– Capítulo Vinte e Seis –

Família Parte Dois

Quando Draco avistou sua mãe, seguiu logo em direção a ela, ele pegou a sua mão como de costume e a beijou.

- Como vão as coisas? – Draco perguntou já caminhando para a saída da estação.

- Você deve saber que não muito bem. – disse a Sra. Malfoy – Parece que está desafiando o seu pai.

- Eu não quero desafiar ninguém. – disse Draco firme – Só quero fazer as minhas próprias escolhas.

- Querido. – disse a Sra. Malfoy – Eu também quero que faça as suas escolhas, embora eu não quisesse um casamento por contrato, Astória parecia perfeita.

- Eu também achava isso até conhecer a Gina. – disse Draco, nenhum dos dois estava alterado, enquanto conversavam.

- Você a conheceu anos atrás no Beco Diagonal. – disse ela – Porque agora? Sei que ela foi namorada do Potter, você não está fazendo isso para aborrecê-lo está?

- Acredite, eu quero distância do Potter. – disse Draco cansado – Mas as coisas simplesmente aconteceram, eu não pude controlar.

- Você realmente gosta dela? Está preparado para apresentá-la? – perguntou a Sra. Malfoy aflita.

 Draco parou para encarar sua mãe.

- Estou absolutamente certo disso.

A Sra. Malfoy respirou fundo e sorriu.

- Então vamos enfrentar a fera. – disse ela abraçando Draco pela cintura, Draco passou o braço pelos seus ombros, e os dois entraram em um beco fora da estação e desaparataram.

Aparataram em seguida no jardim da mansão Malfoy e caminharam juntos para dentro da mansão, imediatamente um elfo os recepcionou.

- Jink deseja ao Sr. Malfoy uma boa vinda. – disse ele fazendo uma reverência.

- Leva a minha mala para o meu quarto. – ordenou Draco sem nem ao menos olhar para o elfo.

- Com prazer Sr. Malfoy – disse Jink abraçando a mala e desaparatando com um “plock”.

- Seu pai está no escritório querido. – disse a Sra. Malfoy ficando na ponta dos pés para lhe dar um beijo no rosto.

Draco assentiu e seguiu em direção ao escritório, bateu uma vez e entrou em seguida sem esperar resposta. Seu pai estava sentado em sua escrivaninha analisando alguns pergaminhos.

- Lúcio. – disse Draco quando entrou.

- Essa é a hora em que você me chama de pai e corre para me dar um abraço, e diz o quanto sentiu a minha falta. – disse Lúcio sarcástico.

- Isso não vai acontecer aqui Lúcio. – disse Draco se sentando em uma cadeira de frente a ele.

- Enfim. – disse Lúcio voltando à atenção para os pergaminhos – Quer me explicar essa palhaçada que saiu no jornal?

- Não sabia que interferir em favor de uma dama seja palhaçada. – disse Draco dando de ombros.

- Você sabe do que estou falando. – disse Lúcio ainda lendo os pergaminhos – Desistir de Astória foi a pior coisa que fez.

- Desculpe, mas, foi Astória que terminou tudo. – disse Draco naturalmente – E sem me avisar, o senhor não acha que foi deselegante da parte dela?

- Ela provavelmente estava se sentindo humilhada por ter sido trocada por uma...

- Uma? – incentivou Draco.

- Plebeia. – terminou Lúcio desgostoso.

- Não sabia que éramos da realeza. – disse Draco se fazendo de confuso – Posso fazer parte do parlamento?

- Não se faça de idiota Draco! – disse Lúcio irritado jogando os pergaminhos na mesa e se levantando. – Você queria me atingir, ótimo, me atingiu agora você pode parar com isso e ir atrás da sua noiva.

- Isso não é uma brincadeira! – alterou-se Draco também se levantando para encarar seu pai – Gina Weasley é a minha namorada quer você queira ou não, e ela virá pra cá amanhã passar uma noite adorável com nossa família e amigos. Entendeu?

- Não vou aceitar essa garota na minha casa. – vociferou Lúcio.

- Você não tem escolha. – disse Draco no mesmo tom – E ela virá e será tratada como merece.

- Não me desafie. – disse Lúcio entre os dentes.

- Você é quem está me desafiando. – disse Draco irritado.

- Nossa família será envergonhada! – esbravejou Lúcio.

- Nossa família já foi envergonhada quando você resolveu se tornar um maldito comensal da morte!

Lúcio ergueu a mão para dar um tapa em Draco, porem este o segurou com uma das mãos.

- Se fizer isso. – desafiou Draco – Serei obrigado a devolver.

- Sou seu pai. – disse Lúcio entre os dentes.

- E eu sou o Draco. – rebateu ele.

- Chega vocês dois! – A Sra. Malfoy entrou de repente encarando cada um assustada – Dá pra ouvir os seus gritos do jardim.

- Seu filho está me desafiando. – disse Lúcio sem tirar os olhos de Draco.

- Seu marido acha que nessa casa impera a monarquia. – disse Draco também sem desviar de Lúcio.

- Draco vá para o seu quarto. – pediu a Sra. Malfoy com a feição cansada – Descanse antes do jantar querido.

Sem dizer nada Draco deixou o escritório batendo a porta com força.

- A garota virá. – disse a Sra. Malfoy autoritária – Já mandei preparar um quarto pra ela.

- Ele quer me aborrecer. – argumentou Lúcio.

- Não importa quais as intenções de Draco. – disse ela firme – Ela virá e ponto.

- Como você pode confraternizar com isso Narcisa? – perguntou Lúcio irritado.

- Quero apenas apoiar o meu filho. – disse Narcisa – O apoio que não foi dado quando ele mais precisou.

- Tenho certeza que ele vai se cansar dela. – disse Lúcio se acalmando – Da mesma forma que se cansou das outras, vai levá-la pra cama e depois jogá-la fora. Como vão levá-lo a sério para me substituir se ele não faz por merecer Narcisa?

- Não me interessa se ele vai brincar com a garota ou não. – disse Narcisa firme – Draco não é mais um garoto Lúcio.

- Então ele deveria agir como um homem. – disse Lúcio se afastando da esposa e indo até a mesa de bebidas – Se Draco não deixá-la vou dar um jeito de ela deixá-lo.

Narcisa estremeceu, ela conhecia bem aquele tom, Lúcio faria da vida da garota um inferno, e pelo pouco que ela sabe de Gina, pois, Narcisa mandou investigar a sua vida depois do que saiu no jornal, Narcisa sabia que Gina não era nada boba, essa seria uma verdadeira guerra, então que os jogos comecem.