Datherine Forever escrita por Martina Santarosa


Capítulo 19
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Olá! Então, acho que faz uns 2 anos que eu não escrevo essa história (não escrevo nada na verdade), e eu nem sei se alguém ainda lê, mas, bem, aqui está um novo capítulo! E se alguém ainda for ler, eu espero que gostem! Talvez eu tenha perdido um pouco o jeito, porque faz tempo, mas eu fiz o meu melhor. E eu sei que na serie TUDO já mudou, o Klaus já foi embora (pra uma serie só dele, porque ele é incrível e maravilhoso e merece), a Kathy não está mais entre nós, mas acho que não tem tanto problema, afinal isso aqui nunca aconteceu ou iria acontecer. E eu estou me enrolando! Só espero que gostem e que perdoem a desistência temporária, mas se tudo der certo, eu vou continuar.



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Me movo o mais rápido que posso. Não há como ser discreta. Um grande cobertor em uma mão e uma faca ensanguentada na outra. A saída dele facilita as coisas. Chego ao quarto de Damon. Ele se enrola no cobertor e saímos pelo corredor. Ele está fraco, e é necessário cuidar para que não seja atingido pela luz UV. O alarme começa a soar. Devem ter encontrado o segurança morto e descoberto as câmeras desligadas. Não tardarão a chegar. Esse corredor nunca me pareceu tão longo!

Vejo um vulto na outra extremidade e congelo momentaneamente. Porém ele não hesita, e no instante seguinte Damon grita e tropeça. Balas de madeira, provavelmente. Não há mais tempo. Corro até o guarda-costas e, em um piscar de olhos, ele está no chão com o pescoço quebrado. Damon se arrasta devagar, mas o seguro pelo braço e o puxo sem cuidado. Ele grita, uma queimadura, mas não há tempo.

Seguimos pela casa, em direção a garagem. Um medo crescente me impulsiona, sei que não posso parar agora. Agora é tarde. Toda paz que havia sido instaurada tinha sido deixada para trás. Ninguém impede nossa passagem, mas não há tempo para suspeitas.

Chegamos ao subsolo. Coloco a faca ensanguentada em contato com o fecho do armário de chaves, que abre facilmente, possibilitando que eu pegue uma chave aleatória e o controle do portão.

Uma dor pulsante me atinge do lado do corpo e sinto o sangue escorrer. Ouço mais um tiro e o barulho de carne rasgando. Me volto assustada, e vejo Damon ferido no braço, mas com um coração na mão.

Corremos em direção ao carro. Em poucos instantes estamos saindo da propriedade. Acelero o máximo possível, não há tempo para desperdiçar. Klaus já deve estar a caminho.

Klaus.

Acordo assustada. O nome me chega como uma onda violenta, bagunçando todos os meus sentidos, entorpecendo tudo em volta. Olho ao meu redor. Quarto de hotel. É dia, porém as cortinas estão fechadas.

Lentamente me acalmo e tudo volta. Estivera sonhando com a fuga.

Ouço uma porta se abrir e me volto a tempo de ver Damon saindo do banheiro com uma toalha envolta do quadril e os cabelos molhados. Estou exausta, mas poderia passar horas acordada apenas para admirar essa cena. Ele me sorri o sorriso mais Damon possível, cheio de deboche e sensualidade, então desvio a vista.

Fico imóvel enquanto ele se aproxima, senta ao meu lado na cama e começa a puxar minha blusa para cima. Sinto o ar deixar meus pulmões, mas depois de um segundo de confusão me desvencilho e o olho com um cara incrédula, sem conseguir organizar as palavras claramente em minha cabeça. Ele provavelmente lê a bagunça em meu rosto e sorri, irônico.

– A bala ainda deve estar ai dentro. Quer me deixar te ajudar a tirá-la? Eu já tirei as minhas.

Não sei se deixo transparecer, mas meu ego se encolhe de vergonha. Começo a tirar a blusa, e uma fisgada corta meu corpo a partir da cintura. Ele segura meus braços e me faz deitar suavemente na cama, e o choque que seus dedos provocam em minha pele me faz tremer muito mais do que quando ele retira a bala.

– Pronto – ele se levanta e joga minha blusa e a bala fora. Ele vai até uma mesinha no canto do quarto e examina suas roupas. A blusa e a calça estão rasgadas e cheias de sangue. – Você trouxe mais alguma?

– Não – percebo que fiquei tão nervosa que acabei sendo relaxada com os detalhes.

– Bem, a noite saímos e procuramos algumas roupas e comida. Enquanto isso, você devia compartilhar os seus planos, ou seja, me contar o que vamos fazer depois daqui, ao invés de simplesmente me acordar durante a noite e me avisar para ter cuidado e não ser morto enquanto escapamos – ele se senta na cama ao meu lado e me olha de um jeito inquisidor. Reviro os olhos e caminho até a porta do banheiro. Ele me segura pelo braço e me impede de entrar. – Eu falei sério. Preciso saber o que você está planejando.

– Nós daremos um jeito – digo rápido e sem olha-lo.

– Você não tem um plano? – sua voz é incrédula e me faz pressionar as unhas contra a palma da minha mão para conter a raiva. Me solto e entro no banheiro, mas ele me segue antes que eu possa fechar a porta. Meus sentimentos dançam por meu corpo todo, e tentar controla-los me cansa e me irrita. Sentir Damon tão perto e saber que está semivestido me faz querer, ao mesmo tempo, esmurra-lo e beija-lo, e por mais que eu respire fundo, nenhum desses sentimentos se acomoda. – Pela primeira vez, Katherine Pierce não tem um plano e um contra plano já preparados. O que está acontecendo com você, Katherine? – ele ri, mas internamente me pergunto a mesma coisa. Ele está logo atrás de mim, sinto suas palavras contra meu pescoço. – Está perdendo o jeito?

– Ele ia nos matar – me viro pra ele e foco em seu rosto, pois se me distrair com seu corpo tão perto do meu, posso acabar esquecendo o que estou dizendo e errar minha mentira. – Ouvi uma conversa dele com... – Stefan! Havia me esquecido completamente do que ouvira. Daquela conversa repugnante. De como Klaus havia me... traído? – com alguém. Estavam discutindo como nos matariam. Precisávamos sair de lá. E... – por algum motivo o nome dele reluta em sair dos meus lábios – Klaus havia saído. Não podia esperar – Damon parece confuso, mas sustento meu olhar confiante.

– Ele podia estar pensando em me matar, mas não você – ele revira os olhos como se fosse óbvio.

– Também não acreditava, mas foi o que eu ouvi – minto.

– E arriscou sua fuga, sua vida, por mim? – ele ainda está incrédulo, mas eu o entendo, nem eu mesma reconheço essa Katherine.

– Poderia precisar de ajuda.

– Mas você não tinha um plano.

– Exatamente por isso.

Ele comprime os lábios, como se estivesse mentalmente analisando tudo que acabei de dizer. Suspiro alto e relaxo o corpo.

– Eu estou cansada. Vou tomar um banho e penso no que vamos fazer.

Faço menção de me mover e ele me segura pela cintura. Meu corpo queima. A pele dele contra a minha, nós dois parcialmente vestidos, longe de tudo e todos. Quantas vezes, durante essas semanas, eu não sonhei com isso? Ele passa a outra mão pelo meu rosto, e adrenalina corre por minhas veias, apagando todos os sentimentos, meu sangue esquenta e tenho que lembrar de não parar de respirar.

– Acho que eu nunca vou conseguir te entender... – ele segura meu queixo, como se me analisando. Olho para sua boca. Quero me jogar em cima dele. Ele aproxima levemente o rosto do meu, e sinto minha respiração pesada. Ele entre abre os lábios, e eu sei que vai me beijar. Mas então ele me solta e se afasta, me virando as costas e voltando para o quarto. – Melhor pensar em alguma coisa mesmo. Vou ver o que consigo fazer.

Fecho a porta do banheiro e entro embaixo do chuveiro. Uma cólera mortal aperta meu coração, e me abraço apertado, impedindo que as lagrimas escapem. Enquanto praguejo mentalmente sobre meu karma, um pensamento avulso, quase externo, me toma, tão forte que preciso me apoiar para não cair.

Isso é por tê-lo deixado.

E a imagem de Klaus sentado à minha frente com o pescoço sangrando e os olhos muito sérios. Minha promessa quebrada, meu voto desfeito. O medo dos olhos de Klaus se confunde com a frustração com Damon e já não consigo mais respirar. E enquanto a água quente do chuveiro cai em meu rosto e sinto tudo ficar um pouco turvo à minha volta, pela primeira vez, não sei por qual nome quero chamar.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!



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