Contos De Um Dragão: Sonho de Liberdade escrita por Dark wolf


Capítulo 5
Capítulo 4 - O novo mundo.


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora para postar este capitulo,mas enfim ele está pronto.
Comentem se vocês gostaram, por favor. ^^



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Salutem estava em seu “quarto” pensando no que faria após tudo aquilo, abriu a cortina da janela, o sol estava prestes a se pôr e a lua começava a erguer-se no céu.

O céu laranja rosado começou a escurecer, revelando milhares de estrelas brilhando. A luz da lua vagarosamente tomou conta do quarto, sua pele começou a se degenerar, revelando as escamas vermelhas de Salutem, o verdadeiro Salutem.

As peças começaram a se encaixar na sua mente. Então... A luz da lua quebrava o encantamento e revelava a verdadeira forma de Sal.

Ele fechou a janela, rapidamente, para ter certeza de que ninguém o veria assim, pouco a pouco a pele tomou conta de seu corpo, as garras e as asas desapareceram, e assim ele era novamente um humano.

A última coisa que Salutem conseguiria em uma hora destas era dormir, não bastava a falta de um poleiro, mas também o excesso de informação que fazia sua cabeça latejar.

O barulho de uma porta abrindo invadiu os tímpanos de Sal. Uma voz feminina ecoou no apartamento.

-John, Cheguei!

Sal dirigiu-se para a sala, de onde aparentemente falava a mulher.

-Ah... Você deve ser o aluno de intercâmbio, muito prazer, eu sou Elize!

-Olá, meu nome é S-salutem, muito... Prazer.

-Bem, você não é o primeiro aluno de intercambio que recebemos. Se precisar de alguma coisa, basta pedir. – Disse Elize, parecendo sempre sorridente.

John chegou, vestindo pijamas na sala, com a boca aberta, indicando um longo bocejo.

-Se arrume senhor intercâmbio, está na hora da escola! E por favor... troque de roupa. - Disse John com uma cara debochada

-Eu... ter apenas estas vestes...

-Como assim, e as suas coisas?

-Perdi, no caminho...

-Terei que te emprestar alguma coisa, estas roupas são horríveis! – Respondeu ele, um tanto aborrecido. – Mas você terá que comprar suas roupas logo!

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-Por que esta contando de si mesmo em terceira pessoa? – Perguntou Lucy.

-A historia é minha, a pessoa da narração quem escolhe sou eu! – Disse John em um tom irônico, um pouco zombeteiro.

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A escola era definitivamente a coisa mais estranha que Salutem vira em sua vida, a desorganização, a bagunça, o barulho. Onde estava a ordem naquele lugar?

Jovens corriam, conversavam e guardavam suas coisas em armários de metal, Sal e John atravessaram tudo aquilo com certa dificuldade até a diretoria.

-Diretora? Este é o novo aluno, de intercâmbio.

-Ah, sim, sua mãe me ligou avisando que ele havia chegado... –Virou-se para Sal.- E você deve ser Salutem, correto? Bem, onde está a seu histórico escolar?

Histórico escolar, ele realmente precisava disso? E ainda mais importante, o que era isso?

-Histórico... Escolar... Bem... É que eu... –Um pensamento passou pela cabeça de Sal, atrevido, porém genial. –Ah, sim, esta aqui. –Virou-se de costas e disse, em um sussurro inaudível: -Habeo quod volo postulo nunc!

O documento apareceu em sua mão e ele imediatamente ele o entregou para a diretora.

-Ótimo! Bem- Vindo ao colégio institute glory warrior! –Disse a diretora, com um sorriso forçado.

As aulas eram extremamente fáceis, cálculos, isso era bom, literatura, divino. Porém nenhum outro aluno parecia mostrar este mesmo interesse, e mesmo os que mostravam, pareciam ter dificuldade.

O que havia de errado com os sábios humanos, os inventores, filósofos, artistas os quais tinha estudado? Ele julgava a raça humana como algo mito além da compreensão e poder de qualquer um, mas aparentemente, eles eram comuns.

Aquela manhã se passou um tanto arrastada, e logo a hora do almoço chegou, algo que parecia esplêndido para o estomago de Salutem, que começava á emitir leves ruídos.

Mais uma decepção naquela manhã, o almoço era apenas uma espécie de massa grudenta á qual os humanos chamavam de macarrão e uma carne moída que eles chamavam de “Mistério alimentício”.

-É um mistério. Ninguém sabe de onde veio isso aí! – Afirmou John enquanto se serviam da comida.

Eles comeram depressa, pois a grande fila os atrasou bastante em relação ao horário, e logo eles teriam um tempo de química.

A tarde pareceu passar como um raio, diferente da manhã. Logo eles já estavam em casa, comendo sanduíches e olhando a caixa mágica onde pequenos humanos em uma miniatura de tempo real das cidades anunciavam os acontecimentos do dia.

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-Ei, eu sei o que é uma TV! – Protestou Salutem.

-Me deixa ser feliz cara! – Falou John, fingindo uma cara triste.

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A noite logo tomou conta da cidade, emais uma vez chegava a hora de dormir.

-Salutem! –Chamou John – Amanhã vamos comprar roupas para você! – Disse ele parecendo desanimado.

-O-obrigado – Agradeceu Salutem, com um leve sorriso.

Sal foi para o quarto e se deitou. Ele estendeu a mão para o alto e um brilho iluminou todo o quarto, uma pedra vermelha apareceu na palma da mão dele. Todo o se poder estava ali, a pedra que ele havia ganhado de seu pai, antes de ele partir.

O sonho veio facilmente desta vez, porém, muito mais agitado do que em qualquer outra noite comum de sono.

Novamente estava a beira do abismo, junto com os seus pais, uma mão escura, como uma sombra, tentou sem sucesso escalar a parede, voltando para a escuridão novamente.

-Ele está mais forte! –Informou sua mãe. – Cada vez mais...

-Tome cuidado, filho! – Disse o pai, um tanto preocupado.

Ele acordou, encharcado de suor, ofegante e abalado pela imagem de seus pais. Ele odiava aqueles sonhos, assim como odiava as memórias que eles traziam á ele, apenas dor e sofrimento.

O esperado “Final de semana” chegou, e logo Elize, Salutem e John estavam em uma rua lotada de lojas para comprar roupas.

-Espero que tenha pegado seu dinheiro, querido! – Disse Elize.

-Ah... sim, sim eu peguei! – Disse Salutem. Ele havia se esquecido dos dólares, a moeda de troca dos Americanos.

“Bom, já deu certo uma vez...” Pensou Salutem. “Pode dar certo outra.”

- Habeo quod volo postulo nunc! – Falou enquanto fingia que conferia os bolsos, logo um pequeno bolo de dinheiro apareceu em sua mão. – Estão aqui! – Disse mostrando o dinheiro.

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-Esse dragão faz dinheiro? Sério?! – perguntou Tomy, esperançoso.

-Sim, mas logo descobrimos que enquanto ele ganhava o dinheiro, alguém no mundo o perdia... – Disse Lucy.

-Então como ele fez com o histórico escolar? – Perguntou Tomy, confuso.

-Documentos podem ser impressos á qualquer momento, porém o dinheiro, não. – Respondeu Salutem.

Tomy percebeu que era a primeira vez que escutava o dragão falando, sua voz era grossa, porém, de alguma forma era suave...

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Aquele dia foi longo, mas no meio da tarde eles já estavam de volta á casa, cheios de novas vestes para Sal.

Pela primeira vez naqueles três dias, ele se sentiu confortável no mundo humano. Acolhido por alguém que cuidava dele, como os pais, que há muito perdera.


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Notas finais do capítulo

Habeo quod volo postulo nunc! : Como da outra vez, eu adaptei uma coisinha aqui e outra ali, mas o original diz: Que eu tenha o que preciso, rápido.



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