- Vai acontecer logo. - continuou - Eu não vou te dizer o que é – ele adiantou, vendo que ela se começava a perguntar – Mas quero que você saiba que se alguma coisa atingir a você e aos seus amigos- ele e estava tão sério que a palavra saiu sem a pontada de desprezo habitual – Não vai ter partido de mim.

Os olhos castanhos se encheram de lágrimas e quando deu por si, Draco já as limpava. O toque aconteceu naturalmente e ao mesmo tempo que surpreendeu aos dois, pareceu certo também. Como se já esperassem por isso. Como se já desejassem isso. Ela suspirou e fechou os olhos, e Draco tinha certeza de que seu cérebro buscava por uma solução.

- Mas... Vamos procurar Dumbledore. – ela falou, sem saber que ele era a ultima pessoa a quem Draco poderia recorrer naquele momento – Ele pode ajudar, eu vou com você. Talvez ele arrume um jeito de salvar a sua mãe ao menos e aí você não precisa fazer seja lá o que vai fazer.

Ele negou, mas o rosto exibia um sorriso triste. Resignado até.

- Eu não posso, Hermione. Eu sinto muito.

- Sente mesmo? – ela perguntou e Draco soube o quanto aquilo significava. Soube quantas outras perguntas estavam implícitas naquela.

- Sinto. – respondeu com firmeza porque, precisava que ela acreditasse. Precisava que ela soubesse que no meio do caos que sua vida se tornara, ela havia se tornado a ordem. Ela, sua obsessão pelos livros e seu cabelo cacheado e seus olhos escuros haviam se tornado a única coisa certa.

Então, antes que pudesse raciocinar, ela colou os lábios nos dele. E havia calor, havia desejo e havia tanta coisa que ele fechou os olhos enquanto as mãos rodeavam a cintura fina. E as línguas se buscaram, porque eles precisavam mais um do outro do que jamais haviam precisado de nenhuma outra pessoa, de nenhuma outra coisa.

Quando se separaram, Draco a beijou na testa e fitou os olhos marrons uma ultima vez antes de partir. Eles passariam meses sem se ver de novo.