Enquanto A Chuva Caia... escrita por KrikaLambert


Capítulo 1
Único.


Notas iniciais do capítulo

Os trechos que usei na fic são da musica "Chasing Cars - Snow Patrol" ... É uma musica que eu acho realmente linda *-----* Pra quem quiser ler a fic ouvindo ela ( recomendo!) Vou deixar links aqui...
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Video: http://www.youtube.com/watch?v=GemKqzILV4w
Audio: http://www.kboing.com.br/snow-patrol/1-41909/
Letra: http://letras.mus.br/snow-patrol/536400/traducao.html
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Não achei que ficou muito boa e desculpem qualquer erro, eu até revisei umas 3 vezes, mas estou morrendo de sono então... saussasa
Boa leitura ^^



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Se eu deitasse aqui

Se eu apenas deitasse aqui

Você deitaria comigo e esqueceria do mundo?





Lá fora, a chuva caia...


Dizem que a chuva é, de todas, a canção mais triste e melancólica quando escutada estando só.

Sentindo-se só.

Uma pequena brecha entre as cortinas da janela era o suficiente para que a luz fraca da lua que se encontrava quase totalmente escondida por detrás das nuvens carregadas, invadisse o quarto em sua cor amarela, meio cinza, meio prateada, em uma linha que atravessava o quarto clara e suavemente. E isso era tudo o que iluminava o corpo pálido e delicado do menino de cabelo cacheado, que se encontrava de pijama encolhido sobre uma cadeira em um canto escuro, abraçando as próprias pernas. Seu olhar era vago, direcionado para o nada. Não havia nada a olhar, nada que possuísse alguma importância real.

Seus pensamentos estavam perdidos, mas seu coração estava bem localizado. Bastou uma batida mais forte para que o garoto de olhos verdes voltasse à realidade a qual não estava muito presente nos últimos dias.

Não que ele estivesse com algum problema grave, é só que às vezes nada parecia fazer sentindo, e tudo o que gostaria era ter outra vida. Não com pessoas diferentes, apenas outros caminhos.

Talvez fosse toda a pressão que Harry precisava enfrentar todos os dias, ou então os cuidados milimétricos que era obrigado a tomar. O fato era que às vezes ele se cansava de tudo aquilo.

A verdade era que mesmo que ele pudesse mudar a direção e seguir outros caminhos, após alguns passos ele voltaria atrás, e começaria exatamente o mesmo caminho outra vez. Porque, ironicamente ou não, a direção que o deixava mal às vezes, era exatamente a única capaz de fazê-lo feliz.

Sua cabeça foi lentamente virada para o lado e em seguida seus olhos pousaram sobre o telefone prateado, que insistia em brilhar em cima da mesinha de madeira ao lado da cama. Saindo de sua posição anterior, sentindo leves dores nas pernas pelo tempo razoavelmente grande que havia permanecido ali, ele caminhou em passos lentos até o objeto que chamara sua atenção, pegando-o e discando números já tão bem conhecidos por seus dedos gélidos.

Eu não sei onde

Confuso sobre como, também

Apenas sei que estas coisas jamais mudarão para nós



Apenas um toque foi o suficiente para que pudesse ouvir o som de voz doce e delicado da única pessoa que fazia realmente sentido em sua mente naquele momento.



– Baby Hazz?

– ...


Nada foi dito alem disso, mas ainda foi o suficiente. Sempre era. Chamadas curtas porem tão bem compreendidas por eles.

Um suspiro pode ser ouvido entre o cantar do vento que soprava entre as folhas das arvores que rodeavam a casa do garoto, após a chamada ser encerrada do outro lado.

Bastava apenas esperar.

E a espera durou apenas alguns breves minutos, até que batidas seguras, porem gentis, fossem dadas do lado de fora da porta do quarto. Harry não disse que podia entrar nem tão pouco foi abrir. Não era preciso. Nunca é preciso permissão quando a pessoa é tão bem vinda, tão necessária. E o garoto de olhos verdes sabia. Tanto que mal acabou de bater e já estava adentrando com cuidado e rapidez. Um pequeno e breve sorriso se formou em seus lábios por constatar o que já sabia: A porta nunca se fecharia para ele.

Deu alguns passos até a cama, onde agora se encontrava o garoto de pijama o olhando nos olhos e assim permaneceram por alguns segundos. Era tudo natural. Era confortável. Podiam ficar se olhando para o resto da vida e ainda assim encontrariam sempre algo novo para admirar.

Bastava olharem nos olhos um do outro para que se encontrassem e achassem o sentido necessário para qualquer coisa que fosse preciso, sempre.


Tudo que eu sou

Tudo que eu sempre fui

Está aqui em seus olhos perfeitos, eles são tudo o que eu consigo ver




– Baby bear...



Harry pronunciou em um sussurro quase inaudível, levantando e estendendo sua mão a Louis, que não demorou a segurá-la, fazendo um leve carinho com a sua. Deixou-se ser guiado pelo de cachos até a cama, sentando-se ao seu lado. Levou as mãos até o rosto do outro e deslizou- a por lá fazendo com que seus cachos fossem para trás da orelha, para logo em seguida encostarem suas testas com o mesmo cuidado que sempre tinham . Fecharam os olhos por um momento e se aproximaram selando seus lábios com doçura.. Ficaram assim por um tempo, naquele quarto escuro, sob a quase inexistente luz da lua.

Não aprofundaram o beijo. Não era preciso, não naquele momento.

Louis segurou em Harry o trazendo para mais perto em um abraço, e se deitou o levando junto, encostando a cabeça do menino em seu peito. Suas mãos se uniram em um encaixe perfeito e assim ficaram até que com leves piscares de olhos, os dois adormeceram.

Era tudo o que precisavam, era tudo o que sentiam, era tudo o que eles eram. Não precisavam de muitas palavras, não precisavam de nada, nada mais do que estar nos braços um do outro.

Estavam em casa. Estavam em paz.

Harry estava seguro agora.

E dizem que a chuva é, de todas, a canção noturna mais bela e a mais significativa ao embalar dois corações apaixonados, quando juntos.

E lá fora, a chuva caia...


Se eu deitasse aqui

Se eu apenas deitasse aqui

Você deitaria comigo e esqueceria do mundo?



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Notas finais do capítulo

Obrigado por lerem!!! *--*