Everything I Ask For escrita por Giu Grecco


Capítulo 1
My Life


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira fic gente *-*
desculpem algum erro
enjoy *-*



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Londres, finalmente Londres. Já era meu 11° dia lá. Eu, Juliana, cheguei na sexta. Sabe o que é melhor? Estou aqui com meu próprio esforço: estudei e passei em uma prova para ganhar uma bolsa de estudos para os dois últimos anos do ensino médio em um dos melhores colégios da cidade. Mas tem a parte ruim também: eu venho de uma família pobre, que vive em São Paulo -Brasil-, e vou ter que trabalhar. Apesar de, além da bolsa de estudos, a tal prova me fez ganhar vale alimentação, transporte e aluguél de uma quitinete, eu tenho que comprar roupas e tudo mais né. E além disso tenho que mandar um dinheirinho pra casa, pois tenho uma irmã e um irmão e está cada vez mais dificil pros meus pais pagar um bom colégio para os dois. Minha irmã se chama Mari e é um ano mais nova que eu -tenho 16 ok?- e meu irmão chama Eric e tem 13 anos. Eles estudam num colégio ótimo, onde só tem gente rica, mas situação em casa está apertada.

Então lá estava eu andando pelo centro de Londres à procura de emprego. Eu queria ser professora quando fosse mais velha, por isso ia nas escolas procurar emprego. Mas era sempre a mesma coisa: Você vem de outro país e seu inglês não é completamente fluente. Além do mais você é nova e pode não ser boa influencia pras crianças. Minha vontade era de responder: Pau no seu cú que meu inglês não é fluente, aproveita e enfia esse seu preconceito no cú também. E mais uma coisa: melhor ter 16 anos do que ser um velho (a) igual você que não faz sexo há uma década. Mas meu juízo e minha educação falavam mais alto e eu apenas fazia cara de merda ou dava um sorriso cínico e saia.

Enfim, estava andando e vi um cabelereiro com uma pequena placa, onde dizia: Nessecitamos de ajudantes e secretárias. Venha fazer parte da nossa equipe. Converse com nossa gerente. Claro que não era exatamente o que eu queria, mas decidi tentar. Se me aceitassem -claro- eu veria o salário e decidiria se ia trabalhar lá. Então entrei no salão. Imediatamente uma ruiva muito bonita com um uniforme azul veio até mim e disse:

–Bom dia! Posso ajudar senhorita?

–Ah, claro. Ér, bom dia. Eu vim atrás do emprego. - eu provavelvente estava corada. A moça era uma total humilhação: tinha cabelos ruivos até a cintura, tinha um belo corpo, seu sorriso era contagiante e ela cheirava a canela. Seu cheiro me hipnotizou.

–Sim, siga-me, por favor.

Então fomos andando pelo salão. O local não era muito grande, mas era limpo e completamente organizado; tudo trabalhava em perfeita harmonia. Logo subimos para o mezanino e adentramos uma sala pequena, onde uma mulher de uns 30 anos estava sentada atrás de uma mesa.

–Com licença, srta Martinéz.- a recepcioninsta ruiva disse.

–Ah, diga.- a senhora sorriu.

–Ela veio à procura do emprego.

Ela assentiu e me mandou sentar. A recepcionista então, nos deixou a sós.

–Bom dia! Prazer, sou Carmen Martinéz. Como se chama?

–Sou Juliana. Prazer.

–Me conte um pouco sobre você!

–Ah, sim. Eu tenho 16 anos e sou brasileira, nasci em São Paulo.Vim para Londres porque ganhei uma bolsa de estudos para os dois últimos anos do ensino médio. Quero ser professora e estava procurando emprego em escolinhas, mas eles meio que não gostam de estrangeiros. Tenho dois irmãos no Brasil e minha família é bem humilde. Acho que é isso.

–Que ótimo, uma brasileira. - Carmen disse com um enorme sorriso no rosto - Eu sou boliviana e vim pra Londres há 5 anos. Adoro o Brasil, é o melhor país que já conheci. Suas aulas já começaram?

–Começam amanhã, eu vou estudar das 7h as 11h da manhã.

–Então é o seguinte. No seu horário, temos vaga para assistente de cabelereiro; você faria coisas como: organizar a bancada, lavar cabelos, secar, pentear... coisas básicas. Trabalharia da 12h as 17h, com um salário mínimo, que dá ér... uns 1000 reais por mês.

(N/A: eu nem sei quanto é o salário, mas deixe assim mesmo, é só pra ter uma noção)

Bem, compensa. Aceitei o trabalho e fiquei um tempo conversando com a srta. Martinéz. Ela era muito simpática e me adorou- coisa rara! Graças a Deus!

Daí meu celular começou a tocar.

–Com licença, preciso realmente atender. -me desculpei.

–Vá.

Atendi:

–Alô.

–Maninha linda que eu mais amo? - minha irmã disse com voz manhosa.

Fala, o que você quer Mari?

–Nossa, eu só to com saudade.

–Meu Deus, como tá o tempo aí em SP, tá chovendo?Nevando? Ah, já sei, tá acabando o mundo?

Chega, né? É sério, como vão as coisas aí?

Acabei de arranjar um emprego em um salão de beleza.

Não, meu Deus. Não vai por fogo no cabelo das gringa hein??

Haha, morri de rir. -disse irônica.

–Que bom que vai tudo bem. Ah, tenho uma notícia ótima também.

–Vish, lá vem merda.

EU PASSEI NA PROVA E GANHEI BOLSA AÍ TAMBÉÉÉM. VAI TER QUE ME AGUENTAR.-Ela gritava pra caralho.

Nããããããããããão. Ok, parei. Que bom maninha! Assim vou ter quem cuide dos três cachorros, do gato e das quatro tartarugas. -brinquei.

Cê tá brincando né?

Claro né HAHAHAHAHAHA.

Bobona HAHAHAHA. Vai lá trabalhar então menina! Tem que sustentar seus filhos! Te amo.

Também te amo.

E desliguei. Eu amo demais minha irmã, ela é minha melhor amiga e eu sou a melhor amiga dela, quer dizer, tem a Luma também, mas eu sou a melhor das melhores. Apesar desse carinho todo ela também me ama. Acho. Ok, parei, ela me ama sim, ai dela se não me amar.

Aí me lembrei de contar ao meu pai do emprego. Liguei e não atendeu e eu deixei uma mensagem pra ele me ligar quando desse.

As coisas eram difíceis pro meu pai. Minha mãe vivia brigando com ele. Tudo ela discordava, tudo ela brigava, tudo ela xingava, tudo pra ela era culpa dele. E ela descontava tudo nele também: estava mal, descontava nele, foi mandada embora do trabalho, descontava nele, até a rejeição minha e dos meus irmãos ela descontava nele. Mas ele era uma ótimo homem, tinha um coração gigante. O problema é que ele não queria se separar; todos queriam, menos ele. E ainda por cima era ele quem sustentava a família: minha mãe estava desempregada há quase um ano.

Melhor não pensar nisso. Vou trabalhar que ganho mais.


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Notas finais do capítulo

mereço alguma review? ):
~le carinha de cachorrinho sem dono~~