Contos De Um Dragão: Sonho de Liberdade escrita por Dark wolf


Capítulo 2
Capítulo 1 - A origem de uma confusão




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Salutem era diferente de qualquer um, ele jamais pensara que seus sonhos, cujos mantinha guardados secretamente dentro si, algum dia tornariam-se realidade.

O jovem dragão acordou determinado naquele dia, vestiu sua armadura de prata e se dirigiu para o centro da cidade. A ilha Sollus era um local isolado, no meio do Oceano Pacífico, apesar de ser grande, os seres que vivem á suas voltas, os denominados humanos, não conseguem localizá-la.

Sal chegou á frente de uma grande construção de mármore escuro, com pequenas inscrições incrustadas nas pedras. Adentrou o Hall e se dirigiu a sala da guarda. Subiu uma escadaria em espiral e chegou ao topo do muro que cercava o local.

Uma leve brisa açoitou seu rosto, Salutem adorava aquele local, onde podia ver o mar, o que estava a sua volta, fora dali tudo parecia muito distante. A sensação de pensar que ao mesmo poderia alcançar aquilo era algo ótimo.

E assim passou sua manhã, fazendo a ronda diária em torno do Domum e assistindo o vai e vem do mar. Uma vez ou outra pronunciava feitiços em sua mente.

Os dragões eram guardiões da magia, tinham o dom de canalizá-la , como uma energia que flui de dentro de si para fora. Os Domuns eram os locais no qual se aprendia como canalizar esta força, por este motivo devia ser protegido, todo o conhecimento sobre a magia estavam neles.

–Isso! –Pensou Salutem, alto até demais

Um lugar no qual se possuía todo o conhecimento dos dragões, toda a cultura passada de geração em geração, até mesmo o que dizia respeito aos tais humanos. Se ele conseguisse ao menos ter a chance de por as mãos em livro desses, poderia finalmente conhecer o mundo fora da proteção mágica da ilha.

Uma trombeta soou, indicando o fim do expediente, Sal bateu as asas, mas ao invés de se dirigir a sua casa, mudou o curso para a maior construção da ilha, a qual se podia ver ao longe. Pousou há alguns metros do local.

Um grande arco de ouro se estendia sobre a entrada, na qual podia se ler, em pequenas letras gravadas em bronze “A magicis habitat hic”. Ele se dirigiu a entrada, que desembocava em um grande corredor, com ramificações para todos os lados, portas e mais portas estendiam-se em meio á esta grande confusão.

Seus passos ecoaram pelo local, enquanto ele passava pelas portas, checando as descrições das mesmas. Até que parou abruptamente, em frente a uma porta na qual se lia “bibliotheca”. Empurrou vagarosamente a porta e entrou, ninguém questionaria a entrada de um guarda em um domum, por este motivo Sal estava seguro, mas achava melhor não arriscar...
Centenas de Estantes, amontoadas de livros se estendiam em todas as direções possíveis, Salutem mal podia conter-se, gostaria de pegar todos os livros ali e ler todos, de uma só vez, mas sua sanidade dizia que ele devia pegar apenas o que precisava.

Percorreu um longo caminho até chegar há uma pequenina extensão de estantes, com uma placa de metal, onde se lia: “prohibita”. Ele esticou bem o pescoço, para se garantir de que ninguém o observava e adentrou o espaço entre duas destas prateleiras.

Esgueirou-se pelo estreito caminho, pegando um livro aqui e outro ali, sentou-se em uma pequena mesa e começou a ler, os mais diversos títulos. “Humanidade, ciência e cultura”, “A historia das Américas”, “Geografia entre os Pólos”, dentre muitos outros.

A noite se aproximou, sem ser percebida pelo jovem dragão, e com ela uma leve luz pálida, bruxuleante, que adentrava a janela e recaía sobre ele. Sal havia se desligado do mundo, como se fossem apenas os livros, sem nada mais com vontade de existir.

Foi preciso um grande baque surdo para fazê-lo voltar a realidade. Ele levantou as orelhas, sobressaltado, não poderia ser visto com dezenas e dezenas de livros os quais eram proibidos até mencionar.

Levantou, esquecendo-se que os livros estavam espalhados na mesa em sua frente. Quanto tempo havia ficado lá? Se aquele barulho indicava o que ela estava pensando que era, ele com certeza estava muito encrencado.

Andou, passando sorrateiro por entre as diversas prateleiras, usando as mesmas como uma forma de camuflagem. Dirigiu-se assim até ficar muito próximo da porta, aonde suas temerosas suspeitas se confirmaram, uma tropa de guardas adentrava o local para a inspeção noturna.

Salutem viu que não tinha outra escolha, “Sapientia ad auxilium me” murmurou varias vezes a mesma frase até criar coragem e dizer em alto e bom som:

Invisibilitatem!

Ele sentiu um frio percorrer seu corpo, como se uma dormência tomasse conta de seus músculos, lentamente, até que tudo cessou, de uma só vez, ele olhou para baixo e notou que não enxergava mais seu próprio corpo.

Aparentemente os guardas ouviram, pois três deles se dirigiram para exatamente para o local onde Sal estava. Ele deu alguns passos para trás e se apertou no espaço entre duas prateleiras, esperando não emitir qualquer som.



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