com ele, isso estava a aterrorizando. Tinha um pressentimento horrível sobre o seu futuro, sobre aquele homem, mas não podia fazer nada, precisava do dinheiro mais que tudo.

Se Abel não tivesse a abandonado, talvez não precisasse passar por aquele aperto. Por que tinha se envolvido com Abel, para começar? Ele só lhe trouxe problemas e falsas promessas de felicidade. Tinha jogado tudo no chão só para estar do lado dele, e depois de dois meses daquele dia, ele havia a largado. “Seu maldito, sua idiota.”.



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