One Shots escrita por TheKryptonites


Capítulo 1
Cigarettes and Alcohol


Notas iniciais do capítulo

Hehe minha amiga me implorou para colocar essa história aqui então... quem gostar comenta quem sabe eu escrevo outras ou até uma continuação para essa...



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Era a última vez que eu fazia aquilo, tinha prometido, mas eu sabia que só estava mentindo para mim mesma. Não era fácil começar uma vida nova em um lugar completamente diferente, com pessoas desconhecidas circulando por mim, e o único jeito que eu conhecia para fugir daquela realidade era me intoxicar. Eu já tinha tido um leve vício em cigarro e nunca tinha aberto mão do álcool, nunca passei para nenhuma droga mais pesada, mesmo minhas amigas insistindo. Tinha conseguido parar com o cigarro há cinco meses, os piores da minha vida, e agora enquanto eu tragava aquela fumaça para os meus pulmões sentia meu corpo relaxar, minha mão caindo levemente ao lado do meu corpo, guardei a fumaça o máximo possível na boca até finalmente dar minha baforada, depois dei um gole na cerveja que estava em minha outra mão. Eu estava encostada numa parede de uma boate escura, tentando fugir dos caras bêbados que rondavam o local a procura de qualquer garota indefesa que estivesse ali, não que eu fosse inocente e não quisesse me envolver com ninguém, na realidade eu estava precisando... Mas ficar um cara completamente bêbado não era o negócio, principalmente porque eu não estava bêbada o bastante para isso. Aos poucos meu cigarro foi acabando, eu tentei fazer de cada tragada a mais longa possível. Quando dei minha última baforada percebi os olhos de alguém me observando do outro lado da boate, tentei achar os olhos das pessoas, mas só vi uma sombra, que aos poucos se aproximava de mim. Encostei-me mais ainda na parede, esperando a pessoa chegar, reparei no topete, era um cara muito bonito, bonito demais para estar ali, bonito demais para estar se aproximando de mim. Ele sorriu e tirou um cigarro do bolso, opa o cara bonito fumava também, aquilo estava ficando interessante.

- Você tem um isqueiro? – Ele perguntou no meu ouvido.

Fiz que sim com a cabeça e tirei o isqueiro branco do bolso, ele colocou o cigarro na boca e eu o acendi. Ele sorriu e deu uma tragada longa, segurando a fumaça muito mais tempo que eu conseguia. O cara colocou seu rosto bem próximo do meu, nossas bocas quase se tocando, eu já sabia o que ele ia fazer, abri um pouco minha boca ele soltou a fumaça dentro dela. Nossa eu tinha sentido falta daquilo, meu ex e eu fazíamos muito isso, sempre levando em algo a mais, mas eu não conseguia nem comparar esse cara ao meu ex, ele era quinhentas vezes mais bonito, tinha algo nele que me deixava muito intrigada. Ele sorriu de novo e me olhou nos olhos, sua mão achou meu pulso e ele me puxou pela boate me levando para fora, não lutei contra ele, era tudo que eu queria. Andamos um pouco, nenhuma palavra saindo de nossas bocas, ele ainda com o cigarro na boca, e eu com minha garrafa de cerveja pela metade na mão, ele segurava meu pulso como se dependesse da sua vida. Chegamos a um parque, não sei como, mas era um parque, ele finalmente me soltou e sentou na grama, dando a última tragada em seu cigarro e jogando-o no chão. Eu ainda estava de pé, um pouco confusa de como tínhamos chegado ali.

- Você não vai sentar? – Ele disse me olhando.

- Como chegamos aqui? – Perguntei sentando ao seu lado, meu braço nu encostado no dele coberto pela jaqueta de couro.

- Eu conheço alguns caminhos mais rápidos. – Ele piscou. – Caso você esteja interessada meu nome é Zayn. – Sorriu.

- Ah, eu sou (Y/N). – Sorri e dei um gole na minha bebida.

Ele sorriu de novo e tirou uma garrafinha do bolso de dentro de sua jaqueta. Deu um golinho e passou a garrafa para mim.

- O que é isso? – Perguntei sentindo o cheiro da bebida.

- Absinto. – Ele disse.

- Nossa, você carrega isso contigo?

- Eu achei que alguma coisa especial iria acontecer hoje. – Ele sorriu e piscou de novo. – Você já experimentou?

- Não, sempre tive medo do que eu seria capaz de fazer tomando isso. – Admiti um pouco envergonhada.

- Não se preocupe, não deixarei você fazer nada ruim. – Ele sussurrou em meu ouvido.

Fiquei impressionada com o efeito que aquele estranho tinha em mim, não esperava aquilo, tinha alguma coisa nele, só podia ser. Dei de ombros e dei um golinho da garrafa, minha garganta queimou primeiro, mas depois senti minha cabeça ser tomada por uma sensação que eu nunca tinha experimentado, realmente o efeito de Absinto era rápido. Passei a garrafa de volta para Zayn, que já tinha um braço descansando em meus ombros, esquentando meu corpo, já que eu estava apenas com um tomara-que-caia.

- E ai? Como você se sente? – Ele perguntou com um sorriso safado no rosto.

- Bem... – Balancei a cabeça.

Ele riu, colocou a garrafa no chão e dessa vez tirou um cigarro do bolso da jaqueta.

- O que mais você tem ai? Parece a bolsa da Mary Poppins... – Falei rindo e pegando o isqueiro logo.

- Apenas algumas coisas para o resto da noite. – Ele sorriu, tirou o isqueiro da minha mão e acendeu sozinho seu cigarro logo passando para mim.

Era incrível como dar uma tragada me relaxa completamente, é e eu tinha prometido que só iria fumar um naquela noite. Eu tinha acabado de conhecer aquele garoto, não sabia nada da vida dele, absolutamente nada, e já estava completamente atraída por ele, e sabia que minha noite iria passar daquilo, o que mais será que ele tinha nos bolsos?  Mas o mais incrível era que estávamos sentados juntos sem falar nada, apenas passando o cigarro e a garrafa de um para o outro, algumas trocas de sorriso, mas nada mais. Até ele começar a cantarolar bem baixo Cigarettes & Alcohol, a música que comandava minha vida de loucuras, Zayn me olhou um pouco impressionado quando eu comecei a cantar junto. Começamos a gritar a letra, para quem nos visse ali devíamos parecer drogados, o que pelos planos de Zayn eu achava que iria acontecer logo, logo. Quando acabamos de cantar, eu me joguei na grama fria, era uma noite um pouco gelada de maio, o céu estava limpo, dava para ver todas as estrelas. Vi Zayn se mexer um pouquinho, tirando mais alguma coisa do bolso, apenas percebi o que era quando senti o cheiro.

- Zayn! Maconha?! Onde você arranjou isso?! – Falei sentando e encarando o garoto na minha frente.

- Meu amigo voltou de Amsterdã recentemente. – Ele deu de ombros e levou o baseado a boca, dando uma tragada longa demais para qualquer pessoa suportar, mas ele não, ele conseguia, ele era experiente.

Não resisti, me aproximei dele, nossos rostos tão próximos quanto na boate, ele entendeu o que eu queria e deixou a fumaça passar da sua boca para a minha, eu nunca tinha provado aquilo antes, e sinceramente, eu não podia ter provado de um jeito melhor. Tossi um pouco pela quantidade de fumaça, aquilo era mais tóxico que o cigarro, ou nem era, eu apenas não estava acostumada.

- Sabe, eu nunca tinha experimentado maconha antes. – Confessei.

- Bem, tudo tem sua primeira vez. – Ele disse sorrindo e me entregou o baseado.

E assim eu experimentei minha primeira droga ilícita, pouco tempo depois começamos a rir juntos, os dois jogados na grama. Zayn parou de rir antes de mim, e colocou seu corpo acima do meu, me olhando nos olhos, seu rosto tão perto do meu que tudo que eu queria fazer era esticar um pouco o pescoço e acabar com a distância entre nós.

- Sabe, a maconha tem diferentes consequências nas pessoas. – Ele disse passando o nariz no meu pescoço.

- Sério? Quais são essas?- Perguntei, saindo mais como um gemido do que como uma pergunta.

- Algumas pessoas ficam com sono, - ele passou os dedos preguiçosamente na minha coxa um pouco descoberta – a maioria fica com fome – ele mordeu levemente meu pescoço.

- E o resto? – gemi de novo.

- O resto? – Ele sorriu maliciosamente, sua cabeça na altura da minha de novo. – O resto quer fazer as coisas que eu quero fazer com você.

Antes que eu pudesse falar qualquer coisa ele fechou a distância entre nós, nossas bocas finalmente coladas, sua língua passou no meu lábio inferior, abri minha boca e começamos a lutar para ver quem dominava, ele ganhou obviamente, e sorriu enquanto me beijava. Percebi que aquele desconhecido iria ser a causa da minha morte.


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Notas finais do capítulo

Para quem se interessou a música é dos Oasis...



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