Ordinary Girl escrita por MissLerman


Capítulo 32
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Então, último capítulo, e será o fim. Eu até tinha planos para continuar, mas vou me dar algumas "férias" por algum tempo. Mas saibam que não vou deixar o Nyah! para sempre, é só por um mes talvez, para que eu descanse minha mente. Enfim, boa leitura (:
P. S.: capítulo dedicado para meu maninho Fred, sem ele acho que não teria postado essa fic. Me inspirei nele para criar o Peter. Maninho, capítulo é todo teu, dyvo *-*



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– Acha que Peter já está nos esperando? - Charlie perguntou enquanto desembarcávamos no aeroporto.

– Talvez, mas você o conhece, certo? - digo rindo.

Depois de dois anos fora, Charlie e eu finalmente voltamos para Nova Iorque. Muita coisa mudou, nós dois mudamos, amadurecemos, entendemos o que é amar alguém e como as coisas podem se tornar fáceis quando você simplesmente descomplica tudo.

Depois de passar quase um ano na Suiça, Charlie ganhava melhor do que eu poderia imaginar. Ele ganhou um patrocinador e estava disposto a tentar as próximas Olimpíadas. E eu? Bem, digamos que estava feliz por meu namorado ter tido todo o sucesso que teve. Mesmo tendo largado a faculdade, o que deixou meus pais loucos, aprendi três línguas diferentes, espanhol, italiano e francês, e estava voltando para Nova Iorque para me tornar professora de Línguas. Poderia não ser o futuro que eu sonhara, mas parecia ser o certo para mim. Eu estava feliz, e era isso o que importava.

Estávamos procurando Peter, que estava a um ano de se formar. Meu irmão me contara em uma de suas inúmeras ligações que já havia pensado em pedir Claire oficialmente em casamento, só lhe faltava coragem. Quanto a minha amiga, Claire continuava com suas apresentações na Broadway, e, segundo os críticos, estavam cada vez melhores. Estava morrendo de saudades dela.

Aquele era o mesmo aeroporto pelo qual eu chegara dois anos atrás. O mesmo lugar onde esbarrei, acidentalmente, em um homem incrível, Frank. E, depois de minha última visita, nunca mais tive notícias dele. Mas esperava, do fundo de meu coração, que ele estivesse muito bem.

Charlie nunca se preocupou em perguntar sobre meus sentimentos com relação a Frank, para ele, o fato de eu tê-lo escolhido, foi a maior prova que ele poderia ter de que eu o amo.

Caminhamos até a entrada, onde meu irmão nos esperava. Estranhei um pouco seu rosto, Peter havia deixado a barba crescer e cortara o cabelo. Mas tinha o mesmo rosto de menino maroto que eu conhecia tão bem. Assim que o vi, sorri para ele e corri para seus braços. Peter também correu até mim e me deu um abraço, o melhor e mais apertado abraço que já recebera dele. Mesmo que tudo havia sido ótimo, eu senti saudades de meu irmão.

– Maninha, que saudades! - ele disse me soltando - Por que cortou o cabelo?

Peter pareceu indignado ao ver que meu cabelo estava bem mais curto do que normalmente era. Eu o cortei pela altura do ombro a poucas semanas. Apenas dei risada.

– Charlie, cuidou bem desta moça? - Peter disse tirando os olhos de mim e indo dar um abraço em Charlie.

– Cuidei como se fosse minha vida. - ele respondeu me lançando um sorriso.

Senti meu rosto corar e sorri de volta.

– Onde está Claire? - pergunto olhando em volta.

– Ela tinha ensaio hoje. E também, achei que seria uma ótima surpresa ela chegar em casa e te encontrar. - Peter me respondeu ajudando Charlie com as malas.

Caminhamos até o velho Camaro 78 de Peter. E este, não mudara nada. Uma onda de nostalgia tomou conta de meu corpo assim que me coloquei dentro do veículo. Depois de acomodar as malas no porta-malas, Peter pegou algo que estava no porta-luvas e foi até a janela do banco de trás, onde eu me encontrava encostada. Era um envelope branco, parecia ser uma carta.

– Deixaram isto para você semana passada. Não se preocupe, eu não abri. - Peter disse me entregando o envelope pela pequena abertura que havia no vidro.

Vi que Charlie me lançava um olhar curioso. Eu iria contar a ele o que havia naquela carta, porém mais tarde. A abri rapidamente e tirei de dentro dela uma pequena folha de caderno, dobrada quatro vezes para poder caber no envelope. Assim que estiquei a folha para lê-la, senti meu coração acelerar-se, reconheci a letra.

"Nina

Acho que já sabe quem é, certo? Bem, não tive mais notícias suas, e também não tenho te visto mais. Esta carta é somente para saber como você está. Sei que Charlie deve estar te fazendo muito feliz, você o ama e sei que vão ser muito felizes juntos.

Saiba que não guardo rancor algum, chego até a pensar que foi melhor assim. Pelo menos deste jeito, você não teria toda aquela invasão de privacidade que teria se estivesse comigo. Digo e repito, eu apenas quero te ver feliz. Acho que é isso o que acontece quando se ama alguém.

É, ainda é você, Nina. E não deixou de ser por um minuto sequer. Por isso estou feliz por você estar com Charlie, porque você está feliz. Depois de tanto tempo, penso que só tenho a te agradecer. E queria dizer que talvez um dia nós pudéssemos voltar a nos ver.

Um abraço

Frank."

Senti meus olhos lacrimejarem assim que terminei de ler aquela carta. Frank merecia a maior felicidade do mundo, e eu tinha certeza de que a mulher certa para ele ainda estava por vir. Mesmo vendo-o daquele jeito, não me arrependi em momento algum por ter optado ficar com Charlie. Acho que não merecia Frank.

E assim é a vida, uma série de escolha que nos levam para onde deveremos ir. As vezes esse final não é bem o que esperamos, e as vezes é até bom demais para ser verdade. Mas, como tudo na vida, tudo tem um propósito. Talvez nada aconteça por acaso. Conhecer Frank foi uma maneira de abrir os olhos para quem estava ao meu lado este tempo todo. Charlie. Talvez eu tivesse demorado mais tempo para descobrir o que sentia por ele, caso Frank não tivesse dado aquela "ajuda".

Tudo passa, não importa o quão bom ou doloroso seja o momento. Como um grande homem um dia disse, o tempo não espera por homem nenhum. Então o que nos resta é aproveitar cada momento como se fosse o último.

E, eu tinha certeza, aproveitaria todos os meus melhores momentos com aqueles que realmente amo. Sem mais.


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Notas finais do capítulo

Bem, é isso. Pessoal, hoje tem um outro motivo para vocês se alegrarem (ou não), hoje estou completando 16 aninhos. Velha, não? kkkkk E encerro aqui, com sucesso, mais uma fic. Talvez não tão boa quanto as outras, talvez melhor do que algumas que estão por vir. Mas saibam que é sempre um prazer inexplicável para mim poder escrever e compartilhar meus sentimentos com vocês. Beijo e NHAC, até a próxima fic :3