Never Let Me Go escrita por Venus Noir


Capítulo 1
if you love me hardcore, then dont walk away...


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira fic do EXO e é totalmente pra minha Halls Queen. ♥
Ela me pediu uma fic com lemon hardcore e tudo, vejam bem. sdfhfdjfd E é isso que eu apronto. ): Espero que você goste mesmo assim, Rainha. Um dia eu realmente vou escrever um lemon hardcore pra ti.
E espero que todo mundo goste também. Eu não conheço muito EXO (não tanto quanto deveria pra estar escrevendo uma fic com eles), então me perdoem se houver alguma coisa meio absurda na história no que diz respeito à personalidade deles etc. Enfim, a gente sempre pode dizer que é licença literária ou algo assim? XD
E o título da fic é uma música da Lana (porque eu sou fangirl, e nada mais típico de mim do que por os títulos das canções dela como títulos das minhas fics). E eu escrevi a fic inteira escutando-a, então se vocês quiserem também: http://www.youtube.com/watch?v=ZeHm3YqfisA
Agora boa leitura~



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Geralmente Wu Fan não é uma pessoa muito amistosa. Diferente de mim, que também tenho uma tendência natural a parecer sério, ele quase nunca sorri. Ele não vive de cara amarrada como se, através de uma expressão irritada, ele quisesse demonstrar seu desprezo pelo mundo e por tudo o que há nele. Não, ele não é tão intragável. Ele simplesmente é reservado. Centrado. Wu Fan não sorri se não tiver bons motivos para isso. Deve ser por isso que, quando ele enfim curva os lábios num sorriso discreto e adorável, o universo inteiro se congela à minha volta. Apesar de raro, é sempre inebriante.

Lu Han diz que não há nada de extraordinário no sorriso de Wu Fan. Lu Han pensa assim porque, obviamente, ele só enxerga seu namorado coreano – exceto por ele, Lu Han tende a ignorar o resto. Sendo assim, como ele pode saber alguma coisa sobre o sorriso de Wu Fan? Já eu, bom, eu sou um especialista no assunto. Duvido que alguém tenha parado para analisar as feições e expressões de Wu Fan com tanto afinco quanto eu. Com tanto interesse. Não, não é possível.

Minseok-oppa, por sua vez, diz que ficar observando o sorriso do cara por quem você tem uma queda – não apenas uma queda, é toda uma catástrofe, sabe, acrescenta Yi Xing – é algo muito, mais muito clichê. Ao invés disso, por que eu não olho pra bunda dele? Você já olhou para essa parte da... anatomia dele, não já, Zi Tao? Pergunto isso porque é algo muito importante. Essencial, eu diria. É claro que não! Eu respondo, mas a resposta certa é: é claro que sim. O sorriso de Wu Fan é só o que eu mais gosto nele. Não a única coisa. Eu já prestei atenção a cada centímetro dele. Do fio de cabelo mais espetado em sua cabeça até seus pés – ele costuma andar por ai de all star ou algum tênis casual, nunca o vi de sandálias, nunca pude dar uma conferida nos dedos de seus pés e assim me certificar de que eles são tão encantadores quanto todo ele.

Isso não é algo puramente platônico, no entanto. Eu e ele já trocamos alguns beijos, a maioria foi secreto, escondido, meio clandestino. Nossos lábios se tocam e o gosto da saliva de Wu Fan, misturada ao gosto dos cigarros que ele insistentemente fuma, desliza para a minha língua. Ele me beija como se me pedisse segredo. Eu adoro isso. Não acho que ele tenha vergonha de mim. Não, não é isso. Ele quer me guardar só pra ele, não é? Essa é a única impressão que eu tenho quando ele finalmente separa nossas bocas, avermelhadas, levemente inchadas e úmidas. A maneira como ele me encara, um sorriso sincero surgindo em sua face, só pode querer significar isso.

E a maneira como ele envolve seus braços ao redor da minha cintura, suspirando enquanto deita a cabeça em meu ombro e, timidamente, aspira o perfume impregnado em meu pescoço é tão clara que eu não preciso de declarações verbais de que ele gosta de mim tanto quanto eu gosto dele. Sua pele é morna e aconchegante, seu abraço é protetor e passional, e eu não podia estar mais apaixonado. Ele sussurra um ou outro comentário desconcertantemente fofo ao pé do meu ouvido e eu instantaneamente me arrepio. Todo o meu corpo é envolvido por aquela onda elétrica de pura felicidade, e eu não tenho dúvidas de que ele compartilha da mesma sensação.

Wu Fan continua a me fitar com os olhos perdidos. Eu sorrio de canto e abaixo a cabeça. Ele acaricia meu rosto, e eu derreto. Em que parte você começa a se comportar como um garoto de verdade?, Jongdae indaga, mas ele é um buller por excelência. Então eu não me importo.

Na sexta, vamos ao parque perto do centro da cidade. Wu Fan segura minha mão e eu entrelaço meus dedos aos dele. Mordo o lábio de excitação e insegurança. Nós podemos andar por ai assim? Ele apenas assente e balança levemente nossos braços de um lado para outro. É como se nós fôssemos duas crianças saltitando pelo caminho ladeado de flores e belas plantas. É nessas horas em que eu me sinto tão bobo. Você sinceramente me dá vontade de vomitar. Jongdae nunca fala nada razoável sobre meu ‘relacionamento’ com Wu Fan. De novo, eu não ligo.

No fim de semana, nós fugimos para a praia. É a primeira oportunidade que eu tenho de ver Wu Fan de pés descalços. Minha boca forma um ‘o’ abobalhado, porque os pés dele são grandes – ok, eu já havia notado isso – e retos. Mas são lindos. E eu quase não consigo refrear o impulso de beijá-los, da ponta de seus dedos até seus tornozelos. Porque é esse o tanto que eu adoro Wu Fan.

Quando nos cansamos de nadar no mar azul e tranquilo – quase não há vento nessa tarde, o que é praticamente um milagre, uma vez que os ventos naquele litoral são conhecidos por serem mordazes –, nós deitamos nas toalhas estendidas sobre a areia branca da costa. Eu me deito de bruços e percebo Wu Fan se esticar ao meu lado. Apoiando minha bochecha sobre meu braço, que serve como travesseiro à minha cabeça, eu assisto seus olhos cintilarem em minha direção. Minha mão alcança a sua e, entre os flocos de areia, nós as enlaçamos e ele me retribui com um sorriso.

Eu iria sorrir de volta se não estivesse tão embevecido com ele. Daí me lembro que a última vez em que ele me deixou tão absorto assim foi quando ele me deu o primeiro beijo. E é ai que eu sorrio de verdade porque não tenho como evitar. Ele se arrasta entre as toalhas e me puxa para um novo beijo. Meus cabelos molhados estão todos espalhados pela minha testa, eu cheio a maresia e minha pele está salgada, mas Wu Fan não dá a mínima. Afinal, seria muito frívolo se ele só gostasse de mim quando eu estou vestindo roupas caras, quando meu perfume é bom e embriagante o bastante para neutralizar qualquer aroma em um raio de dez metros, quando eu estou impecavelmente pronto para ir com ele ao cinema ou a uma boate.

Wu Fan não é de falar muito. Entretanto, à medida que o sol vai desaparecendo além da linha do horizonte, ele balbucia algumas frases que me tiram o fôlego. Ele não tem muito jeito para isso, mas sua falta de habilidade para me falar uma ou duas coisas românticas não destroem a magia daquele momento. Meu coração dispara sob meu peito e eu me sinto absolutamente... tragado. Enquanto isso, ele estava poluindo a praia com as guimbas dos cigarros que fumou e deixou para trás. Minseok-oppa não é das pessoas mais sutis em seus julgamentos. Isso tampouco me importa. Wu Fan continua em sua luta íntima para articular uma declaração decente.

Eu sou mais clemente que isso. E o calo com uma afirmação que a princípio o deixa aturdido. Mas que, eventualmente, lhe arranca um sorriso. Daqueles que eu mais gosto.

Eu também amo você, Kurisu.

X

No fim das férias de verão, Minseok-oppa, Lu Han, Yi Xing e até mesmo Jongdae aparecem em minha casa. Eles querem me consolar, porém não assumem isso verbalmente. Assim como eu, eles estão cientes de que Wu Fan está voltando para seu lar, lá do outro lado do mapa. Canadá. Nós vamos sentir falta dele, diz Lu Han, num tom conciliador e simpático. Sim, eu aceno afirmativamente, eu tenho certeza de que vocês vão.

Minseok-oppa é o primeiro a reparar algo de errado em minha frase. Vocês?, ele repete, uma careta de quem não está entendendo nada. Nós vamos sentir falta dele, mas você não, é isso o que você quis dizer, Zi Tao?

Wu Fan me disse que não iria se separar de mim. Nunca, nunca, nunca. Ele continuou, de um modo infantil demais para soar romântico. Eu assenti, repetindo. Nunca, nunca, nunca. E o que faríamos quando ele voltasse para Vancouver? Ele disse que iria arranjar isso. Há boas universidades em Vancouver. Nós iremos para a mesma. Juntos. Podemos até dividir um quarto. O que você acha, Tao?

Eu achei que era uma boa ideia.

Gege vieram à minha casa pensando que iriam me consolar pela partida de Wu Fan, todavia, eles não contavam com o fato de que eu também iria. Meus pais moravam em Qingdao, e eu em Beijing. Não iria ser tão diferente assim viver no Canadá, certo? Quer dizer, eu já morava longe dos meus pais há um tempo, havia me habituado a me virar sozinho. Isso é tão repentino e doido que eu quase não estou acreditando!, Jongdae exclamou, esfregando as têmporas preocupadamente. Já Minseok-oppa retrucou, com a seriedade. Com a ajuda de seus gege, Zi Tao. Morar sozinho em outro país é totalmente diferente.

Eles tentaram me persuadir, naturalmente. No fim das contas, Wu Fan teve que vir pessoalmente convencê-los de que iria cuidar de mim e me apresentar aos costumes locais. Foi fácil para você e Jongdae se acostumarem com a China, não foi, oppa? Eu também vou ficar bem em Vancouver.

Minseok-oppa deixou rolar um suspiro. Ele era o mais velho de nós e, uma vez que ele deu de ombros e disse, com um sorriso mal contido, que estava jogando a toalha e que nós tínhamos permissão para fazermos o que quiséssemos, eu e Wu Fan gastamos o resto do dia arrumando minhas malas. Deixei o apartamento que dividia com Lu Han e Yi Xing para me jogar na aventura mais incerta e mais deliciosamente divertida de toda a minha existência.

Quando eu me despedi deles no aeroporto, eu não estava muito certo de como seria meu futuro dali em diante. No entanto, eu não tinha medo – nem um pouco. Era impossível ter medo quando Wu Fan me apertava tão terno contra si.

Eu posso dizer sem sobra de dúvidas que eu totalmente amo você de volta, Zi Tao.


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Notas finais do capítulo

Esse Tao ficou muito gay, mas da próxima eu faço ele mais decente? orz



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