Desperate For Love escrita por Mare


Capítulo 2
Reflexões


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem... Boa leitura!



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POV Emily

Meu santo Deus. Connor Murray me deu seu casaco! Quando soltei sua mão, ele pareceu um tanto ofendido, mas depois entendeu. Tirei o sobretudo marrom, e o devolvi à Connor.

–Ah, já entendi. –ele disse, com uma cara de desapontamento. Mas não aceitou o sobretudo e vestiu-me com ele de novo.

–Connor Murray. –eu disse, em um sussurro.

–Por favor, não grite. –ele disse, rapidamente.

–Fica calmo, não sou sua fã. –ele arqueou uma sobrancelha. Continuei: - Não foi isso o que eu quis dizer. É que... Você é bem conhecido. Sua música é legalzinha, eu até gosto.

–Legalzinha? –ele repetiu, arqueando as duas sobrancelhas.

–Ah, você entendeu! –eu disse, com um sorriso fraco no canto da boca.

–Sim. Bem, acho que já vou indo. Se precisar de mim, eu moro em NYC. Só estou de passada aqui mesmo, para alguns shows.

–Mas e seu sobretudo?

–Pode ficar. Meu telefone está aí dentro, caso queira... Devolvê-lo um dia. –ele disse da forma mais sedutora possível.

–Ok. –eu disse, sem entender muito.

Então dei costas ao pop star e saí andando, com o sobretudo fechado, e meu salto. Porém, resolvi deixar meu buquê de rosas no banco.

Cheguei andando até a porta de minha casa, e uma multidão de familiares aguardavam lá.

–Onde você estava, Lily? –disse minha mãe, com cara de dó. Mas eu jurei que nunca mais queria ouvir esse apelido. Pois era assim que Josh me chamava. Lily.

–Mãe, você prometeu nunca mais me chamar assim. –eu disse, com dor na voz.

–Me desculpe... Eu tinha esquecido.

–Tá, agora caiam todos fora daqui. –eu disse.

–Josh estava certo. Nem eu iria querer casar com uma moça arrogante assim. –disse meu primo, Ryan. Minha mãe bateu em seu ombro, e depois lançou um olhar agonizante a mim.

–Eu já disse para caírem FORA! –então eu entrei na casa, e bati a porta com força. Nenhum dos meus parentes me incomodaram, e foram para casa.

Deixei meus saltos no hall de entrada, e pisei no carpete aquecido. Subi as escadas e me despi. Mas antes, retirei o número de Connor do sobretudo, e gravei na minha lista de contatos. E já aproveitei para bloquear o número de Josh, e excluí-lo para sempre de minha vida.

Tomei um longo banho, os cabelos louros insistiam em cair nos meus olhos. Sequei-me e vesti um pijama confortável. Deitei-me na cama, e coloquei em um dos canais de música. E Connor Murray tocava. O clipe de “Love” ao vivo.

Vi como ele paquerava as meninas da plateia, e como era bonito. Eu sabia alguns trechos daquela música, então os cantei como se não houvesse amanhã:

–Baby, you are everything to me! Can we dance until the sun rise? I promise that you will never regret, because I LOVE YOU, my darling…

Aumentei o volume da TV, de um jeito que pudesse ouvir do andar de baixo, na cozinha. Peguei o telefone, e disquei o número do restaurante Chinês local. Pedi alguns rolinhos primavera, e sentei no sofá à espera do entregador.

Vi como já havia esquecido Josh. Talvez ele nunca tivesse me amado de verdade. Talvez EU nunca tivesse o amado.

Mas esse “amor” era pressão dos meus pais. Com esse pensamento, fiquei um pouco aliviada de não ter aquele meloso do meu lado. “Lily, eu te amo. Pega um como d’Água pra mim?” “Lily, sua fofa, me traz um salgadinho?” “Lily, te adoro! Faz massagem nos meus pés?”

Pensando bem, ele REALMENTE se aproveitava de mim. Eu era sua noiva, não sua empregada!

Soltei um suspiro aliviado, eu estava solteira de novo! E isso quer dizer... Boate às sextas! Bares aos sábados! Churrascos aos domingos! E acompanhada de meus amigos que tanto senti falta.

Quando fiquei noiva de Josh, nos mudamos para Londres. Uma cidade bem entediante, devo dizer. É bem aconchegante, mas eu sinto falta das noitadas em Nova York. E já estou pegando um sotaque britânico que me faz parecer uma metida!

É isso. Está decidido. Vou voltar para NYC, e ninguém irá me impedir.

A campainha tocou, e o entregador me deu a comida Chinesa. Agradeci, e o paguei. A comida já havia esfriado, mas era desse jeitinho que eu gostava. Fria.

Acho que eu nunca vou me apaixonar de novo. Mas, como diz minha mãe: “Nunca diga nunca. É tempo de mais.”

Rio ao relembrar dessa sua frase. É meio clichê, mas quem disse que minha mãe é moderna?

Sinto que ela ama mais minha irmã do que eu. A santa e perfeita Charlotte Kane Keith. Ela é formada em medicina, e é podre de rica. Mas, avarenta como sempre, nunca emprestou um tostão à minha família. Acho que é por isso que minha mãe a admira tanto. Ela não abre mão das coisas tão facilmente. Já eu, sou mais solta que Charlotte. Eu sei aproveitar a vida. Mas de um jeito... Selvagem, digamos assim.

Meus amigos de NY aprontam cada uma. Ora, ainda temos 23 anos, e somos jovens! Não sei aonde enfiei minha cabeça quando aceitei me casar com aquele traste. Aceitei largar mão da minha cidade querida, dos meus amigos loucos, dos meus ficantes secretos, do meu emprego... De tudo que eu mais amava.

Eu sei que Josh não me amava. Só queria ser meu marido por causa de sua mãe, a socialite Heloíse Duerre, uma interesseira! Só queria roubar minha família, eu sei.

Terminei os rolinhos primaveras na minha cama, e fiquei vendo o especial de clipes de Connor Murray.

Algo me dizia que ele não iria demorar pra dar sinal de vida à minha procura tão cedo.



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Notas finais do capítulo

Se lerem a fic, deixem reviews! Obrigada :) xoxo.



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