Prazer, Meu Nome É Robert. escrita por Bianca Moretão


Capítulo 17
De volta a... Realidade?!


Notas iniciais do capítulo

Cara, confesso que sou um fracasso para nomes de cap. ;s por isso as vezes não ficam tão coerentes com o cap, me desculpem por isso... Estou bastante empolgada em continuar a hist. As ideias estão vindo e por isso estou postando os cap. tão rapidos. Estou tirando todo o atraso da demora dos outros hahah... Ah, gente, sem querer eu tinha alterado os generos da hist, então estava meio nada haver, mais já coloquei de volta (: espero que gostem, boa leitura.



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‘’O que aconteceu... Ta aí uma boa pergunta, eu não sei o que aconteceu, nem como, muito menos porque. Mais sonho não foi’’.

 Anne sentia o suor frio descer pelo seu rosto e ainda sentia calafrios apesar do sol que fazia.

- Eu... – fez uma pausa. – Eu não, sei...

- Ah meu deus Anne... Eu não devia tê-la deixado sozinha. Desculpe – ele olhou-a.

 A voz dele irritava-a, sentia nojo dele. Sua vontade era o fazer sumir.

- Eu estou bem... – mentiu.

- Não. Claro que não está Anne, o que aconteceu? Como você foi desmaiar? – ele enchia seus ouvidos com perguntas que a garota não conseguia responder e isso a irritava ainda mais.

- Eu estou bem. – repetiu.

- Anne, por favor. O que aconteceu? Melhor a gente voltar pra casa. Vamos...

- CHEGA. EU TO BEM CACETE. – gritou.

 Anne levantou-se e com um puxão soltou-se de Robert.

- Tudo bem. – disse Robert.

- O que aconteceu...

- EU NÃO SEI. – gritou Anne irritada.

- Não. Não isso... – disse balançando a cabeça. – O que aconteceu AÍ? – disse apontando para o joelho de Anne.

 Foi só então que a garota notou, e a dor veio logo em seguida.

 Seu joelho estava rasgado e seu sangue escorria até seu pé.

- Deve... Deve ter sido quando eu cai, eu acho... – mentiu.

 ‘’Eu já sou nomeada como louca, se contar que acabei de voltar de um lugar horrível, com uma criatura pior que ainda, vou ser internada em um manicômio’’.

- Você caiu de costas Anne. – Robert falou revirando os olhos em deboche.

 A garota nada respondeu, apenas encarou-o tirando o joelho de sua vista, não queria que ele o tocasse.

- Vamos embora. – Robert falou levantando-se.

- Eu não quero. – Anne tropeçava em suas próprias palavras.

- Eu não fiz uma pergunta Anne, e não estou te dando nenhuma escolha. – ele falava duramente, como um ‘’pai’’.

 Essa palavra quando referida a Robert dava enjoos em Anne, fazendo seu estomago revirar.

 Imediatamente a garota fechou a cara, como uma criança de 7 anos faz quando não ganha o que queria.

 Robert segurou o portão para que Anne passasse e indicou para que seguisse na frente.

 Assim fez. Saiu na frente á passos largos, sem saber exatamente que caminho tinha que seguir, apenas foi andando.

 Robert gritou atrás dela:

- ANNE. É POR AQUI.

 Anne virou-se olhando Robert que estava parado em uma curva da rua esperando por ela.

 Ela voltou onde ele estava e apressou-se mais ainda para tomar a dianteira.

 Apesar de longo, o caminho dessa vez pareceu muito mais curto. Logo já avistava-se o carro preto de Robert fazendo com que Anne revirasse os olhos em desagrado.

 Parou ao lado do carro esperando Robert que apressou-se destravando as portas.

 A garota entrou e sentou-se no banco com a cabeça encostada no vidro.

- Você está bem? – perguntou dando partida.

- Sim. – respondeu sem tirar os olhos do vidro.

 Em pouco tempo já estavam fora da cidade, e Anne ficou dividida entre a vontade de ficar e a necessidade de ir embora.

- Anne acorda, chegamos.

 Era Robert a chamando. A garota logo abriu os olhos e já se viu de volta em sua ‘’casa’’.

 Uma onda de tristeza invadiu-a.

- Eu ia te levar no médico por causa disso aí. – disse apontando para o joelho da garota. – mais pensei que não gostaria.

- É, você acertou, parabéns. – a frase soou mais rude do que Anne queria, mais não se importou.

- Qual é o seu problema? – Robert falava calmamente, mais Anne sabia que a raiva o consumia.

 E Anne adorava aquilo.

- Meu problema? – ela riu. – Você, esse maldito lugar, essa casa... Ah e não podemos esquecer, MINHA VIDA. – ela aumentou o tom de voz ao dizer ‘’minha vida’’.

- Você não parece a minha filha, a garota que eu criei, aquela feliz, que adorava aqui e principalmente, ME adorava. – ele olhou-a.

- Talvez eu não seja. – provocou-o.

- É, talvez não. – respondeu com um sorriso debochado.

 O carro nem havia estacionado direito e Anne já pulara dele. Não queria ficar com Robert, nem em ‘’casa’’, então foi direto para o portão.

- Aonde pensa que vai Anne? – perguntou olhando-a.

- Dar umas voltas. – respondeu.

- Já deu ‘’voltas’’ demais por hoje Anne. E já está tarde, você vai entrar, vamos fazer um curativo nesse joelho e jantar. – disse parado ao lado do carro.

- Não. Eu vou sair, volto logo. – falou virando-se.

- NÃO VAI ANNE. EU FALEI QUE VOCÊ VAI FICAR AQUI, E NÃO ESTOU BRINCANDO. – Robert alterou o tom de voz.

- QUERO VER QUEM VAI ME IMPEDIR. – gritou.

- VOCÊ AGE COMO UMA CRIANÇA, ENTÃO VOU PASSAR A TRATÁ-LA COMO UMA! – gritou se aproximando.

 Robert ameaçou segurá-la mais Anne percebendo afastou-se.

- NÃO TOQUE EM MIM. – gritou.

 Ele olhou-a recompondo-se. Já mais calmo disse:

- Então entre. – disse.

- NÃO. – Anne continuava a gritar.

 Apesar da expressão calma de Robert seus olhos entregavam-no, explodiam de raiva.

- Você quer sair? Quer? Então não volte hoje. – disse sem alterar a expressão impassível.

- ÓTIMO.

 A garota saiu deixando Robert sozinho.

 Ela não fazia ideia de para onde iria e sentia que Robert não estava brincando. De qualquer forma, não tinha vontade de voltar.

 Pensou em passar a noite novamente na floresta, mais descartou a ideia, afinal, não havia sido sua melhor noite lá.

 Começou a andar pela trilha que levava á vila de Luck. Não sabia se o encontraria lá, mais não passava outra coisa por sua cabeça. 

 Agora que estava sozinha, apenas perdida em seus pensamentos, foi que notou que estava morrendo de saudade dele. Sentia-se tão bem, não segura, aliás segura ela não sentia-se em lugar nenhum, mais sentia-se feliz, coloquemos assim.

 Logo Anne já seu viu na vila. E percebeu que aquela era a primeira vez que vinha tão tarde ali. Já devia ter passado das 19:00. A lua já estava ao céu e não haviam muitas estrelas. Mais era um dia fresco, não fazia frio, e apenas um vento fraco soprava de vez em quando fazendo a copa das arvores balançarem de vez em quando.

 Tudo estava silencioso, não havia ninguém e quase nenhuma luz acesa nas casas. Anne olhou para a de Luck. Estava apagada.

 Sentou-se no mesmo banco que havia conhecido o garoto e passou a olhar as estrelas.

 Logo o sono e a fome invadiram-na. Não havia almoçado e nem descansado.

 Deitou-se no banco colocando a mão sobre a barriga tentando amenizar os roncos.

 Sentindo-se embalada pela noite calma e a brisa soprando, permitiu-se fechar os olhos e descansar.

- Anne? 


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Notas finais do capítulo

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