Deadhills escrita por Black Lotus, Daniel Cronwell


Capítulo 18
Lavinia- Farewell companions




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Puxei Jack pelo braço me afastando dos outros

– Ela foi infectada – Falei olhando em seus olhos.

– Eu sei... – Murmurou desviando o olhar.

– Não temos outra escolha, sinto muito.

– Mas... Mas... E se não for uma mordida de um zumbi? E se foi o lobo? – Havia esperanças no seu olhar, o que dificultava as coisas.

– Você realmente acredita nisso?

Jinn se aproximou devagar.

– Temos que fazer alguma coisa, ela já está com febre! – Ambos olhamos para ele.

Puxei a pistola que estava com o Jack e andei em direção a Lizz.

– Espere... – Jack segurou meu braço. – E se, deixássemos ela escolher?

– Tudo bem – Assenti com a cabeça passando a pistola para ele.

A medida que nos aproximávamos da menina as pessoas que estavam em sua volta abaixavam a cabeça, Lizz estava apoiada em Alice que apertava sua mão com força, Mary abraçava o lobo escondendo seu rosto, o gordo estava em pé, e se recusava a ver a cena. Jack se agachou perto da menina e Alice se retirou ficando em pé ao nosso lado.

– Lizz, você sabe que foi mordida não é? – Lizz olhou para ele em lagrimas e assentiu com a cabeça – Você sabe o que vai acontecer certo? – Falou passando as mãos suavemente em seus cabelos.

– S-im – Sua voz era quase inaudível.

– Lizz, você foi a pessoa mais especial que eu conheci desde que começou essa historia de zumbi. – Falou em lagrimas – Mesmo que por pouco tempo, você foi minha amiga... com você eu me senti em casa, você fez eu me senti feliz Lizz. – A garota colocou suas mãos nas bochechas de Jack, e puxou o rosto dele na direção do dela, e seus lábios se encontraram.

Jack se distanciou devagar estendendo a arma para mim.

– Não consigo fazer isso!

– Jack... amigos para sempre? – Lizz estendeu o dedinho medinho para ele.

– Sempre. – Jack me passou a arma e segurou sua mão.

Olhei para a arma e fitei Lizz, a medida que me aproximava ela fechava lentamente os olhos.

– Sinto muito – Falei puxando o gatilho contra sua cabeça.

O disparo ecoou pelas campinas e montanhas, como uma canção fúnebre em meio ao silencio do luto. Jack enterrava sua cabeça em suas mãos chorando pela amiga, Jinn abraçava Alice com força, Mary escondia seu rosto nos pelos do cão em quanto o gordo estava sentado encostado na ambulância com a expressão vazia. Eu continuava em pé, inerte. Talvez esse dia marcasse o primeiro de muitas mortes que estarão por vir.

– Temos que enterra-la, num lugar especial – Falou Jack segurando a barra na minha calça quando me virei.

– Sim... tenho um lugar perfeito.

Todos entramos nos carros e seguimos em direção a floresta que ficava perto da fazenda onde eu morava. Andamos um pouco até chegar no local que eu tinha em mente, o local era sagrado para a minha família, era onde enterrávamos pessoas queridas, pessoas que amamos.

– De quem são essas lápides? – Questionou o gordo. Jack e Jinn carregavam o corpo de Lizz, Alice ajudava Scott a se locomover com o braço por cima de seu ombro em quanto a Mary andava ao lado do lobo, tínhamos deixado o jipe e a ambulância na estrada em frente a cerca da minha fazenda.

– Digam olá para os meus pais – Sussurrei fitando as lapides, fazia tempo que eu não vinha aqui. – Achei que seria um bom lugar para enterra-la – Sorri.

– Tem certeza? – Questionou Jack e eu assenti com a cabeça.

Cavamos três buracos, um em memoria de Doug, outro para a Mel e o ultimo para a Lizz.

– Acho que devemos algumas palavras para eles – Falou o gordo.

Jinn se aproximou da cova simbólica de seu pai, retirou um colar que pendia em seu pescoço e colocou em cima da areia.

– Você sempre foi o meu Herói pai... não deixarei que sua morte seja em vão.

Scott apenas chorava pedindo desculpas para a cova de Mel, algo que não entendemos mais que sabíamos que vinha do fundo do seu coração. Mary trouce algumas flores brancas que tinha pego ao longo do percurso e estendendo para Jack e para o outros.

– Trouce para você também Lav – Sorriu entendendo duas flores para mim.

– Obrigada! – A abracei e coloquei as flores nas lápides dos meus pais.

– Vamos? – Falou Alice – Já vai escurecer!

– Sim, vão na frente... – Falei.

– Está tudo bem? – Perguntou Jack preocupado repousando a mão em meu ombro.

– Sim... eu não vou demorar.

– Quer que eu fique? – Perguntou, permaneci em silencio – Vou entender como um “sim” – Sorriu.

Todos desapareceram pela arvores em deixando sozinha com o Jack.

– Sabe guardar segredo? – Olhei para ele.

– Sim – Ele sorriu.

– A morte da Mel foi minha culpa – Falei fitando sua cova.

– Não foi Lav, os zumbis invadiram a loja, sabemos que você queria tira-la, mais não conseguiu, entendemos isso.

– Você não entende Jack... – ele me olhou confuso. - Eu a matei. - ele permaneceu em silencio. – Eu subi a escada pronta para deixa-la para traz, eu me ofereci para pega-la porque sabia que eu era a única que teria coragem de fazer isso. – Lagrimas começavam a transbordar de meus olhos – Eu ia apenas fechar a porta, mais ela começou a chorar suplicando para não deixa-la para traz! – Jack desviou o olhar desaprovando meu ato – Entenda, ela estava ferida, incapacitada, nesse mundo não a lugar para pessoas assim, não ia dar tempo de leva-la Jack.

– E o que você fez? – Perguntou secamente.

– Eu andei em sua direção, e prometi que não deixaria ela ser comida viva. – Abaixei os olhos.

– E depois?

– Coloquei as mãos em seu rosto, me curvei para beijar sua testa...

– DIGA! – Gritou

– Então torci o seu pescoço.

– Que tipo de pessoa você esta se tornando Lavinia? Abandonando os amigos?

– Eu fiz o melhor para o grupo Jack!

– NÃO! VOCÊ FEZ O QUE ERA MAIS COVENIENTE PARA VOCÊ! – Berrou.

– Achei que você iria entender...

– Não se preocupe, não contarei para ninguém – Falou sínico – Espero que você não tenha pesadelos a noite com isso! - Jack se levantou pronto para sair do local.

– Jack... – sussurrei.

A vegetação chacoalhou a nossas costas, e ouvimos passos. Jack parou subitamente.

– Meus deus, achei que tinha te perdido Lavinia! – Uma voz familiar me abraçou pelas costas.


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