Puck e Quinn ficam por alguns segundos se olhando em silencio até que a loira olha pra filha mais velha e diz: 

— Filha, eu não acho que esse seja um assunto que você deva se envolver, isso é entre seu pai e eu – Quinn

— É verdade Beth, agora vamos, nós ainda vamos passar na casa do Finn – Puck

— Eu já disse que não vou até vocês dois me responderem! – Beth diz se sentando no sofá

— Eu sempre vou amar seu pai, afinal se não fosse por ele eu não teria você – Quinn

— Eu também sempre vou amar sua mãe, agora nós podemos ir embora? – Puck

— Não, papai, olha, eu não quero ir embora, eu quero ficar com a mamãe e com a Carol – Beth

— Então você quer morar com a sua mãe? – Puck

— Você tem certeza de que é isso que você quer, filha? – Quinn se senta ao lado da filha e passa as mãos pelo cabelo dela. 

— Tenho, mas eu não quero que você vá embora pai, eu quero que você fique aqui morando com a gente, eu quero que vocês dois voltem a ficar juntos! – Beth diz olhando entre os pais. 

— Beth, eu vou adorar ter você aqui morando comigo e com a Carol, mas seu pai e eu não vamos voltar amor, eu estou com o Dean agora – Quinn

— Beth, se você quiser ficar aqui com a sua mãe tudo bem, só que nós dois não vamos voltar a ficar juntos, filha... – Puck

— Tudo bem, mas você vai se mudar pra cá? – Beth

— Beth, eu não acho que seu pai consegue te responder isso agora.. é uma decisão muito importante pra ele tomar de uma hora pra outra, filha – Quinn

— É verdade princesa, pra eu me mudasse pra cá eu teria que transferir a minha empresa aqui pra NY e isso leva um pouco de tempo, eu não posso resolver isso assim...não faz sentido – Puck

Beth começa a chorar e Quinn abraça a filha beijando o topo de sua cabeça.

— Filha, não precisa ficar assim, nós vamos arrumar um jeito, você não vai mais ficar longe de mim, e nem do seu pai – Quinn fala dando um beijo na testa da filha

— É princesa, você pode passar a semana comigo e os finais de semana com a sua mãe, ou vice e versa, você pode escolher o que achar melhor – Puck diz se sentando ao lado de Beth e ajeitando Carol em seu colo.

— Não gente, eu só queria a minha família de volta, vocês dois juntos, e agora com a Carol tudo iria ser perfeito, eu teria uma mãe, um pai e uma irmã, tudo o que eu sempre quis – Beth

— Beth, você tem sua família, não é porque seu pai e eu estamos separados que você não tem família, nós dois te amamos muito, amor – Quinn

— Você é a coisa mais importante que existe pra mim e pra sua mãe – Puck

Beth sorri ao ouvir as palavras dos pais, mas outro choro passa a ser ouvido na sala, agora era Carol quem começava a chorar:

— Que foi Carol? – Puck pergunta enquanto abraça a garotinha.

— Eu queria ter um pai também, um pai legal que nem você, por que todo mundo tem um pai menos eu? Mãe eu quero meu pai também! – Carol diz deitando a cabeça no ombro de Puck.

— Carol amor, o seu pai não pode estar por perto agora, mas ele te ama muito, filha – Quinn diz passando as mãos pelo cabelo da filha caçula enquanto tentava não chorar.

— Então por que ele não aqui? Eu quero um pai que nem a Beth! – Carol

— Carol, se você quiser, a gente pode dividir meu pai, a gente já divide a mamãe mesmo...pai, você quer ser o pai da Carol? – Beth olha pro pai.

— Claro, olha Carol, sempre que eu estiver na cidade e for levar a Beth pra passear eu levo você também, ta bom? – Puck diz olhando para a pequena.

— Você vai vir no meu aniversario de seis anos? – Carol assente e seca seu rosto voltando a olhar pra Puck

— Seis? Você vai fazer cinco anos não é? – Puck pergunta confuso

— Não Puck, eu vou fazer seis, eu tenho cinco agora – Carol diz orgulhosamente

Assim que Carol termina de falar o rosto de Puck fica pálido e olha para Quinn.

— Hum...Puck eu acho melhor vocês irem agora, se não vão perder o vôo. – Quinn

Puck ignora Quinn, mas continua a encarar a loira. 

— Beth, eu preciso falar com a sua mãe, vai com a Carol lá pra cima – Puck fala colocando Carol no chão

Beth olha para a mãe como se pedisse autorização, a loira mais velha apenas acena positivamente com a cabeça:

— Vamos subir Carol – Beth diz se levantando, pegando a mão da irmã mais nova.

Assim que tem certeza que Beth e Carol não estavam mais por perto, Puck pergunta: 

— Por que você mentiu sobre a idade da Carol? – Puck

— Eu...eu devo ter me confundido... – Quinn diz nervosamente 

— Não, Quinn, você não se confundiu, ela vai fazer seis anos, exatamente o tempo que nós estamos separados – Puck

— Eu sei... – Quinn

— Quem é o pai da Carol, Quinn? Você me traiu quando nós estávamos casados? – Puck

— Não, nunca! – Quinn

— A Carol é minha filha, não é? – Puck

Quinn não diz nada, apenas acena positivamente com a cabeça. Após alguns minutos em silencio a loira resolve falar. 

— Noah...- Quinn tenta falar alguma coisa mas é interrompida por Puck

— Não fala nada – É tudo o que Puck diz antes de sair do apartamento. Quinn ainda o chama algumas vezes mas ele não volta.

Beth e Carol aparecem do alto da escada. Beth parecia espantada com o que provavelmente tinha ouvido. Já Carol, parecia não entender muito bem o que havia acabado de acontecer.

— Venham aqui meninas – Quinn chama as duas filhas que rapidamente vão para o lado da mãe:

— Nós ouvimos tudo.. – Carol

— Desculpa.. – Beth

— Tudo bem, meninas – Quinn dá um beijo no topo da cabeça de cada uma das filhas.

— Mãe...aquilo que nós ouvimos, é verdade? – Beth

— É verdade sim, minha filha – Quinn diz acenando positivamente

— O meu pai é pai da Carol? – Beth pergunta sorrindo

— É, o Puck é o pai de vocês duas – Quinn

— O Puck é meu pai também, mamãe? – Carol fala sorrindo

— É sim minha filha, ele é seu pai – Quinn

— Onde ele está? – Beth pergunta olhando em volta.

— Ele saiu, e eu não sei pra onde ele foi – Quinn

— Ele está bravo comigo mamãe? – Carol

— Não querida, ele está bravo com a mamãe – Quinn

— Você vai ficar bem mãe? – Beth

— Eu não sei filha... – Quinn

— Eu vou ver o papai de novo, mãe? – Carol

Quinn não segura mais as lágrimas e as deixa cair livremente, as duas filhas a abraçam, Beth guia a mãe e a irmã mais nova até o sofá, onde as três permanecem abraçadas por algum tempo, até que caem no sono.