Prazer, Meu Nome É Robert. escrita por Bianca Moretão


Capítulo 2
Quem sou eu? Quem é você?


Notas iniciais do capítulo

Postei o mais rápido que consegui haha. O segundo capitulo está maiorzinho como eu havia dito. Espero que gostem. Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/236236/chapter/2

 A garota acorda atordoada. E ainda se vê naquele lugar, que agora reconhece ser um hospital. Não vê o homem da noite anterior, nem ele, nem ninguém. ‘’O que aconteceu?’’ ela se pergunta. Tenta levantar a cabeça mais uma forte dor a faz gritar:

- AAAAAAAH. – ela berra.

 A dor era tanto que sentia como se sua cabeça estivesse sendo arrancada.

 A enfermeira logo entra correndo em direção à menina.

- Está tudo bem? – ela pergunta aparando a menina.

- Não, não está tudo bem. – e menina se desespera. – O que está acontecendo? Onde eu estou? QUEM SOU EU? – ela grita.

- Calma, se acalma. – a enfermeira pede segurando seus braços. – Você sofreu um acidente e quase toda sua memória foi perdida. E por enquanto é só o que tem que saber sobre isso. Quanto ao resto. – ela solta os braços da garota. – O seu pai irá te explicar tudo.

- Me-me-me-meu – ela gagueja. – Pai?

- Sim. – a enfermeira confirma franzindo a sobrancelha.

 Como alguém que lhe causava embrulhos no estomago poderia ser seu pai?

 A menina se acalma e pergunta. – Como é o meu nome?

- Anne. Anne... – a enfermeira olha em sua prancheta. – Anne Monroe.

 Anne. Anne. Aquele nome não lhe trazia nenhuma lembrança. Nem dela, nem de ninguém.

 Anne apenas volta a deitar a cabeça no travesseiro, derrotada.

- Você terá alta hoje. Seu pai te levará para casa. Ele foi apenas pegar suas coisas. – ela disse sorrindo.

 A enfermeira sorria como se aquilo fosse algo bom, mais para Anne não. Não sabia por que, mais não gostava da ideia de ir com aquele homem para ‘’casa’’.

 Sem dizer mais nada, a enfermeira saiu da sala, deixando-a novamente sozinha, apenas com a companhia dos aparelhos e o barulho da chuva que caia lá fora.

 Passou-se o que se pareceu ser uma eternidade, mais Anne ainda não havia dormido. Não conseguia, algo lhe impedia de fechar os olhos. Talvez o medo ou a angústia que sentia por não se lembrar de nada.

 Viu a porta se abrindo, era o homem... ‘’seu pai’’, Anne engoliu em seco. Não conseguia chama-lo assim.

 Ele sorriu. – pronta para voltarmos para casa? – perguntou.

 - Eu não... – pensou. – sei.

 - Sei que deve estar confusa, mais prometo te explicar tudo. – ele sorriu se aproximando dela com uma pequena bolsa nas mãos.

 - Trouxe suas coisas para você poder se vestir e irmos. – ele olha para a janela. – Sinto que essa chuva vai aumentar.

 - Espere. – ele diz se virando. – vou chamar a enfermeira.

 Ele se vira e Anne o olha da cabeça aos pés. Os cabelos pretos, o pescoço nu, a camisa xadrez, a calça jeans. E algo... Algo no bolso que ela não consegue identificar. Vê apenas um pequeno cabo. Um cabo curto e marrom.

 O homem, percebendo estar sendo olhado, mexe no bolso empurrando o objeto bolso abaixo.

- Já volto. – diz saindo da sala.

 Em pouco tempo a enfermeira aparece na sala avisando-a que o médico já tinha lhe dado alta, e que poderia voltar para casa.

 A enfermeira ajuda Anne a se levantar. A garota ainda sente dores na cabeça, e a enfermeira lhe dá uma compressa de gelo para o local da dor. Ela á guia até um pequeno banheiro dentro da sala que a Anne não havia reparado.

- Precisa de ajuda para se arrumar? – pergunta a enfermeira parando na porta do banheiro.

- Não. – ela diz. – Acho que consigo. – fala se enrolando em suas palavras.

 Anne entra no banheiro junto de suas roupas. Era um lugar realmente apertado e pequeno. Tinha apenas um vaso sanitário, uma pequena pia e um espelho encima do mesmo. Ela se olhou no espelho, e só naquele momento percebeu que não se lembrava de  sua própria aparência.

 Ela via uma garota de cabelos aos ombros de um loiro acinzentado, sua pele era branca e quase sem imperfeições. Ela não era muito alta, tinha até de ficar na ponta dos pés para alcançar o topo do espelho. Tinha olhos negros, quase pretos, porém lindos.

 Voltou-se para sua roupa e se vestiu com um pouco de esforço. Ainda sentia um pouco de dor em seus músculos. Calçou os tênis que o homem lhe trouxera e saiu do banheiro.

- Está linda. – O homem elogia. – Igualzinha como era antes. – ele lhe sorri.

‘’Antes? Que antes? Para mim não existe antes’’, pensava em reprovação ao homem.

- Vamos? – ele pergunta.

 Ela apenas concorda com a cabeça.

 A enfermeira leva os dois para a recepção. Pede que o homem e Anne assinem a alta da garota para que possam ir embora.

- Se cuidem. – a enfermeira se despede.

- Você também. – diz o homem sorrindo.

 Anne apenas dá um breve sorriso e caminha até a saída.

 A chuva continua lá fora, sem tréguas. Aquele dia lhe lembrava como se sentia por dentro. Ela olha para o lado, o homem está a sua frente enquanto ela o segue. O homem corre com intenção de fugir da chuva que aumenta cada vez mais, porém Anne não. Gosta da sensação da chuva caindo em seus cabelos, deixando-a encharcada. Sente-se calma. Desde que acordou, aquele é o único momento ‘’feliz’’ que teve, ou o mais próximo disso.

 - Vamos logo. Você está toda molhada. – ele a apressa já dentro do carro.

 Porém ela nada diz. Apenas caminha calmamente até a porta do carro. Ela abre a porta e entra, sem se importar por estar molhada. Apenas senta-se e fecha a porta.

 Ele a olha e sorri. – está toda molhada. – ele ri.

 Ela o encara por alguns segundos.

- Quem é você? 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Se tiverem alguma sugestão ou até critica eu aceito *-*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Prazer, Meu Nome É Robert." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.