Together escrita por Lady Holmes


Capítulo 25
The true and the lie


Notas iniciais do capítulo

Sempre imaginei como seria para ela descobrir que Sher morreu para salva-la. Bem, aqui está. Outra coisa: eu fico imaginando a cena de um Holmes e um Watson se encarando e então John pergunta para Sherlock se ele realmente a amou e ele não consegue responder de outra maneira... Bem, vocês vão ver.
AGORA, MEUS AMORES, TENHO ALGUMAS COISAS A DIZER: SOU, OFICIALMENTE, UMA UNIVERSITÁRIA! Ontem foi minha formatura sabe *-* caralho, tirando uns poréns que eu tive de assistir (leia-se pessoas que eu cultivo algum sentimento engolindo outras que eu considero amigas)foi MUUUITO FODA! HÁ, eu li o discurso de homenagem para os pais o/ E, pelo fato de eu exalar alegria, estou dando a vocês mais um capítulo além desse. O que significa que, depois do próximo capítulo que eu vou postar logo em seguida, será O CAPÍTULO! HÁ, sei que vocês vão amar esse e o outro. BEIJOS!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/236682/chapter/25

Ela chegou ao 221B na manhã seguinte. Cansada, molhada da chuva que começara as três da madrugada e com olhos vermelhos de choro. Ela não passou a noite inteira caminhando. Não. Ela caminhou até as cinco da manhã á casa de John e pediu abrigo para Mary que estava chegando do plantão.

- Jennifer! - A mulher disse. A garota que estava vestida como uma vadia, molhada e chorosa abriu um pequeno sorriso.

- Tudo bem que eu ficar aqui até que a chuva passe? - Mary concordou, abrindo a porta para a jovem. - Mary... você poderia não contar ao John que estou aqui? Eu... Não acho que seja uma boa idéia. - Disse a menina.

- O que aconteceu Jen?

- Eu descobri algumas coisas... Sobre aquele dia... Sobre o dia mais horrível da minha vida. - Ela sabia que isso significava o dia que Holmes havia se suicidado.

- Posso saber o que é, pequena? - A mulher havia abraçado a molhada Jennifer maternalmente. Ela não respondeu, mas deixou as silenciosas e quentes lágrimas rolarem e Mary as percebeu. - Deve ter sido algo ruim.

- Ele morreu por nós. - Jen falou baixinho. - Moriarty ameaçou cada pessoa que era importante. Era morrer eu nos ver morrer. Um a um. 

- Ele fez o que achou certo.

- MAS NÃO FOI O CERTO PRA MIM! - Jen gritou, furiosa. Agora, era óbvio, que John havia acordado. - Desculpe-me. Mas não consigo aceitar. Não é possível eu aceitar que ele morreu para que eu continuasse, sozinha, nessa maldita, sem sentido e vazia vida.

- E você acha que ele ficaria feliz que você, John, Mrs. Hudson, Lestrade e quem mais Moriarty tenha ameaçado, estivesse morto por causa dele? Não, ele não estaria Jennifer. Ele estaria pior que você nesse momento, por que ele estaria sozinho.

- As vezes é assim que eu me sinto. - Foi apenas o que Jen respondeu.

- Ah é? - Foi a voz de John que surgiu da porta da sala. - Eu sei que fala isso porque está com raiva, confusa e com medo. Mas também sei que se fosse você lá, Jen, você faria a mesma coisa em um piscar de olhos. - Jen não respondeu. Não havia uma resposta para isso porque isso era a verdade. Ela o faria. Faria correndo, sem nem ao menos pensar duas vezes. Faria qualquer coisa para mantê-lo vivo.

- Eu não quero falar com você. Já lhe disse isso uma vez, Dr. Watson. - John arqueou a sobrancelha direita, se aproximando da menina.

- Você tem que parar de ser teimosa e isso só para começar. Tem que parar de achar que pode com tudo, que pode com todos. Tem que parar de achar de chorar, que demonstrar fraqueza é ruim. Jennifer, se continuar segurando tudo para si você vai acabar explodindo.

- EU SOU FORTE. E TEIMOSA E CHORAR É UMA FRAQUEZA JOHN! Eu não posso... Quando eu chorava... Toda vez que eu chorei, foi para que as outras pessoas rissem de mim. Toda vez que fui fraca, alguém se machucou, se feriu. Ser teimosa prova meu ponto, e eu sempre estou certa. É só uma questão de ângulo. Para você, chorar nunca foi visto como uma fraqueza porque não havia crianças apontando para você e rindo. Ser fraca, deixar que os outros tomem conta de você nunca causou morte e ferimentos para as pessoas ao seu redor. Você não tem a pressão de estar sempre certa, porque se errar, pode ser seu último erro. Não John. Você pode errar, sua vida não depende disso. Pode chorar, pode ser protegido... MAS EU NÃO! - Ela chorava, cada vez mais alto e mais forte. O sol havia nascido, mesmo assim ela ainda estava gélida da chuva. Parecia uma manhã triste, uma manhã fraca... Ele a abraçou e, ao invés do que ela achava que era o certo, que era se afastar do homem, ela apenas deixou ser abraçada e confortada pelo velho amigo.

- Eu sei... Dói, eu sei. - Ele disse. - Sherlock não iria querer ver você assim, Mars. Nunca em toda a vida dele. - Ela concordou, mas continuou chorando desesperada.

Aquilo continuou por minutos a fio. Apenas quando já eram sete e vinte passado, ela respirou fundo e pediu licença, dizendo que se dirigiria ao 221B para dormir. E foi o que vez. Chegou no flat, tomou um banho e caiu na cama, esquecendo de tudo em um sono tranqüilo e sem sonhos. Seus olhos ardiam do choro e seu corpo ainda tremia do frio, mas pelo menos não sonhava. Não tinha seus pesadelos habituais lhe interrompendo no sono preciso.

John tinha o dia de folga e, por isso, Mary e ele decidiram ter um passeio. Foram a várias lojas vendo coisas para a pequena Jennifer que iria nascer. Ela seria a menina mais paparicada de toda Londres, disso poder-se-ia ter certeza. Depois de um almoço gostoso em um pequeno restaurante, o favorito do casal, Mary foi a casa de Victoria, uma amiga de faculdade, que estava para ter um menino daqui dois dias. John se dirigiu para casa e, quando entrou, escutou um som de violino vindo da sala. Era Danse Macabre. A música preferida de Jennifer. Ele se dirigiu cauteloso para a sala onde encontrou o violinista sentado em uma poltrona, de olhos fechados e vestido como sempre esteve. Um terno e camisa sem gravata. Aquilo só podia ser um sonho. Ou ele era um fantasma. Não que John Watson acreditasse nisso, mas acreditava que nem tudo teria explicações.

- Ah John, não escutei quando você chegou. - O homem disse.

- Você está morto. - Foi o que Watson conseguiu murmurar, ainda assustado. 

- Bem, nem tanto assim. - Disse o velho amigo.

- Eu fui ao seu velório. EU SENTI SEU PULSO, HOMEM DE DEUS! - Ele estava tendo um ataque de pânico.

- Foi forjado. - Ele disse, simplesmente.

- Você... fingiu? Por todo esse tempo deixou que eu, não, pior, que Jennifer achasse que você estava morto?

- Foi preciso. Ainda é, para Jen. - Sher disse. John não se conteve, lembrando-se da cena de hoje mais cedo, e deu um soco em cheio no rosto do amigo.

- Ela está beirando a insanidade. Não quer ajuda, afasta as pessoas... Quase foi morta por um garoto que ela acha ser a único que irá fazê-la te esquecer... Você imaginou que poderia deixá-la tão quebrada?

- Há pessoas meu querido amigo, que irão puxar o gatilho assim que eu aparecer para ela. Você não compreende... Eu... Tive de fazer. - Holmes falou, sentando-se na poltrona mais uma vez, ainda esfregando o lugar que o amigo havia socado.

- Você ao menos a ama? - Foi o que Watson pediu. Sherlock ficou parado por dois segundo e então ficou de pé em menos de um milésimo. Se aproximou do amigo e respondeu o soco a altura.

- Nunca duvide disso, Watson. Eu não fiz tudo que fiz porque a odeio. Fiz tudo que fiz pois sou egoísta de mais para viver uma vida sem ela. - E sem você. - E sobre Berrigan... Estou pensando em um jeito de fazer a máscara cair. Mas Jennifer conseguiu irritar três homicidas loucos querendo o sangue dela de uma vez só, o que torna meu trabalho... complicado. - Ele se sentou.

- Três?

- Oh sim. O filho de Moriarty, Davis Turner, e um serial killer obcecado por mulheres. - John parou de escutar quando Holmes disse o filho de Moriarty.

- Filho de Moriarty? Você acabou de dizer que aquele demônio está morto, mas temos outro, tão louco quanto, brincando com nossas vidas? - Holmes concordou e completou:

- E pior, ele tem o coração de Mars em mãos.

- Luke! Eu sabia que aquele garoto não era confiável... Isso explica o que Irene quis dizer com o afaste-se de Luke Berrigan. Toda essa história virou uma guerra! - Sherlock concordou.

- É, ouvi dizer. - Disse Sher pegando o violino e tocando outra sinfonia. - Mas é uma questão de tempo. Eu apenas preciso da senha. A palavra que irá fazer os atiradores de Moriarty abaixarem as armas e encerrarem o trabalho... sem puxar gatilhos, é claro.

- Enquanto isso, vais deixá-la como ela está. - John discordava, mas entendia que era a única forma de protegê-la.

- Não acho outra saída. Já estou correndo um risco em estar aqui contando-lhe... Mas achei que já estava na hora. Estou perto da senha e logo poderei voltar ao flat.

- Se ela não te matar primeiro. - Disse ele, divertido.

- Oh sim, imagino o que ela irá fazer... - Ambos riram. - Ela continua teimosa, inteligente e completamente sarcástica?

- Um pouco pior, um pouco melhor, depende do dia. - Sherlock sorriu.

- Só quero que ela fique bem... Tente afastá-la de Luke, mas não se afaste dela. É preferível que deixe-a com a cobra, contando que esteja perto o bastante para injetar o antídoto. Agora tenho que voltar as ruas e terminar esse serviço, foi um prazer revê-lo John. - Ele não deu tempo para que o velho amigo respondesse e saiu porta a fora. Mary, que estava chegando, viu o homem estranho saindo de sua casa e torceu a face.

- Quem era? - Pediu Mrs. Watson quando ela entrou.

- Se eu contasse... Não iria acreditar. - Ela pareceu não compreender.

- Como?

- Sherlock Holmes, Mary. Era Sherlock Holmes. Vivo, respirando e em carne e osso. - Mary arregalou os olhos e se sentou. - Vamos, vou lhe contar tudo. - E então, Watson começou a explicar a história à sua mulher. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Together" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.