Prazer, Meu Nome É Robert. escrita por Bianca Moretão


Capítulo 6
Meu... Pai?!


Notas iniciais do capítulo

Gente, poxa, se estiverem gostando, ou mesmo se não estiverem, comentem. É importante pra mim. Boa leitura (=



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Era uma garota. Não devia ter mais do que 10 anos. Tinha cabelos castanhos na altura do ombro, e eram enrolados. Na foto ela parecia feliz, mais estava sozinha. Se via no fundo que a julgar pelos brinquedos que enfeitavam a foto ela devia estar em algum parque. A única coisa que não a pertencia, era uma mão que aparecia no canto da foto. Uma mão que parecia chama-la, e a menina parecia ir em resposta.

A foto parecia antiga, e o papel já estava gasto, e as cores amareladas e desbotadas.

Anne não estava entendendo. Por que aquela foto estava no bolso deum dos casacos de Robert? A garota estava com medo. Seu sangue estava frio e suas mãos tremiam. Não tinha o que fazer além de devolver a foto. Mas ela precisaria dela. Talvez pudesse usar a foto para achar algo, algo que tenha a ver com ela, alguma ligação. Mais com toda certeza Robert daria falta da tal foto, caso contrário não a guardaria no bolso de suas roupas. Ou talvez não se lembrasse de que estava ali? De qualquer forma, não podia pisar em falso.

Precisaria tirar uma xerox da foto, mais não aquela hora, não naquele dia. Robert devia estar voltando, e não podia arriscar. Teria que esperar uma nova ‘’saída’’ de Robert.

A garota devolveu a foto ao casaco, e arrumou todos de volta nos cabides... – Estou incomodando? – a empregada apareceu na porta do quarto.

Anne olhou rapidamente. Era melhor a empregada do que Robert, ou as coisas teriam, com certeza, sido pior.

– Ah, eu... Eu só estava arrumando as roupas. Fique a vontade, já estava saindo. – disse gaguejando.

A empregada a olhou com desconfiança.

– O senhor Robert sempre foi tão fechado, nunca permitiu que ninguém mexesse nas coisas dele. Nem mesmo eu que tenho a função de limpar. Apenas passo um pano no chão. – ela riu. – A senhorita deve ser realmente muito especial para o patrão.

Anne congelou. Como assim ‘’deveria ser muito importante?’’. Se ela era a filha de Robert, como a empregada podia não saber ou não a reconhecer?

Mais Anne preferiu não dizer nada. Não queria estragar tudo. Havia algo que ela precisava descobrir, e iria fazer o possível o impossível.

– Talvez. – Anne sorriu. – De qualquer forma, eu já estava, hum, saindo. – falou indo á porta.

Anne parou na porta.

– Olha. – ela encarou a empregada. – Será que poderia não comentar nada disso com Robert? – perguntou.

A empregada olhou-a com o mesmo tom de desconfiança que antes.

– Sou apenas a empregada, não tenho que sair falando nada para ninguém. – sua expressão era séria. Ela voltou a varrer o chão.

– Nesse caso. – Anne sorriu. – Obrigada.

Anne tomou o café que a empregada havia feito. E apenas agora, percebeu que não sabia seu nome. Mas, comparado ao jantar que teve ontem, estava uma delicia. Realmente a empregada tinha certos dotes culinários.

– Vejo que acordou. – Robert entra na cozinha carregado de coisas.

Ela apenas o olha de relance enquanto da um longo gole em seu suco.

– Bom, acho que comprei o suficiente para abastecer a geladeira por pelo menos um mês. – ele põe as compras na bancada. – Bom, a menos que você volte a comer como antes. – ele ri.

Anne o olha. – Se você cozinhar pode ter certeza que não comorei nem do jeito de antes, nem do de nenhum.

Sabia que talvez estivesse exagerando. Mas tinha alguma coisa que não estava certa por ali.

Ele a olha sentada. Apoia-se no balcão de braços cruzados e a encara.

– Anne. Eu entendo que deve estar tudo muito confuso pra você. Mais está agindo de forma errada. Não está me dando a chance de te ajudar, a chance de te fazer lembrar de tudo. Nós temos que agir juntos nessa.

A garota levanta-se da mesa. Olha para ele e diz: - Talvez eu não queira sua ajuda. Entende? – ela o olha com desprezo no olhar.

– VOCÊ PRECISA. – ele aumenta o tom de voz. – Não tem mais ninguém para ajuda-la. – sua voz volta ao normal.

– Eu sei disso. – ela responde saindo da cozinha.

– Vai aonde? – ele pergunta guardando as compras.

– Não sei. Dar uma volta. – ela responde.

– Você não conhece a cidade, pode se perder. Posso te fazer compa... – ele é interrompido.

– Não. – ela faz uma pausa. – Não precisa. Quero mesmo ir sozinha. Mas não pretendo ir longe, ficarei pelas redondezas. – ela diz gesticulando um tchau.

– Ok. – ele fala. – Não volte tarde. Quero você aqui para o almoço. – ele diz.

– Estarei. – ela diz sem se virar. – Tchau.

– Tchau. – ele se despede.



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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ;*



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