Danika POV

                O Louis teve a brilhante ideia de jogarmos Verdade ou Consequência. Logo agora que todos os casais estavam zangados uns com os outros.

                - E se jogássemos aquele jogo que aprendemos no Brasil, Louis? – Disse a Eleanor, tão louca como o seu namorado.

                - Qual? – Perguntou ele, confuso.

                - Aquele que eles chamam de Sacanagem. – Disse ela e piscou o olho ao seu Boobear.

                - OHH! SIM, SIM, SIM! JÁ SEI! És um génio, Els! – Disse o Louis e nós rimos com a sua reação. – Então é assim pessoal, arranjamos uma garrafa qualquer e rodamos. A pessoa que ficar com a base da garrafa voltada pra si, lança o desafio, e aquela que ficar com a boca dela virada pra si, faz o desafio. Não há regras a não ser: não podem recusar-se a fazer o desafio proposto. – Explicou o Lou.

                Merda, merda, merda. Isto vai dar merda! Louis e Eleanor, não podiam ser… sei lá, menos loucos? A sério, se bem os conhecia – e eu achava que os conhecia – aquilo ia dar porcaria.  O Louis foi buscar a garrafa à cozinha e sentámo-nos todos num círculo no jardim traseiro da casa, onde tínhamos espaço e ninguém nos veria. Assim era melhor, caso o Louis tivesse uma ideia mais louca do que deveria.

- Nialler! – O Louis gritou o nome do meu melhor amigo depois da garrafa girar e calhar neles os dois.

                - Lou! – Respondeu o Niall, nervoso.

                - Então, irlandês, diz-me lá. Tens preferência no desafio? – Perguntou o Louis com um sorriso maroto.

                - Bem, sim… - Começou o loirinho.

                - Ainda bem que não, irlandês. Desafio-te a… hum… cantares para a Curly. Uma música à tua escolha. Mas tens de cantar. – Disse o Louis.

                Olhei para o Niall e podia sentir o pânico dele. O pobrezinho parecia uma barata tonta de tão assustado que estava. As coisas entre ele e a Inês estavam tudo menos bem e eu podia apostar no quão inseguro o Niall se sentia. Ele levantou-se e foi pegar na guitarra e eu reparei que todo ele tremia.

                - Boa sorte melhor amigo! – Desejei quando ele passou por mim com a guitarra. Ele sorriu, nervoso e meteu-se à frente da Inês, respirando fundo três vezes antes de começar a cantar.

                And I, I think you’re from another world,

and I, I couldn’t love another girl

Cos you, you make me feel like I’m intoxicated, toxicated

To the sky, flying high, take me to the moon

Day or Night we don't have to say a word

Coz you make me feel like I'm Intoxicated, Toxicated

Your eyes like a shot of whiskey

Warms me up like a summer night

Can you tell that I need you with me

Let me drink you down tonight

No, I don't just want any pretty face

Wanna wake up next to yours each day

Babe, I want you be my saving grace tonight, tonight

With you we could be the only ones here

Coz I think you're from another world

And I, I couldn't love another girl

Coz you, you make me feel like I'm Intoxicated, Toxicated

OOOOOOOOOOWN, digam lá que o meu melhor amigo não é um fofo para a menina dele?! Olhei para aqueles dois. A Inês de lágrimas nos olhos e o Niall com as mãos a tremer ainda. O loirinho voltou para o seu lugar na roda e rodou a garrafa. Apontou para o Niall e para mim. Por favor, melhor amigo, não sejas cruel!

- Nikky! – Exclamou ele, sorrindo malicioso. Fudeu!

- Oi, anjo. – Ri, escondendo o meu nervosismo.

- Então, Grega… desafio-te a… deixa ver… cantar na frente de todos. – Disse ele, sorrindo.

E nesse momento eu odiei o meu melhor amigo. Ele sabia que eu detestava cantar em público. Tinha vergonha e ficava super nervosa. Já para não falar que eu cantava mal pra caramba, ao contrário do que ele dizia.

- Niall, eu não vou cantar. – Disse eu, determinada, olhando ameaçadoramente para o meu anjinho loiro.

- CANTA, CANTA, CANTA! – Gritaram todos, incentivando-me. Idiotas. Quando é que aquilo tinha resultado? Ok, resultou agora.

- Fixe. – Revirei os olhos.

Baby you light up my world like nobody else

The way that you flip your hair, gets me overwhelmed

But when you smile at the ground it ain’t hard to tell

You don’t know oh-oh, you don’t know you’re beautiful

If only you saw what I can see

You'll understand why I want you so desperately

Right now I'm looking at you and I can't believe

You don't know oh oh

You don't know you're beautiful oh oh

But that's what makes you beautiful

Parei de cantar, achando que aquilo mais parecia um karaoke que um jogo de verdade ou consequência ou de Sacanagem, como lhe chamaram. Já para não falar que estes desafios estavam muito fraquinhos. Quando todos bateram palmas, eu lembrei-me do que tinha feito. Se calhar, os desafios não eram assim tão fracos, afinal, o meu maior medo era cantar à frente dos meus amigos ou fosse de quem fosse… Já para não falar que este jogo mais parecia um musical!

- Cantas bem, vês? – Disse o Niall com um sorriso.

Ignorei-o, ainda envergonhada, e rodei a garrafa.

- Inês! – Gritei quando a garrafa parou apontada para nós as duas. Eu estava a ter sorte.

Inês POV

Quando o Niall cantou para mim… não sei… Era como se só nós dois estivéssemos presentes e os outros se tivessem evaporado. As lágrimas vieram aos meus olhos à medida que a sua voz de anjo soava à minha volta. Quando ele se levantou, vi as suas mãos tremerem. Ele estava nervoso? Porquê? Tinha medo que eu me passasse e o mandasse à merda por ter cantado pra mim? Nunca. Seria impossível eu zangar-me com ele por cantar pra mim, especialmente quando aquela vozinha de anjo me deixava – como diz a música – intoxicada de tão dormente que eu ficava só de a ouvir. Já disse que ele parece um anjo e soa como um?

Ouvi a Danika cantar mas parecia estar distante. Estava concentrada nos meus pensamentos com o Niall. Já sabia que ela sabia cantar e… honestamente? Pensar no Niall era tão bom… Por mais que ele me tivesse traído, eu sentia saudades dele, do seu toque, dos seus beijos, de tudo… Ele era especial, sabem? Sempre disse às meninas que ele era o rapaz que me ia salvar da minha baixa auto-estima. Sempre disse que seria ele que me ia fazer sentir bonita, especial, amada. E estava certa. A primeira vez que me senti assim, foi com ele. O meu primeiro beijo, as minhas primeiras borboletas na barriga daquela maneira mesmo intensa, aquele choque elétrico que percorria o meu corpo… aconteceu tudo pela primeira vez com ele.

- Inês! – Gritou a Danika, despertando-me dos meus devaneios. Olhei pra ela, confusa, até que olhei para a garrafa e… fudeu!

- Sê gentil, Nikky. – Pedi, a medo.

- Oh, vou ser. – Ela sorriu maliciosa. – É muito simples. Desafio-te a beijares o Niall.

O quê?! Não! Não. Não ia beijar o Niall. Não depois de ele ter beijado outra, não depois de ele me ter traído. Não. Por mais que eu o amasse, eu não o ia beijar. Mas eu queria, eu juro que queria.

- Não vou beijar o teu melhor amigo, Nikky. – Disse firmemente, sentindo-me uma criança por me recusar a dizer o nome dele ou sequer olhar para ele. Conseguia sentir o seu olhar posto em mim e a minha cara a queimar. Devia parecer um tomate.

- Ai vais, vais. É essa a regra. – Disse ela. Que má, caralho! Ela sabia que eu e o Niall estávamos mal, porque é que ela fez isto?!

Suspirei, derrotada. Já sabia que se me recusasse a fazê-lo teria toda a gente a obrigar-me e a falar que “era a regra” e mais sei lá o quê e não tinha paciência. Mais valia acabar com aquilo. Virei-me para o Niall, vendo aqueles olhos azuis a brilhar enquanto fixavam bem nos meus castanhos. Encostei os meus lábios aos dele e afastei-os logo mas esse selinho foi o suficiente para uma carga elétrica descer pelo meu corpo, fazendo-me desejar por mais. Eu queria voltar a beijá-lo. Desta vez com mais intensidade. Porque eu tinha saudades dele. Eu nunca iria admitir isso, pelo menos não até ele me vir pedir desculpas e provar que não me tinha traído, mas eu tinha saudades de poder chamar-lhe de meu.

- Isso não foi um beijo. – A Danika revirou os olhos.

- Vai ao Google, Nikky, é considerado um beijo, sim? – Pisquei o olho, irritada. Não queria estar naquela situação, em que não sabia como raio haveria de agir.

Rodei a garrafa e calhou na Els e na Bea. Ui, isto ia ser interessante!

Bea POV

A garrafa girou depois do selinho da Inês com o Niall e parou exatamente em mim e na Els. Puta que pariu, tenho uma sorte do caraças. Calha-me logo a louca da namorada do melhor amigo do meu namorado (n/a: espera aí que eu já me confundi toda o: ) para me lançar o desafio.

- Hazel do meu coração, vou ser direta. Desafio-te a dançares para o Hazza. E tens de terminar a dança com um beijo. E o beijo não vai ser um selinho. Quero ação. – Disse a Els, sendo direta.

- Não vou fazer isso quando ele está amnésico! – Respondi. Aliás, não o iria fazer nunca, muito menos quando eles estivessem todos a ver.

- Vais sim. É a regra. Hazza, importaste? – Perguntou a Eleanor a olhar para o meu menino de olhos verdes. Ele corou ligeiramente.

- Não, não importo. – Respondeu, olhando para mim.

Suspirei. Será que não havia ninguém para me defender? Quero dizer, eu nem sei dançar! Que se lixe, vou fazer os passos de dança dos 1D e dos Inbetweeners. Stop the traffic! Let ‘em through. Inbetweeners dance go! O pessoal ria-se todo das minhas figuras a dançar mas, que importa? Estava a divertir-me. Quando cheguei ao fim da dança, hesitei. Estava na hora de beijar o Harry. Mas eu não sei se tinha coragem… Acho que não tinha…

- Despacha-te Beatriz. – Disse a Els e eu não sabia se havia de ficar zangada por me ter chamado Beatriz ou se havia de rir pela maneira como ela dizia o meu nome com aquele sotaque britânico adorável.

Beijo, não beijo? Oh foda-se, que é que eu faço? E se ele me tiver mesmo esquecido? E se ele não gostar mais de mim? Ele está amnésico, porra! É como se tivéssemos voltado ao início quando eu ainda só era uma fã com sorte de o ter conhecido. Vá, Bea, despacha logo isso. O máximo que pode acontecer é que ele te mande ir embora… e beijei-o.

Harry POV

Saímos do hospital e fomos para a minha casa, segundo eles, e fomos recebidos com uma festa surpresa mal-arranjada por ter sido feito à pressa. Ainda assim, eu gostei. A Hazel contou-me quem namorava com quem e o porquê de estarem todos chateados uns com os outros entre os casais e disse-me que o Louis e a Eleanor eram os mais loucos do grupo. Nunca pensei é que eles fossem loucos o suficiente para meter o Niall a cantar para a Curly quando ele a tinha traído. Ou algo do género. Estariam com vontade de morrer às mãos da Curly? Mas, no final, ela ficou emocionada e não fez nada a não ser ficar calada e distraída o jogo todo até ser a sua vez. Nem bateu palmas quando a sua amiga, a Nikky, cantou. E olhem que ela cantou muito bem. Eu acho que conhecia a música que ela tinha cantado… mas de onde? Bem, adiante. A Nikky também provou ser louca, pois mandou a Curly beijar o Niall. A sério, eles querem todos que a rapariga os mate, não querem? Dava para ver o quão chateada ela ficou depois disso. E agora, a Hazel estava a dançar para mim da maneira mais engraçada possível. Não me interpretem mal, eu estava babado a olhar para ela – ela era linda, magnífica, perfeita – mas a dança era realmente hilariante. Quando ela acabou de dançar, olhou para mim hesitante. Qual era o problema?

- Despacha-te Beatriz. – Disse a Eleanor.

E, após alguns segundos de hesitação, ela beijou-me. Não foi daqueles beijos intensos. Foi calmo, inocente mas com alguma urgência, como se ela há muito esperasse por fazer isto – e imagino que assim fosse – e eu podia sentir o que ela sentia, tudo naquele beijo. Lembrei-me de como foi quando nos conhecêramos na festa que o Niall tinha organizado. Ela chamou-me logo à atenção de entre as miúdas… Ela era a mais bonita para mim. E o que me espantou mais na altura, foi o facto de ela ser mais nova que eu. Eu gosto sempre de mulheres mais velhas. Lembrei-me quando no restaurante ela e as miúdas mandaram a Caroline embora, tinha mesmo ficado espantado com isso, elas comportaram-se como se fôssemos amigos de longa data. E nessa noite, eu vira um filme agarrado a ela na nossa sala e dormira com ela no meu quarto. Lembrei-me também do nosso primeiro beijo, da maneira como me senti ao tocar nos seus lábios, que tanto desejava, pela primeira vez. ESPERA!? Eu lembrei-me?! Quebrei o beijo, afastando a Bea, incrédulo. Ela olhou para mim magoada. Foda-se. Ela já iria compreender.

- Eu lembrei-me. – Anunciei, rindo. – Eu lembrei-me, pessoal! Eu lembrei-me!

Todos me olhavam espantados. Ora, merda, será que não acreditavam em mim? Olhei para a Hazel. Por favor, ela tem de acreditar em mim…

Bea POV

O Harry lembrou-se? Como assim? Se ele se tivesse lembrado, não me teria afastado do beijo daquela maneira. Quero dizer, se calhar teria, afinal, o choque das lembranças devia ser enorme. Ele lembrou-se de mim?

- Eu lembro-me, Bea. Pedi-te em namoro na praia e, quando estávamos a voltar para casa, tu molhaste-me e eu corri atrás de ti e caímos um em cima do outro e eu beijei-te. Reclamaste imenso porque ficaste cheia de areia mas disseste que me amavas. – Disse ele a olhar-me nos olhos que eu aposto que já estavam marejados. Virou-se para a Adriana – Lembro-me de quando fomos os dois sair com o Louis, numa saída de melhores amigos, e tu foste contra aquele poste. Ficámos horas a gozar contigo. E o Liam ficou super preocupado quando soube e quase nos bateu por termos gozado contigo. – Agora virou-se para o Niall – e tu, quando conheceste a Curly, não paravas de falar sobre como ela era perfeita mas não tinhas coragem para a convidar. Danika, tu quando defendeste o Alex e o Luís quando nos apresentaram por eles serem gays e vocês quererem que os respeitássemos. Curly, tu quando fizemos aquela festa surpresa nos teus anos e tu quase morreste de susto e, vá-se lá perceber porquê, mas deste-me porrada a mim.

- Isso foi porque tu foste o que gritaste mais alto. – Disse a Inês a rir.

- A Els, ainda me lembro quando te apresentei ao Lou. – Disse o Harry, ignorando a Inês. Ele não a ignorou, ele deitou-lhe a língua de fora e mais nada, mas faz de conta que a ignorou. – O Liam sempre a avisar-nos do próximo concerto, ensaio, sessão de autógrafos, tudo o mais. Pra quê uma agenda quando te temos a ti? – E nós rimos – Alex e Luís, vocês na festa da Inês estavam loucos. Acho que beberam uns copinhos a mais. Louis, a ti nem sei. Todos os momentos homossexuais que tivemos, à frente das câmaras e longe delas. És o meu melhor amigo. Temos de compensar estas últimas noites que dormimos separados, Boobear. – O Louis riu com lágrimas nos olhos. – Zayn, tu quando andavas com dúvidas entre a Perrie e a Nikky e passavas horas na casa de banho a falar com o teu reflexo que nem um maluquinho. Já passavas pouco tempo na casa de banho, então nessa altura, ui. - Rimos - E a música que a Nikky cantou... foi o nosso primeiro single de todos! Eu lembro-me de tudo, pessoal.

Ele olhou para mim, com um brilho especial nos olhos, e aproximou-se, entrelaçando os seus dedos nos meus e puxando-me pela cintura, como sempre fazia antes de perder a memória. Beijámo-nos, fazendo uma carga elétrica percorrer o meu corpo. Já disse que amava quando ele me tocava? Já disse que sentia que ele era o tal?

Adriana POV

O meu melhor amigo lembra-se de mim! AAAAAAAAAAAAH, yes! Aw yeah, baby, let’s boggie! Okay, não. Ahahah. Meu deus, mas o meu melhor amigo lembrava-se de mim! A minha vida estava cada vez melhor. Apeteceu-me abraçá-lo mas achei melhor deixá-lo a matar saudades com a Bea que eu sei que ela já estava a morrer por não poder tocar-lhe.

- Melhor amiga, não comas o Harry aqui, arranja um quarto. – Disse o Zayn com um sorriso maroto.

E a Bea puxou o Harry, enquanto o beijava, para dentro de casa.

- EPAA, ELE ESTAVA A BRINCAR, DEIXA LÁ O MEU MELHOR AMIGO AQUI, SE FAZES FAVOR! – Gritei, indignada. Olha agora, a levar o meu melhor amigo pra longe de mim antes de eu o abraçar? AQUI OH! .l.

O pessoal riu e a Bea afastou-se do meu melhor amigo, sorrindo a olhá-lo. Ele sorriu-lhe, beijou-lhe a testa e virou-se para mim.

- Anda cá, baixinha. – Disse ele, abrindo os braços e eu corri para ele. – Tinha saudades tuas, Drikinha. Apesar de não me lembrar de ti. – Riu.

Já disse que os braços dele são tipo a coisa mais segura que existe? A sério, nunca me senti tão segura nos braços de ninguém, nem do Liam, como me sentia nos braços dele. Ele era o meu melhor amigo, o meu irmão de outra mãe. Tinha tantas saudades de estar com ele… A sério, nunca pensei ter tantas saudades daquele atrasado, mas tinha. Não sei quanto tempo ficámos assim em silêncio mas pareceram horas. Não importava, ali arranjava o conforto que precisava depois de ter acabado com o Liam. Precisava do meu melhor amigo mais do que tudo naquele momento e agora era-me possível tê-lo porque ele lembrava-se de mim…

- LARGA O BIFE, ADRIANA! – Gritou o Louis, fazendo-me rir. – OLHA QUE EU ESTOU COM CIÚMES. HARRY, NÃO ACREDITO QUE ME TROCASTE! – E fingiu chorar, agarrado à Els que o consolou a rir.

- Oh, Lou, junta-te a nós, Boo. – Disse o Harry com um sorriso.

O Lou correu pra nós, quase nos fazendo cair, e ficámos ali mais um tempão naquele abraço de melhores amigos. Aos poucos, o pessoal juntou-se no abraço e aquilo já parecia uma bola humana. Credo, e estava calor ali no meio!

- PAA, PÁREM DE SUFOCAR A ADRIANA E O LOUIS QUE ESTÃO AÍ NO MEIO, SUAS BESTAS DESNATURADAS. – Gritou a Nikky a rir.

Quando nos afastámos todos, reparei que ela não tinha ido para o abraço e que estava encostada ao Zayn que a abraçava pela cintura por trás. Ui, avançou muito aquilo.

- Obrigada, Nikky, já estava a sufocar. – Agradeci a rir.

- Bem, e agora estragaram o jogo. – Disse o Louis fazendo beicinho.

- Que se lixe o jogo, tenho fome. Vamos encomendar pizza! – Disse o Niall. Claro, quem mais poderia ser?

Nós rimos todos e entrámos em casa. Agora que estava afastada do Harry, que ia mais à frente com a Bea, o Liam não me saía da cabeça. E para ajudar, ele veio meter-se mesmo ao meu lado quando me sentei no sofá. Com tanto sítio pra se sentar, teve logo de se sentar ao meu lado?

- Drika, passa lá o comando, se faz favor. – Pediu o Alex, de mãos dadas com o Luís noutro sofá.

- Vem cá buscar, urso. – E deitei-lhe a língua de fora.

- Por favor? – Disse ele, fazendo beicinho.

Bufei, fingindo-me irritada, levantei-me e dei-lhe o comando, aproveitando para me sentar noutro sofá longe do Liam.

- Merci, princesa do mau-humor. – Foi a vez do Luís falar. Eram muito caladinhos mas quando falavam só diziam merda. AQUI OH! Ah, mas eu amo-os. São os gays mais fofos que eu conheço.

- De nada, bicho. – Respondi a rir.

O Liam levantou-se do sofá onde estava e veio sentar-se a meu lado novamente. PUTA QUE PARIU, MAS DÁ PRA ME DEIXAR EM PAZ? TEM COMO?! Olhei para ele irritada e, muito rapidamente, ele beijou-me levemente os lábios. Belisquei-o até ele se afastar, coisa que não tardou a acontecer.

- Au! Pra que é que foi isso? – Perguntou ele, coçando o sítio que lhe doía.

- Pra aprenderes a não me beijar sem autorização quando estamos chateados. – Respondi, olhando para todo o lado menos para ele, pois a minha vontade era beijá-lo de novo.

- Correção: quando tu estás chateada. Drika, ouve-me, por favor. É de ti que eu gosto. Estou em pânico só de pensar que te perdi porque eu não te quero perder. Eu preciso de ti para ser feliz. A Danielle é só a minha melhor amiga, eu juro. – Disse-me.

- Então porque é que deste um murro ao Oliver?! – Perguntei, irritada, esquecendo-me completamente do Alex e do Luís que estavam ali a assistir à nossa discussão.

- PORQUE ELE DISSE QUE SÓ ESTAVA COM A DANI PARA A COMER, PORRA! E eu contei à Danielle e ela não acreditou em mim. Eu só quis proteger a minha melhor amiga, foda-se. Porque é que não acreditas em mim?! – Perguntou ele, exaltado. Nota: se o Liam diz asneiras ou algo do género, a porra ficou séria.

- AS PIZZAS CHEGARAM! – Gritou o Niall aos nossos ouvidos. Maldito irlandês, ia-me deixando surda. E saltou por cima do nosso sofá sentando-se mesmo no meio de nós, interrompendo assim a nossa conversa. Não sabia se havia de lhe agradecer ou de o mandar embora. Afinal, será que o Liam estava a dizer a verdade?