Imouto escrita por Metamorphosis


Capítulo 1
Prologo.




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Eu já estava ficando tonto com tanta movimentação naquela sala. Com certeza ali era um espaço pequeno para seis pessoas ficarem sem falar que um deles não parava de andar pelo cômodo mesmo com as ameaças. A agitação deste era tanta que não sei como ainda não amarraram aquele poste pixado em uma cadeira. Eu tenho que fazer alguma coisa.

_ Miyavi! Para um pouco! Está me deixando tonto de tanto que anda de um lado para o outro. – disse ao moreno maior que qualquer um naquela sala, mas acho que meu pedido não ajudou em muita coisa, ele só mordeu o polegar e continuou a andar de um lado para o outro.

Aquilo já estava ficando irritante, minha calma já se esvaiu e eu não estava mais tão deliberante quando há alguns anos atrás, não que eu seja velho, mais depois que se entra no colegial, calma não é bem uma característica da adolescência e eu já não era muito calmo de natureza. Apenas me levantei do banco onde eu estava sentado e fui até ele.

_ Kou-chan! O que vai fazer? – Perguntou-me um baixinho loiro que estava vendo aquela situação deplorável de perto. Matsumoto Takanori, ou Ruki como prefere ser chamado. Uma graça de pessoa, mas irrite-o para ver se a sua parte mais sensível não é golpeada sem nem um pingo de ressentimento. Sociopata.

_ Fazer o trem descarrilado parar. – Afirmei para Ruki sem lhe dirigir o olhar, ele entendeu o que eu ia fazer e já se levantou do lugar. Eu apenas parei no meio do caminho do Miyavi e quando este me viu estanco no lugar. – Para!

Com as mãos em seus ombros tatuados fui o empurrando até a cadeira onde Ruki estava o forçando a se sentar. Ele me olhava interrogativo com aqueles olhos azuis falsificados e soltei um sorriso de canto para ver se acalmava um pouco a criança – nota: temos a mesma idade.

_ Acalmou? – Perguntei e ele massageou o rosto com as duas mãos. Acho que não, é.

_ O que houve Miyavi? Por que essa aflição? – Perguntou o moreno ao seu lado, Shiroyama Yuu, ou Aoi, como ele sempre suplicava para chamá-lo. Eu o chamava de Shiroyama, mais por implicância do que por educação, adorava ver essa Gretchen Africana nervosa. Enfim, o caso que agora a preocupação era o Miyavi e por que dessa preocupação toda.

_ N-Nada! – respondeu receoso, brincando logo em seguida com o piercing que tinha em seu lábio inferior.

_ Ah, vá à merda Miyavi! Quer mesmo que acreditemos que não é nada se está há quase uma hora ai quase perfurando o chão de tanto que anda? – O loiro da faixa respondeu já alterado. Suzuki Akira, Reita como era apelidado. – Vai falando, o que aconteceu?

_ É... Conta! Quem sabe não podemos ajudar? – ouvi a voz atrás de mim e olhei pelo ombro a fofura em pessoa falar. Uke Yutaka, Kai como todos o chamavam. Este se levantou e ficou ao meu lado com os braços cruzados. Kai era assim, não conseguia ver uma pessoa aflita que já quer ajudá-la. – Pode falar...

Se depois dessa o Miyavi não falar, tenho certeza que o Reita vai até ele só para lhe dar um soco no meio da cabeça. O tatuado apenas suspirou forte, tampou o rosto e apoiou o cotovelo nos joelhos e ficou em silencio, Reita já estava se levantando e vindo até nos com os punhos serrados, quando ele levantou o rosto na minha direção. Antes que Reita pudesse fazer alguma coisa, Ruki o segurou pelo braço para não fazer nenhuma besteira.

_ Meu pai quer acabar comigo... – Ele comentou olhando para mim enquanto que Kai se sentava ao seu outro lado.

_ Se for assim, metade da escola quer. – Aoi comentou e quem levou um tapa foi ele, e não foi de Reita, foi de mim. – Ai! Por que fez isso Uruha?

_ Pra você ficar calado e deixá-lo falar. – Retruquei e cruzei os braços olhando para Miyavi. – Continua.

_ Ele, como eu já disse para vocês, se divorciou da minha mãe quando eu era pequeno e foi para a Coréia, não me pergunte qual das duas que eu não sei... – continuou e desviou o olhar para a mesinha que tinha atrás de mim. – E mandou um “presente para mim”.

A cara de pânico e desgosto na face de Miyavi era até preocupante. O que será que ele havia mandado para Miyavi? Olhando ao redor, todos estavam com a mesma cara curiosa que eu tenho certeza que eu estava e, agindo antes de mim, Ruki foi direto perguntando.

_ E que presente é esse? – o menor perguntou inclinando o corpo um pouco na direção de Miyavi.

_ Minha irmã mais nova... – ele respondeu com uma cara ainda maior de desgosto.

_ Irmã? – Aoi olhava espantado para o moreno ao seu lado. – Não disse que era filho único?

_ Nunca disse isso, você que deduziu sozinho. – Miyavi voltou ao normal, é. Já esta com a cara de sapeca de sempre. – Quando meus pais se divorciaram, ele levou minha irmã com ele e eu fiquei com a minha avó.

_ Espera ai! – Reita falou chamando a atenção de todos para ele. – Se seu pai levou sua irmã para a Coréia, por que você ficou com sua avó ao invés de ficar com a sua mãe.

_ Eu também não entendia muito isso, mais um dia eu perguntei para a minha avó e ela me disse: “É por que ela via o seu pai em você!” – Miyavi disse a ultima frase com uma voz fina e fazendo graça, tirando alguns risos de nós. – Mas agora falando serio! Não sei como vou fazer? Desde que minha avó morreu, moro sozinho e não sei como vou fazer para agradá-la...

_ Miyavi, quantos anos ela tem? – Kai perguntou ficando de lado na cadeira, voltado para o Miyavi.

_ Ai que tá, nem lembro com que idade ela foi para lá! – ele respondeu todos suspiramos cansados. – Ah, qual é? Eu tinha o que: Cinco ou seis anos quando eles foram embora?! Se for sete é muito!

_ Isso não ajuda em nada! – Reita resmungou se sentando ao lado de Aoi cruzando os braços.

_ Assim como o seu mau-humor! Vai dar a bunda que melhora! – disse para o de faixa que apenas mostrou o dedo do meio para mim enquanto os outros riam. – Miyavi, ao menos o nome dela você sabe?

_ Sim! Isso meu pai me disse! Pela minha sorte, ela foi registrada aqui com o sobrenome da minha mãe... Etto... – Ele revirou os bolsos da calça procurando alguma coisa, até tirar um papelzinho no bolso da frente da calça jeans. – Etto... O nome dela é Ishihara Haruhi.

_ Quando ela chega? – Reita perguntou, acho que a brincadeira o acalmou, por que ele parecia mais sereno.

_ Amanhã de manhã! – Retiro o que eu disse.

_ Amanhã e você não fez nada para recepcionar sua irmã! – Reita vociferou indo na direção de Miyavi e dessa vez precisou que eu e Kai segurássemos a fera, quanto a Miyavi, esse pulou em cima do Aoi agarrando o pescoço do moreno com uma expressão de medo.

_ Eu não tenho culpa! Ele me avisou hoje de manhã! – Miyavi disse ainda agarrado em Aoi que estava louco tentando se separar do maior, mas não conseguia.

_ O que temos que fazer é... – Ruki começou segurando o queixo com a mão direita. - Dar um jeito na casa do Miyavi para ele receber a irmã amanhã... E... Fazer uma plaquinha com o nome dela para ela saber quem o irmão é!

_ Coitada da garota! Vem do caos para o inferno! – Reita disse sorrindo maldoso Miyavi apenas mostrou seus dedos médios. Double Fuck yeah, he!

_ Não liga para a calopcita punk, vamos te ajudar Miyavi. – Kai disse bagunçando as madeixas negras de Miyavi.

E dá-se inicio a operação: Welcome Imouto.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem. Quero reviews.