Together escrita por Lady Holmes


Capítulo 35
The Last Moriarty


Notas iniciais do capítulo

Então, é claro, vocês devem deduzir o que eu quero dizer com o nome do capítulo. É meio óbvio. O que eu sei é que, na minha mente, não há outra maneira de acabar com tudo, se não essa. Porque, se Jen ou qualquer outro não fizesse isso... Todos sabemos o que iria acontecer. Ele simplesmente iria voltar, e voltar e voltar, transformando a vida dos dois em uma grande merda. É por isso que Mars precisou fazer isso. É por isso que ela colocou o ponto final. Bem, nesse capítulo vocês irão descobrir a palavra que, vou ser bem sincera, foi uma ideia que tive de última hora. Espero que gostem. Ah, andaram perguntando se estamos no fim da fic... Bem, infelizmente, sim. Há alguns capítulos ainda, algumas coisas que precisamos colocar na história e algumas surpresas que eu acredito vão deixar todo mundo pasmo, mas é isso. Basicamente, a aventura termina aqui. O que vem depois são explicações, festas e embaraçamentos... Bem, e a minha BIG surpresa final, que eu prometo, é linda de morrer!



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As ruas movimentadas de Londres não permitiam que Jennifer fosse mais rápido. A cada momento em que tinha de parar, a cada sinaleira, cada fila de carros, era um ataque de pânico. Ela precisava atravessar a cidade e chegar a fábrica abandonada onde Luke e Sherlock estariam em uma guerra mortal. Ela sabia que nenhum deles se entregaria fácil, apenas temia que Sherlock fosse aquele a perder a chance.

E ela não suportaria viver a vida sem seu consultor detetive. Não outra vez.

Novamente a sinaleira abriu, dando passagem aos carros e as poucas motos da cidade. Jennifer acelerou e saiu do tráfego pesado, pegando uma rua secundária em direção ao local. Com isso, sem carros trafegando e impedindo sua passagem, ela pode acelerar o quanto quisesse. Ao longe, viu o carro de Greg segui-la. Abriu um sorriso. Era bom saber que havia pessoas para ajudá-la.


Na fábrica, Sherlock e Luke estavam em uma batalha semi mortal. Socos, chutes, pontapés e chaves de braço rolavam soltas como em um ringue. Luke parecia mais forte e mais hábil que Sherlock, quando você o via. Mas Holmes era muito melhor do que se podia imaginar. Ele conseguia desviar da maioria dos golpes e conseguia atingir Berrigan em locais estrategicamente escolhidos que causavam um abalo em Luke. A luta se seguia assim. John, que a assistia ao longe junto de Mycroft nada podia fazer. A guerra era entre eles e, todos sabiam, que se alguém interferisse nisso, sem terem o aval de Lestrade de que Jen está segura, a loira teria menos chances ainda. Foi quando o celular de Watson vibrou, alertando que havia recebido uma mensagem.

“Jennifer está bem e indo na direção de vocês.” John sorriu. Sabia que a jovem sempre conseguiria fugir, não importando o que fosse. Ela era Jennifer Mars, afinal de contas, se alguém conseguia, seria ela.

– Mycroft! - John falou, mostrando a mensagem. O Holmes mais velho concordou e ambos foram em direção de Luke e Sherlock.

– Você trouxe seus pets, Holmes? Eu lhe avisei para vir sozinho. - Luke comentou. Sher sabia que, se Watson e seu irmão estavam aparecendo ali, significava que Jennifer estava a salvo. - Agora eu vou ter que ligar para Davis e pedir que ele a mate antes o que fogo o faça. - Luke se afastou de Holmes que foi segurado por John. Berrigan pegou o celular, ligando para o telefone de Davis... Ninguém atendeu. Presumindo que Davis estivesse se divertindo com Mars, ligou para Lionel, afinal, ele sempre pareceu o mais profissional ali... Apenas um grande e vazio nada. Nenhum dos dois atendeu o telefone. Isso era um sinal ruim. Um péssimo e horrível sinal.

– Da próxima vez que me quiser morta, Luke, o favor de se dignar a fazê-lo você mesmo. - A voz de Jennifer soou e ela apareceu na entrada secundária da fábrica. Carregava a arma apontando para a cabeça do falso namorado. - Davis manda lembranças.

– Como...? - Ele pareceu pensar. Não havia como fugir dos dois. Não que Jennifer não fosse capaz de, por exemplo, enganar um deles, mas havia o outro. Havia alguém para pegá-la...

– Lionel teme uma brilhante recaída de consciência, acredita? Atacou Davis, me deu a chave de uma moto e esse lindo revólver que, se tudo correr como eu planejo e, convenhamos, vai acontecer, vai ser um das últimas coisas que você vai ouvir na vida. - Sherlock olhou para sua loira e tentou se soltar de John. Por algum motivo, o doutor ainda o mantinha preso. Mas ele sabia o porque. Luke não poderia sair vivo dali ou ele apenas continuaria sendo uma ameaça. Alguém tinha que fazer o trabalho... Mas porque ela? Jen estava com a roupa rasgada, havia alguns cortes, não tão profundos e que já nem sangravam, por todo o corpo, algumas partes do corpo já estavam ficando arroxeadas. Como sempre, ela saíra mais ferida do que qualquer um. Ele permitiria que ela marcasse a alma com uma morte?

– Você não vai me matar, Jennifer. Você gosta de mim, lembra-se? - Jennifer riu. Ela estava tão cansada disso. Tão cansada desses homicidas malucos perseguindo sua sombra a cada passo da sua vida. Isso tinha que parar enquanto todos estavam bem. Enquanto Holmes estava vivo, John e Mary estavam bem. Ela não se importava mais em ser certa, e sim em estar a salvo.

– Claro, seu doentio plano. O que pensou que fosse acontecer, sinceramente? Que, no final, eu fosse, não sei, me render para você porque eu estaria tãaaaaaao apaixonada e não conseguiria viver em um mundo que você não me desejasse? Pelo amor dos deuses Moriarty. Você é um nada. Um gigante nada. - Ela começou a se aproximar do jovem moreno. Luke quis se afastar, contudo, olhar de Jennifer era claro: se ele se mexesse, as chances iriam diminuir perigosamente, por isso, Berrigan continuou no lugar que se encontrava. - Vamos tratar de negócios sim?

– E que negócios eu posso ter com você, Mars? - Jen abriu um sorriso.

– A senha. - Luke gargalhou.

– Você realmente pensa que só porque tenho uma arma apontada para mim eu vou, de boa vontade, revelar a senha para que você e seu amado Sherlock Holmes possam viver felizes para sempre? Acho que não. - Então ele virou-se para Holmes, que se encontrava atrás dele. Jennifer não tinha criado a coragem de olhar seus amigos ali, e muito menos, o Holmes mais novo. O que ela estava prestes a fazer era errado, sabia que John iria tentar persuadi-la a não fazer. E sabia que ele conseguiria. Porém... Moriarty só deixaria de ser um problema quando estivesse morto e enterrado a sete palmos, ou até, cremado e jogado aos lobos. - Sabe Sherlock, muitas vezes eu a encontrava chorando de saudades. Chorando sua falsa morte. Você gostava de vê-la sofrer assim? - Jennifer não olhou para o namorado, apenas puxou Berrigan e deu-lhe um soco no estomago.

– Vamos tentar de novo, sim? A senha.

– Nunca. - Disse Luke, quase sem fôlego. O problema era que, sem a senha, Berrigan não podia ser morto. Não havia maneiras, após sua morte, que fossem revelar a senha.

– Posso não matá-lo Luke, mas se existe uma coisa que sei é que não vai existir pessoa mais furiosa que eu e, quando eu estou furiosa, pessoas ao meu redor se machucam. Machucam feio... - Nenhuma resposta. - Afinal, o que seu papai doido poderia usar como senha? Qual seria a palavra? O que significaria tanto para um homem tão maluco a ponto de escolher como senha? O que seria tão irônico e óbvio, qual seria a palavra que salvaria Sherlock Holmes? - Luke lançou-lhe um olhar curioso, o qual, de inicio a jovem não compreendeu. Foi quando a menina parou. Congelou ali, como se estivesse vendo seus pais ao seu lado, ou Jim rindo da cara de idiotas que ele conseguia ainda fazer os outros ficarem. A palavra era óbvia. A palavra sempre foi tão óbvia. O que, ou melhor, quem, salvaria Sherlock Holmes? Quem sempre colocaria a vida a frente de uma bala pelo jovem detetive consultor? Quem morreria por dentro quando Holmes estivesse morto?

Jennifer. Jennifer Mars.

Ela se aproximou do corpo curvado de Luke e sussurrou-lhe ao pé do ouvido:

– Jennifer. - O jovem moreno tentou fingir que não sabia, que essa não era a palavra. Mas no exato momento que Jen terminou de dizer o próprio nome, Luke segurou o ar. Seria imperceptível a qualquer um. Todavia, Jennifer não era qualquer um.

– Foi um extremo prazer conhecê-lo Luke. - Ela iria apontar a arma quando ele a atacou. Os dois rolaram no chão de terra e, no meio de socos e estalos, ouviu-se um tiro e então, tão de repente começou, parou. O corpo de Luke Berrigan caiu, desfalecido e sangrando, em cima de Jennifer Mars.

O último do clã Moriarty estava morto. Agora, todos podiam, finalmente, estar em paz.


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Notas finais do capítulo

Também fui questionada sobre uma possível terceira temporada e, sendo que eu amei escrever sobre Jen e Sher, acredito que, se não houver uma III, haverá um spin-off, ou seja, um tipo de especial, que irá tratar do episódio 2 da II temporada da série. Porque, para aqueles que se lembram, Jen conheceu Sherlock após a aventura com Irene, mas antes dos amigos aventurarem-se em Baskerville. Seria a aventura reescrita, com Jen introduzida no meio. Porém, ainda não há certezas. Eu preciso de ideias para a III temporada e, se eu recebe-las, terei um grande prazer em realizá-la. XOXO
Acabei tendo algumas ideias e gostaria de saber o que vocês acham de Jen e Sherlock envolverem-se com personagens de uma série americana. A princípio pensei em Bones. Porém, claro, já tenho outras ideias para a III temporada!