Horizonte escrita por Crina
Notas iniciais do capítulo
Agora tudo está claro.... finalmente.
Eles levaram a senhora para uma espécie de enfermaria que chamaram de “sala de intervenção”, que parecia mais um hospital inteiro de tão completo. Deitaram ele em uma maquina e ligaram diversos fios e aparelhos nela.
– Vamos mel – disse Angellus.
Várias pessoas me olhavam, algumas cochichavam, outras apenas viravam a cara.
Chegamos novamente ao salão principal que parecia um refeitório ou sala comunal. Hayn estava sentada em uma mesa só dela, em uma cadeira almofadada e com uma xícara de chá na mão.
O ambiente era aquecido, o cheiro de café e bolo pairava pelo ar. A parede era de um tom azul bem claro puxado para o verde, tudo era iluminado por castiçais de cristais, tapetes se estendiam pelo chão de mármore.
– Venha querida – Convidou Hayn – Sente-se comigo.
Angellus parecia nervoso, quase amedrontado.
– Obrigada – disse a ela me sentando – Angel você está bem?
Ele piscou saindo de seu transe e esfregou o rosto.
– Desculpe mel, estou bem sim.
– Você precisa descansar – disse Hayn.
– Não – disse ele – estou bem, preciso levar Mel para casa primeiro.
Já estava anoitecendo, liguei para minha casa avisando que chegaria mais tarde, e que sai com alguns amigos...
– Mel – disse Angel – vamos conversar.
Nós andamos algum tempo até chegar a um lindo jardim, e não importava onde estivéssemos sempre haveria uma ou duas pessoas no espaço.
– Mel... Sei que está confusa mas... Nem sei por onde começar – Ele me fitava preocupado.
– Bom... Que tal começarmos por: “que lugar é esse”? – tentei ajudar.
– Aqui é a irmandade dos anjos, um alojamento entre muito para cuidar e ensinar pessoas como eu a sobreviver e lutar.
– Como assim “Pessoas como eu”? O que é você? – Perguntei amedrontada.
– Um humano, oras!.. – disse ele com escárnio– Um humano Marcado.
Angel começou a tirar a camisa, o que me deixou um pouco surpresa, você pode estar pensando bobeira, mas quando ele virou as costas para mim...
– O que é...? – Foi a única coisa que consegui pronunciar.
Duas marcas do tamanho de suas escápulas formavam um par de asas, como uma tatuagem ou uma mancha de nascença.
– Eu sou um human-celeste – disse ele – Nasci para ajudar outras pessoas e combater a “intervenção indireta de Lucifer” – nesse momento várias pessoas fuzilaram Angel com o olhar.
– Você é um anjo? – Perguntei e escutei uma risada vindo de uma moita.
– Não... Sou um humano com alguns poderes auxiliares – disse ele sem se importar com a moita.
– Quem é Hayn?
– Nossa mentora, uma celeste mais avançada, quase um anjo – Disse ele sorrindo – é ela quem mantém contato com o mundo superior.
– Mas ela é tão jovem...
– Isso independe da idade na verdade, e sim das vezes que você já veio para ajudar.
Fiquei em silêncio por alguns minutos.
– Eu sei que tudo isso é estranho e entendo se você não quiser se envolver e ficar longe de mim... – disse ele com pesar – mas tem que me prometer que não vai contar isso a ninguém, o sigilo dos anjos é nossa arma mais poderosa. O que eu acabei de estragar isso contando para você e o mundo que viu eu invocando a espada.
– Está tudo bem Angel – disse eu abraçando ele.
Ele me envolveu com seus braços e apoiou seu rosto na minha cabeça.
– Angel?...
– O que?
– Você me ensina depois a como fazer aquela espada flamejante aparecer?
Ele começou a rir e me abraçou mais forte.
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E a moita ficou lá, estática como sempre.