Deadhills escrita por Black Lotus, Daniel Cronwell


Capítulo 5
Jack - The Wolf´s Revenge




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/236933/chapter/5

Jack


– Não me agradeça, acabei de gastar uma seta para nada.
– Como assim para nada! –Disse levantando. –Eu salvei você daquele zumbi. – fiz sinal apontando para Mary.
–Achei uma porta. – Informou o gordo animado. –Mais esta trancada! E agora?
Lavinia pegou meu facão e destruiu o cadeado com um golpe.
–Você gosta de destruir as coisas não é?
–Já discutimos isso, estamos num apocalipse zumbi, ninguém vai se importar.
Ela pegou a mão de Mary e a levou para dentro, peguei o facão que ela havia largado na porta e adentrei ao estabelecimento junto ao gordo, as escadas estavam escuras e silenciosas, nos descemos até outra porta fechada, eu ia abrindo a porta quando a criança falou.
–Não! Tem algo do outro lado!
–Ela está certa! - Disse Lavinia encostando o ouvido na porta. - Tem mais de um.
Nós ficamos no escuro parados em frente a porta por um tempo, foi então que o gordo decidiu entrar.
–Me de o facão, eu vou primeiro.
Quando todos estavam atordoados pela decisão ele pegou meu facão e investiu contra a porta. Quando descobrimos que a porta estava destrancada ele já estava com a cara no chão, o gordo levantou rapidamente e investiu num zumbi com avental de uma loja de conveniência. O facão atravessou o peito descarnado do zumbi. O infectado olhou para ele e zuniu. Lavinia atirou com tanta velocidade que o gordo quase começou a chorar, a seta passou perto de sua cabeça e matou o zumbi.
Um zumbi se ergueu por de trás do balcão com o mesmo avental, so que com um crachá dourado de gerencia. Dessa vez meu facão cortou a cabeça dele de primeira.
–Que lugar é esse? –Perguntou Lavínia olhando para os aventais.
–É a select satation.
–Entendo.
A porta por trás do balcão fez um barulho alto. Lavinia fez sinal de silêncio encostou na parede perto da porta. Colocou a mão na maçaneta e sussurrou uma contagem regressiva preparando a besta. Quando abriu a porta de uma vez, um vulto cinza e branco voou jogando ela de costas no chão. Lobo olhou para ela com olhos agressivos e azuis.
–Viu? Você feriu os sentimentos dele. Acho que ele quer desculpas. –Disse sorrindo.
–Tire esse pulguento de... –Parou e arregalou os olhos quando ele mostrou os dentes, ameaçador.
–Lobo, junto. – O cão levantou o olhar e veio em minha direção.
–Sentimentos? Eu vi essa bola de pelos arrancar um braço e a garganta de um homem! E ele se preocupa quando eu o chamo de pulguento?!
– Isso foi para aprender a não deixar o lobo para a morte! –Disse a pequena Mary. Ela havia gostado muito do cão.
Ela o abraçou e ele a lambeu no rosto.
–Estamos numa loja de conveniência, então peguem mochilas, algumas mudas de roupas e comida. –Falou Lav. –E se acharem batatinhas elas são minhas!
Cada um, incluindo Mary pegou uma mochila, abasteceram-nas com roupas extras e comidas para viagem. Lav fez um estoque próprio de batatinhas. O Gordo teve problemas para achar roupas do seu tamanho, mas encontrou alguns.
–Eu acho que a gente deve ficar aqui por um tempo. – concluiu o gordo.
–Eu concordo, aqui temos comida para passar uma semana! Além do mais, não volto tão para a máquina assassina da Lav nem tão cedo. –Retruquei.
–Ok, vamos descansar aqui.
–Bom, já que estamos aqui sozinhos, que tal contarmos um pouco da nossa história? –Pensei. - Lav? – Todos sentam-se no chão em um circulo.
–Bom, eu tenho 19 anos, não tenho mãe nem pai, moro com meu irmão mais velho numa fazenda um pouco longe daqui.
– O que aconteceu? – Perguntou Mary com grandes olhos marejados.
–Minha mãe morreu enquanto me dava a luz. E meu pai, bem. Ele era um idiota. Meu irmão me disse que tudo piorou quando minha mãe morreu. Ele começou a beber e ficar agressivo. Era simplesmente um idiota. A única coisa que fez direito foi me ensinar a atirar.
–Então foi com ele que aprendeu a atirar? –Questionou o gordo.
–Ele era um caçador, ele me ensinou a atirar com besta. Mas apenas com besta, ele dizia que arcos eram armas de maricas, e dizia que armas de fogo não eram coisas para garotas.
–Eu costumava ter um arco, mas acho que o perdi no meio da bagunça. –Comentei.
–E seu irmão? –Perguntou de novo Mary.
–Bom, depois que meu pai morreu ele me criou, ele jogava naquele time de baseball.
–E como seu pai morreu?
–Um dia ele tinha bebido muito além do que deveria, e disse que ia caçar, os reflexos dele estavam terríveis, mal conseguia armar a besta. E então ele foi morto...
Parecia algo que não queria falar, mas parecia que me fulminava com o olhar por algum motivo.
–E você gordo? –Escolheu Lav abraçando os joelhos.
–Bom, não tem muito para falar. –Pensou juntando as mãos. –Meus pais decidiram viajar numa segunda lua de mel. Antes mesmo dessa historia da vacina. E eu estou sozinho aqui, tenho 18 anos. Quando vi a notícia na televisão eu corri para longe. –O gordo tinha um cabelo escuro e curto, olhos pequenos e castanhos. Usava tênis de skatista e calças largas. –Então eu encontrei o Jack. E depois eu quase fui morto por uma picape. –Adicionou.
– Vocês adoram falar disso. – Comentou Lav revirando os olhos.
–Qual sua historia Mary? –Perguntei.
Logo depois da pergunta a garota se agarrou ao lobo e começou a chorar.
–Bom, não saberemos nada dela hoje. –Disse.
–Eu sei que o Jack tem uma boa ideia do que aconteceu com o pai dela. –comentou sarcasticamente Lav.
O gordo deu um soco no ombro dela para que se cala-se. Ele preferia não ter feito depois do olhar ameaçador que Lavinia dirigiu a ele.
–E você Jack? –Falou o gordo.
–Bem, para começar meu nome não e Jack. É Jackson, Jackson Carter. Meu pai simplesmente sumiu quando era criança. Ele apenas me deixou duas coisas. –Disse pegando o facão e apontando para o cão. -Apenas isso. Então pelo resto da vida foi minha mãe que me criou.
–Ela foi pega por um infectado? –Perguntou o garoto.
–Não, minha avó está doente e minha mãe viajou para cuidar dela.
Isso os fez parar para pensar.
–Será que essa infestação é apenas em sacramento? Ou já se espalhou? –Pensou Lav.
–Não sei, só sei que nós temos que sobreviver. – Falei pensativo fitando a lamina do facão.
–E onde você aprendeu a lutar daquele jeito, você simplesmente arrancou a cabeça de um infectado com o facão! –Disse o gordo animado.
– Bom, -começou um pouco envergonhado. –Eu praticava esgrima e tiro com arco. Eu sempre adorei essas coisas! E quando minha mãe me pegou com meu primeiro arco, que eu mesmo fizera ela decidiu deixar eu praticar. Eu gosto muito disso! É meu paraíso nerd. Cosias medievais, super heróis. –A cada palavra ele ficava um pouco mais vermelho. –Lav, me passe uma dessas batatinhas!
– A não! Peça para seu pulguento ir pegar para você! Essas são minhas!



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Deadhills" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.