ANTES DE TUDO, QUERO DIZER UMA COISA MUITO IMPORTANTE, POIS PELO MENOS AQUI EU SEI QUE VOCÊS VÃO LER MAS SE EU ESCREVER NAS NOTAS FINAIS OU INICIAIS VOCES IGNORAM.

Digam-me... Como é sentirem que o vosso idolo ficou tão magoado com as atitudes das suas supostas fãs que virou as costas a uma rede social por receber hate de todos os lados? A sério, isto precisa de correr o mundo : ELE É HUMANO! É uma pessoa normal tal como eu ou tu que estás a ler isto neste momento. Lá porque é famoso não quer dizer que não tenha sentimentos ou fucking livre-vontade. Minha deusa, eu nem sei o que se passa pelas cabeças das directioners quando o atacam juntamente com os haters quando o dever das directioners é APOIÁ-LOS A TODOS NO MATTER WHAT! Não digo que são todas a comportar-se assim porque sei que não são mas foda-se, esta fandom precisa de ganhar juízo!

Ok, já descarreguei todas as minhas frustrações aqui - onde ninguém liga nenhuma a uma miúda revoltada - portanto vamos lá à história. Aviso aqui que este capítulo será à volta da inês e da Bea. ENJOY, GODDAMMIT!

Bea POV

Harry... Meu deus, como é que isto pôde acontecer? Num segundo eu estava a passar a estrada e no outro o Harry estava a ser atropelado depois de me empurrar pra me salvar. Eu bem estranhei que ele não estivesse do meu lado quando comecei a passar a passadeira mas.... não havia carro nenhum a vir na nossa direção... Como é que aquilo aconteceu? E agora estava sentada, com a cabeça deitada na sua cama de hospital, a olhar para o seu rosto cheio de ligaduras e negro por causa dos hematomas. Sabem a dor que se sente depois de se levar um tiro? É... Eu também não sei mas posso imaginar e afirmar que a dor que sentia ao ver o meu menino ali deitado naquele estado era bem pior que levar um tiro.

– Harry... volta pra mim... - Chorei baixinho, fazendo-lhe festas nas mãos.

O pessoal tinha todo saído, deixando-me sozinha com ele naquele quarto de hospital. Não é que me importasse, entendem? Assim podia chorar à vontade e ter ataques de pânico à vontade... mas dava em louca com o silêncio que era apenas interrompido pelos sons das máquinas que estavam ligadas ao meu namorado. Queria o Liam ali... eu e ele tinhamo-nos tornado amigos muito próximos neste mês e eu podia afirmar que ele era como um irmão para mim... E eu precisava dele ali agora... mas nunca lhe iria pedir isso, muito menos agora que ele andava com pouco tempo pra estar com a Adriana e este era um dos poucos momentos em que eles estavam juntos. Então eu estava ali sozinha... a elouquecer sozinha... vá lá, Harry, acorda, volta pra mim...

– Desculpe, menina? Precisamos que saia pra podermos fazer exames ao Senhor Styles... - Disse uma enfermeira, tocando-me no ombro, e lançando-me um olhar de pena ao ver os meus olhos inchados do choro quando virei a cara para ela.

– Claro... mas depois posso voltar? - Perguntei rouca.

– Sim. - Sorriu simpaticamente.

Saí e aproveitei para comer qualquer coisa. Já não comia desde manhã e já tinha anoitecido há umas boas duas horas... ou será que foi mais tempo? Nem sei... A culpa consumia-me tanto que eu nem sabia... Se eu não tivesse atravessado a estrada, o Harry não estaria naquela cama em coma, mesmo que este tivesse sido induzido. Não, Bea, esquece isso por agora. Come. Fui até uma máquina de snacks e tirei um bolinho e um chocolate crunch. Tinha falta de açúcar no sangue, já para não falar que eu era muito gulosa e não tinha fome suficiente para comer algo mais elaborado.

#Flashback ON#

– Harry? Harry, por favor, acorda... - Implorei quando cheguei perto dele.

Ele estava inconsciente no chão, a boca semi-aberta e uma poça de sangue a formar-se debaixo dos seus cabelos encaracolados.

– Oh meu deus! Peço imensas desculpas, eu não estava a olhar, oh meu deus! Como é que ele está? Oh meu deus, desculpe-me! - Tagarelou a condutora do maldito carro.

– Cale a boca e chame uma ambulância. AGORA! - Gritei. Nem parecia eu a falar... eu não era assim agressiva... mas o pânico de que ele estivesse gravemente ferido tomou conta de mim e eu não conseguia controlar nada em mim, nem as lágrimas que caíam da minha cara para a sua.

Ouvi a mulher ligar para a ambulância enquanto eu abraçava a cabeça inerte do meu Harry contra o peito, soluçando. O que é que eu iria fazer se ele se fosse?

#Flashback OFF#

A lembrança do que aconteceu arrepiou-me e fez com que mais lágrimas se formassem nos meus olhos. Como é que isto pôde acontecer-lhe? Logo a ele... Por favor, meu deus, deixa-o voltar para mim...

#Flashback ON#

– HARRY! Está quieto! - Disse eu, entre gargalhadas.

– Nã-nã, só depois de admitires que eu sou muito sexy. - Disse ele, com um sorriso ainda a fazer-me cócegas.

– Os meus pais ensinaram-me a não mentir. - Disse eu, quase sufocada de tanto rir.

– Parece que gostas mesmo de cócegas. - Disse ele, com um sorriso maroto.

– NÃÃÃÃÃÃO! PRONTO, OK, OK! JÁ CHEGA, ÉS SUPER SEXY, PÁÁÁÁRA, HARRY! - Disse eu, rindo. Ele finalmente parou e beijou-me.

– Assim está melhor. Amo-te, minha Hazel. - Disse ele sorrindo.

Olhei para ele para aqueles olhos verdes que tanto me tiravam o ar. Como é que ele era meu?

– Também te amo, Curls. - e beijei-o.

#Flashback OFF#

– Menina, o Sr. Styles acordou. - Anunciou a enfermeira.

Eu nem liguei para perguntar se ele já estava bom ou não, corri logo para o quarto dele. Ao chegar lá, corri a abraçá-lo.

– Harry! - Exclamei, entre soluços. Chorava de alegria, alívio e tudo o mais que fosse possível. A felicidade em mim era tanta que eu nem conseguia expressar o que sentia.

– Hum... Desculpa, mas eu conheço-te? - Perguntou ele.

Inês POV

O Niall e eu estávamos bem. Quero dizer... ele estava bastante abalado com o acidente do Harry e, não vou mentir, eu também, mas estávamos a aguentar-nos. Sabem aquilo que dizem de o amor ser suficiente para curar todos os nossos males? Pois, acho que era meio verdade, pois era o nosso amor que nos mantinha inteiros neste momento tão crucial. O Harry estava em coma há quase uma semana, o momento de ele acordar devia estar prestes a chegar, mas a Bea estava destroçada. Mal comia e passava os dias inteiros naquele quarto de hospital a chorar. Sentia-me mal porque ela era minha amiga há anos e não havia nada que eu pudesse fazer para a ajudar... Só queria que o Harry acordasse. Nós precisávamos dele, já para não falar das Directioners por todo o mundo. Quando acedemos à conta dele no twitter, havia tantas mensagens de força e melhoras que nem se viam mensagens de ódio. Talvez as directioners estivessem a melhorar... ou talvez fosse só para ficarem bem na fotografia ao fingirem que se preocupam com a vida dele.... Que é que eu estou para aqui a dizer? Ai credo, o acidente do Harry tinha-nos afetado mesmo...

– Hey, queres um gelado? - Perguntou o meu loirinho, acordando-me dos meus devaneios.

Estávamos no McDonalds, que estava praticamente deserto, sentados a uma mesa a comer. O Niall, claro, já tinha comido tudo o que tinha no tabuleiro. Olhei para ele e sorri. Ele era mesmo bonito. O seu cabelo loiro - mesmo que fosse pintado - fazendo conjunto com os seus olhos cor do mar tiravam-me o ar. A Danika tinha razão, ele parecia mesmo um anjo. Já para não falar que soava como um... Como era possível que eu amasse tanto alguém quando eu sempre dissera que o amor só servia para nos magoar?

– Sim, por favor. - Respondi.

Ele afastou-se para pedir e não tardou a voltar com os nossos gelados. Ele já tinha decorado o meu gelado preferido do McDonalds, que querido...

Olhei bem para ele. Tinha olheiras... Será que ele andava a passar mal as noites? Estava decidido: hoje ia dormir a casa dele. Talvez assim ele conseguisse dormir... Ele gostava que eu cantasse pra ele até adormecer... Ia fazê-lo hoje, talvez assim ele conseguisse dormir melhor... eu não sei... eu só queria o meu principe encantado bem.

– FOFIIIIIIIIIINHO! - Uma voz feminina exclamou. Olhei na sua direção. A Demi Lovato estava ali.

– Olá Demi! - Ele sorriu-lhe.

Sabem, eu tenho uns ciúmes desgraçado da Demi... Por causa da sua história com o Niall e... bem... porque ela era perfeita... Era linda, tinha uma boa voz, era famosa, querida... E o Niall disse há uns anos, quando a sua amizade com ela começou, que ela era perfeita... Pois...

– Oh, querido! Como estás? Já soube que o Harry teve aquele acidente horrível. Ele está bem? E tu, como estás? Estás com umas péssimas olheiras! - Disse ela, sentando-se ao seu lado, ignorando-me completamente.

– Estou bem... Sabes como é, ele é bastante importante pra mim... - Respondeu ele, cheio de sorrisos para ela, ignorando o facto de eu ainda estar ali.

– Oh, querido, ele vai ficar bem, prometo-te! - Disse ela, fazendo-lhe uma festa na cara.

MAU! Que raio de intimidade toda era esta? Quero dizer, eu sei que eles são amigos há anos mas isto era intimidade a mais. Será que...?

– Obrigada, princesa. - Disse ele, sorrindo.

PRINCESA? Mas....

E ela beijou-o. O QUE RAIO SE ESTÁ A PASSAR AQUI?!

– NIALL! - Gritei, antes que me pudesse controlar.

Ele afastou-se da Demi de olhos esbugalhados e olhou para mim. Ao ver a minha cara, que de certeza mostrava a dor que eu estava a sentir naquele momento, lágrimas formaram-se nos seus olhos. Bem, demasiado tarde para se arrepender. Saí do McDonalds a correr, sem ligar aos seus gritos desesperados à medida que tentava alcançar-me. Bem, azar o dele. Ele que ficasse com a Demi. Há quanto tempo é que ele me estaria a trair com ela?! Como é que ele fora capaz? E... eu era a princesa dele... como é que ele pôde chamar-lhe princesa a ela?! Ou... será que eu alguma vez fui a sua princesa?

– Não, claro que não, sua estúpida. - Resmunguei, à medida que corria sem rumo para longe dele.

Pensava que o amor era suficiente... Pensava que amá-lo era suficiente para ele... Tinha de ser bonita, magra e famosa para que ele estivesse feliz comigo? Tinha de ser como a Demi para o poder fazer feliz? Era isso? Eu não servia para nada... Nem para fazer o meu namorado feliz... não admira que ele tivesse tido de recorrer a outra para o fazer feliz.

– INÊS! - Gritaram. Reconhecia a voz mas com a confusão que estava na minha cabeça nem conseguia identificar o dono daquela voz. Ou a dona... Só sabia que não era o Niall. Esperava que não fosse ele.

Alguém me agarrou o braço, fazendo-me parar bruscamente de correr. Não... deixem-me correr, por favor... Não aguento estar parada, quero fugir. Quero fugir e esconder-me da humilhação que sofri ao ver o meu namorado beijar outra à minha frente.

– Deixa-me. - Murmurei, sem olhar para a pessoa.

– Estás a chorar? Que aconteceu? Minha deusa, Inês, que aconteceu? - Perguntou a pessoa. Espera, estava a falar em português?

– Deixa-me. - Repeti, soluçando.

– ZAYN! ZAYN, VEM CÁ, POR FAVOR! - Pediu a pessoa em inglês.

Zayn? Não! Não, ele não me podia ver assim! Não. Ele ia dizer ao Niall onde eu estava e como estava. Não! O Niall não podia saber nada sobre mim, nunca mais, ele já não tinha esse direito. Ouvi alguém correr na nossa direção, provavelmente era o Zayn.

– Que aconteceu? Curly, que se passa? - Perguntou ele.

Levantei a cara, bruscamente, e olhei-o bem nos olhos com raiva.

– Não voltes a chamar-me Curly. O meu nome é Inês. - Avisei. Não queria nada que tivesse a ver com aquele traidor, muito menos a alcunha que ele me arranjara.

Eles olharam-me preplexos e eu virei as costas, recomeçando a correr à medida que as lágrimas caíam novamente pelo meu rosto. Como é que se tira esta dor do peito? Como é que se desliga esta confusão da cabeça?! Alguém me parou e puxou-me para os seus braços num abraço apertado e começou a fazer-me festas no cabelo e a beijar-me o topo da cabeça, sussurrando coisas como "vais ficar bem" e "estou aqui contigo, vai ficar tudo bem". Mas não ia ficar tudo bem... A dor no meu peito não desaparecia e a confusão e a memória do beijo do Niall e da Demi de há minutos atrás teimavam em permanecer bem firmes na minha cabeça.

– Vamos para casa, Né... - Disse esse alguém. Nikky...

Ela disse qualquer coisa ao Zayn, despediu-se com um beijo na bochecha dele e fomos para casa. Mal chegámos, eu fui para o meu quarto e deitei-me na cama a chorar. Como é que ele fora capaz? Logo ele! Ele, de todos os outros, que era o menino mais perfeito, o mais fiel, ele tinha-me traído! Mas porquê? Se ele não estava feliz comigo porque é que não acabou simplesmente a relação?

– Hey, pequena... Vais dizer-me o que aconteceu ou não? - Disse a Danika, sentando-se ao lado da minha cabeça na cama.

Levantei-me o suficiente para a olhar nos olhos.

– O Niall beijou a Demi à minha frente. - Disse eu, com a voz mais fria possível. Eu não era assim, não era fria, mas aquela traição... Não sei... fiquei tão magoada que não conseguia pensar direito, agir corretamente.

– O NIALL O QUÊ?! - Perguntou ela, incrédula, a olhar para mim de olhos esbugalhados. Claro, ela não ia acreditar em mim. Eles eram melhores amigos e o Niall não era menino de trair a namorada... Ou pelo menos não parecia. Mas o que importa é que ele e a Demi se beijaram mesmo à minha frente. O que importa é que ele é um traidor falso e mentiroso.