Na manhã seguinte, Quinn acorda com um barulho vindo da cozinha de sua casa, ela se levanta  ainda sonolenta e passa no quarto das filhas, ao ver que as duas dormiam tranquilamente ela desce para o andar de baixo do apartamento e caminha até a cozinha onde encontra Dean preparando o café da manhã.

— Dean? Como você entrou na minha casa? O que você ta fazendo aqui? – Quinn pergunta ainda confusa

— Bom dia meu amor, e eu vim preparar o café da manhã pra você e pra Carol, eu estava com tanta saudade de você! – Dean fala dando um selinho em Quinn

— Dean, desculpa mas eu realmente acho que seria melhor que você ir embora – Quinn

— Por que? Aconteceu alguma coisa? – Dean pergunta confuso

— Hoje só não é um bom dia pra você vir aqui...eu não vou ser uma boa companhia  – Quinn

— Por que? – Dean pergunta enquanto faz carinho nos cabelos de Quinn

— Porque hoje eu queria passar o dia só com as meninas... – Quinn diz após um longo suspiro

— Meninas? A sua outra filha não ia embora ontem? – Dean pergunta 

— Ia...mas acabou não indo... é uma longa história – Quinn diz dando de ombros

— E quando ela vai embora? – Dean

— Eu não sei, talvez ele fique morando comigo – Quinn

— O QUE?! Morando do tipo morando mesmo... passando a semana toda aqui com você e estudando em uma escola nessa cidade? – Dean

— Sim Dean, morando do tipo morando mesmo, algum problema com isso? – Quinn pergunta com uma sobrancelha arqueada

— Não, é só que...assim como a Carol sua filha mais velha também não gosta muito de mim, e ela é um pouco mais difícil que a Carol... – Dean

— Primeiro, minha filha mais velha tem nome, Elisabeth Corcoran, e muito em breve Elisabeth Corcoran Fabray Puckerman, e ela não é difícil, talvez se você passasse mais tempo tentando conhecê-la ao invés de ficar implicando com a menina, vocês hoje teriam um relacionamento mais amigável! – Quinn

— Desculpa Quinn, eu só não me importei muito em me aproximar dela porque você disse que ela ficaria aqui um mês e depois iria pra  L.A com o pai dela e eu pensei que depois desse mês tudo voltaria a ser como antes – Dean

— E o que exatamente você quer dizer com voltar a ser como antes? – Quinn

— Do jeito que era Quinn, sem ter a interferência dela nas nossas vidas! Como se ela nunca tivesse existido! – Dean

— Eu não acredito que eu estou ouvindo isso, Dean! – Quinn

— O que amor? Eu sei que você só trouxe ela pra cá pra aliviar sua consciência por ter abandonado ela – Dean

— O que? Não é nada disso! Eu trouxe a Beth pra cá porque eu a amo e quero ela perto de mim! Eu sou mãe dela! – Quinn

— Quinn, se você amasse ela não teria abandonado ela com sei lá quem! – Dean

— Eu não abandonei minha filha, seu idiota! Eu dei ela pra adoção porque eu achei que era o melhor pra ela! E a deixei com uma pessoa que eu sabia que a amaria e cuidaria dela com o mesmo amor que eu e que daria a ela o que eu não podia dar naquele momento – Quinn

— Então por que você ficou com a Carol? – Dean

— Porque quando a Carol nasceu eu tinha um emprego e minha casa, agora quando a Beth nasceu eu não tinha nenhuma estrutura! Eu não tinha nem uma casa!  – Quinn

— Isso não justifica nada, se você amava e ama sua filha do jeito que diz não teria dado ela pra outra pessoa cuidar – Dean

— Você não entende nada sobre o que é ser pai Dean, eu amo tanto minhas filhas que eu faria qualquer coisa por elas, e mesmo que me matasse por dentro dia após dia ter dado a Beth eu sabia que era o melhor pra ela. E eu sinceramente não me arrependo porque ela é perfeita! E eu não sei se ela seria tão perfeita assim se tivesse sido criada por mim, eu não estava preparada pra ser mãe quando ela nasceu...eu não tinha maturidade pra dar tudo o que ela precisa – Quinn

— Uma mãe que ama o filho de verdade nunca faria isso – Dean

— Quem você pensa que é pra me julgar? Você não passa de um playboyzinho metido que herdou uma empresa dos pais e se acha grande merda, mas você não é nada Dean, se os seus pais não tivessem uma empresa de sucesso hoje você seria o que? Um garçom? Você não sabe nada da vida! Você é só um menino mimado! Quando se tem um filho as suas necessidades não importam, tudo gira em torno dele, tudo o que importa é que seu filho esteja feliz e seguro mesmo que você esteja miserável. Quando a Carol nasceu eu já estava mais madura e podia garantir que ela estaria segura! – Quinn

— Você pode falar o que você quiser, mas nada vai mudar o que fez, você sabe que errou e tenta justificar isso pra si mesma falando tudo isso, mas você sabe que não ama aquela bastardinha, e só ficou com a Carol por culpa pelo que tinha feito com a outra bastarda – Dean

Assim que as palavras saem de sua boca Dean sente um forte tapa em seu rosto:

— Você...você me bateu? – Dean fala colocando a mão no lugar onde havia sido atingido por Quinn. Ele não acreditava no que havia acabado de acontecer. 

— Bati, e vou bater outra vez e mais forte se você não parar de falar besteiras e sair agora mesmo da minha casa! – Quinn

— Você tá louca, Quinn? – Dean

— Estou, e vou ficar muito mais louca se você não sair agora mesmo daqui! – Quinn fala atirando todos os objetos que encontra em sua frente em Dean

— Ta bom! Eu já estou indo, mas antes, eu só quero te falar mais uma coisa, só mais uma coisinha e vou embora – Dean

— Fala antes que eu pegue minha arma! – Quinn

— Você está demitida! – Dean fala e em seguida corre pra fora da cozinha, mas Quinn o chama

— Espera, eu também tenho uma coisinha pra te falar – Quinn diz indo atrás do homem

— O que? – Dean pergunta parando perto da porta

— Você pega o seu emprego, o seu jornal, sua editora toda e introduza tudo no meio do se ânus! – Quinn joga um vaso em Dean

— Você é louca! – Dean corre pra fora do apartamento

Quinn solta um suspiro e começa a recolher os cacos do vaso que havia acabado de jogar em seu ex noivo, até que ouve a voz da filha mais velha:

— Mãe? – Beth pergunta olhando em volta confusa

— Oi filha, bom dia – Quinn

— Você tem certeza de que é um bom dia? O que aconteceu aqui? – Beth

— Nada demais, Dean e eu tivemos uma pequena briguinha – Quinn fala dando de ombros

— Pequena? Mãe, tem um vaso quebrado no chão! Você não matou ele ne? – Beth

— Claro que não, Beth! Apesar de que pensando melhor eu realmente acho que deveria...- Quinn

— Ele não te machucou ne? – Beth pergunta preocupada

— Não, se ele tivesse ai sim seria um homem morto...- Quinn

— Vocês terminaram? – Beth

— Sim – Quinn

— Pra sempre? – Beth

— Provavelmente... – Quinn

— Que bom, eu odiava ele! – Beth

— Eu sei, agora estou sem namorado, sem emprego...- Quinn diz dando um suspiro

— Você perdeu o emprego? – Beth

— Na verdade fui demitida – Quinn

— E agora? – Beth

— Procuro outro emprego horas, mas eu não quero falar disso hoje... sobre o que você quer falar? – Quinn

— Meu pai... – Beth

— Eu também não quero falar sobre ele. O que você acha de depois que eu terminar de arrumar essa bagunça nós acordamos sua irmã e nós três irmos passear, hein? – Quinn

— Eu gostei da ideia, nós podemos fazer compras? – Beth

— Claro que sim, hoje nós podemos fazer tudo! - Quinn