Eu não acreditei no que via, se assim como eu, Cinthia tivesse se tornado uma imortal, não acredito que ela conseguiria ceder ao impulso de correr e abraçar aquela pobre humana sem estilo e desgrenhada. Como pode... ela nem parece que tem o sangue das Brandon correndo em suas veias, tenho que mudar sua concepção de estilo urgentemente ou eu não me chamo Marie Alice Brandon, agora uma Cullen.

Estava me segurando no meio do estacionamento, morrendo (como se isso fosse possível) de vontade de correr e abraçar aquele serzinho e acusá-la de estar cometendo um crime fashion e de estar acabando com a boa reputação das Brandon. Tudo bem que ela nem carrega mais o sobrenome Brandon, mas ela é uma de nós! Não importa... nós não temos culpa se papai era filho único e suas filhas ( obviamente eu e Cinthia) não poderiamos dar continuidade ao nome da família, nós sempre seríamos os Brandon. Ela estava ali, encostada em sua picape horrorosa com aquela roupa horrorosa, e ai meu Deus, o que aconteceu com o cabelo dela?

Isabella Marie Swan (eu já falei que odiei esse sobrenome?!), estava no estacionamento perdida em pensamentos enquanto analisava secretamente o mapa da escola, ela tinha longos cabelos marrons arruivados, a pele era quase tão branca quanto a minha, e tinha olhos da cor do chocolate, os mesmos de mamãe, de Cinthia e também os meus, ela me lembrava muito minha pequena Cinthia com sua boca rosada a beleza tão comum mais ao mesmo tempo única. Se eu pudesse chorar, estaria banhada em lágrimas agora de tanta emoção.

O Jazz não entendia o que estava acontecendo, provavelmente minhas emoções estavam deixando ele maluco, e também muito curioso, minha mente fluía entre a incredulidade, felicidade, amor, carinho, raiva (ela bem que podia estar vestida decentemente não é mesmo?). Olhei pro Jazz e antes que ele tivesse que perguntar eu respondi sua pergunta ainda não formulada.

- Ela é uma descendente Brandon Jazz! – eu disse.

Choque passou por seu rosto, ele sabia que eu monitorava minha família antiga desde que eu descobri meu passado. Não entendi o que se passava por sua cabeça até que ele faz a pergunta que eu já havia acabado de ver.

- Allie, o cheiro dela...

- Sim Jazz... – eu disse já sabendo o que o preocupava, nós descobrimos que quando eu era humana, meu cheiro era tentador aos vampiros. – é melhor a gente sair daqui antes que ela se aproxime demais.

E assim saímos, não antes de ter uma visão perturbadora. As poucas pessoas no estacionamento me olharam como se eu fosse uma doente, mas eu já havia me acostumado com esses olhares atravessados. Senti o aperto de Jazz e voltei a ‘realidade’. Ele ia drená-la, NÃO, eu não deixaria, ela é minha família e não iria perder a vida por culpa do meu irmãozinho. Pensei em uma estratégia que mudasse esse futuro terrível, pois eu não poderia permitir que o Edward a machucasse, pois eu tinha certeza absoluta, se ele a matasse eu jamais o perdoaria, perder a amizade do meu irmão mataria um pouco de mim! E foi assim que uma nova visão surgiu.

Minha querida Bella entrou na sala de Biologia apressada, seus cabelos voaram e seu perfume preencheu todo o ambiente em segundos, meu pobre irmãozinho se segurou na carteira, quebrando pequenos pedaços devido a pressão que estava causando ao frágil material. Suas feições transmitiam choque e desespero, mas logo mudou para confiança e fé, nesse momento ele acreditou que iria conseguir resistir, ela viveria e isso era o que importava, a visão mudou dando espaço a uma outra muito mais agradável a mim, ela voltava pra casa, viva, mas a seguinte me deixou triste novamente, ela chorava no seu quarto sem entender o que poderia ter provocado tamanha rejeição. Eu fiquei com pena, mas ela estava viva e isso pelo menos a manteria afastada da minha família.

- ALICE! Alice abre os olhos! O que você está vendo minha fadinha, diz pra mim, suas emoções estão me deixando maluco, o que está te deixando triste? – dizia um Jazz desesperado e confuso a minha frente.

Pisquei algumas vezes para voltar ao foco e percebi alguns olhares em cima de mim. Sorri do modo mais esnobe que pude fazendo com que muitos desviassem o olhar.

- Eu vi o Edward a matando e ...

- Allie nós não podemos deixar que ele faça isso, nós estamos na escola! – ele praticamente sussurrou essa parte.

Antes que o Jazz influenciasse a Forks High inteira com o seu medo, resolvi tranquilizá-lo.

- Ele não vai matá-la, não mais. Eu tive outra visão depois disso. Vamos conversar com ele, agora! – peguei meu lindo celular rosa com pequenas pedrinhas de brilhante incrustadas (presente do meu Jazz!!!) e liguei pro meu irmãozinho. Chamou algumas vezes até que finalmente ele atendeu sua irmã preferida.

- Ed, vem pro estacionamento agora.

- Mas Alice, a aula já vai... – eu resolvi corta-lo antes que meu tempo acabasse.

- É por isso mesmo, vem pra cá agora! – eu disse sem dar outra alternativa  pra ele.

- Tá okay baixinha! – eu já disse o tanto que eu odeio ser chamada de baixinha? Não? Pois então eu poderia matá-lo agora se ele não fosse meu irmãozinho!

- Acalme-se Allie – o meu Jazz disse baixinho no meu ouvido e uma onda de calmaria me atingiu.

- Obrigada! – foi só o que eu consegui dizer naquele momento.

Exatamente um minuto se passou e eu vi ele se aproximando com cara de espanto, o meu Jazz devia estar passando tudo pra ele silenciosamente.

- Como Alice? – Edward perguntou sem entender. Eu repassei minhas visões e ele ficou assustado, não queria ir pra aula com medo de que algo desse errado.

- Calma Edward, não confia nas minhas visões? Você não vai atacá-la! – eu disse o mais tranquilamente possível.

- Mas Allie... – eu o cortei repassando minha ultima visão na qual ela chorava por ter sido visivelmente rejeitada e ignorada durante a aula. Estranho, eu pude ver dor nos olhos do Edward nesse momento e o Jazz nos olhou inquisitoriamente, eu não entendi o que estava acontecendo.

E foi assim, o Ed foi pra aula e enquanto isso eu fiquei olhando o futuro de toda minha família, que inclui a Bellinha é claro! Ai eu to tããão feliz de ver uma Brandon tão de pertinho que dá vontade de ir lá e aperta as bochechas, é claro que eu ainda não cheguei tãoooo pertinho assim, mas já é mais do que eu cheguei perto de qualquer outra né!

- Allie, pára de quicar! Tá todo mundo olhando meu amor! – o Jazz disse tentando conter minha felicidade... como se fosse possível! Eu poderia explodir agora de tantaa alegria.

Já estávamos no intervalo, o Ed não conseguia ouvir a Bella, achamos que ela é talentosa! Tinha que ser! Ela é minha sobrinhatataraneta (será que isso existe, há se não existia, agora existe!), tinha que ser talentosa mesmo, só não entendo porque ela herdou meu talento, minha beleza, meu cheiro, meus incríveis olhos chocolate (é eu tinha lindoos olhos chocolate quando humana, eu descobri tem pouco tempo), mas me diz PORQUE ela tem tamanho MAL gosto pra roupas, eu não posso deixar assim, eu tenho que virar a melhor amiga dela e destruir esse guarda-roupas pavoroso que ela tem! Nem que eu tenha que queimá-lo e olha que nós vampiros morremos (como se fosse possível!) de medo de fogo!

- Allie você me mata com esses seus pensamentos sabia! – dizia um Edward boboca rindo da minha cara. Da MINHA cara, vê se pode!

Mostrei língua pro meu amado irmãozinho! Toma essa Eddiezinho! Eu pensei. – ele odeia quando chamam ele de Eddie, Eddiezinho então! Rá!

- ALICE!!! – resmungou meu querido Eddie! Haha eu ria com esse pensamento e meu irmão me fuzilava com olhar, todos na mesa perceberam que eu estava irritando meu irmão e começaram a rir da cara dele junto comigo!

- O que foi Eddie? – fiz cara de inocente. E o Emmet que já ria sem saber porque começou a rir mais ainda quando percebeu que eu estava chamando meu irmão pelo apelido ‘carinhoso’ que ele criou..

Logo tivemos que voltar pra nossas aulas, o futuro do Edward mudava sem parar, ele estava em duvida se ia pra aula ou não. Liguei pra ele e o convenci de que tudo daria certo. E daria, não daria? Eu vi!

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Como eu previ, Edward conseguiu resistir ao cheiro da minha sobrinha (Vou chamar ela assim a partir de agora. Sobrinhatataraneta é muito estranho. Não contei pros meus irmãos, meu Jazz e o Edd são os únicos que sabem que ela é minha sobrinha)

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Eu conversava silenciosamente com meu irmão, - e... Edd, por favor, mantenha essa parte da história em segredo por favor! Não quero que eles saibam que ela é da minha família, também não quero que ela saiba por enquanto. – eu pensei e ele moveu sua cabeça num silencioso sim imperceptível a qualquer um.

Fomos pra casa, mas ainda no caminho eu tive uma visão perturbadora.

Meu irmão corria por uma linda campina parecia estar correndo de encontro a alguém, ele tinha um sorriso que nunca nesses 50 anos que eu estou com minha nova família, ninguém nunca, jamais viu! Ele estava feliz, choque passou por meu rosto no momento em que eu vi quem era a pessoa pra quem ele corria de braços abertos, era ela... minha Bella, ela seria como nós um dia, eles estavam rindo, comemorando algo que eu não sabia o que era, mas com certeza, era nítido o amor que vinha dos dois, eu nem precisava do dom do Jasper pra ver isso! Minha sobrinha... (tá, eu sei que já passaram muitaaaaasssssss gerações desde minha doce irmã Cinthia, mas ela ainda era minha sobrinha poxa!) minha sobrinha se tornaria uma de nós!

Eu comecei a quicar no banco de trás do volvo do meu irmão e só agora eu percebi que estávamos parados no acostamento, o Jipe do Emm estava parado bem atrás do nosso carro, meu Jazz parecia confuso e o Edward provavelmente ainda estava tentando entender tudo que eu vi e do jeito que eu conheço meu irmão, ele vai entrar em estado de choque em 3...2...1.

- Alice... Como... Não é possível! – disse ele.

- É possível SIM Edward, eu vi! E por mais que você esteja agora nesse momento pensando em meios de impedir que isso aconteça, eu continuo vendo esse mesmo final, não tem nada mais que você possa fazer a respeito! Esse futuro está concreto! Eu vou ganhar uma melhor AMIGA! Yeah! Yeah! Eu ia fazer a dança da vitória agora mas eu ‘vi’ o Edward arrancando meu pescoço e só o devolvendo uma semana depois, era melhor acalmar um pouco, espero que o Jazz me ajude com isso, eu adoro meu corpinho de fada, não quero ficar sem ele por tanto tempo. Ahhh.... eu ainda não acreditooooooo! Melhor AMIGA! Melhor AMIGA! Ahh Edward só uma dancinha? Por favor? Por favor, por favor, por favor? Sim???

Nota da Autora: Bom gente é isso, espero que tenham gostado, deu um pouco de preguiça eu confesso, o final poderia ter sido melhor, mas é que eu to com uma fomee aqui, que eu beberia o sangue do meu chefe se eu fosse uma vamp do mal é claro!