Aventuras Com Um Pegs escrita por Poshnick


Capítulo 5
Capítulo Cinco – A peça final era muito rara.




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Acordei com Julie às 14 horas da tarde. Meu pai e meu irmão não estavam em casa, e Charlie continuava a dormir. Eu e Ju decidimos ir logo procurar o Duth, já que não saberíamos o que nos esperava. Começamos nossa busca.

- Uau, como fomos parar aqui? – disse Ju.

O problema é que “aqui” era muito longe de minha casa. Mais ou menos uma hora de caminhada.

- Pelo menos dormimos muito. – falei – esse Duth está muito difícil de ser achado.

- Pois é.

Continuamos a andar. Alguma sombra nos perseguia.

- Ju, acho que é melhor adiantarmos o passo... Algo, algo nos persegue. – gaguejei.

De repente, o Sr. A. estava na nossa frente. Parecia feliz, pois estava rindo. Considerando o medo que agora eu sinto de pessoas felizes, ele estava bem animado. Apalpei os bolsos, não tinha nenhuma moeda. E Julie não poderia estar certa sobre o Sr. A. “não ser gente boa”, ou se não, nós morreríamos.

- Olá crianças – ele disse – o que fazem aqui a essa hora? – ele olhou para o relógio.

- Ih, só não é a mesma coisa que você. – Julie respondeu.

- Cala a boca, guria, - disse Sr. A. – eu moro aqui.

O que? O Sr. A. morava aqui? O lugar era vazio, sem pessoas, sem casas, sem nenhum tipo de barulho. O único som que vinha dos lados era das árvores. Nós estávamos em uma floresta. Parecia ser oito horas da noite, eu não estava com sono, nem com fome. Só com frio.

- Bom, na verdade sou dono daqui. E disso tudo. Vou na minha loja na cidade, é muito ruim, mas não quero me livrar da loja.  – essa ultima frase não saiu muito bem.

Julie me cutucou: “Isso não parece bom”.

- Então, vocês não me responderam, o que fazem aqui? – a cor do olho de Sr. A. mudou de cor: para um vermelho intenso e ameaçador.

Ele estava oscilando a sua cor de pele, ora branca pálida, ora bronzeada. Julie me chamou, nos distaciamos um pouco de Sr. A. e ela falou:

- É perigoso. Não gostei muito do modo que ele disse se livrar.

Sr. A. se moveu desconfortavelmente

- Parece que ele... Ele quer nos matar. – continuou.

- Mas por que eu gostaria de matar vocês meninas? Se eu quisesse, eu já teria matado vocês. Mas, – ele nos encarou – já que pediu...

Sr. A. se transformou em algo pálido e indescritível e nos atacou. Indefesas, eu e Julie corremos, nos separamos. Eu não vi para onde mais ela tinha ido. Eu estava com muito medo. Mas, eu não poderia perder também, minha melhor amiga.

Avistei um graveto, mas ele estava um pouco distante de mim. Senti Sr. A. se aproximando, não teria muito tempo. Corri um pouco e consegui pegar o graveto. Julie não estava perto de mim. Investi no monstro. Ataquei-o sem nenhuma pena. Mas, eu não sabia lutar. Ou sabia?

Não, eu não sabia. O monstro desviava todos meus golpes e me acertava. Eu estava fraca. Mas algo finalmente conseguiu acertar ele.

- Julie! – eu disse, ao ver a Ju.

- Como eu fiz isso? Uau! – ela disse sorrindo.

- Acho que não temos muito tempo... Não, não temos. – olhei para Sr. A. ele já estava quase em pé.

- Vocês não vão conseguir. Desistam molecas. – disse ele.

A única coisa que fizemos foi correr. Correr muito. Era a única coisa que nós fazíamos desde que conhecemos Charlie. Depois de conseguirmos nos distanciar de Sr. A. paramos.

- Onde estamos? – Julie perguntou.

- Eu não faço a mínima déia, está muito escuro.

Caminhamos mais um pouco. Sem luz, água, comida e muito menos um lugar para dormir. Avistamos um fio de luz. Era fogo.

- Fogo! Ufa, uma luz. – Julie disse.

- Sim... – falei aliviada. – vou procurar um graveto, ou qualquer coisa, vou fazer uma fogueira.

- Mas, nós não sabemos fazer uma fogueira Gih.

- Um dia teremos que aprender, e esse dia vai ser hoje. – falei.

...

- Você tem ideia de como vamos achar o Duth? – disse Julie enquanto caminhávamos para encontrar os gravetos. – só lembro que Charlie falou que é extraído de uma flor, mas eu me esqueci o nome. Eu lembro também de ele ter dito que era raro.

- Mas vamos achar. Você teria coragem de viajar para encontrar o Duth, Ju?

- Sem dinheiro?

- Claro, ou nós poderíamos ir na minha casa, arrumar umas coisas e irmos.

- Você esqueceu de Charlie, Gih.

Ah, tinha esquecido do Charlie, droga. Ele ficaria em perigo.

- É muito longe daqui? – perguntou.

- Não sei... Acho que não. Caminhamos quase três cidades Ju, vai ser fácil.

Não seria fácil eu e Julie sabíamos, mas, valia a pena tentar. Depois de alugns minutos conversando e pegando gravetos, Julie disse:

- Espera, eu, eu acho que sei.

- Sério? – perguntei entusiasmada.

- Eu acho – disse – mas, não tenho certeza. Charlie me descreveu um pouco a flor: amarelo dourado, brilhava no escuro e tinha um cheiro doce.

Depois disso, Julie ficou calada por alguns inquietantes minutos. Ela acelerou o passo, e eu só segui ela.

Com minutos de caminhada – não sei se foi muito ou pouco, porque cada minuto agora parecia uma eternidade. Ela parou e falou:

- É esse!

A flor era dourada, com alguns detalhes que mudavam de cor de repente. Era muito bonita, e logo no começo não avistei o Duth – até porque eu não sabia como era. Mas Julie deu um jeito, ela me mostrou dentro da flor que tinha um liquido que brilhava. Era o duth. Pegamos e depois de colocar em um pequeno pote que nós tínhamos levado, seguimos a viagem.

O problema é que estávamos andando em círculos, estávamos perdidas e muito cansadas. Não tinha ninguém na floresta – ou pelo menos sem nenhum sinal de vida lá, nem do Sr. A., parecia que estávamos distantes dele. Ainda bem. Algo brilhou fracamente atrás da gente. Era Charlie. Ele apareceu no nosso lado, conhecendo um pouco Charlie parecia que ele estava cansado.

“Que cansaço, grande caminhada que fizeram, garotas, mas, acharam o Duth?” falou

- Sim achamos. Mas, o que faz aqui?

“Eu fiquei preocupado com vocês, e, vim vê-las”

- Estamos boas. – falei – obrigada mesmo assim, Charlie.  


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